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[LIVRO DAS VIRTUDES 2 - O Duo] A Vida de Christos
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Adonnis
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MessagePosté le: Dim Déc 15, 2019 7:32 am    Sujet du message: [LIVRO DAS VIRTUDES 2 - O Duo] A Vida de Christos Répondre en citant

Citation:


A Vida de Christos

Prólogo

por Samoht, ano 87.

Aqui, meus irmãos, está a herança que transmito à vocês, na forma desses rolos de pergaminho.

Eu, Samoht, um velho que espera ser chamado pelo Altíssimo em breve para se juntar à Ele em Seu Reino, consigno aqui todas as minhas lembranças daquele chamado Joshua, também chamado de Christos, que marca indelével no mundo.

Vocês o conhecem, meus queridos filhos. Este homem alto, magro e bonito, radiante da felicidade divina, que vagava pelos desertos, com um cajado na mão. Ele estava ensinando a mensagem de Aristóteles aos homens para salvá-los de seus pecados. Ele se fez o tão esperado Messias, o tão esperado Guia.

Vocês o conhecem, vocês que já ouviram muitos testemunhos sobre ele, testemunhos às vezes divergentes, muitas vezes misteriosos, mas todos concordam com o destino excepcional desse homem habitado por Deus.

Agora, minha força está me deixando, meus amigos, e sinto que não durarei todo o inverno. Então, propus a contar-lhe a história dele tanto quanto a vivi, há muito tempo. Trabalhei como escravo, durante a noite, pelo brilho de uma vela. Eu mergulhei profundamente em minhas memórias para ter certeza de que tudo o que escrevo aqui é verdadeiro e preciso e removi todos os pensamentos que o tempo havia mudado ou embelezado.

E, no entanto, mesmo após tomar essas precauções, sua vida me parece uma miragem, um sonho deslumbrante, um mistério de uma beleza emocionante e melancólica. Infelizmente, hoje, curvando-me mesmo em pé, adornando-me com minha bengala, quando finalmente me levanto com minhas pernas frágeis para admirar a beleza da criação, não consigo evitar um engasgo; a luz do sol deste dia ainda parece impressa no corpo e na alma de Christos.

A natureza também testemunha a onipotência e bondade do Altíssimo. Quanto à vida, é em si mesma prova dessa transcendência perturbadora.

Minhas lágrimas de alegria são destinadas à Deus, como um agradecimento por ter nos criado e pelo enorme presente que ele nos deu, enviando-nos o Messias para nos salvar. Meus irmãos, que vocês também chorem de alegria ao ler estas linhas... talvez não tenha fracassado na missão que Christos me deu há várias décadas.

Assim, três séculos depois que Aristóteles revelou a palavra divina, aqueles que tinham fé no Eterno ainda eram confrontados com o poder absoluto de várias religiões pagãs que sacrificavam seus muitos deuses falsos, alguns dos quais até adaptaram as lições de Aristóteles para desviar melhor a verdade deles. Mas a verdadeira fé não perdeu o coração dos homens e mulheres da época, e eles foram confrontados todos os dias com as convicções errôneas desses pecadores. Todas os verdadeiros crentes esperaram até que a profecia de Aristóteles se manifestasse e o Messias pudesse confirmar a mensagem do Eterno.

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MessagePosté le: Dim Déc 15, 2019 7:32 am    Sujet du message: Répondre en citant

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Capítulo 1 - O Menino nascido em Belém, na Judeia

Quando eu conheci Christos, ele gostava de falar conosco por horas à fio, com uma voz apaixonada e fascinante. Bebemos em suas palavras com entusiasmo e nutrimos nossos corações com eles. Foi no momento de uma dessas longas discussões que Christos nos contou sobre sua infância. Assim, eu relato a vocês, meus filhos, porque essa parte de sua vida era tão bonita quanto a que vivi ao seu lado.

Maria morava com José, com quem ia se casar. Ambos eram humildes vagabundos, mas viviam em virtude, agradecendo ao Altíssimo por todos os benefícios terrestres de que gozavam. Além disso, eles tinham, um pelo outro, um amor sincero e puro de qualquer luxúria, e suas vidas eram felizes. Mas um dia, Maria viu em seus sonhos um cavaleiro vindo de muito longe para se encontrar com ela. Ele chegou na frente da casa dela e desmontou. Ele era um homem de comportamento majestoso; ele avançou e disse:

“Maria, não temas, porque o Eterno te ama e te escolheu para um trabalho maravilhoso. Um filho nascerá de você e você o nomeará Josué. Ele será um guia, um Messias habitado por Deus. Ele levará a palavra de Deus aonde quer que vá e salvará o povo de seus pecados, ensinando-lhes a sabedoria de Aristóteles.”

O cavaleiro partiu novamente, de volta para a região remota de onde tinha vindo. Maria acordou nesse momento e viu José na sua frente, olhando-a com olhos de amor.

E ocorreu como o sonho havia anunciado. Maria deu à luz um filho, e tudo ocorreu de acordo com a profecia de Aristóteles, seus pais o chamando de Josué (Joshua).

A criança nasceu em Belém, na Judeia. Por causa da superpopulação que existia nesta cidade, o casal encontrou apenas um barraco em ruínas para descansar, pois não havia lugar para acomodá-los em outro lugar. Mas quando o filho nasceu, ele parecia, para todos os que o viam, tocado pela graça divina, porque ele irradiava gentileza e calma. Assim, o povo da pequena aldeia fez doações para que esse filho abençoado de Deus tivesse tudo o que era necessário para ele. Alguns trouxeram roupas de cama, outros ajudaram a consertar o barraco e outros ainda trouxeram comida e roupas para os dois pais felizes.

Maria foi transfigurada pela felicidade. Sua alegria a deixou iluminada e ela agradeceu ao Altíssimo todos os dias pelo nascimento dessa criança.

É neste lugar calmo e pacífico que Josué começou sua vida, longe de qualquer violência ou perversão... até...

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MessagePosté le: Dim Déc 15, 2019 7:32 am    Sujet du message: Répondre en citant

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Capítulo 2 - A fuga para Chipre

Maria estava muito feliz por ser a mãe dele que se tornaria o Messias para segurar sua língua. Um dia, quando ia procurar água na fonte, cruzou o caminho com uma cortesã do rei da Judeia chamada Elitobias.

Elitobias, uma estudiosa da via do Estado à quem servia com muito zelo, vivia com indecentemente no luxo, alimentando-se de carne, peixe e leite. Ela costumava tirar sarro da pobreza de Maria. Para ela, ela disse: “Sirvo o maior Rei da região, nosso amado Mistral IV."

Então Maria cometeu um erro. Não podendo mais apoiar as observações sarcásticas de Elitobias, ela respondeu: “Quanto a mim, sou a mãe do Messias, Josué, que levará a mensagem de Aristóteles e que destronará todos os seus falsos reis e seus falsos profetas. Mistral IV é um rei temporário, pois meu filho o excederá em carisma e seu nome permanecerá gravado na memória por muito mais tempo que seu rei."

Então Elitobias, que acreditava nos sonhos e nos sinais do destino, ficou perturbada. Ela voltou às pressas ao Palácio de Mistral IV para avisar seu mestre.

Mistral IV era um homem como o mármore, uma estátua polida pela pátina do tempo. Ele era moreno, viúvo, inconsolável na tristeza e distante de todos. Um Príncipe que lutou contra os medos graças a um sistema inteligente de polias e carroças. Mas, desde então, sua glória ficou pálida e ele se tornou um Rei quieto e desapegado de misérias para seu povo. Ciumento de seu poder, ele fingiu dirigir seus súditos, mas na verdade deixou para sua intrigante esposa q tarefa de governar o reino. Ele nunca mais deixou o luxo de seu palácio, exceto para suprimir uma conspiração ou reprimir uma revolta.

Quando ouviu Elitobias, por quem tinha uma inclinação de culpa, recontando o que ela ouvira, ficou surpreso. Então ele perguntou a ela: "Quem é esse pequeno que se chama Josué e quem salvará seu povo? Onde eu poderia encontrá-lo? Em que salão? Em que taberna?"

Elitobias continuou seu discurso, esperando ganhar para si mesma uma recompensa deste Rei friamente atraente.

"Pelo que Maria me disse, Josué é o messias, o guia, o espelho da divindade. Ele é anunciado por Aristóteles e, de acordo com sua profecia, ele trará aos homens a boa palavra e confirmará os preceitos aristotélicos. Sua influência será grande e seus discípulos numerosos, que se reconhecerão nele e em Aristóteles nos próximos milênios. Você pode encontrá-lo em Belém."

Com essas palavras, Mistral sentiu surgirem nele suas antigas superstições, bem como a lembrança da fé que ele conhecera, mas reprimira e afogara em seu coração. Ele tinha medo de perder o trono e levou essa ameaça muito a sério. Ele chamou seus guardas e disse-lhes:

“Guardas, um homem acabou de nascer, que poderia falar contra mim. É necessário à todo custo impedir que esse homem fale assim. Ele está em Belém. Encontre-o e assassine-o! Use até o meu sistema de polias e carrinhos, se necessário!”

Então a guarda do rei o fez e partiu para Belém.

Mas nessa noite, Maria teve um sonho novamente. Ela viu novamente o cavaleiro que anunciara o nascimento de Josué. Ele reapareceu diante de Maria e disse-lhe: “Levanta-te! Leve Josué com você e vá. Vá para o norte, em direção à ilha de Chipre, e permaneça lá até ser chamada para voltar, pois Mistral deseja matar a criança."

Então os pais se levantaram, pegaram os pães e espigas de milho da cabana e saíram pelas estradas, indo para o norte, passando por Tarotshé. Eles deixaram as fronteiras do país e permaneceram em Chipre enquanto a ameaça ressoasse.

Mistral IV, aprendendo com seus guardas que os pais haviam fugido do país, ficou furioso e disse: "Guardas, este José e esta Maria são provocadores! Eles me enganaram e cometeram traição ao recusar um decreto real. Vamos erradicá-los imediatamente! Quanto a esta linhagem de... de... ela deve ser quebrada. Vá e encontre todas as crianças com menos de dois anos e as erradique, com a catapulta, se necessário."

Assim, os famosos Exércitos de Mistral, aqueles que ele conseguiu criar em massa em apenas algumas horas, partiram e cruzaram o país. Eles examinaram cada salão, cada taberna, deixando mensagens nas quais pediam à população que apresentasse às autoridades todas as crianças menores de dois anos, para identificá-las, supostamente.

E as pessoas comuns, inocentemente, levaram seus filhos ou netos às autoridades sem perceber o drama que estava acontecendo. Lágrimas foram derramadas e gritos de angústia foram ouvidos, e se viu sangue, suor e lágrimas. Esses guardas, que eram terríveis, sujos e maliciosos, cortam a garganta dessas jovens almas inocentes diante dos olhos de seus próprios pais.

E o homem moreno, do alto de seu trono, assistiu ao massacre silenciosamente, melancólico e frio. Após essa crise, o Rei caiu em silêncio, letárgico. Tanto que ele se esqueceu, ao longo dos anos, de comer e perdeu força. Ele ficou fraco, depois esquelético e finalmente morreu.

Em Chipre, os pais de Josué descobriram a morte de Mistral e pensaram que a vida da criança não era mais ameaçada. Então, José e Maria decidiram retornar à Judeia, no entanto, optaram por não chamarem seu filho de Josué, mas sim de Christos, para não chamarem qualquer atenção para ele. Tiraram do barraco os pães e as espigas de milho que restavam para eles e saíram pelas estradas em direção ao sul, enquanto passavam por Tarotshé. Eles chegaram finalmente a uma cidade chamada Nazaré, cumprindo novamente a profecia de Aristóteles.


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Capítulo 3 - A sua infância em Nazaré

Christos passou a infância na aldeia de Nazaré, onde foi criado por seu pai, José e sua mãe, Maria.

Como Christos era uma criança exemplar e cheia de amor, ele era amado por todos na vizinhança. Além disso, uma mulher, superando todas as outras em benevolência, ofereceu uma pequena horta ao casal. Assim, enquanto José ia cortar madeira na floresta vizinha, Maria cultivava vegetais. Esse alimento saudável parecia fazer maravilhas em Christos, que, durante toda a infância, mostrou um carisma extraordinário para uma criança tão jovem. Suas palavras eram de ouro e, quando ele falou, todas o ouviram com atenção, sem ousar interromper.

E Maria, que continuou suas colheitas de legumes, em breve poderia comprar um pequeno prado onde algumas ovelhas poderiam pastar pacificamente.

Christos adorava cuidar desses animais plácidos. Quando perguntado por quê, argumentando o trabalho árduo necessário, Christos respondeu: "Deus deu aos seres humanos o trabalho para que todos os dias eles merecessem o título de filhos de Deus. Ele nos permitiu sermos superiores aos animais e apenas beneficiários do dom da linguagem, porque somos os únicos capazes de amar sem esperar em troca. Eu amo essas ovelhas e esses carneiros, não na esperança de que elas o devolvam para mim, mas porque são como nós, criaturas do Altíssimo. "

Christos frequentemente ajudava seu pai a transportar madeira do mercado para casa, e lá ele observava José trabalhando na madeira e dando-lhe forma. Um dia, Christos disse: “Essa madeira que você aplana e que corta para fazer molduras é como uma imagem do mundo. Como esta madeira, o mundo se torna como nós mesmos o fazemos, por isso devemos trabalhar com amor e atenção. Os homens são quadros, e eu faria desses quadros o cume da minha igreja."

Maria preparou uma refeição misturando pão velho com milho e leite, cozido em uma jarra de barro. Christos disse-lhe: “Este prato que você prepara, este alimento que você mistura é uma imagem do povo. Porque devemos nos misturar para formar e liberar esse perfume de felicidade.”

Por sua vez, José e Maria ensinaram ao filho os princípios da virtude. Christos mostrou neste campo uma receptividade extraordinária. Ele não apenas entendeu esses preceitos: ele os viveu plenamente. Ele respirou virtude e todos os habitantes da vila foram inspirados por seu exemplo.

Christos adorava passear no campo e nos desertos, passar um tempo no meio da natureza, admirando a beleza da criação. Ele pisou na grama alta e usava as sandálias no pó das dunas. Ele tomou os caminhos, escalou as montanhas e contemplou o mundo cuja harmonia e disposição dos elementos ele admirava. Talvez ele estivesse pensando nas causas de todas essas belezas?

Assim, ele passou a infância e cresceu cercado por pessoas a quem amava.

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Capítulo 4 - Viagem à Judeia e seus primeiros sermões

Tendo atingido a maioridade, Christos decidiu deixar seus pais para atravessar o mundo e ajudar seu povo. Ele saiu de casa com idéias maduras sobre os preceitos de Aristóteles e a mensagem de Deus.

Tendo se despedido de seus pais, ele se aventurou no país da Judeia. Ele seguiu caminhos precipitados, escalou montanhas, desceu a planícies e atravessou rios.

Durante suas viagens, ele conheceu muitas pessoas, muitas vezes vestidas com trapos, que procuravam nas viagens e na meditação um meio de chegar a uma verdade mais completa. Christos parou para conversar com muitas dessas pessoas, enriquecendo com suas experiências e sua humanidade.

Mas ele também viu os excêntricos e extravagantes, os loucos e os reclusos. Em suma, ele viu vários vagabundos recusando, devido a um ódio à humanidade, à companhia e à vida da cidade.

Então, ele tentou se aproximar desses pobres humanos; ele falou com eles e explicou a filosofia de Aristóteles e a lição do Altíssimo para eles.

“Aristóteles”, ele disse, “nos ensinou que o homem sábio deve participar da vida da cidade. Vocês, meus amigos, olhem para si mesmos. Você está feliz? Você sabe o que significa ser humano no meio do nada? Meus amigos sabem que o homem, por natureza, é feito para viver com seus vizinhos."

Tendo dito isso, Christos moderou suas palavras, da mesma forma:

“Mas não esqueçam que cada homem também tem uma individualidade, cada homem tem seu próprio relacionamento com Deus e com a natureza. Não esqueçam isto. Encontrem o tempo e os recursos necessários para a reflexão. De tempos em tempos, retirem-se, além da cidade, para se reencontrarem, em oração e meditação. A quietude e a concentração do seus espíritos os ajudarão a refletirem sobre o amor de Deus de volta à Ele. Os retiros são, desta forma, um meio de vocês se afastarem da cidade, para melhor contemplá-la e apreciá-la.”

Sua força de persuasão era tal que todos aqueles que cruzaram seu caminho estavam convencidos. E, depois de conversarem com Christos, eles retornaram às suas cidades e causaram surpresa e alegria entre os habitantes da cidade.

De fato, os tempos eram difíceis, e cada um aguardava a chegada de um Messias. No entanto, hoje em dia, muitos retornaram às suas instalações dizendo: "Christos, nosso salvador, chegou, como foi dito na profecia de Aristóteles".

Mas Christos sentiu em si mesmo a necessidade de se retirar por um tempo para se recompor. Então, ele foi isolado do mundo enquanto caminhava no deserto. Seu retiro espiritual durou quarenta dias.


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Capítulo 5 - Retiro no deserto e o seu encontro com a Criatura Sem Nome

Josué já caminhava no deserto há vários dias, bebendo a água e comendo os gafanhotos da areia, quando, cansado, sentiu vontade de deitar e descansar. Pareceu-lhe que uma força misteriosa lhe disse:

“Pare, Christos, filho de José, porque você está se cansando? Se você desejar, pode voltar e regressar para sua casa e não mais se cansar.”

Era a criatura sem nome, que vivia na escuridão por milênios. Não queria que, através de Christos, a palavra do amor de Deus fosse difundida. Decidira corromper Christos, a fim de desviá-lo de sua missão justa. Se as raízes da árvore escurecessem, nunca produziria frutos.

Christos respondeu, sem raiva: “Afaste-se de mim, você que quer que eu me perca na preguiça. Vou continuar porque o mundo pertence àqueles que acordam cedo!”

E a tentação de descansar foi dissipada naquele momento.

Então, como Josué jejuou por dias, ele ficou cada vez mais faminto. Sentia dor no estômago e um desejo veio a ele para que abrisse as últimas provisões que lhe restavam na bolsa de pele de carneiro. A criatura sem nome, dotada de um carisma excepcional, disse-lhe:

“Abra sua bolsa, Christos, filho de José, porque você está com fome? Coma a carne e o pão que o aguardam... você sempre poderá reservar os gafanhotos para mais tarde. Pense na sua fome.”

Christos respondeu novamente sem raiva: “Afaste-se, você que quer que eu me perca na gula. Eu não abrirei minha bolsa porque o mundo pertence àqueles que podem suportar a fome.”

Então, como Christos estava no meio do deserto, ele sentia cansaço, sentia fome e sentia dores em seu corpo. De repente, fitando o horizonte à sua frente, ele teve a impressão de estar vendo um oásis. Era um pequeno lago cercado por arbustos verdes. O oásis ainda estava longe, mas gritos de alegria pareciam escapar dele. Christos logo reconheceu silhuetas de mulheres nuas tomando banho nessa água. A voz doce da criatura sem nome disse-lhe:

“Por que você hesita, Christos, filho de José, para se juntar a elas? Você não as ouve? Essas lindas mulheres que te chamam? Elas estão aqui para você! São tão lindas, meu Deus!"

Christos respondeu, sem raiva: “Afaste-se, seu espírito de vício, que quer me afogar em luxúria. Não me desviará do meu caminho, porque, por mais verdadeiro que me pareça, este oásis e essas mulheres desaparecerão da minha vista."

E, de fato, em breve, a imagem do oásis se dissipou, deixando Christos com a visão de um deserto estendido ao horizonte e irradiado pelo sol.

Então, enquanto Josué continuava andando, sem olhar para trás, deparou-se, de repente, com a imagem de uma cidade grande. A cidade era magnífica, as torres e os muros não escondiam sua riqueza e as casas adornadas com ouro e pedras preciosas pareciam brilhar intensamente. Uma cúpula se projetava acima da cidade. Era o Palácio do Prefeito. A doce voz da criatura sem nome disse a Christos:

“Vê esta cidade linda? Pense em suas riquezas! Com os talentos que você tem, você pode se tornar o prefeito, se quiser. Porque, na verdade, se você foi capaz de jejuar durante todos esses dias, bem como resistir ao cansaço e à luxúria; sua força de caráter pode levá-lo ao lado do Altíssimo!"

Então Christos respondeu, sem se enfurecer:
“Afaste-se, espírito maligno que quer me afundar no orgulho, na inveja e na avareza. Eu também resistirei a esses pecados, porque é pequeno aquele que cede aos seus impulsos.”

Então a criatura sem nome clamou: “Deus nos fez seus filhos, porque somos as mais fortes de suas criaturas. Entre nós, sou o seu preferido, porque sou o mais forte de todos nós. Eu entendi que os fortes sempre devem dominar os fracos, assim como vocês homens dominam as vacas, os porcos e as ovelhas. Deus nos deu a sua criação para experimentar os mil prazeres do corpo e do espírito, que merecemos. Como seria possível prestar-lhe uma homenagem melhor do que apreciar os prazeres da sua criação?”

Mas Christos respondeu: “Vá embora, tentador! Sua presença entre a criação é um insulto à Deus. Saiba que você não é o seu preferido. Ele te relegou às trevas, porque você foi desviado da Sua luz. Ele deixou sua existência apenas para testar a fé dos Seus filhos.”

E acrescentou: “Deus nos fez seus filhos, porque somos os únicos que podem amar sem esperar nada em troca. Ele não vos deu esse status, criatura vil, porque você não tem alma, porque seu coração é negro como as trevas. É certo que o mundo, criado por Deus, oferece mil prazeres e muito mais. Certamente, é uma homenagem à ele saber como apreciá-los corretamente. Mas esses prazeres devem ser provados e não devorados. Somente a virtude, como nos foi ensinada pelo profeta Aristóteles, permite-nos apreciar os prazeres mundanos sem cair no vício e no pecado.”

E finalmente, concluiu: “Isso acontece porque o pecado é a negação da perfeição divina. O abandono total dos muitos prazeres é acompanhado pelo desvio do amor de Deus, enquanto o gosto comedido dos prazeres da criação divina só pode ser alcançado através do amor de seu criador. Agora afaste-se de mim!”

Imediatamente, a criatura sem nome, que se arrastava ao seu lado, desapareceu, deixando-o sozinho em meio ao deserto. Ele atravessou esta terra de tentações por quarenta dias.


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Capítulo 6 - Os Primeiros Discípulos

Naquela época, a sociedade estava em crise. Vários cultos pagãos existiam. Além disso, alguns homens haviam esquecido os preceitos de Aristóteles e adoravam falsos ídolos. Outros, agrupados em uma igreja poderosa, alegavam seguir Aristóteles, mas haviam desviado de sua mensagem ou falharam em compreendê-la. Felizmente, ainda havia pessoas que viviam razoavelmente na virtude, como foi ensinado por nosso primeiro profeta.

Vocês devem saber, meus filhos, que nem a poderosa Igreja da qual lhes falei, nem a adoração de ídolos, responderam à sede da multidão pelo divino. Assim, os habitantes do país da Judeia viviam em estado permanente de pecado e desviavam cada vez mais os olhos da transcendência do Todo-Poderoso.

Havia, ainda, algumas pessoas que tentavam reunir homens de boa vontade, mas a maioria se afundou em luxúria e fornicação. Essa vida de prazer aumentou a preferência do povo pelo individualismo, e não pela comunhão e comunicação. Muitas almas perdidas queriam recorrer ao seu guia espiritual, o sumo sacerdote do país, o chefe de todos os sacerdotes, mas este permaneceu em silêncio diante deles.

Ele era um homem de poucas palavras, que respondeu laconicamente a cada pergunta: “Não tenham medo, abram seus braços para Aristóteles."

Christos, depois de sua provação no deserto, retornou à civilização e pregou as boas novas e a mensagem de Aristóteles em muitos lugares das aldeias. Ele disse: “Arrependam-se! Confessem seus pecados, pois o Altíssimo não gosta de ver o vício invadindo e conquistando as cidades dos homens."

Várias pessoas ouviram seu discurso. Duas delas, um artesão e seu aprendiz, ficaram impressionados com a precisão de suas palavras. Estas duas pessoas eram Tito e seu servo, Samoht.

Nós nos aproximamos de Christos, acompanhados de perto por nosso amigo Paulos, apesar de sermos apenas camponeses. Eu era mais novo, ainda pouco mais do que uma criança... mas fui eu quem falou: “Mestre, suas palavras são tão certas, por favor, conte-nos a mensagem de Aristóteles!"

Então, Christos, tocado pela minha inocência juvenil, nos respondeu: "Então me sigam. Seus negócios, seus bens, suas ferramentas podem esperar até que vocês terminem sua missão. Por enquanto, vou fazer com que vocês construam minha Igreja: o mais belo instrumento de paz já conhecido. Saibam que eu vos ensinarei sobre a sabedoria de Aristóteles e a mensagem de Deus, mas primeiro vocês terão que aprender sobre o altruísmo e a abnegação."

Todos nós seguimos com a multidão, à caminho da grande basílica em que residia o líder de todos os sacerdotes. O homem dormia profundamente diante de uma assembléia atônita que observava os mínimos movimentos das pálpebras ou das narinas, aguardando a cerimônia que ele deveria ter realizado.

Christos, acompanhado por seus três companheiros, entrou na sala e disse:
"Você, homem de pouca fé, o que está esperando para cuidar das aspirações dos crentes? Por que você não responde a angústia deles?"

Christos virou-se para nós e disse:
"Saiba: este homem representa o vício infiltrado no coração do templo de Deus. Ele é como vocês, meus amigos, que em seus corações como criaturas de Deus também conhecem os pecados.
Veja, àquele que não mexe sequer um dedo não merece ser rei.
E você, Rei dos crentes, o que você está fazendo? Você não vê sua igreja desmoronando? Você não ouve o clamor das almas que lhe pedem ajuda do lado de fora dos muros do seu palácio?"


Despertado pela voz de Christos, o sumo sacerdote, que mesmo sendo de poucas palavras, não as escolheu para responder, levantou-se e gritou: “E quem você acha que é? Se você não está feliz, eu lamento, rapaz! Mas você realmente precisa destruir meus sagrados ouvidos?!”

Com essas palavras, Christos voltou-se para seus discípulos e disse:

“Em verdade, vos digo; é melhor ouvir do que ser surdo! Esse homem cai nos excessos denunciados por Aristóteles, permanecendo quieto a maior parte do tempo, mas quando fala, fala demais. Ele não conhece a virtude da temperança, nem a felicidade.”


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Capítulo 7 - Os Doze que defenderam Christos

Ah, eu sempre me lembraria desse dia, meus amigos. Depois que saímos da Basílica, nos encontramos cara a cara com um grupo de ociosos que declamaram fortemente um contra o outro. Tentamos impedir Christos, mas ele não nos ouviu e se aproximou desse grupo de brigas.

Ele entendeu prontamente a causa do conflito diante dele: uma ovelha foi perdida, aterrorizada pelos gritos que vinham de todos os lados. À sua esquerda, havia seguidores das religiões pagãs, seu sacerdote na cabeça, segurando na mão uma faca comprida. Do outro lado, estavam alguns que estavam decepcionados com o paganismo e que, um pouco menos desviados dos preceitos de Aristóteles do que o primeiro, haviam se reunido para denunciar o sacrifício bárbaro que estava sendo preparado em honra dos falsos deuses. Cada lado rugia veementemente contra o outro.

Então, Christos chamou calmamente o animal aterrorizado, que obedientemente avançou em sua direção. Christos acariciou-o e depois mandou-o embora. A ovelha então saiu. Mas o sacerdote pagão ficou furioso com Christos e avançou em sua direção, com a faca levantada. Foi então que interpusemos Titus, Paulos e eu, logo juntamos outros nove daqueles desapontados com o paganismo que haviam se reunido à direita. Mas Christos deu um passo à frente e encarou o sacerdote. Este último, então, encontrou o olhar do bem-aventurado de Deus, afastou-se dele e saiu sem dizer uma palavra, a multidão de infiéis seguindo-o timidamente.

Então nós doze, que queríamos defender Christos, estupefatos com o que acabara de acontecer, nos voltamos para esse homem grande e misterioso. Um de nós, um homem que eu ainda não conhecia, mas cujo nome era Thanos, disse-lhe: “Mas quem é você, você que acalma o cordeiro e cuja delicadeza afasta a infâmia pagã?"

Então Christos respondeu: "Meu nome é Christos, filho de José e Maria. As pessoas que me conhecem dizem que eu sou o messias, porque amo a Deus e amo meus semelhantes."

E exclamamos: “Na verdade, nenhum de nós duvida desse fato. Agradecemos ao Altíssimo por nos ter enviado você, para que Sua palavra ilumine nossas vidas e que a profecia de Aristóteles seja cumprida."

E Christos finalmente respondeu: "Em verdade, é muito triste que tantos filhos de Deus se afastem do Seu amor. Eles precisam de quem os guie para que os erros do passado sejam apagados. Vocês querem me seguir para que eu os tornem apóstolos da palavra de Deus?"

Olhei para os nove que ainda não conheciam Christos, que pareciam um grupo dividido entre alegria e angústia. E eles perguntaram ao Messias o que era necessário fazer para se juntar a ele.


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Capítulo 8 - Os Doze Apóstolos

Ah, meus filhos, Christos nos iluminou! Suas palavras permanecem gravadas em minha memória.

“Meus amigos”, ele nos disse, “não se enganem! Aqueles que não vivem na amizade como Aristóteles nos ensinou queimarão nas mil chamas do inferno. Aqueles que se entregam a experimentar as tentações do pecado, aqueles que não conhecem a virtude, acabarão no sofrimento e na solidão do inferno. Aqueles que se rendem à voz doce do pecado, que são seduzidos por sua fala, irão acompanhá-la na escuridão das trevas. Aqueles que, finalmente, rejeitam o amor de Deus e de seus semelhantes, que se refugiam apenas em seu próprio egoísmo, acabarão no abismo infernal. Além disso, cuidem-se meus irmãos e irmãs, estejam atentos e vigilantes! Ninguém sabe o dia em que as profecias se tornarão realidade. Ninguém sabe o dia e a hora do fim dos tempos."

Ouvimos atentamente o que ele disse, com a intuição de que esse dia foi decisivo para nossas vidas futuras. E os outros nove que se interpuseram permaneceram imóveis, com as bocas escancaradas diante de toda a verdade e precisão vindas deste homem.

Christos continuou: “Vocês desejam juntar-se à mim? Nesse caso, tenham muito amor em seus corações e sigam-me, dedicando um pouco do seu tempo e de seus bens. Por outro lado, se vocês optarem por se dedicarem a guiar outras pessoas no caminho da Igreja, será necessário priorizarem à Deus. Depois, afastem-se dos seus bens, do seu trabalho, das suas ferramentas, digam adeus à sua família... Prefiram a simplicidade e as instruções aos ornamentos das pessoas ricas e às belas decorações. Pois nossa tarefa exigirá que sacrifiquemos o bem pessoal ao bem coletivo, ainda assim, em troca, vocês se tornarão santos entre os filhos de Deus.”

E ele disse, ainda: “Se sua família não entender, ore por eles, porque eles não são sensíveis à mensagem de Deus. Se alguém o provocar e tentar iniciar uma luta, não fique chateado com ele e ore por ele, porque ele não é sensível à mensagem de Deus. Se seus amigos o evitam, envolva-os contigo, para que eles também descubram a mensagem de Deus.

A estrada será longa e tortuosa, o caminho será difícil, o horizonte será distante, a encosta ingrime, mas o sol iluminará nossos passos. Teremos problemas, disputas, raivas, paixões, hesitações, mas o amor e a amizade nos unirão e o próprio Deus nos apoiará.

Se você quer viver sozinho, raciocinar sozinho, comer sozinho, caminhar sozinho, nada o impedirá. Siga seu caminho e refugie-se no amor à si mesmo. Mas se alguém te bater e você cair, ninguém estará lá para ajudá-lo.

Se você quiser viver em grupo, no amor ao próximo e na multidão, se você deseja compartilhar seu pão com seus amigos, com seus irmãos, então venha até mim e siga-me. Nesse caso, se você cair no caminho, um irmão irá ampará-lo e ajudá-lo.

E nós, seus amigos, ouvimos e concordamos com Christos. À partir de agora, tínhamos doze para segui-lo. As seis mulheres foram nomeadas como Calandra, Adonia, Helene, Kyrene, Ophelia e Uriana. Os seis homens foram nomeados como Daju, Thanos, Paulos, Nikolos, Titus e Samoht, seus servos.



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Capítulo 9 - Christos espalha a Boa Nova

E foi dessa maneira, indo de vila em vila, que Christos espalhou as boas novas às multidões que se reuniam. A cada vez, as pessoas ficavam impressionadas com a precisão e o poder de suas palavras, de modo que a fama de Christos, o galileu, se espalhava nos confins mais longínquos da Terra, e as multidões eram cada vez mais numerosas nos lugares onde Christos falava.

Ele costumava dizer: "Ame a Deus como ele te ama e viva em amizade com os outros, como Aristóteles lhe ensinou". ou "Acredite no amor que Deus tem por você e ame a Deus por sua vez."

E ele também dizia: “Não deixe sua solidariedade conhecer fronteiras! Lembrem-se, meus amigos, que Aristóteles vivia em um país de intolerância para com as outras pessoas. Hoje, vocês devem saber que todas as nações têm direito ao respeito e seu povo à liberdade e à amizade.”

Por fim, ele concluiu: “Da mesma forma, solidariedade e amizade não devem ser restringidas por uma fronteira entre os sexos. Porque os homens e as mulheres são filhos de Deus e, nisso, são iguais.”

No caminho, ele se encontrou com muitos enfermos e deficientes, e vimos coisas extraordinárias: bastava que Christos tocasse um homem leproso ou cego para que sua deficiência desaparecesse. O doente sentia-se vivo novamente em sua abordagem, e cheio de novas esperanças. Os mudos começavam a falar, os surdos a ouvir, os cegos a ver, os paralisados ​​a andar, e todos então abençoavam Christos e ao Altíssimo, louvando-os e agradecendo-os de todo o coração.

Um dia, nossa pequena tropa de peregrinos encontrou um homem que sofria muito por ter sido atacado enquanto estava na estrada. O homem não tinha mais forças para continuar. Ele não bebia há muito tempo. Então Christos virou-se para o homem sedento e disse-lhe: “Luz, luz, você é a luz dentro da luz. Sua fé te iluminará e te salvará!"

Não tínhamos água para o pobre coitado, mas Christos nos disse: “Isso não importa, basta que ele simplesmente beba das minhas mãos." E, de fato, Christos se ajoelhou, juntou as mãos formando uma espécie de xícara e levou-as aos lábios do infeliz. Então, um milagre incrível aconteceu, e as mãos de Christos se encheram de água para que o homem bebesse. Depois de estar revigorado, nós o erguemos sobre nossos ombros e o levamos para a vila onde ele morava.

E este é apenas um exemplo das muitas coisas extraordinárias que Christos fez enquanto o acompanhávamos em suas viagens. Ele sempre fazia esses milagres de maneira muito natural, enquanto ficávamos impressionados com o poder que Deus havia lhe dado. E seguíamos em frente, acompanhados pelo amor e pela verdade do nosso Messias, enquanto ele nos contou muitas parábolas que permaneceram gravadas em minha memória e que eu gostaria de transmitir também à vocês, meus amigos, quando eu tiver esta oportunidade...

Nós nos aproximamos de Jerusalém, a grande cidade repleta de uma população cosmopolita e rica em identidade.


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Capítulo 10 - Chegada a Jerusalém

Chegamos a esta grande e bela cidade num dia magnífico. Ainda consigo ver o sol brilhando sobre a minha cabeça, a luz suave que meus olhos dificilmente conseguem me trazer hoje, mas que meu espírito manterá no em um local profundo.

Passamos pelos portões para nos aventurarmos no coração da cidade, até chegarmos à uma grande praça repleta de atividades. De fato, era ali que as mercadorias eram trocadas, onde vários fornecedores vendiam frutas, vegetais, feixes de madeira ou até peças de vestuário, como sapatos, cintos e chapéus.

Um barulho ensurdecedor reinou neste lugar. E, no entanto, quando Christos subiu à fonte central, e quando ele se dirigiu à população, todos ficaram em silêncio e logo ouvimos apenas a sua voz clara e suave que se destacava em meio ao silêncio.

“Homens e mulheres de Jerusalém”, disse ele, “venham à mim e ouçam a palavra de Deus. Ele quer apenas compartilhar com vocês o amor dele. Amem-no e Ele os encherá de alegria, e essa alegria estará também em suas almas. Desviem-se do Seu amor e Ele sofrerá, e essa dor será o seu maior sofrimento.”

Então, uma multidão se amontoou em volta de Christos e muitos lhe perguntaram: “Mas quem é você, estrangeiro, para conhecer tão bem o amor de Deus?”

Christos respondeu: “Eu sou Christos de Nazaré, o Messias, guia e espelho da divindade, habitada por Deus. O profeta Aristóteles anunciou minha vinda para que eu lhes mostrasse o caminho a seguir para viver no amor do Altíssimo.”

Mas alguns ainda duvidaram de suas palavras e disseram: “Como podemos saber se você diz a verdade, ou se suas palavras são apenas palavras doces para inebriar nossos ouvidos e nos desviar de sua verdadeira mensagem?”

Christos respondeu-lhes: "Vejam como vocês permaneceram em silêncio enquanto eu falava e como todos vocês se reuniram junto à mim! Ouçam seus corações que clamam pela fé que é nutrida por minhas palavras. Então olhem à sua volta e vejam que, ao meu redor, vários inválidos se levantaram para me ouvir, vários enfermos se aproximaram de mim, sem nem perceberem que estavam finalmente curadas, vários idosos cansados ​​encontraram uma nova juventude enquanto me ouviam. Isso ocorre porque Deus nos ama, e aqueles que me ouvem e acreditam em mim são abençoados por Ele."

Então todos ficaram maravilhados, e as notícias se espalharam por toda a cidade em que Christos, anunciado por Aristóteles, finalmente chegara. Consequentemente, todos aqueles que possuíam traços de humanidade e divindade e que, há muito tempo, viravam-se contra os cultos pagãos, deixaram seus negócios e procuraram se juntar ao messias no local para ouvir o que ele falava.

Então, após meia hora, as ruas estavam sobrecarregadas com os transeuntes e já não era possível circular no meio da cidade enquanto as fronteiras estavam desertas. Um transeunte levaria uma hora para percorrer o caminho que, normalmente, levava cinco minutos para concluir em meio à noite ou em horas que não estavam muito ocupadas. E os guardas tiveram muita dificuldade em gerenciar o problema.

Mas isso não era tudo, meus filhos... ah, se vocês tivessem visto isso! Se vocês tivessem visto as tavernas sendo esvaziadas, essa confusão se acalmaria! Sua rebeldia juvenil os teriam feito amar esse homem que desafiou a ordem estabelecida! Imaginem, meus queridos amigos, todas as atividades abandonadas? A cidade paralisada, a economia bloqueada?



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Capítulo 11 - Criação da Igreja com Titus e os outros apóstolos

E toda a cidade se aglomerava em torno de Christos. E ele continuava a falar, tão baixo que parecia inacreditável que ele pudesse ser ouvido. Mas nem uma palavra dele fora perdida por ninguém em meio à multidão.

“Veja, esta cidade de Jerusalém se sufoca por sua falta de humanidade. Vocês perderam os valores da generosidade e da amizade. Mas vocês perderam, especialmente, o mais importante de todos os valores: a fraternidade! Esta cidade engasga por sua falta de amor e caridade! Vejam a sopa na cozinha; quem de vós fez comida e deu pão aos vagabundos?”

E o povo baixou os olhos, envergonhado por sua falta de generosidade. Um deles, chamado Natchatcha, levantou seu rosto em direção ao Messias e disse-lhe: “Mestre, o que precisamos fazer para viver no amor de Deus?"

Então Christos respondeu com um sorriso: “Os fiéis de Deus, aqueles que aprenderam com o ensino de Aristóteles e que querem seguir o caminho que estou apresentando, devem viver em comunidade. Esta comunidade encontrará seu significado e permitirá que todos vivam em virtude, se estiverem unidos na amizade recíproca que cada um de seus membros deve sentir em relação aos seus semelhantes. Para guiá-los, serei o pai desta comunidade, estabelecerei seus princípios e meus sucessores farão o mesmo depois de mim.”

Christos virou-se então para Titus, que estava próximo: “Titus, aproxime-se, meu amigo. Titus, você é forte e vigoroso. Você pode me ajudar a levar essa comunidade; você será o meu segundo. Veja, Titus, você é um Titã, e é com a ajuda da sua força que eu construí uma Igreja titânica!"

E ele se voltou para os outros apóstolos, que fizeram careta e ficaram amuados, dizendo: “E vocês, olhem para si mesmos, vocês esquecem a virtude e ficam com ciúmes! Para fazer parte da minha comunidade de fiéis a Deus, vocês devem se esforçar para estarem limpos de todo pecado. No entanto, vejo bem que nenhum de vocês pode reivindicar esse nível de virtude. Voltem-se então para Deus, meus irmãos, pois Ele é misericordioso e lhes dará a oportunidade para lavarem suas falhas e seguirem o caminho que eu lhes mostro.

Portanto, não fiquem tristes, pois vocês serão meus sucessores. Vocês levarão as boas novas à todas as nações, ajudando Titus a criar a minha Igreja. Então, eu faço de vocês os guias dos fiéis de Deus. Sejam exemplos para aqueles que os ouçam, porque um mau guia leva quem os segue para um mau caminho. Eu os nomeio como Episkopoi (bispos). Vocês serão responsáveis pela salvação dos seus rebanhos.”


Por fim, Christos julgou que a multidão já ouvira o suficiente para a ocasião e os dispersou.



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Capítulo 12 - O Centurião, a Confissão e o Baptismo

Quando a multidão se dissipou, o local foi esvaziado, deixando espaço para os guardas do Procurador Romano que controlava a cidade. Foi então, meus amigos, que experimentei um dos maiores medos da minha vida; os soldados, vestidos de vermelho carmesim, convergiram repentinamente para o local, parecendo vir de todas as direções ao mesmo tempo.

Alguns apareceram nas paredes e outros emergiram de diferentes edifícios, bloqueando todas as saídas e todas as portas. Um tribuno desceu então os degraus do palácio do governador, acompanhado por um robusto centurião.

Tendo chegado ao meio do local, o tribuno interrompeu sua caminhada e se inclinou em direção ao centurião. Este último falou com sua grande voz brutal que nos chamou a atenção: “Você, Christos, que se diz o Messias e o guia! Eu digo que você faz mal a esta cidade. Você é um fomentador da rebelião, um revolucionário perigoso, um causador de caos. Agora exijo que você me siga!"

Nós, os seus apóstolos, ficamos paralisados ​​pelo medo. Só podíamos ouvir o assobio da brisa que fazia as capas dos romanos se moverem. E estávamos assistindo, ansiosos, pela reação de Christos. Daju, àquele que ficou mais chateado por não ter sido escolhido por Christos para construir sua Igreja, ficou aterrorizado com a situação.

Christos, então, disse ao centurião: “Em verdade vos digo, homem de pouca fé, não te seguirei, mas é você sim, é quem me seguirá!”

Então, o Tribuno ordenou que o centurião apreendesse Josué, e o oficial de rosto feroz se aproximou de nós lentamente. Eu respirei ao ritmo de seus passos, tentando acalmar meu coração que estava em pânico. Quando ele estava cara a cara com Christos, o Centurião o olhou nos olhos, intensa e demoradamente. Então, de repente, ele tirou o seu capacete e se ajoelhou junto ao nosso Messias, segurando a barra do seu manto.

"Mestre", ele implorou, para grande surpresa do Tribuno, "eu gostaria de segui-lo e fazer parte dessa comunidade de fiéis. Como devo fazê-lo? Sei que sou um pecador e que serviu muito mal. Mas por favor, Mestre, me diga como ser perdoado!"

Então Christos o levantou e, sob o olhar estupefato dos romanos, pronunciou estas palavras:
"Pecador, digo-lhe, você acabou de fazer a primeira coisa que os fiéis devem fazer; ser humilde e confessar seus pecados. Portanto, se seu arrependimento for sincero, Deus o perdoará."

Christos voltou-se para os seus apóstolos e continuou: “E vocês sabem que os pecados cometidos por seus rebanhos serão perdoados se vierem a confessá-los aos seus ouvidos; se eles estiverem prontos para fazer penitência.”

Então Christos se aproximou da fonte e disse ao Centurião: "Pela graça do Eterno, lavarei seus pecados, cingindo-o com a água, fonte da vida."

E Christos mergulhou as mãos sob a água da fonte. Ele mergulhou o Centurião nesta água, sussurrando as seguintes palavras: “Senhor, digne-se à lavar este homem de seus pecados para, assim, dar-lhe um novo nascimento entre os crentes! Peço isso em nome do Altíssimo. Amém."

Então, Christos nos chamou à ele, e nós, seus apóstolos, um após o outro, fomos cingidos por Christos na água da fonte, dando-nos o segundo nascimento. Ele nos disse: “Meus apóstolos, homens e mulheres, pela graça de Deus, vocês aqui purificaram seus pecados. Mostrem à ele que vocês podem ser dignos dessa honra que Ele lhe faz, porque o sacramento do batismo pode ser retirado de quem trai a sua essência.”

Foi um dos dias mais intensos da minha vida e que nunca esqueci, tanto que tudo está gravado na minha memória. Nossa emoção estava no auge quando percebemos que os soldados haviam abandonado o local.


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Capítulo 13 - Natchiatchia e o Matrimónio

E sim! Este homem parecia capaz de muitas maravilhas. Sua fé era tão forte que ele parecia estar em constante comunhão com o Altíssimo. Quando tentávamos entendê-lo melhor e o questionamos, ele sempre nos respondia incessantemente: “Meus amigos, Deus vive em tudo porque Ele é o Criador, seja nos humanos, seja na grama, nas borboletas, nas nuvens, na brisa do vento..."

Mas Christos, ao contrário de nós, quase parecia alcançar a perfeição divina; ele sentia a existência divina com tanta fé que nenhum milagre lhe parecia impossível.

Assim, após a misteriosa partida dos soldados romanos que, hoje em dia, acredito que simplesmente foram buscar reforços, Christos nos guiou em direção à uma casa grande e ricamente mobiliada e a uma mulher burguesa que vendia comida, bebida e hospedagem. Ele havia decidido que nos instalaríamos lá para passar a noite.

No entanto, quando a filha de nossos anfitriões veio com uma jarra de vinho para nos servir o vinho e pão, Christos a reconheceu. Foi Natchiachia, que havia falado com ele anteriormente, quando ela estava no meio da multidão.

Natchiachia despejou o vinho no copo de Christos e perguntou-lhe: “Mestre, estou com um profundo tormento no coração. Gostaria de segui-lo em seus ensinamentos, mas amo um homem que mora aqui chamado Yhonny, amo-o com um amor tão puro que pode ser comparado ao brilho de um diamante... O que diz Aristóteles sobre esta questão e o que devo fazer?"

Christos respondeu: “Quando dois seres compartilham um amor puro e desejam perpetuar nossa espécie por procriação, Deus permite que, pelo sacramento do casamento, vivam seu amor. Esse amor tão puro, experimentado na virtude, glorifica a Deus, porque Ele é amor e o amor que os humanos compartilham é a mais bela homenagem que pode ser feita á ele. Mas, como o batismo, o casamento é um compromisso vitalício, Natchiachia. Então, escolha sabiamente, porque depois de se casar com Yhonny, você não poderá mais evitá-lo."

E essas últimas palavras impressionaram os que estavam ali reunidos, porque o momento era repleto de inconstância... Natchiachia recomeçou: "Mas, Mestre, seremos fortes o suficiente para respeitar essa escolha e viver sem pecar?”

Então Christos respondeu: “Saiba que o ser humano duvida por natureza e que o amor que eles tem por Deus e pelo próximo pode conhecer enfrentar tantos riscos quanto qualquer outra coisa na vida. Mas a vida virtuosa é um ideal para o qual o homem deve tender. E em seu caminho, ele pode ajudar a si mesmo com a oração. A oração pode, de fato, ser o meio para todos fortalecerem esse amor quando necessário. Também não se esqueça do poder da misericórdia, que é concedido através do arrependimento.”

Christos voltou-se então para nós, seus apóstolos, à quem ele havia nomeado como bispos. Ele nos disse: “E vocês, meus amigos, como terão que se dedicar completamente à Deus, como eu, o amor da maneira que é compartilhada pessoalmente entre os seres humanos será proibido para sempre. Vocês devem amar a humanidade, e não os seres humanos em particular. Assim, o casamento não é permitido para vocês, tampouco a atividade sexual.”

E, como certos apóstolos ficaram desapontados com essa regra e, em virtude disto, começaram a resmungar e murmurar entre si palavras desagradáveis. Christos, então, olhou para eles e disse: “Essas restrições serão o preço do seu compromisso. Aprendam em si mesmos como gostar deles, porque eles permitirão que vocês cumpram sua santa missão.”

Mas Daju, cuja carne era muito fraca, olhou para Natchiatchia com um olhar concupiscente. Além disso, ele estava com ciúmes e não apreciava a amizade que Christos agora tinha com o Centurião, nem a bondade especial que ele me deu devido à minha tenra idade. Por isso, ele se levantou, zangado e exclamou: “E por que devo respeitar isso? Por que devo obedecer a um compromisso que não me diz respeito? Você nos deu o papel de bispos, mas guarde zelosamente para si o comando da Igreja.”

Então Christos respondeu calmamente: “Em verdade eu vos digo que mantenho o comando porque sou o mais capaz de guiá-los. Ao longo de todo o caminho que percorremos, fui como um pai, alguém que cuidou de vocês. E eu me remunero com o cansaço e com o trabalho duro e com o exercício de um papel difícil e desgastante... Fico exausto porque carrego o peso do sofrimento de todos os homens.

Mas você, Daju, vejo a raiva invadindo seu rosto. Saiba que a tarefa que confiei à ti e aos outros é igualmente nobre e também será difícil. Além disso, para ajudá-lo em sua tarefa, você poderá nomear outros guias, outros pastores que serão responsáveis por cada cidade. E vocês serão aqueles que decidirão quem será meu sucessor.”


Mas Daju ficou furioso. Ele havia sido corrompido pela Criatura Sem Nome, porque não podia obter qualquer vantagem pessoal e nos deixou naquele momento. Christos olhou para a figura que se retirava sem dizer nada. Seu olhar então caiu sobre o Centurião, que ainda estava conosco, e cuja espada brilhava ao seu lado. Christos virou-se para ele e especificou: “E você, Gracius, se você também quer se tornar um desses pastores que guiará o rebanho, deve deixar de lado a espada, porque as armas são fontes de violência, enquanto você terá a missão de ensinar a amizade e o amor de Deus.”

E ele repetiu, então, para todos nós: “Então, meus apóstolos, meus clérigos, cabe a vocês seguirem o caminho que eu lhes apresentei, cabe a vocês batizarem àqueles que queiram entrar na comunidade dos fiéis de Deus, ordenar sacerdotes àqueles que desejam dedicar-se inteiramente ao amor de Deus, a ouvir em confissão àqueles que desejam ser lavados de seus pecados, a punirem aqueles que não se mostraram dignos do amor de Deus e a pregar pelo menos todo domingo, para que a vontade do Altíssimo seja cumprida”

Após este episódio, Christos falou-nos por um longo tempo sobre sua Igreja, da forma como ele queria, com cabeça e ramificações, como um corpo vivo. E o todo repousando sobre uma base sólida; o povo dos crentes. Além disso, tomei nota de todas as suas recomendações, meus amigos: estas são as que Titus e outros discípulos divulgaram amplamente depois de implementá-las.


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Capítulo 14 - A Última Ceia e a traição de Daju

A refeição ocorreu com muita alegria, pois todos os convidados ficaram felizes em comemorar o início da nova Igreja de Aristóteles. Mas notei que os olhos de Christos continham uma expressão estranha, cheia de tristeza e melancolia. Ele estava mais quieto que o costumeiro e, no entanto, a maioria de seus apóstolos não percebeu isso, ocupados como estavam com a paz e o amor.

Entretanto, lhes digo que, quanto à mim, a atitude de Christos não poderia ter passado desapercebida. Assim, aproximei-me dele e perguntei: “Mestre, o que passa em sua mente? O que está errado?"

Ele, então, me sussurrou: “Samoht, meu amigo mais novo, fiel entre os fiéis, não vês que Daju foi embora? Sem dúvida, conspirar contra mim? Esse pobre deve ter ser corrompido, mas ele cumpriu seu destino para que a profecia seja alcançada!”

“Mas, finalmente, deixe esse tolo chorar no seu canto” respondi, “pois, se os romanos quisessem te levar, eles teriam feito isso! Mas todos eles foram embora!”

E Christos, que sentia o fim se aproximar, olhou para mim com uma expressão perturbada, que ainda é capaz de me causar tremores na garganta no momento em que escrevo essas linhas.

“Samoht,” ele me disse, “quando eu morrer, viaje pelo mundo e espalhe as boas novas como eu lhe pedi. E quando você for um homem velho, escreva minha história para que seja conhecida e ouvida. Lembre-se bem disso, pois não direi duas vezes... Bem... já posso ouvir os guardas chegarem.”

E, de fato, o chão tremia sob o peso das sandálias dos legionários. As discussões, então, cessaram, dando lugar à um silêncio tenso. Um centurião e seus guardas entraram na sala. Ao lado do centurião estava Daju, e este último apontou para Christos com o dedo enquanto dizia: “É ele! É ele! O grande homem barbudo, aí, o grande! Tal qual um fósforo antes de ser aceso, pode-se dizer! Ele acabou de conspirar contra a ordem estabelecida."

Então, os guardas avançaram contra Christos, empurrando todos os apóstolos que tentaram intervir. Um soldado me jogou no chão porque eu segurava firme a roupa do meu Messias. Por fim, eles o agarraram e o forçaram a sair da sala. Quando me levantei, agarrei a capa de um soldado, esperando fazê-lo cambalear, e o centurião ordenou também que eu fosse apreendido. Então, nós dois fomos levados pelas ruas para o Palácio do Procurador, Ponce.


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Dernière édition par Adonnis le Dim Déc 29, 2019 7:27 am; édité 1 fois
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