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[LIVRO DAS VIRTUDES 1 - O Mito] O Legado de Oane

 
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Jane_x



Inscrit le: 01 Mai 2011
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MessagePosté le: Dim Juil 28, 2013 9:44 pm    Sujet du message: [LIVRO DAS VIRTUDES 1 - O Mito] O Legado de Oane Répondre en citant

Citation:
O espelho de Oane


Preâmbulo

Meu querido espelho de Oane, espelho de mim próprio, escolhido entre os homens por Jah, o Misterioso, para os guiar entre as verdes pastagens da vida, tu és a única pessoa à qual me posso dirigir desde o fundo da minha solidão.
Antes de Ele me ter colocado a questão, estava sozinho e incompreendido; ainda o estou hoje, apesar do respeito de que estou rodeado.
Jah retirou-se do mundo, deixando os Homens viver e prosperar por si mesmos e eu mesmo perante o meu destino, aquele que Ele escolheu para mim, aquele que, em qualquer parte, me aprisionou.
E é neste estado de angústia quase absoluto que Ele me deixou, unicamente guiado pelo Amor, devendo construir uma Igreja do nada.
Meu querido espelho, que a clemência dos anos me permita pôr por escrito as minhas reflexões, as minhas dúvidas e a minha visão do mundo desejada por Jah.
Oane.

I) Fragmentos oanienses

Jah, o Nada e a Criatura Sem Nome

Reflecti durante muito tempo sobre o Nada, que existia antes de tudo, que existia com Jah e que existia em Jah; cheguei à conclusão de que não podia ser mais do que da parte escura de Jah, um pouco como a terra, suja, oleosa e pegajosa que Ele criou, lugar onde tudo fermenta, apodrece e onde também fervilham esses vermes da terra , que se contorcem de tal forma, que eles mesmos, reflectem a sua negridão.
E no entanto, é neste local tão sórdido no qual florescem as frutas mais belas do mundo e que do escuro Nada, nascem os belos frutos de virtudes divinas.
Como se o próprio Nada fosse um caos simultaneamente podre e fecundo, exactamente como a terra que pisamos.
O bem e o mal, o preto e o branco; é um pouco como se do preto nascesse o branco e sem lugar a dúvidas do branco o preto, numa espécie de movimento perpetuo e infernal que reproduz o caos primitivo.
Assim, do próprio Jah nasceu uma espécie de rejeição maléfica, a Criatura Sem Nome, a que não podemos dar um nome precisamente porque em simultâneo estaríamos a dar um nome a Jah.
Jah é o criador do bem; e é também criador do mal.
Da mesma forma que o Nada é a parte obscura de Jah no céu, a Criatura sem Nome é-o sobre a terra.
E eu, Oane, sozinho entre os Homens, estou no centro do duo infernal onde Jah luta contra Jah.


As três esferas

O mundo é constituído por três esferas, a do bem, a do mal e a da incerteza.
A esfera do bem é o Sol que nos aquece e permite que as plantas cresçam; a do mal é a lua, de uma cor amarela doentia, um reflexo pálido do sol cuja superfície parece rachada como se mil vulcões cuspissem fogo permanentemente; e a incerteza é a terra.
A própria terra está também dividida em três entidades: o Céu onde reside o bem; o chão de terra e lama onde reside o mal; e entre estas duas, o mundo dos homens e da incerteza.
Sobre esta esfera da incerteza vive o Homem, criação de Jah e reflexo dele mesmo.
Assim, temos em nós próprios, como Jah nosso Pai tem em Si próprio, uma parte de maldade e escuridão e esta já existia antes da Revelação.
E já existia porque a Criatura Sem Nome nasceu e converteu-se em pouco saudável muito antes de que Jah a transformasse em algo invisível capaz de tentar os Homens de forma impune.
Era um homem entre os Homens e partilhava com Jah, o mundo e a terra, em três esferas, o bem, o mal e a consciência, argila da incerteza.
Em alguns Homens o bem vence e noutros o mal triunfa e finalmente, há outros que navegam entre estes dois indefinidamente.


A incerteza do bem e do mal

Mas, na verdade, longe da Criatura e dos seus habituais servos, poucas são as pessoas que sabem se as suas acções são boas ou más.
Conheci um homem convencido de que o bem era aquilo que lhe proporcionava a felicidade e que apenas o dinheiro podia aumentá-la.
Assim passava a maior parte do seu tempo tentando enriquecer, vendendo a sua mulher como escrava sexual a outro homens para ganhar ainda mais dinheiro e quanto mais rico era, mais feliz parecia.
E mais tarde, vi-o derrotado pela preguiça e embriagado pelo tédio porque o vinho tornou-se a única fonte de distracção.
Vi-o transformar-se num homem cheio de fúria e cólera e, nas suas noites de embriaguez, chegar finalmente a sacrificar o seu único filho a Jah.
Então, no último momento, quando a faca do pai sacrificador ia abater-se sobre a vítima e cometer-se num infanticídio, não sei o que, mas algo conteve o seu gesto, como se de repente, o brilho do bem e do mal acabasse de o cegar como um metal brilhante e acordasse a sua consciência.
O bem, o mal, onde está a fronteira?
Este homem quis praticar o bem e os seus actos engendraram o mal.
Quis fazer o mal e o bem surgiu.
Habitualmente penso que querendo praticar o bem conseguimos por vezes, de forma involuntária, praticar o mal.


A moral

Foi este episódio que me fez aperceber, a mim, Oane, que deviam ser fixadas as regras da vida.
Inventei a moral.
Todos os sentimentos trazem prazer em si mesmos: o amor, a perversão, o ódio. É por isto que geralmente se transformam em actos. Só alguns como o mal, são simultaneamente sedutores e destrutivos para aqueles que os experimentam.
Fiz uma lista com tudo aquilo que me parecia ser passível de destruir aqueles que experimentam o mal e ditei as regras que formaram a base da moral: não roubar, não matar, respeitar o pai e a mãe, não prestar falso testemunho contra o próximo, não cobiçar os bens alheios, agir com moderação, respeitar a liberdade do próximo,
Desta forma incitava cada um a ter as mesmas regras que o seu próximo e a ter os meios que lhe permitissem distinguir mais claramente onde estava a fronteira entre o bem e o mal.
Da moral e dos sete mandamentos que dela resultaram, derivaram as primeiras leis que regeram a comunidade.
Tornei-me ao mesmo tempo líder religioso e líder político da minha comunidade; tantas responsabilidades aterrorizavam-me e me aterrorizaram sempre; é um peso enorme que Jah me deixou como legado ao retirar-se do mundo.

Jah é Mistério

Era até tal ponto assustador que não poderíamos jamais nos explicar Jah tal como ele é: tudo isto ultrapassa as capacidades da nossa inteligência. A nossa razão faz-nos saber que Jah existe e que possui toda a perfeição. Mas não pode ir muito mais além por si só.
Porque a nossa inteligência é “finita”, quer dizer limitada; enquanto que Jah é “infinito”.
Por causa da nossa imperfeição, não podemos compreender um ser tão absoluto e perfeito como Jah porque nos o vemos essencialmente através da mesma.
Ele é Soberano acima de tudo aquilo que possamos dizer ou prever em seu nome.
Nada mais podemos fazer que prostrar-nos perante Ele e apresentarmos-nos humildemente como os mortais que O procuram, com as nossas esperanças e as nossas dúvidas sabendo que estará ao nosso lado, pouco importando os nossos erros, os nossos equívocos e as nossas incompreensões a Seu respeito porque somos os Seus filhos, unidos a Ele pelos laços da paternidade e do Amor.


O mal pode triunfar ?

Nunca vi o mal sobrepor-se ao bem.
O nada maléfico está em Jah, mas Jah sabe-o, porque Ele tudo sabe, inclusive Dele próprio. Ele conhece a sua parte obscura e combate-a com as suas acções, porque procura praticar o bem e porque nos criou.
Criou os Homens por Ele.
Somos a garantia de que jamais desejará que o mal Nele vença sobre o bem se soubermos preservar o amor que dele carregamos.
O amor não é apenas a nossa razão para viver, é também a de Jah.
Sem amor, Jah, o Bom, o Justo, não é nada, e a escuridão da melancolia venceria e, a sua parte maléfica poderia um dia, se nós o abandonarmos, destruir o mundo.
Mas Jah criou-nos também para que a ajudássemos a repelir o mal lutando contra a sua reencarnação na terra: a Criatura.
Da mesma forma que o nosso amor o ajuda a lutar no Céu, a nossa luta na terra contra ela evidencia que Jah nos confiou a árdua tarefa de secundá-lo na luta contra a sua parte obscura e do universo.


II) As bem-aventuranças

Cada domingo, na altura, reunia todas as pessoas da minha comunidade: era a Assembleia do Povo, onde eram tomadas todas as decisões. Nos tratávamos também dos problemas domésticos, dos conflitos da vizinhança, da gestão da comunidade e, em troca, como líder da comunidade, explicava-lhes que os princípios morais deviam reger as nossas acções com o objectivo de fazer triunfar o bem e ajudar a Jah na sua luta.
Foi assim que lhe dei uma série de frases:

Benditos sejam os pobres em espírito,
porque o Paraíso Solar é para eles.
Benditos sejam os de carácter pacífico,
porque herdarão a vida eterna.
Benditos sejam os que sofrem,
porque serão consolados.
Benditos os que têm fome e aqueles que têm sede de justiça,
porque eles serão alimentados e ser-lhes-á dada justiça.
Benditos os misericordiosos,
porque eles alcançarão misericórdia.
Benditos os corações inocentes,
porque contemplarão Jah em todo o seu esplendor.
Benditos os que trabalham pela paz,
porque serão chamados Filhos de Jah.
Benditos sejam aqueles que são perseguidos porque procuram a verdade,
porque o Paraíso Solar será para eles.
Benditos sois vós, se vos injuriarem, se vos perseguirem, se vos caluniarem, por causa de Jah.
Sejam todos felizes e alegres, porque a vossa recompensa será grande no céu.

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No momento em que desistimos dos sonhos a vida fica desprovida de sentido...
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MessagePosté le: Mer Oct 15, 2014 12:01 am    Sujet du message: Répondre en citant

Citation:
Noam, Pai do Oanismo


1) Como o Legado de Oane não se perdeu entre todos

Após a destruição de Oanylone, os sobreviventes dividiram-se em múltiplos grupos que em pouco tempo nada mais teriam de contacto.
Quase todos eles abandonaram também a religião dos seus pais, pois consideravam que a queda de Oanylone tinha provocado também a queda da religião ensinada por Oane, e assim se puseram a venerar vários deuses, surgindo o paganismo.

De facto, a verdade obriga a afirmar que apenas Noam, um sobrinho neto de Oane, bem como seus parentes e servos, se mantiveram fiéis ao seu pensamento. Também foi Noam aquele que salvou das chamas o "Espelho de Oane", do qual, infelizmente, hoje não possuímos mais que fragmentos.
É a partir deste pequeno broto primitivo que a fé num único Deus foi mantida e se perpetuou como o ramo mais antigo da nossa Igreja e que deve ter sido mais tarde uma das fontes do Aristotelismo.


2) Noam reflecte sobre o desastre de Oanylone e inventa os 3/8:

Noam foi um dos primeiros a estudar as causas da queda de Oanylone e possivelmente redigiu um livro a este respeito, uma obra hoje perdida que serviu de base a Sypouss quando começou a escrever o Livro das Virtudes.
No entanto, diferentemente de Sypouss, Noam estava convencido que a acídia se havia desenvolvido, pois não se acreditava que precisavam reduzir o tempo de trabalho dos homens para adequá-lo ao ganho obtido em termos de tempo pelas máquinas inventadas pela mente humana.
A maioria dos artesãos, paralelamente, não sabiam mais que repetir aos colegas e aprendizes que é preciso trabalhar mais para ganhar sempre mais.
O único resultado que obtiveram foi uma grande exaustão moral destes, um aumento do número de suicídios e, finalmente, uma vontade de não obedecer a nada, nem aos outros homens, nem a Deus.

Noam havia ouvido, por outro lado, que estes humanos teimosos, tinham começado a venerar uma grande Sacerdotisa de nome Sheila, que lhes teria ensinado que o melhor momento do dia era a hora de saída do trabalho e que teria redigido um poema onde punha em causa a moralidade da sua época:
“Tinhas-me dito para confiar, que o trabalho preserva a saúde. Trabalhei todos os dias sem falhar, estou cansada e alinhada.
Oane, já estás caduco, Oane! Devias ouvir as minhas palavras, regressar bem depressa à escola, rever o teu julgamento, acredita em mim, isso seria o mais prudente!”


Também Noam decidiu dividir o dia em três partes iguais: oito horas de sono, oito horas de trabalho e oito horas de lazer.
E, visando diversificar o ócio dos Homens, inventou um novo jogo para distraí-los, o Yannick Noam, o ancestral do nosso Jogo de Ténis.


3) Estabelecimento de um ritual noamiano

Ainda que a missa tenha sido inventada após a última ceia de Christos, nem todos os elementos nasceram, no entanto, neste período.
Com efeito, possuímos ainda, em Constantinopla, um fragmento da missa noamiana que diz o seguinte:

O sacerdote começava o seu sermão com uma prece a Deus, com o fim de atrair a sua protecção sobre os fiéis. A seguir lia e comentava uma passagem de um texto sagrado do qual ignoramos a origem, uma pena não ter sobrevivido e que deve ter sido, possivelmente, uma das fontes de trabalho do excelente Sypouss. Depois a cerimónia finalizava com a bênção da multidão, pelo padre, em nome do Todo Poderoso, desejando, em seguida, uma boa semana.

Nos dias de hoje, este ritual ainda é realizado ocasionalmente em algumas igrejas de Constantinopla, sob o nome de “pequeno ritual” nas missas comuns, mas não podemos ter certeza que assim se dê entre os clérigos do Ocidente.


4) O sonho de Noam

Um dia, enquanto dormia, Noam teve um sonho estranho: viu uma árvore, ou melhor, o seu olhar seguia um tronco de árvore interminável, que parecia subir em linha recta para o Céu, quando de repente, quebrando esta linha imutável, dezenas de milhares de galhos emaranhados e enredados apareceram, obscurecendo consideravelmente a sua visão.
Assustou-se, acreditava-se perdido no meio do Inferno Lunar e acordou suado. Pelo menos assim julgava, pois na verdade sonhava-o sempre… Um anjo apareceu entretanto e, para acalmá-lo, explicou-lhe o seu sonho: “O que viste, Noam, é o destino da tua Igreja… o tronco é-o, e o que tomaste por ramos são, de facto, as raízes desta árvore, que se afundam na terra e que se unem num todo único para engendrar esta magnífica árvore. A tua Igreja será igual, Noam, forte e brilhante porque milhares de raízes virão nutri-la; tu és uma, mas em todo o mundo, mesmo entre os pagãos, os povos reflectirão, pensarão e aportarão, graças a dois profetas que Jah enviará aos Homens para os guiar até Ele, a sua pedra angular. Porque estes dois profetas saberão conservar o que, de todas estas ciências pagãs, é útil para todos, de modo que a tua Igreja, Noam, saberá fazer nascer a unidade da diversidade – E pluribus unum (“E de muitos, um”).”

Desconhece-se como acabou a vida de Noam, bem como quem o substituiu, mas uma coisa é certa, é que graças a Noam e aos pensadores de quem ele teve a visão, Aristóteles primeiro, Christos depois, e a nossa Igreja ainda hoje, graças aos numerosos contributos que continua a receber, permitiram à Igreja Aristotélica nascer e continuar a viver até aos dias de hoje, provando a superioridade de Jah sobre todas as outras religiões que acabaram por ser extintas por falta de crentes.


Traduzido pelo Teólogo Jerem, a partir da tradução grega de um texto sírio, tradução encontrada no saque de Constantinopla em 1204 pelos Cruzados, e traduzida em latim por Lorenzo Valla, um amigo próximo do defunto Papa Nicolas V, de quem o irmão Jerem descobriu a sua existência, depositando-a numa estante da biblioteca do Vaticano.

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