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Capítulo XIV – O Jovem Filósofo

 
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Policarpo



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MessagePosté le: Sam Déc 08, 2018 11:21 am    Sujet du message: Capítulo XIV – O Jovem Filósofo Répondre en citant

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    Capítulo XIV – O Jovem Filósofo


    Aristóteles chegara ao crepúsculo da sua vida. A sua reputação ia muito além dos mares que rodeavam a Grécia. Mas o velho mestre amava cada vez mais caminhar pelos campos adjacentes a Atenas. Um dia, quando atravessava o portão ocidental, ele reparou num grupo de jovens sentados num jardim. Um deles ficara de pé debaixo de uma oliveira e parecia dirigir a discussão. Se a velhice tinha entorpecido o corpo de Aristóteles, o seu espírito e a sua curiosidade estavam ainda tão afiadas quanto a lâmina de uma gadanha. Ele aproximou-se do grupo. Compreendeu então que eles falam de filosofia.

    Um jovem: “Ó Epicuro, fala-nos dos Deuses.”

    Epicuro: “O que é um Deus, senão um ser perfeito, e portanto um ser perfeitamente feliz. E se eles são perfeitos, são incorruptíveis, pelo que a sua felicidade é eterna. Da mesma forma, por que os deuses preocupar-se-iam connosco? Nós devemo-nos desinteressar dos Deuses, porque eles não têm interesse pelas nossas pequenas coisas.”

    Aristóteles: “Que tolices!”

    Enquanto todos se viraram para ver quem tinha proferido essas palavras, Aristóteles aproximou-se, inspecionou uma pedra e sentou-se ali.

    Epicuro: “Não concorda com o que eu acabei de dizer?”

    Aristóteles: “Como eu poderia, uma vez que é falso? Dizes que os Deuses são perfeitos, não é? Contudo, pensa no que é a perfeição. A perfeição não é apenas física, também é moral. Um Deus deve necessariamente ser perfeitamente moral, portanto virtuoso e portanto bom.”

    Epicuro: “Mas pouco importa que ele seja bom. Ele é tão perfeito que não se importa connosco.”

    Aristóteles: “Muito pelo contrário, a sua perfeição obriga-o a preocupar-se com tudo; de outro modo, faltar-lhe-ia qualquer coisa e seria imperfeito. Além disso, falas de Deuses, mas apenas existe um. Como poderia um ser perfeito existir ao lado de um outro? Da mesma forma, se ele é perfeito, ele é único, pois qualquer perfeição estranha à sua, apenas dele poderia ser retirada.

    Epicuro: “A unicidade não pode criar a multiplicidade. Se o seu ser perfeito existe, nada pode existir a seu lado.”

    Aristóteles: “O argumento é bonito, mas é inútil porque visivelmente nós existimos, e evidentemente Deus existe. Eu diria ainda mais: a nossa existência implica a de Deus. Todo o efeito tem uma causa. A própria existência tem uma causa, que tem outra por sua vez... Se quisermos evitar a regressão ao infinito, é necessário postular uma causa primeira. Mas quem mais pode ser essa causa primeira se não um ser tão perfeito que não pode ter nem começo nem fim? Esta causa primeira é a fonte de todas as causas. Esta discussão, além disso, tem várias causas.

    Epicuro: “Tu intrigas-me.”

    Aristóteles: “Então tu és menos limitado do que eu pensava. Escuta com atenção as outras causas da nossa discussão. A causa material és tu, porque estás aqui e as tuas palavras provocaram esta discussão. Tu és a matéria-prima. A causa eficiente, sou eu, porque sou eu quem te instila um pouco de sabedoria. Eu sou o artista. A causa formal, é a dialética, que tu deves ainda aprender a dominar. É a técnica da arte. E a causa final, é a verdade, que se implanta na tua alma. É o trabalho finalizado.”

    Aristóteles levantou-se então enquanto o jovem filósofo não encontrava nada para responder. Ele sacudiu o seu quíton e partiu sem dizer uma palavra. Quando estava a alguma distância, ergueu o olhar para o céu e pronunciou estas palavras:

    Aristóteles: “Este jovem irá longe. As suas ideias provavelmente espalhar-se-ão rapidamente. Esperemos que outros venham que prossigam o meu trabalho e persigam este tipo de pensamentos.”


Quíton: Peça de vestuário utilizada na Grécia Antiga. Era uma túnica usada tanto por homens quanto por mulheres. Estendida, era basicamente um retângulo de tecido. Originalmente, era confeccionada com lã nos períodos mais antigos, sendo fabricada com linho posteriormente. A palavra quíton quer dizer "túnica de linho", sendo de fato o tecido mais usado para a sua elaboração.

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His Excellency the Most Reverend Monsignor Prof. Dr. theol. Policarpo von Wittelsbach
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