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[LIVRO DAS VIRTUDES 2 - O Duo] Aristóteles - Aornos

 
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NReis



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MessagePosté le: Lun Juil 17, 2017 1:08 pm    Sujet du message: Répondre en citant

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O Cerco de Aornos – Capítulo V


Depois daquela noite terrível em que as tropas foram em parte dizimadas, Aristóteles conversou com Alexandre e convenceu-o a desafiar o Grande Manitou em combate singular para conquistar a cidade. O macedónio não se mostrou muito entusiasmado por esta proposta, mas tínhamos sido muito prejudicados para realizarmos um novo ataque. Alexandre decidiu-se e, desse modo, Aristóteles e eu mesmo cavalgámos até aos portões da cidade trajados com tecidos brancos na esperança de não servirem de alvos fáceis às flechas dos arqueiros posicionados no alto.
Eu devo confessar ter pensado estar a correr para a minha ruína, naquele momento. Aristóteles chamou a atenção dos guardas: “Deixem-nos entrar, eu sou Aristóteles e venho falar com o Grande Manitou da Serpente Cósmica!"

Os portões da cidade abriram-se para nos deixar passar, e nós deambulámos através das ruas e das zonas até chegar à base do templo onde nos conduziram ao Manitou. Assim que chegámos diante dele, vislumbrei a cólera nos seus olhos, misturada com um pingo de orgulho e prazer, de haver dizimado uma boa parte das tropas de Alexandre ao repelir o ataque macedónio. O Manitou parecia esperar alguma coisa de Aristóteles, e era inegável que o grego usaria a sua sabedoria para aproveitar essa oportunidade; desse modo, ele invetivou o magricela num tom pouco amável:
«Grande Manitou, esta é a nossa proposta: você quer que eu escreva sobre Aornos, para que a cidade não tombe no esquecimento, ainda que a mim fosse preferível fazê-la desaparecer da face da terra. Eu desafio-o num combate de oratória na praça pública diante do seu povo para selar o destino de Aornos; se você ganhar, eu escreverei sobre a cidade, e se você perder, você e os seus homens deixá-la-ão para sempre!». O bigodudo foi apanhado de surpresa e respondeu com um sorriso um tanto doentio: «Que assim seja, se eu ganhar, você escreverá e partirá sem demora. Nós competiremos amanhã; até lá, desfrutemos de uma noite de sono no templo». Desse modo, passámos a noite no templo.

No dia seguinte dirigimo-nos à praça pública; no caminho, Aristóteles disse estas palavras: «aí vem o momento da verdade contra a persuasão, do raciocínio contra a retórica».
O local estava repleto quando chegamos e nós fomos empurrados por uma multidão vingativa. O filósofo caiu, e eu apressei-me a ajudá-lo a levantar-se quando o Grande Manitou chegou, ostentando um largo sorriso. Ele exclamou: «Onde está o seu Deus para evitar que caia de maneira tão ridícula?».
Aristóteles saudou-o e fez-me sinal para que me afastasse. Um guarda agarrou Aristóteles e intimou-o a responder antes de o atirar ao chão com violência. Eu tentei então juntar-me ao meu mestre, mas os guardas bloquearam-me a passagem. Ele levantou-se calmamente, determinado a não ceder à violência, mas era difícil não sentir-se frustrado.
O Grande Manitou finalmente disse estas palavras: «Por que não vos defendes em vez de continuar a sofrer? Vós haveis pedido um combate de oratória, então fale! Caso contrário, vou considerá-lo derrotado, e vós tereis que cumprir a vossa palavra de escrever sobre a cidade».
Aristóteles encarou o homem e respondeu-lhe: «Um discurso é verdadeiro por que humilha o seu interlocutor? Que glória há em divertir-se ao ver o seu inimigo caído no chão? É esta uma maneira de evitar o debate? O vosso povo tem um guia bem medíocre!».
O Grande Manitou, com o rosto rubro de cólera retrucou: «Para o meu povo, eu sou o sujeito e o verbo, eles não precisam de nenhum complemento!», ao que Aristóteles, com um ar de satisfação, respondeu: «Na verdade, se o povo é uma frase, o seu governante é o sujeito e o verbo, no entanto, é necessário que tudo esteja bem conjugado para que tenha significado, e a este todo, eu chamo-o Deus!».

Eu estava não muito longe da cena, Aristóteles enfrentava o Grande Manitou e ambos, cercados por guardas, enfrentavam-se diante de uma multidão tão viciosa quanto ávida por sangue.
Eu vi então a plebe aderir às palavras do filósofo, bem mais carismático do que o seu adversário, o qual, sob o seu bigode grotesco e a sua cara rubra de frustração, se ridicularizava mais e mais. Os seus olhos encheram-se de ódio e Aristoteles percebeu-o. Ele fez uma alusão a isso: «Que guia perde a sua temperança assim?».
Na sua clarividência, não lhe havia passado desapercebida a mudança da opinião do povo, amontoado à volta do espetáculo, então, ele prosseguiu de modo brilhante: «Povo de Aornos, olhai bem para o vosso Manitou, com o seu ar de grandeza e os seus ricos trajes, imagem da sua corrupção! Vejam o desprezo que ele vos mostra!».
O Grande Manitou sentiu então que o vento mudava, e num acesso de raiva, decidiu por um fim àquele duelo; ele pegou no punhal de um guarda e lançou-se contra Aristóteles, gritando alto com toda a sua voz: «Sendo assim, vejamos o que a tua sagacidade te fará!».
Utilizando a força e o peso do seu oponente, o Grego agarrou-lhe o braço e fê-lo girar no ar, defendendo-se assim do golpe mortal. O Manitou caiu pesadamente numa explosão de poeira e a multidão aplaudiu como um só homem.
Com toda a segurança da sua voz, Aristóteles proferiu: «Vejam com que manha o derrotado tenta triunfar!». Ele dirigiu-se então ao tigre de papel que se estendia diante dele: «Vós sois a vítima da vossa própria acídia que, na vossa mente tacanha, é o reflexo da vossa enfermidade! Aornos permanecerá a consequência da vossa eterna incompetência!».
Por fim, ele abriu os braços e, olhando em volta, dirigiu-se à multidão: «Aornos, acorda e não permitas mais que este infame vilão brinque contigo!».
O ditador insignificante levantou-se com dificuldade, e lançou um olhar carregado de ódio, antes de ordenar aos seus guardas que matassem Aristóteles. Foi então que a massa de espectadores, amontoada em redor do evento, tomou o partido de Aristóteles. Antes mesmo que os guardas fossem capazes de desembainhar as suas armas, eles foram atirados ao chão, e eu tive que me desviar rapidamente para evitar terminar pisoteado.

Assim terminou o cerco de Aornos, com uma vitória de Aristóteles sobre um tirano sem consistência e diante da cólera de um povo há muito explorado. O Grande Manitou foi, com os poucos guardas que lhe eram ainda leais, [color=orange]foram expulsos por uma multidão enfurecida. Quanto a Aristóteles, erguido como herói e triunfador do mal, foi levado pela multidão até às portas da cidade. Alexandre presenciou sem palavras este espetáculo, e teve, uma vez mais, que reconhecer o talento inestimável do seu amigo, levado pela sua Fé em Deus. Assim, o macedónio ordenou ao resto das suas tropas a tomarem Aornos. Aristóteles assegurou ao povo, convertido à palavra do Altíssimo, que aquela era uma benção disfarçada.



Traduzido pelos irmãos Ângelo de Montemayor e Bender.B.Rodriguez

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NReis



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MessagePosté le: Lun Juil 17, 2017 1:09 pm    Sujet du message: Répondre en citant

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O Cerco de Aornos – Capitulo VI


Na noite dessa vitória pelo Verbo, Alexandre, acompanhado por Aristóteles e por mim, pudémos constatar o entusiasmo que reinava na cidade de Aornos. As palavras do profeta tinham sido tão fortes que todos os habitantes tinham vindo ver este homem, que todos já consideravam como um novo guia. Olhando para trás, ainda me lembro perfeitamente daquele sentimento de liberdade e de alegria que envolvia então Aornos. Os poderosos corruptos ainda presentes tinham sido expulsos pela plebe e os outros estavam todos reunidos no sopé do templo do Grande Manitu, onde Aristóteles, assim como Alexandre e os seus generais, tinham estabelecido o seu quartel general. Um representante foi enviado para se encontrar com o Grego e para discutir o futuro da cidade.

O homem que estava diante de nós era jovem, chamava-se Jeremias, estava vestido com roupas simples e havia sido escolhido porque sempre tinha entendido que Aornos caía em desgraça. Jeremias foi um filósofo e respirava virtude. Ele aproximou-se humildemente de Aristóteles e saudou-o com deferência antes de lhe dirigir estas palavras: «Aristóteles, a tua vitória abriu os nossos olhos, a cidade está agora limpa de toda a impureza com o desaparecimento do Grande Manitou. Nós confiamos na tua sabedoria para nos guiar no nosso futuro».
Aristóteles permaneceu em silêncio por um longo tempo. Alexandre não interviu, deixando ao filósofo o ganho daquela vitória, importante para o que viria em seguida. O grego usou todo o seu esplendor para responder a este que o encarava: «Aornos foi a capital de todos os vícios e de todos os pecados, a cidade foi guiada pela corrupção e pela preguiça. Doravante, tudo isto acabou. Uma vez tive um sonho, o de uma cidade ideal que eu acreditava ter encontrado ao chegar a Aornos, e qual não foi o meu terror ao ver o que lá vi. Agora, devemos construir esta nova vida em conjunto, e é por isso que irei escrever os preceitos que farão de Aornos, a cidade dos meus sonhos».

Nos dias que se seguiram, Aristóteles pediu que não deveria ser perturbado sob qualquer circunstância, e trancou-se num quarto com alguma comida e um pouco de água. Eu aproveitei esta pausa para caminhar pelas ruelas estreitas de Aornos e escutar o que lá se dizia. As pessoas tinham reencontrado a amizade, as classes tinham sido abolidas e todos partilhavam um único desejo: viver juntos em perfeita harmonia. Eu estava seguro que isto não duraria e que este estado era sobretudo devido aos últimos acontecimentos. Jeremias havia explicado às pessoas o que Aristóteles lhe tinha dito e todos esperavam por uma coisa: colocar em prática estes preceitos mencionados pelo Profeta. Alexandre, por outro lado, aproveitava os benefícios de uma vitória inesperada e tirava vantagem de um pouco de descanso, colocando os seus generais no comando para manter a ordem, em caso de necessidade. Em suma, posso dizer-vos hoje que esses momentos passavam na minha mente como um ponto de viragem na história de Aornos.

Exatamente sete dias após a vitória de Aristóteles, este último, que ainda não tinha dado sinal de vida durante todo esse tempo, deixou finalmente o seu retiro. Ele pediu a Alexandre que lhe trouxesse Jeremias e expôs-lhe os frutos do seu trabalho com um ar calmo e uma certeza no olhar: «Aornos será uma cidade ideal e perfeita, onde todos viverão em harmonia. O equilíbrio será tão sólido que ninguém o poderá quebrar, e todos serão recebidos como um irmão. Esta cidade será organizada de acordo com o princípio dos três círculos concêntricos, ou das três classes de cidadãos».
E Aristóteles explicou então cada etapa da organização da nova Aornos. Explicou que a cidade deveria manter o mesmo nome, para provar a todos que o coração do homem pode mudar e a sombra, regressar à luz. Jeremias e Alexandre beberam estas palavras cheias de sabedoria e todos nós entendemos que não havia outra alternativa senão aplicar esses preceitos justos.

Nós permanecemos seis meses em Aornos, ajudando Jeremias a implementar o que Aristóteles havia escrito, trabalhando incansavelmente para recriar esta cidade com a qual o profeta tinha sonhado e discutindo com todos o porquê de cada decisão. É fácil para mim hoje compreender como este trabalho foi imenso, pois no preciso momento em que escrevo estas linhas, Aornos ainda brilha com a chama que Aristóteles fez nascer nela. Alexandre tinha dado o seu aval a tudo, cada detalhe tinha sido aceite, e parecia que, de alguma forma, ele estava em dívida para com o seu amigo. Durante uma conversa, vendo quanto interesse eu tinha pelas sagradas palavras do profeta, Alexandre explicou-me que não podia frustrar o seu amigo no seu projeto da cidade ideal. Na verdade, ele disse-me que nunca o tinha visto tão determinado a destruir o vício antes de retornar para a cidade.

Durante estes seis meses, Aristóteles ensinou Jeremias e alguns outros habitantes da cidade as subtilizas da fé; ele vê-los entrever a beleza do amor do Altíssimo e ancorou firmemente nos seus corações o fervor e a amizade. Eles constituíam a classe de ouro, a dos reis filósofos, o terceiro círculo de Aornos, onde todos praticavam a virtude com grande humildade. Cada um se tornou um sacerdote e juntos, orientaram Aornos em direcção à luz. Foram eles, com a ajuda de Aristóteles, que constituíram os outros dois círculos: a classe de prata, composta por cidadãos soldados, e a classe de bronze, composta por produtores. Assim, Aornos conheceu uma era de esplendor, mesclada de fé e de amizade onde todos encontravam naturalmente o seu lugar. Assim que este assombroso trabalho havia sido completado e prosperava, nós decidimos retomar a longa viagem que tínhamos começado. Aristóteles, que tinha sonhado com esta cidade ideal, explicou que tinha que continuar o seu trabalho através dos Reinos, e Alexandre continuou a sua jornada com os seus exércitos. Deixámos assim Aornos nas mãos de Jeremias, e dos reis filósofos, para nunca mais voltar. A nossa jornada conduziu-nos aos portões de Atenas, os quais tínhamos deixado há muito tempo, com a alma cheia de memórias ricas e duradouras.



Traduzido pelos irmãos Angelo de Montemayor e Bender.B.Rodriguez

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MessagePosté le: Lun Juil 17, 2017 7:20 pm    Sujet du message: Répondre en citant

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Os Últimos Dias do Profeta


Eu, Posidonia, neta do profeta de Deus, Aristóteles, filha de Nicómaco, gostaria de vos contar os últimos dias da vida do meu Avô.

Após a morte de Alexandre da Macedónia, Aristóteles tinha sido forçado a fugir precipitadamente de Atenas. De facto, Alexandre sempre o tinha protegido, mas com o desaparecimento deste último, os seus oponentes não hesitaram em tratar o meu Avô como um louco perigoso por causa dos ensinamentos que ele pregava ao seu redor sobre a existência de um Deus único.

Os defensores da Religião oficial não o suportavam mais e, com a notícia da morte de Alexandre, eles libertaram todo o seu fel e começaram a incitar a população contra o meu Avô. A sua casa foi incendiada, e o meu Pai, Nicómaco, teve os seus olhos arrancados. Aristóteles decidiu então deixar Atenas para chegar a Cálcis. Uma vez instalados, eu juntei-me a eles, mas os últimos acontecimentos tinham assombrado bastante o meu avô e ele perdeu a sua força rapidamente.

Foi então que nós soubemos do nascimento do filho de Seleuco, o companheiro de Alexandre que sempre tinha sido o mais receptivo aos ensinamentos do meu avô. A sua esposa Apama acabara de dar à luz uma criança que tinha sido chamada Antíoco, o primeiro nome do pai de Seleuco. Os olhos do meu avô começaram então a brilhar e, como se iluminados por Deus, ele disse-me que tinha absolutamente que ver essa criança. Enviei então um mensageiro a Seleuco, convidando-o com o seu filho a vir fazer uma visita a Aristóteles.

Seleuco aceitou de bom grado e chegou um mês depois acompanhado da sua esposa e do seu filho. Durante este período, Aristóteles falou muitas vezes com o meu pai para o preparar para a sua futura missão: tornar-se o tutor do jovem Antíoco.

Mas a sua saúde caiu bruscamente de novo e o meu avô estava acamado quando entrei no seu quarto para o avisar da chegada de Seleuco. Nesse momento o seu rosto iluminou-se e ele encontrou subitamente a sua força.

Ele pediu-me para o ajudar a vestir-se e então juntou-se a Seleuco, que estava muito feliz em rever o seu antigo mestre da época, onde ele e Alexandre haviam sido seus alunos... Aristóteles abraçou-o e disse-lhe: «Seleuco, eu estou tão feliz por te ver novamente e tenho grandes coisas para te dizer, mas primeiro, mostra-me o teu filho».

Seleuco virou-se para Apama que aproximou Antíoco do meu avô. Aristóteles olhava-o atentamente e disse: «Jovem Antíoco, o teu destino será inspirado por Deus. Por ti, milhares de homens de povos diferentes se converterão à palavra do verdadeiro Deus. E entre esses povos será encontrado um no qual nascerá aquele que terminará o que eu comecei».

Em seguida, voltando-se para Seleuco, acrescentou: «Educa o teu filho na Fé em Deus, ensina-lhe as lições que eu te dei, prepara-o para a missão que Deus lhe confiou. Para te ajudar, eu dou-te o meu filho, Nicómaco, que será o tutor do teu filho».

Seleuco ficou sem palavras diante da profecia que o grande Aristóteles acabara de revelar, e que o seu filho tinha sido escolhido por Deus para uma grande missão. Aristóteles entregou-lhe um envelope lacrado com a menção "Para Antíoco" e declarou-lhe que deveria entregar a carta ao seu filho quando ele tivesse 15 anos. Seleuco agradeceu-lhe e abraçou-o calorosamente.

O meu avô disse então adeus ao seu filho; ele tinha-se preparado por um mês para essa separação, que ele sabia definitiva. Ele observou-os ir e, em seguida, tomado de uma grande fadiga, adormeceu.

Um pouco mais tarde nessa noite, o escravo Perfidias, proveniente de Atenas com uma ânfora de vinho, cujo estranho conteúdo cheirava a cicuta, saiu de casa com uma satisfação de um trabalho bem feito e de dever cumprido. Após sete dias de inconsciência, Aristóteles acordou enquanto eu estava a chorar ao seu lado. Ele abriu a boca e num sopro disse-me estas poucas palavras: «O meu caminho na Terra acabou. Ainda há muito que fazer, mas a parte que Deus me havia atribuído terminou. Antíoco fará germinar a semente que eclodirá Christos...».

Ele havia dito este último nome de forma quase inaudível, e a sua mente tinha-o deixado ... Eu não conhecia Christos e não sabia portanto de quem ele queria falar...

Hoje estou velho e irei em breve encontrar o meu avô.
Como Aristóteles havia dito, eu vi Antíoco, preparado pelo meu pai, tornar-se Rei de um grande Império, eu vi-o transformar em religião do Estado os ensinamentos do meu avô, eu vi milhares de homens de diferentes povos converter-se. Eu tenho visto a palavra de Deus espalhar-se no nosso mundo. Mas Christos eu não conheci...

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