L'Eglise Aristotelicienne Romaine The Roman and Aristotelic Church

[Ltdamasceno]

- Eu reconheço.
_________________

[NReis]

-Prometes respeitar o Dogma, o Direito Canónico e todos os outros textos sagrados da Santa Igreja?
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[Ltdamasceno]

- Eu prometo.
_________________

[NReis]

-Aceitas tudo, de tua livre vontade, para que a tua alma seja salva e para gozar a ressurreição perto de Jah, na contemplação eterna da sua Beleza?
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[Ltdamasceno]

- Eu aceito de livre vontade.
_________________

[NReis]

-Desejas que o teu nome seja reconhecido como baptizado e servo de Jah Todo Poderoso?
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[Ltdamasceno]

- Sim, eu desejo.
_________________

[NReis]

-Peço então que rezes o Credo, Damas.
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[Ltdamasceno]

- Eu acredito em Jah, o Altíssimo Todo-poderoso,
Criador do Céu e da Terra
Do Inferno e do Paraíso,
Juiz da nossa alma na hora da morte.

E em Aristóteles, seu profeta,
O filho de Nicomaque e de Phaetis,
Enviado para ensinar a sabedoria
E leis divinas do universo aos homens perdidos.

Eu também acredito em Christos,
Nascido de Maria e de Giosep.
Que dedicou sua vida para nos mostrar o caminho do Paraíso.
Assim, depois de ter sofrido sob Pontius,
Ele morreu em martírio para nos salvar.
Entrou para o Sol onde O aguardava Aristóteles à direita do Altíssimo.

Eu acredito na acção divina;
Na Santa Igreja Aristotélica Romana, Una e Indivisível;
Na comunhão dos santos;
Na remissão dos pecados
Na vida eterna.

ÁMEN
_________________

[Vivian]

Quando Vivian foi pessoalmente convidada para a confirmação de batismo do Barão de Castelo Novo, ela ficou incrédula e sem ter certeza de que havia escutado direito.

- Como assim que o mouro vai se batizar? - pensava repetidamente.

Deste modo, a fim de verificar a veracidade do acontecimento e prestigiar Dom Ltdamasceno nessa cerimônia, Vivian encaminhou-se mais uma vez à Capela Portuguesa situada em Roma.

- Ainda bem que minha estadia aqui nestas terras não foi tão breve e pude aproveitar para vir e ver com meus próprios olhos! - o pleonasmo dava ênfase aos pensamentos da Viana.

Assim, vendo que a cerimônia já decorria, entrou discretamente e em silêncio, sentando-se no primeiro banco vazio que encontrou.
_________________

[NReis]

NReis prossegue e diz em voz alta:

-Vem ante mim para que te baptize no nome de Jah e no nome da Igreja Aristotélica.
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[vst]

Longe do reino de Portugal, V recebe uma missiva estranhissima da superiora do convento onde se encontra: ir ao baptismo do mouro Damasceno.

Acompanhada por uma freira mais velha que mal sabia falar português, V entra na Capela e a primeira coisa que ouve é "Vem ante mim para que te baptize no nome de Jah e no nome da Igreja Aristotélica."

-Baptizar de novo??? Que tortura, já estou no convento e...

Nisto cala-se quando todos olham e V percebe que aquela frase era para o mouro e mais uma vez dá-se conta que chegava atrasada á cerimonia.
Vê o famoso e chato padre Nreis que tanto o quis matar (logo a seguir benze-se por ter tido tal pensamento) com cara muito séria.
A freira com cara de má, puxa-a para o canto sussurrando algo em latim num tom zangada.
Ignorando o que a freira diz, observa o mouro e pensa que caminhos terá cruzado desde a altura que fora raptado e que ela encontrava-se gravida.
"Só o podem ter enfeitiçado para estar tão calmo..." -pensa por fim

[Ltdamasceno]

Escutou um burburinho logo no momento derradeiro de seu batismo e para sua surpresa, notou uma mulher na qual ele tinha grandiosa consideração e lhe foi uma paixão verdadeira.

- V? Perguntou-se o mouro, sem reconhecê-la depois de tantos anos. Do altar ele não conseguia ver o rosto com perfeição, mas o perfil e os cabelos da dama lhe davam o ar de familiaridade. Ele foi invadido pelas memórias que tentava suprimir, a guerra, a tortura e os assassinatos... Olhou para o Arcebispo por um breve momento e subitamente, estava de cara com a Criatura Sem Nome, responsável por todos os males que lhe aconteceram nos últimos anos.

Damasceno praguejou algo em árabe, pois isso ele sabia dizer bem e levou minutos de um constrangedor silêncio até que pudesse se recompor:

-Desejo pertencer hoje à Igreja Aristotélica. Baptize-me...

Seu estômago embrulhava, mas era notório que ele fazia um esforço para mascarar o que estava sentindo. Sua mente era invadida por lembranças que o confundia, memórias da morte de seu amigo Pekente lhe incitavam vingança e o dia que nasceu sua filha Yasmin, sua primeira princesa, lhe acalmavam o espírito.

Damasceno caminhou em direção ao Arcebispo que estava próximo da pia batismal, chegou perto deste e ajoelhou-se. O mouro não se recorda mais qual tinha sido a última vez que ajoelhara-se perante outra pessoa. Teria sido ao falecido Conde Sigmon? Ou ao Rei Dalur? Teria o Arcebispo metade do necessário para fazer um mouro ajoelhar-se? Estava confuso, era notório, mas mesmo assim continuou e permaneceu em silêncio.
_________________

[NReis]

O Arcebispo de Braga ouve um burburinho na Capela quando Damasceno se preparava para proferir os últimos votos do Batismo e reconhece a Dama Vst, que tinha sido sua aluna no Seminário Menor de Viana do Castelo, há bastante tempo atrás, e com quem tinha travado golpes, na Guerra Santa entre Aristotélicos e Averroístas.

Ao vê-la, NReis notou que a determinação de Damasceno vacilava, e que este se encontrava visivelmente nervoso. O Vice-Primaz preferiu não dizer nada, dando tempo ao Mouro para digerir toda a situação. Afinal de contas, o Batismo teria que ser algo natural, sem influências de ninguém, uma alma perdida procurando pelo seu Pastor. Só esperava que o seu amigo Damasceno não lhe fizesse perder todo aquele tempo para nada. Mas, ponderando bem, talvez pudesse cobrar ao Saadi Altir o tempo perdido - afinal de contas, precisava de um novo serviçal e aquele irmão Dahur dele parecia ser bem constituído.

Enquanto se perdia nestes pensamentos, NReis ouviu os votos do Mouro e viu-o ajoelhar-se à sua frente. Colocou então uma mão no ombro do seu amigo, para o acalmar, e pegou numa taça com a outra, enchendo-a de água. Abençoou-a então cerimoniosamente e pronunciou as palavras da consagração.

Em silêncio religioso, verteu-lhe o conteúdo na testa, e disse suavemente:

- Baptizo-te em nome da Igreja Aristotélica e em nome do Altíssimo, pela amizade dos Santos e pelo amor do Pai da humanidade.
Assim estás purificado pela graça do Todo Poderoso. As tuas faltas são perdoadas. A tua alma é libertada dos temores do inferno, sempre que a tua vida seja virtuosa.

Recebe esta vela acesa que representa a tua alma purificada,



e esta medalha que representa a palavra de Aristóteles.



Sê muito bem-vindo a esta grande comunidade! Que o Senhor sempre te acompanhe e te ilumine daqui em diante.

Abraçando o seu amigo, NReis ficara muito feliz daquele convite inesperado. Tendo combatido com o Mouro, este torna-se depois um grande amigo seu, que ele não esperava vir a ter. Pouco a pouco, o respeito do Arcebispo por aquele lutador tinha vindo a crescer e surpreendera-se bastante quando este lhe confessou que queria batizar-se e que queria ser o seu afilhado, se lhe desse essa honra. O Reverendo aceitara prontamente, ficando verdadeiramente feliz por aquele sinal de amizade e respeito mútuo.

Após o abraço, NReis retirou da sua algibeira um colar e entregou-o a Damasceno.



- Damas, adquiri este colar com a Tribo Celta que invadiu o Reino de Portugal há uns anos. Foi-me dito que simboliza a amizade e não pensei em melhor presente para te dar, como prova da nossa amizade. Que esta dure por muitos e longos anos!
_________________
His Excellency NReis Ribeiro de Sousa Coutinho | Archbishop of Braga | Vice-Primate of the Kingdom of Portugal | General Secretary of the Roman Registers | Writer of the Saint Office | Translator on Villa San Loyats



Diploma Curso Professoral

[Ltdamasceno]

- Amém Disse o mouro após ser batizado. A água não estava gelada como temia, mas refrescante. A medida que escorria pelo o seu rosto ele sentiu uma vontade incontrolável de começar a chorar, como se a partir dali todo o ódio e mágoa que tinha em seu coração fosse lavado. Ele recebeu a vela e passou a usar a medalha em volta do pescoço. A partir daquele dia Damasceno nunca mais iria deixar de usar aquela medalha.

- Obrigado meu padrinho, amigo e irmão. Diz ele a Nreis, abraçando-o sinceramente de volta. - Sou um novo homem a partir de hoje e tudo graças a ti e a tua confiança em mim. Sou te imensamente grato pela honra que me destes.

Observando o presente que o Arcebispo lhe entregara, o mouro fica surpreso e curioso. Não era comum este receber presentes e muito menos, um tão misterioso e belo.

- É belíssimo, eu não sei como te retribuir. O ostentarei junto da medalha que me deste e jamais a retirarei, como prova de minha devoção e amizade a ti. Muito obrigado!
_________________