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[PT] The Myth of the Order of the Sacred Rose

 
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Adonnis
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MessagePosté le: Lun Mai 25, 2020 4:56 am    Sujet du message: [PT] The Myth of the Order of the Sacred Rose Répondre en citant



Citation:



    O Mito em torno da Santa e Nobre Ordem da Rosa Sagrada: As Origens


    Prólogo

    A histórica começa após a morte e ascensão de Christos e, por conseguinte, a retirada dos apóstolos de Jerusalém a um lugar secreto para discutir o futuro da Igreja, do que eles viram e também quais ações deveriam tomar. Grande parte deles se separaram, alguns em grupos de dois e maioria sozinho, todos determinados em repassar a palavra de Aristóteles, sob sua nossa interpretação e também a palavra de Christos.

    Está é a história de uma parte dessas viagens, de Calandra e sua companheira Bertilde.

    Capítulo Primeiro: Um encontro casual

    Os sermões de Calandra em favor da Igreja Aristotélica a levaram de volta a Jerusalém. Suas feridas psicológicas ainda vivas e suas lembranças da morte de Christos ainda frescas, Calandra quase obedeceu à sua lógica, que o ordenou a voltar e deixar a cidade para si mesma. Mas ela percebeu que sua lógica só podia estar errada e, portanto, atravessou os portões da cidade, esperando não ser reconhecida e perseguida.

    Pelo caminho, ainda há alguns quilômetros dos portões da cidade, ela conheceu uma velha senhora que estava varrendo debaixo de uma árvore. Foi com compaixão que Calandra aproximou-se da mulher infeliz e percebeu, pelos hematomas e escoriações na pele, que a mulher havia sido vítima de violência. Sua paixão envolveu a pobre mulher e, sem sequer pedir, Calandra ajoelhou-se e a segurou em seus braços. A pobre vítima se deixou abraçar, sem resistência.

    Quando a dor de Calandra pela pobre mulher diminuiu, ela se sentiu forte o suficiente para libertá-la, foi então o que fez. Calandra olhou para ela da cabeça aos pés. Ela era uma mulher de constituição forte e não havia dúvida de que ela tentara resistir aos agressores. Calandra então olhou para o rosto dela. Além de sujeira e manchas pretas nos dentes, ela viu apenas desconfiança e paixão.

    - Diga-me, minha filha, qual é o seu nome?, perguntou Calandra.

    A resposta veio rapidamente: "Eu me chamo Publia Iulia Velina e eu lhe agradeço, Madre, por me pegar em seus braços."

    "Diga-me, minha filha, quem fez isso com você? Por que você está aqui na terra, vestida apenas com alguns trapos? Como eu posso lhe ajudar? Calandra sentou-se ao lado da mulher e a pegou nos braços para confortá-la.

    Publia, então, se virou para Calandra e a olhou nos olhos: "Disseram-me que eu não era bem vinda por causa de algo que aconteceu na cidade… que ninguém me queria ali, então eles me bateram, e me empurraram contra minha vontade para as ruas. O que eu estou vestindo, eu tive que procurar nas latas de lixo de Jerusalém. As pessoas não têm sido muito generosas desde os eventos recentes. Madre, eu tenho tudo que você poderia me doar, você não pode mais me ajudar."

    Calandra abraçou a jovem mulher ainda mais forte e disse: "Eu vou levá-la como minha filha, voltaremos juntas à Jerusalém e encontraremos acomodação lá."

    Na mesma noite, as duas mulheres entraram na cidade e encontraram na periferia, um lugar para dormir.

    Capítulo Dois: A Estadia em Jerusalém

    Foi assim que elas passaram dois dias em Jerusalém. Assim que as feridas de Publia cicatrizaram, ela pegou algumas roupas modestas e se muniu com um pedaço de madeira trabalhada para usar como uma bengala, que ela utilizava para efetuar suas tarefas do cotidiano e suas poucas compras. Calandra temia muitas vezes que a bengala se quebrasse, mas Publia caminhava sem esforço, então ela se absteve de fazer qualquer comentário inadequado.

    Diariamente, elas passeavam pela cidade, sempre descobrindo novas áreas. Calandra aproveitava essas caminhadas para explicar a fé aristotélica à todos, especialmente a Publia, que acabou aderindo a fé em Aristóteles e Christos, apesar de sempre permanecer reticente. À medida que Publia se aproximava do caminho da virtude, sua amizade com Calandra se tornava ainda maior.

    Um dia, no final da tarde, as duas mulheres receberam comida, pão e milho... nada mais, mas isso as deixou imensamente felizes. Enquanto caminhavam pelos becos que lhes permitiam percorrer a cidade mais rapidamente, Calandra perguntou: "Publia, você acredita em nossa Santa Igreja, então por que você não me deixa batizá-la, como eu batizei tantos outros antes de você?"

    - "Eu não poderia mais ir com você se não fosse batizada?", respondeu Publia.

    - "Não, claro que não, você também é minha amiga, eu não seria a mesma sem você." respondeu Calandra.

    - "Pois eu posso viver de acordo com os preceitos de Aristóteles e viajar consigo mesmo se eu recusar o batismo?" Retrucou Publia.

    Calandra, abençoada com sabedoria e paixão, respondeu : "Mas por que recusar? O batismo é o próximo passo na certeza da fé em Aristóteles e Christos; é este passo que lhe permitirá alcançar o paraíso solar, após a sua morte. Eu te conheço muito bem, sei que recusar o batismo é mentir para si mesma."

    - "O caminho da virtude, da fé no Altíssimo e, em seus profetas Aristóteles e Christos, é um caminho pessoal para o momento em que entramos na grande família aristotélica e descobrimos a amizade. Ainda não estou pronta para esta etapa. Garanto-lhe que não estou mentindo para mim mesma, apenas me certificando de que estou fazendo a escolha certa." Publia respondeu com emoção e conhecimento.

    Elas então voltaram para a pousada onde prepararam a refeição. Elas comeram apenas o que precisavam e embalaram o restante para o dia seguinte. Elas esperaram o pôr do sol, tentando adivinhar os pensamentos uma da outra e, quando a escuridão envolveu a cidade, elas adormeceram.

    Capítulo Três: Tempestades e Relâmpagos

    Chegou um dia que parecia ter começado como todos os outros... os pássaros estavam cantando, o vento oeste, lento e preguiçoso, e o sol entrou na sala, despertando mais uma vez as duas mulheres. Eles se prepararam como sempre, se vestiram, comeram farinha de milho misturada com água, Calandra se preparou para pregar e Publia levou seu bastão pastoral. Tudo parecia normal, mas logo não seria mais assim.

    Mais uma vez andaram pelas ruas de Jerusalém; desta vez, atravessando uma pequena praça e foram convidadas por alguns comerciantes locais para pregar, enquanto as pessoas ao seu redor faziam suas compras diárias de comida. Enquanto caminhavam pelo parque, muitas coisas escaparam do olhar de Calandra, mas não do de Publia. Não havia muita gente lá, e as poucas pessoas que estavam lá pareciam nervosas, prontas para estalar. Mas deve ser dito em defesa de Calandra que ela pertencia ao mundo espiritual, então ela não percebeu e começou a pregar

    Publia ficou furiosa, mas não aparentou para evitar o desconforto de sua amiga e companheira. Ela segurou seu bastão nas mãos para estar pronta para qualquer eventualidade. Calandra começou a discutir as idéias de que o Ser Santo é o todo-poderoso, enquanto a Publia se fundia na multidão.

    Foi então que um grupo de soldados romanos entrou no mercado e se aproximou de Calandra: muitos estavam segurando as mãos nos quadris ou braços cruzados no peito; o centurião deu um passo à frente e se aproximou dela, com as mãos na espada. O tempo tinha ficado nublado, o vento mais forte, mas o sol brilhava o suficiente para iluminar a armadura do romano e seus olhos. Calandra rapidamente olhou em volta, mas não conseguia ver Publia em lugar algum; muitos dos cidadãos haviam desaparecido, para evitar um confronto.

    O líder romano falou, de forma maliciosa e desdenhosa: "Você já foi expulsa deste lugar uma vez. Você não é bem-vinda. Você é uma rebelde contra o Império, que está aqui tentando subvertê-lo e confundir o povo. Você foi liberada para sair por sua livre vontade, mas agora é tarde demais. Você será punida por seus crimes."

    Calandra permaneceu em silêncio. Após os acontecimentos posteriores à morte de Christos, ela estava certa de que o espírito e a vontade do povo haviam mudado. Parecia não ser este o caso, embora ela nunca tivesse percebido a sua presença como sendo indesejada. Talvez ela conhecesse as pessoas menos do que esperava. Incapaz de encontrar uma saída para a situação e aparentemente abandonada a si mesma, ela se preparou para o pior e estendeu suas mãos ao Centurião para ser amarrada.

    Foi então que veio o primeiro relâmpago, sinalizando a chegada da chuva e, ao mesmo tempo, veio o golpe do bastão da Publia no braço do chefe romano que havia agarrado Calandra. Outro golpe rápido no lado do capacete colocou o homem de joelhos e o deixou inconsciente. Alguns soldados correram para capturá-la, enquanto muitos estendiam a mão em direção à arma.

    Publia falou com uma intensidade desconhecida para Calandra: "Pare agora e desista! Você levará seu líder e de volta ao seu quartel e anunciará que não conseguiu nos encontrar. Você permitirá que voltemos ao nosso quarto, peguemos nossas coisas e deixemos esta cidade, sem qualquer obstáculo!"

    Calandra viu sua companheira falando com o tom de voz de alguém habituado à posição de liderança. Ela chegou à conclusão de que sabia muito menos sobre ela do que pensava e que teria que descobrir mais se elas sobrevivessem a esse encontro. Ela olhou para o rosto da Publia e reconheceu a determinação e desconfiança vistas desde o primeiro dia. E naquele momento, as coisas começaram a ficar mais claras.

    Os romanos pareciam ter um olhar familiar no rosto, como se tivessem reconhecido a mulher. Eles levantaram o homem sobre os ombros, tiraram as mãos das bainhas e lentamente se afastaram das duas mulheres. Perto da saída do parque, eles viraram e saíram.

    "Madre, você precisa confiar em mim, nós temos que ir embora. Responderei todas as suas perguntas mais tarde, agora mesmo temos que ir embora urgentemente", falava Publia, com um tom de voz mais suave.

    Confiante e ainda agitada, Calandra seguiu sua amiga até a pousada; uma vez que chegaram, juntaram seus pertences e deixaram a cidade logo em seguida. Elas saíram sem olhar para trás, sem parar e sem hesitar. Muitas noites e muitos dias se passaram antes que a Publia permitisse que elas parassem, descansassem e conversassem novamente.

    Capítulo Quatro: Verdade, Batismo e Fundação

    As duas se sentaram em volta de uma fogueira, com as pernas cruzadas, confortavelmente, à sombra de um bosque ao longo da estrada. Comeram o restante do pão e do milho que conseguiram levar de Jerusalém. Juntos, elas se sentaram, mas depois de eventos recentes, ambas se sentiam sozinhas.

    "Devemos parar o quanto antes em uma cidade para estocar comida", disse Calandra, evitando a pergunta que flutuava na superfície de sua alma.

    "Pergunte. O que você precisa perguntar?", Respondeu Publia conscientemente.

    Calandra deixa os pensamentos de sua mente saírem da boca: "Por que você tem me enganado todo esse tempo? Quem é você? Quais são as suas intenções comigo?"

    "Madre, saiba que nunca menti para você, tudo o que fiz, fiz por um motivo, incluindo o silêncio sobre certos pontos do meu passado. Lamento muito que você se sinta magoada por tudo isso, mas eu fiz o que achei necessário fazer. Eu sou Publia Iulia Velina, antiga Centurião do grupo que enfrentamos em Jerusalém: o homem que os conduziu é aquele que manchou minha honra, minha dignidade e minha virtude. Minhas intenções permanecem as mesmas: seguir-te, Madre e, também, proteger-te como e enquanto eu for capaz."

    Calandra foi forçada a fazer uma pausa por um momento, a comida se transformando em cinzas em sua boca, mas agora ela sabia qual era o seu propósito naquela cidade. Não erai apenas um teste de sua coragem e comprometimento, mas ela havia sido enviada para acolher e salvar essa jovem mulher. A vontade de Jah tinha tomado forma através de maneiras misteriosas.

    "Sinto muito ter te entristecido com minhas ações e pensamentos, Publia. Não há necessidade de ficar triste. Sou eu quem deve pedir desculpas. Como posso ajudá-la?"

    "Madre... me batize."

    E foi assim que Publia, a Romana, foi batizada por Calandra e recebeu o nome aristotélico de Bertilde, que significa "a brilhante guerreira". Ela foi recebida na crescente Amizade da Igreja e comprometeu-se com o trabalho de Calandra. As duas conduziram a cerimônia sozinhas em meio ao deserto, tendo apenas Deus como testemunha.

    "Como sou incapaz de carregar uma arma, você estará do meu lado, encarregada de me proteger dos males do coração do homem", declarou Calandra. "Então eu nos guiarei em nossa jornada e, então, poderemos alcançar nossos objetivos no mundo e no espírito."

    E, naquele momento, o vínculo entre os oradores e guerreiros da igreja foi formado e estabelecido.

    Capítulo Cinco - Os Anos de Serviço

    As duas mulheres serviram a igreja por muitos anos, sempre juntas. Calandra espalhou a palavra da verdade divina entre os povos de várias nações enquanto Bertilde estava ao seu lado, sempre em alerta, sempre defendendo apaixonadamente o clero. Com o tempo, a história das duas mulheres cruzou fronteiras e se espalhou por toda parte, mesmo entre ateus e pagãos. Algumas pessoas seguiram seu exemplo e foram acompanhadas por ex-soldados romanos.

    Bertilde foi reconhecida como a precursora da ideia do soldado a serviço do Altíssimo, papel que ela nunca questionou. Em carta dirigida aos seus antigos companheiros e guardiões, ele recomendava que eles se tornassem verdadeiros guardiões da fé. Ela explicou-lhes quais eram as grandes virtudes dos guerreiros, como era necessário servir e que o verdadeiro caminho podia ser encontrado seguindo um membro do clero. Ninguém a contradizia em seus ensinamentos, pois eles sempre foram verdadeiros e puros.

    As duas amigas nunca estiveram longe uma da outra, Calandra respeitava as regras estabelecidas por Christos e Bertilde, embora não fosse obrigada, também respeitava em homenagem ao seu cargo. Os anos se passaram e, com eles, também a sua juventude, mas a solidão nunca tomou conta de seus corações, e embora muitos homens a pedissem em casamento, Bertilde nunca cedeu. A amizade podia ser alcançada de outras formas além do casamento, e o amor podia ser expresso de forma diferente da carne.

    Finalmente, o Apóstolo Titus foi nomeado como chefe da igreja e mudou-se para Roma. Ele recebeu o título de Papa, e a igreja prosperou. Nunca teve um guerreiro como companheiro, mas a ideia lhe interessou muito: por isso, enviou uma carta à todos aqueles que o tinham feito pedindo para que viessem ao seu encontro em Roma, para que pudessem estabelecer uma doutrina oficial para a criação de uma ordem eclesiástica.

    Calandra e Bertilde receberam a mensagem e, então, se prepararam para partir. Elas receberam generosas doações de alimentos do povo e prometeram regressar. Um fidalgo local emprestou-lhes cavalos, porque reconheceu o mérito do empreendimento delas. Foi assim que as duas mulheres partiram para a última viagem em que realizariam juntas.

    Capítulo Seis: A Última Viagem

    Antes de terminar os preparativos, ou melhor, antes mesmo de discutir a ida a Roma, Calandra sabia que Bertilde não estava bem. Apesar da notícia, pondo de lado sua ansiedade, Bertilde insistiu na realização da viagem, na vontade do Papa e do Altíssimo. Calandra manteve seu ressentimento e continuou a ajudar sua amiga e seus companheiros de todas as maneiras que pôde.

    Durante a viagem, seu estado físico piorou, ela teve febre e tosse, seu rosto ficou pálido e seu corpo ficou frio ao toque. No entanto, ela se recusou a parar e buscar ajuda: sua fé era tão forte que ela acreditava que se tivesse chegado a hora de morrer, ela seria chamada ao lado de Deus. Estupefata, apesar dos milagres que tinha visto, Calandra observou tal firmeza e determinação.

    Elas chegaram à costa, onde compraram uma passagem em um navio que partiria para uma cidade da península, perto de Roma. A brisa parecia melhorar a condição física e o humor de Bertilde. Mais uma vez viva e cheia de espírito, enquanto ela conversava com Calandra e a tripulação do navio, a inquietação rapidamente se apagou da sua mente. Sua pele recuperou a sua cor normal e passou vários dias no convés, exposta ao vento, ao sol e às ondas do mar.

    Muitas noites e dias passaram e, então, uma linha de costa se tornou visível, pontilhada com habitações do Império Romano. O sorriso floresceu, enquanto a tripulação se preparava para seu retorno à terra, todos os que ainda não o eram, tornaram-se fiéis aristotélicos graças a Calandra e seus ensinamentos, e mal podiam esperar para espalhar a palavra por si mesmos. O barco entrou no porto, e as duas companheiras se separaram de seus novos amigos, para iniciarem sua jornada para Roma.

    À medida que a viagem prosseguia, o estado físico de Bertilde agravou-se novamente; e isso aumentou tanto a ansiedade de Calandra quanto o tempo necessário para chegar ao seu destino. Chegou a um ponto em que as duas mulheres não podiam mais viajar. Elas pararam a uma certa distância de Roma, em uma pequena vila perto da cidade. Elas procuraram abrigo em uma pousada e Calandra cuidou de Bertilde por muitos dias.

    "Calandra... temo que o meu serviço ao seu lado tenha chegado ao fim", sussurrou Bertilde em uma noite.

    "Não fale assim, minha amiga, é uma situação temporária, você vai se recuperar e nós continuaremos a viajar juntos para Roma.", continuou Bertilde.

    "Não, mãe, não deve ser. Vou descansar esta noite e no dia seguinte não poderei saudar o novo dia", prosseguiu Bertilde.

    Calandra começou a chorar, incrédula, mas consciente de que não podia saber o que o novo dia traria. "Não, você vai estar lá, e você vai melhorar, e nós vamos continuar. Descanse, assim você recuperará suas forças. E eu estarei ao seu lado."

    Ela baixou os olhos, triste, para sua companheira, que já havia adormecido. Ela checou para ter certeza, mas estava dormindo, ela não estava morta, eis que podia sentir o hálito de sua amiga na bochecha. Aliviada, ela descansou a cabeça no peito de Bertilde e adormeceu também.

    Na manhã seguinte, Calandra ficou desolada, já que Bertilde havia, de fato, deixado este mundo. Seu corpo estava sereno e gracioso, em seu sono eterno e, ainda assim, as lágrimas não deixavam de verter dos olhos de Calandra. Triste, mas determinada, ela pediu ajuda para enterrar Bertilde, como havia merecido ao longo de sua vida.

    O local escolhido foi em uma pequena encosta coberta com grama doce, fresca e verde. Foi colocada dentro de um túmulo, escavado rápida e silenciosamente pelos aldeões, na presença de Calandra, que concedeu os direitos funerários à sua falecida amiga. A terra foi derramada sobre ela, para proteger seu corpo.

    Nessa noite, Calandra descansou intermitentemente, demorando várias horas a adormecer. No dia seguinte, ela acordou com os gritos dos aldeões, incapaz de compreendê-los. Então, vestiu-se rapidamente e correu para fora. Na colina onde Bertilde fora enterrada no dia anterior, uma magnífica roseira tinha florescido, virada para a sua sepultura. Completamente desenvolvida e magnífica, era impossível não se tratar de um milagre, pensou Calandra.

    "Olhem para este lugar, a pureza do seu coração, da sua alma e de todo o seu corpo tornaram a terra fértil. Guardem e protejam este lugar, mas nunca o escondam, tenham orgulho por que sua cidade foi escolhida para tal milagre", disse ela ao povo.

    Ela retornou imediatamente ao local onde estava, recolheu todos os seus pertences e recomeçou a sua viagem a Roma. Como o dia anterior começara com luto, ela iniciou o dia em comemoração, tendo em vista que o círculo da vida agora parecia mais evidente para ela do que antes. E agora ela estava motivada pela ideia do Papa de criação de uma Ordem, que precisava ser concluída.

    Capítulo Sete: Uma Assembléia em Roma

    Calandra chegou à Roma num só dia, impulsionada por seu objetivo e sua santa missão. A assembleia tinha começado alguns dias antes, mas havia um rumor circulava nos corredores entre as várias pessoas: Bertilde estaria representada nesta reunião.

    Causando uma grande comoção, Calandra entrou no salão onde as pessoas se reuniram para o evento, abrindo ela mesma a pesada porta dupla. Muitos religiosos e seus companheiros se levantaram para entender a causa da desordem e silenciosamente reconheceram a Apóstola. Ela levantou o pacote que Bertilde tinha guardado ao longo dos anos, cheio de cartas, fantasias, diários dos seus pensamentos e experiências. Calandra a jogou sobre a mesa, causando um barulho alto, causado pelo seu peso e chocando os transeuntes.

    "Isto é o que vocês realmente estavam procurando! Contemplem os escritos de Bertilde, a verdadeira fundadora da Ordem que vocês estão prestes a criar hoje! Saibam que é notório que seu corpo repousa na terra, onde no próprio dia de seu funeral nasceu uma roseira! Agora ela está com o Senhor, olhando por todos vocês lá de cima, enquanto vocês decidem o destino do seu trabalho e da sua Fé! Não a desacreditem.", declarou Calandra.

    Ela virou-se e retirou-se da sala, confiando o trabalho à pessoas mais competentes do que ela. Ela alcançou, como prometido, aqueles que ela havia deixado e continuou a ensinar. Um dia, ela recebeu uma carta, contendo as conclusões da assembléia convocada pelo Papa. Calandra sorriu, como faria todos os dias no futuro, até o momento de sua morte.

    Epílogo

    A Ordem declara estes documentos verdadeiros e, com boa intenção, sagrados; devem ser respeitadas e consideradas a revelação dos seus fundamentos. A Ordem também reconhece que Bertilde, a guerreira, é seu primeiro verdadeiro membro, sua Matrona e Cavaleiro da Ordem, apesar de nunca ter recebido tais títulos em sua vida. Os seus ensinamentos, através da recordação e da palavra escrita, foram preservados e considerados como os guias originais para a vida dos membros da Ordem.



_________________

------Sancti Valentini Victoriarum Cardinalis Episcopus - Altus Commissarius Apostolicus - Cardinalis Sacri Collegii Decanus
---Gubernator Latii - Primas Portugaliae - Archiepiscopus Metropolita Bracarensis - Episcopus Sine Cura Lamecensis et Ostiensis
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