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[Textos Doutrinários] Textos de Referência

 
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Adonnis
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MessagePosté le: Mer Juil 29, 2020 7:57 am    Sujet du message: [Textos Doutrinários] Textos de Referência Répondre en citant



Citation:



    Pequeno Guia do Crente Aristotélico

    Prefácio:

    Este pequeno guia é-vos oferecido para vos guiar totalmente ao longo da vossa vida Aristotélica. Ele comporta as ideias e as linhas principais da Igreja Aristotélica, a descrição dos sacramentos e lista de virtudes e pecados. Esperamos que ele possa responder às vossas questões mais frequentes e que seja um manual para toda a vida.

    Padre Pobelcourt, Teólogo e Autor

    Introdução à Igreja Aristotélica

    Jah criou-nos a partir Dele. Nós somos, portanto parte integrante Dele e a nossa existência é dedicada a servi-Lo.

    Assim, viver na virtude consiste em viver segundo a vontade de Jah. Viver no pecado consiste em negar a vontade divina e portanto negar que fazemos parte Dele.

    Assim, os humanos são naturalmente seres sociais, porque vivem em comunidade, isto é viver de acordo com nosso estatuto de parte integrante de Jah. É esta a lógica que traduz a comunidade Aristotélica, permitida pelo sacramento do baptismo.

    Jah é perfeito. Ele reúne em si todas as virtudes, dando-lhes o seu pleno significado. Sendo nós feitos de espírito e de matéria, nós, humanos, podemo-nos mover em direcção a essa perfeição, mas jamais a alcançaremos. Um santo é definido como uma pessoa que se aproximou da perfeição através da sua vida virtuosa, mas não como uma pessoa que alcança essas mesmas virtudes, porque não somos Jah.

    O pecado absoluto é a negação total da natureza de Jah. Como tudo faz parte de Jah, esse estado de pecado absoluto é impossível de alcançar, porque seria a negação total da nossa existência. Ninguém, nem mesmo Jah, pode alcançar esse estado, apesar de a nossa natureza ser imperfeita, não o conseguimos alcançar.

    A virtude perfeita, de natureza divina, é dividida em sete virtudes, afim de que nós possamos mais facilmente nos aproximarmos: a amizade, a preservação, a caridade, a temperança, a justiça, o prazer e a convicção. A cada um delas opõe-se um pecado (respectivamente): a avareza, a gula, o orguho, a ira, a inveja, a preguiça e a luxúria.

    Qualquer ser, excepto Jah, se situa em cada um desses extremos. Assim, qualquer ser se situa entre a amizade e a avareza. Ele nunca se pode situar nos extremos.

    Nós não devemos esperar atingir a perfeição numa ou mais virtudes, porque isto é impossível e, portanto, o pecado da soberba. Nós devemos procurar o equilíbrio entre todas as virtudes e todos os pecados.

    O equilíbrio não significa um equilíbrio matemático, a igual distância dos dois extremos, mas sim um equilíbrio com tendência à virtude estando consciente da impossibilidade de a alcançar.

    Os Sacramentos da Igreja

    O baptismo

    O dogma da amizade aristotélica precisa
    Citation:
    "A Amizade Aristotélica" em geral, é uma comunidade de vida: Pelo Baptismo cada baptizado será introduzido numa união espiritual em poder que será como um contacto espiritual com todos os outros baptizados.
    O baptismo introduz o fiel numa união com os outros baptizados e em comunhão com os Santos.

    O Baptismo, ou rito de entrada na Igreja Aristotélica, dá ao novo crente as premissas da Amizade Aristotélica perfeita. Esta amizade com potencial deve ser desenvolvida através do contacto com Jah na oração e nos sacramentos, e também pelo testemunho de doçura e de compaixão com os outros.
    O baptismo introduz o novo fiel numa família divina e humana. Divina porque tem ma relação com Jah. Humana porque se integra na sociedade humana da Igreja Aristotélica.


    O baptismo possui a dimensão espiritual, mas ele possui também um valor jurídico. Como tal certas formalidades devem de o acompanhar.

    Baptismo de crianças:

    Para uma criança, ou um simples de espírito, a presença de um padrinho ou uma madrinha aquando da cerimónia é obrigatória. O seu dever será zelar pela educação aristotélica da criança. Os pais podem actuar como padrinhos aristotélicos.
    Se a criança não tem idade para compreender o sentido desta cerimónia não deve ser inscrita nos registos e assim não o será até ao dia em que peça a confirmação deste baptismo.

    Baptismo dos adultos (ou confirmação para um adulto que tenha sido baptizado enquanto criança)

    A) Fazer o pedido explicitamente

    B) Ser reconhecido como são de juízo e capaz de entender o compromisso.

    C) Não ser já baptizado

    Se já for baptizado haverá dois casos:

    C1) Se for baptizado pela Igreja Aristotélica apenas poderá requerer confirmação do baptismo. (O ideal é que o baptismo tenha sido conduzido de modo RP).
    A confirmação é utilizada de modo geral para adultos que foram baptizados enquanto crianças, ou cujos registos de baptismos se tenham extraviado ou contenham irregularidades.

    C2) Se baptizado por uma igreja herege ou de outra religião é necessário que o candidato, primeiro, renuncie a esse baptismo e confesse que se havia enganado. Seguirá uma penitência dependendo do nível de heresia da sua antiga religião. Deverá antes de receber o sacramento declarar clara e honestamente que renuncia ao seu antigo credo para que possa ser membro pleno da família aristotélica. No caso de uma conversão a presença de um padrinho baptizado é obrigatória.

    D) Ser inscrito nos registos de Roma.

    E) É ao pároco que cabe a tarefa e a responsabilidade de organizar este sacramento, no caso de impossibilidade, ou de não haver padre ou diácono, o celebrante poderá ser um clérigo reconhecido pela Igreja Aristotélica, que não tenha sido alvo de interdições. No caso de baptismos de nobres ou de personalidades importantes, o clérigo responsável pode pedir ao seu Bispo ou Cardeal que dirija a cerimónia.
    F) Ser apadrinhado é recomendável, mas não é obrigatório excepto nos casos mencionados explicitamente. A pessoa que apadrinha deverá ser baptizada e não estar sujeita a qualquer interdição para o efeito.

    A Confissão

    Quem pode receber a confissão:

    Todo o crente.

    O que é a confissão:

    Uma reorientação radical de toda a vida, um retorno, uma conversão a Jah de todo o nosso coração, uma cessação do pecado, uma aversão ao mal, com uma repugnância em relação às más acções que tenhamos cometido. Ao mesmo tempo, ela comporta o desejo e a vontade de mudar de vida com a esperança da misericórdia divina e a confiança na ajuda da sua graça.

    O que procura a confissão:

    Os efeitos espirituais do sacramento de Penitência são:

    – A reconciliação com Jah pela qual o penitente recupera a graça;
    – A reconciliação com a Igreja;
    – A remissão da pena eterna encorajada pelos pecados mortais;
    – A remissão, pelo menos em parte, das penas temporais, consequentes do pecado;
    – A paz e a serenidade de consciência, e a consolação espiritual;
    – O aumento das forças espirituais para o combate.

    A Ordenação

    Diaconato

    No degrau inferior da hierarquia, estão os diáconos. Aqueles a quem foram impostas as mãos “não em via do sacerdócio, mas em via do serviço". Para a ordenação ao diaconato, o pároco (ou o bispo) impõe as mãos, significando assim que o diácono está especialmente ligado ao bispo ou ao pároco com as tarefas do seu diaconato.
    O sacramento desta Ordem impõe uma marca “carácter” que ninguém pode remover. Ele pertence, juntamente com os outros diáconos, aos que assistem o bispo e os párocos na celebração dos mistérios divinos, que prestam assistência ao matrimónio e à bênção, a pregar, a presidir aos funerais e a dedicar-se aos diversos serviços da caridade.


    Sacerdócio (os párocos)

    Os bispos podem transmitir, a diversos membros da Igreja, e de acordo com diversos graus, o encargo do seu ministério". "A sua função ministerial é transmitida aos párocos de um grau subordinado: estes são estabelecidos na Ordem do Sacerdócio para cooperarem com a Ordem Episcopal no desenrolar da missão apostólica confiada pelo Todo-Poderoso."

    Sacerdócio Episcopal

    “Entre os diferentes ministérios que são exercidos na Igreja desde os primeiros dias, o primeiro lugar, segundo o testemunho da Tradição, pertence àqueles estabelecidos no episcopado, cuja linha continuam desde as origens, e são os ramos pelos quais se transmite a semente apostólica. "

    “A consagração episcopal, ao mesmo tempo que o ofício da santificação, confere também a missão de ensinar e de governar (...) Na verdade, (...) pela imposição das mãos e pelas palavras da consagração, o carácter sacro é impresso, de tal modo que os bispos, duma forma eminente e visível, tomam o lugar do próprio Todo-Poderoso, Mestre, Pastor e Pontífice no desempenhar do seu papel na sobre a Terra. Assim, os bispos são constituídos verdadeiros e autênticos mestres da fé, pontífices e pastores. "

    O Matrimónio

    Segundo o dogma da amizade aristotélica:
    Citation:
    “A Amizade Aristotélica” geralmente é uma forma de vida comunitária: Pelo Baptismo, cada baptizado é introduzido numa união espiritual em potência, que seria por conseguinte um contacto espiritual com todos os outros baptizados. Este ponto junta-se à tradicional noção do Baptismo que introduz à comunhão dos Santos.

    Esta união espiritual, tal com todos os baptizados, exprime-se, mais particularmente, entre os cônjuges no âmbito do matrimónio. Os noivos, por um amor puro e desinteressado, são chamados a formar esta amizade perfeita que é a aliança santificada aristotélica. Através desta união tão bonita dos cônjuges é Jah, Ele mesmo, fonte de qualquer amor, que é glorificado.

    Assim a amizade aristotélica concretiza-se com o matrimónio em que há uma autêntica realização.
    O matrimónio é indispensável ao amor concretizado, porque decreta uma comunidade de vida que possibilitará trazer crianças ao mundo e a fundação de uma família, a fim de tornar presente a fecundidade do amor. É um compromisso firme e forte, no qual os cônjuges se comprometem a lutar juntos contra os germes do ódio e da desordem, transversalmente às dificuldades da vida diária.

    A Sexualidade

    A sexualidade é o meio escolhido por Jah para se tornar presente sobre terra a fecundidade do amor, para assegurar a fundação de uma família unida e para soldar pelos gestos íntimos a afeição dos cônjuges.
    O primeiro objectivo do matrimónio permanece por conseguinte em participar na criação divina, pela aposta de trazer filhos ao mundo. Infringir estas regras seria minar os fundamentos, mesmo os da amizade aristotélica no matrimónio.

    Da indissolubilidade

    Já que o matrimónio é fundado sobre a criação de uma comunidade de vida e de uma união profunda dos cônjuges, não pode ser considerado como uma simples formalidade que seria revogável ao desejo. A união espiritual dos cônjuges jamais é uma situação adquirida e definitiva, convém lutar para a construir e manter. Assim, um simples desacordo dos cônjuges não pode em caso algum justificar uma separação. A via que leva ao paraíso é estreita, e pede muitos sacrifícios.
    Contudo, um matrimónio pode ser anulado em certas circunstâncias, quando a amizade dos cônjuges é tornada impossível por actos graves e definitivos. A anulação deste matrimónio não dá contudo licença para voltar a casar, salvo julgamento em contrário por razões excepcionais.

    Dos obstáculos do Matrimónio

    Em certos casos surgem obstáculos que impedem os cônjuges de alcançar a amizade aristotélica no âmbito do matrimónio. Esses casos são os seguintes:

    - Um dos dois já é casado, ou seja, não se pode casar novamente;
    - Os dois são unidos por consanguinidade de quarto grau ou menos;
    - Salvo autorização especial concedida pela Igreja, os clérigos e os religiosos não podem ser casados;

    O baptismo é requisito para o matrimónio

    O certificado de baptismo pode ser solicitado a qualquer momento. Se nenhum certificado foi feito, uma carta do celebrante do baptismo poderá ser pedida.

    Para o matrimónio exigem-se duas testemunhas que confirmarão a boa fé, a liberdade e o consentimento mútuo dos esposos. A sua assinatura figurará no documento depositado nos arquivos.
    Tanto o pároco como o diácono podem oficializar um matrimónio. De preferência será o pároco da povoação da noiva.

    As diferentes virtudes e pecados

    A amizade é a preocupação para com os outros, ter empatia e ajudar os outros. A amizade é assim a entreajuda, a reciprocidade das relações sociais, o amor ao próximo. À amizade opõe-se a avareza, que consiste na não preocupação com isso, e baseia-se no desprezo pelos outros.

    A perseverança consiste em trabalhar para sobreviver. A perseverança é a consciência das suas necessidades primárias de alimentos, de água e de descanso. À perseverança opõe-se a gula, que nunca está satisfeito com o que se tem, querendo sempre mais, podendo penalizar os outros. A gula resume-se num abuso de prazer.

    A Dedicação, é a capacidade de sacrifício quer para o bem dos outros, para comungar da amizade aristotélica e contribuir para a sociedade. Abstracção feita da sua própria individualidade. Em contraste com a dedicação temos o orgulho, que consiste em acreditar que só nós podemos subir acima de tudo e alcançar estatutos superiores.

    A temperança é a capacidade de se moderar, de seguir a via do equilíbrio exigido na condição de crente, de fazer provar a compreensão aos seus semelhantes. O seu oposto é a raiva, que é o defeito de alguém que se entrega ao ódio pelos outros, ou que, com todas as suas forças, tenta lutar contra a sua condição.

    A justiça é a capacidade de ser magnânimo, de reconhecer o valor dos outros, de identificar os interesses dos outros. À justiça opõe-se a inveja, que é o vício de quem deseja receber recompensas justamente atribuídas a outros, ou um que cobiça os bens ou a felicidade dos seus companheiros.

    O prazer é a faculdade que o homem possui para trabalhar e satisfazer as suas necessidades de alegria e felicidade. É a auto-consciência, o conhecimento do seu corpo, da sua alma, e das suas necessidades, podendo assim fazer a sua vida feliz e fácil. Ao prazer opõe-se o desprezo, que é o mal de quem entra em depressão espiritual, que permanece passivo, que deixa de ter gosto pela vida, e que ignora a sua própria satisfação.

    A convicção é a esperança num futuro cheio de promessas. É a consciência das necessidades futuras e interesses da comunidade dos crentes, a necessidade de conservação da espécie (e, por conseguinte, a reprodução). À convicção opõe-se a luxúria, que é o defeito daquele que é complacente com o abuso das coisas, da carne e que não acredita na verdade.

    Credo Aristotélico

    Citation:
    Eu acredito em Jah, o Altíssimo Todo-poderoso,
    Criador do Céu e da Terra
    Do Inferno e do Paraíso,
    Juiz da nossa alma na hora da morte.

    E em Aristóteles, seu profeta,
    O filho de Nicómaco e de Féstias,
    Enviado para ensinar a sabedoria
    E leis divinas do universo aos homens perdidos.

    Eu também acredito em Cristo,
    Nascido de Maria e de José.
    Que dedicou sua vida para nos mostrar o caminho do Paraíso.
    Assim, depois de ter sofrido sob Poncius,
    Ele morreu em martírio para nos salvar.
    Entrou para o Sol onde O aguardava Aristóteles à direita do Altíssimo.

    Eu acredito na acção divina;
    Na Santa Igreja Aristotélica Romana, Una e Indivisível;
    Na comunhão dos santos;
    Na remissão dos pecados
    Na vida eterna.
    ÁMEN


    Fontes

    - Dogma Aristotélico
    - Direito Canónico
    - Livro das Virtudes

    Teólogo e autor: Padre Pobelcourt

    Feito na Abadia cisterciense de NoirLac a 22 de Agosto de 1454 pelo Padre Pobelcourt, então Grão Prior.



_________________

------Sancti Valentini Victoriarum Cardinalis Episcopus - Altus Commissarius Apostolicus - Cardinalis Sacri Collegii Decanus
---Gubernator Latii - Primas Portugaliae - Archiepiscopus Metropolita Bracarensis - Episcopus Sine Cura Lamecensis et Ostiensis


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Adonnis
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MessagePosté le: Mer Juil 29, 2020 7:57 am    Sujet du message: Répondre en citant



Citation:



    Pequeno Tratado de Teologia

    => O que é Teologia?

    Etimologicamente, a teologia é a ciência de Deus. Na verdade, é tanto uma reflexão sobre o próprio Deus, seu relacionamento com a humanidade e a melhor maneira de se aproximar de Deus a fim de garantir sua salvação.

    => Quais são as bases da teologia?

    A teologia é uma reflexão que é estabelecida a partir de vários dados:
    - o que Deus nos diz através das Escrituras (O Mito Aristotélico, O Duo Profético)
    - os comentários eventualmente feitos pelos Santos e Beatos ou por teólogos anteriores (o Livro de Hagiografias e os Textos de Referência Dogmática)
    - Tradição e ensino, ou seja, o conhecimento da doutrina oficial da Igreja.

    O teólogo está, portanto, na encruzilhada destas três influências a fim de realizar sua própria reflexão pessoal e seus próprios estudos que podem levá-lo a confirmar, esclarecer ou invalidar este ou aquele ponto da doutrina e da reflexão da Igreja a fim de progredir no conhecimento de Deus e, portanto, no conhecimento dos caminhos que levam à Salvação.


    => Com quais problemas a teologia lida?

    A teologia procura resolver uma grande variedade de problemas, todos relacionados ao nosso relacionamento com o mundo e, portanto, com Deus: Qual é o lugar da liberdade humana em seu relacionamento com Deus? Como deve ser definida a escravidão? Podemos traficar seres humanos? Como podemos encontrar o Meio Termo? Aqui está uma lista não exaustiva dos problemas levantados pela teologia e aos quais ela tenta dar uma resposta que pode ser útil para a salvação de todos.

    =>Quem pode ser teólogo?

    A Teologia é acessível a qualquer pessoa que, tendo estudado as bases da religião em um seminário primário e obtido um diploma de teologia, deseja trabalhar para um conhecimento mais profundo dos textos sagrados e da palavra de nossos anciãos. Aprofunda-se com o tempo, a experiência, o estudo e a meditação.

    => Qual é a relação entre o Santo Ofício e a teologia?

    O Santo Ofício é um órgão oficial que reúne teólogos responsáveis pelo estudo, tradução e comentário de textos dogmáticos.
    É junto ao Santo Ofício que as hagiografias são depositadas para estudo de sua conformidade com o dogma e a doutrina da Igreja.
    É também junto ao Santo Ofício que um teólogo que deseja ter seu trabalho validado ou obter uma opinião oficial sobre seu trabalho deve depositá-lo.
    O Santo Ofício também permite que cada teólogo não fique isolado em seu próprio canto, mas que coloque suas habilidades e conhecimentos a serviço da Igreja e do progresso da Fé. Sob estas condições, qualquer teólogo cujo conhecimento seja considerado interessante pelo Cenáculo de Teólogos do Santo Ofício pode ser chamado para juntar-se a ele.


    => Quais são as diretrizes do pensamento teológico da Igreja hoje?

    a. Deus

    Para nossa religião, Deus sempre existiu desde toda a eternidade, mesmo antes de o mundo se tornar um mundo. Isto explica porque ele é o criador de todas as coisas (movimento, vida, homens, bem, mal...) e porque seu infinito e eternidade fazem dele o Ser Perfeito sobre o qual nada tem a ver. Seu infinito também lhe permite estar presente em todos os lugares e ter conhecimento de tudo e de todos. Isto o torna, naturalmente, todo poderoso.

    Citation:
    Mas Deus é superior a tudo, mesmo ao Nada. Ele não tem princípio nem fim. Ele é então o Infinito e o Eterno. Ele é o Ser Perfeito, sobre quem nada pode tomar, nada pode agir, nada pode interferir. Basta-Lhe um simples pensamento para que qualquer coisa passe do Nada à Existência e de um simples pensamento para que este passe da Existência ao Nada. Tudo Lhe é possível e tudo se deve então à Sua Existência.
    Deus é a Matéria a partir da qual tudo é criado. A matéria, a energia, o movimento e o tempo são compostos por Ele. Isto faz com que tudo o que existe, incluindo o Nada, faça parte Dele. Ele é também o criador de todas as coisas. É Ele que cria tudo o que existe e dá a sua forma e o seu conteúdo. Ele é enfim o Altíssimo, porque Ele é a causa da existência de todas as coisas, incluindo o Nada.
    Deste feito, Deus sabe tudo, porque mesmo o saber faz parte Dele, é criado por Ele e encontra a sua causa Nele. Dizemos também que Ele é omnisciente. De mais, ele está em todo o lado, para o mais longe que formos, nós encontramo-nos sempre Nele. Qualificamo-lo então de Omnipresente. Enfim, Ele pode agir em todo o lado, e saber tudo, nada pode travar a sua acção. (A Criação, Capítulo 1 O Universo)


    b. Os mistérios da Graça

    Nossa Igreja nos ensina que Deus, sendo onipotente, não está vinculado a nenhuma regra comum, nem a nenhuma lei terrena. Sua onipotência lhe permite mudar o curso das coisas a seu bel-prazer, e por isso devemos ter sempre fé nele e na imensidão de seus poderes, que se manifestam sob a forma de Graça. Aceitar esta Graça é reconhecer plenamente os mistérios da Fé e a imensidão de Deus.
    Citation:

    « grandes são os mistérios da fé, e nossa capacidade de raciocinar não é nada em comparação com os propósitos de Deus que sempre serão desconhecidos para nós, pobres mortais. » Ele prosseguiu dizendo que « a natureza sempre pode ser influenciada pela Graça, que é apenas sua obra, e quando a última age sobre a primeira pela força de um milagre, ela nos deixa, como insetos, em um estado de incompreensão. » (Hagiografia de São Tomas, Capítulo 2)


    c. Fé e Razão

    A Igreja sempre considerou que a razão e a fé constituem uma harmonia celestial capaz de falar às mentes e aos corações. É por isso que ela recomenda, na medida do possível, confiar nestas duas facetas para tocar os fiéis em suas almas.

    Citation:
    Fé e Razão são como duas facetas da mesma realidade. Esta verdade, portanto, constitui um único conjunto harmonioso de grande beleza, um todo que é como o reflexo da sublime beleza da união harmoniosa de dois reveladores da palavra divina. Através de Aristóteles, o emblema da Razão, os pobres de espírito aprenderão a ciência, e através de Christos, o portador da Fé, os eruditos progredirão em sabedoria e piedade.
    Pois a pureza da Fé depende da pureza das idéias. E sem Fé as idéias são vãs. O equilíbrio divino encontra ali seu fundamento. (As duas fontes de fé)


    d. A Igreja

    A Igreja foi instituída por Christos, mesmo que seja fruto de um longo amadurecimento, como a história da Igreja pode mostrar. Foi vontade de Deus dar leis e orientações aos homens para preservar sua moralidade e assim mantê-los no caminho da Virtude.
    No entanto, a Igreja só pode ser virtuosa se mantiver sua independência dos poderes temporais e se um clérigo alguma vez participar da vida política de seu país para que as leis civis integrem as leis morais aristotélicas porque a salvação das almas está em jogo, ele deve sempre agir como clérigo, preocupado com o bem-estar de todos e não favorecer interesses particulares.


    Citation:
    « Christos, disse-me ele, estava bem ciente da superioridade de Deus sobre os homens e queria evitar que a pureza da lei divina fosse corrompida pelo pecado; essa foi sem dúvida a razão pela qual ele instituiu a Igreja. Deus é soberano em todas as coisas.
    Dessa soberania deriva a lei, e para a maioria dos homens em todos os países, a moralidade.
    A Igreja foi destinada por Christos a representar essa soberania divina. Portanto, a Igreja age e legisla em seu nome.
    A Igreja é a instituição que Deus delegou para estabelecer o direito e a moral entre os homens, segundo Suas palavras contidas no Livro das Virtudes. Daí a necessidade de liberdade absoluta para a Igreja e para os homens que a compõem.
    Como você quer que um homem da Igreja, se ele se tornar o homem de outro homem, seja capaz de preservar essa liberdade? E como não ver que os interesses privados do homem a quem ele fez um juramento podem poluir a pureza divina?
    - Mas, Irmão Nícolas, não entendo porque Christos proíbe os homens da Igreja de se envolverem em política quando Aristóteles pensava o contrário.
    - Sêneca, a Igreja não existia na época em que Aristóteles viveu. Portanto, há muitas diferenças entre a época de Aristóteles e a época de Christos. Mas o que Christos quis dizer é que um homem da Igreja, mesmo que desempenhe uma função pública, deve comportar-se como um homem da Igreja e fazer prevalecer a moralidade divina sobre os interesses privados, a fim de preservar a pureza divina e não manchar o nome de Deus. » (Hagiografia do Apóstolo São Nícolas).


    e. Origem do Poder Temporal

    Para a Igreja, a vontade do povo expressa a vontade de Deus. O poder, portanto, vem de Deus através do povo. Somente o desrespeito dos valores e servos da Igreja pelo poder temporal pode legitimar uma revolta.

    Citation:
    « Em nossas cidades, todo governo é estabelecido segundo a vontade do povo, que só pode ser a vontade de Deus porque, na verdade, não pode haver poder sem o consentimento de Deus, senão isso significaria que Deus não é perfeito. Portanto, não é digno de um aristotélico rebelar-se contra um governo legitimamente constituído que respeita os servos de Aristóteles e Christos, pois isso significaria rebelar-se contra o próprio Deus. »
    Foi nesta ocasião que ele disse uma frase que, mais tarde, se tornaria famosa: « Deus se expressa através do sufrágio; aquele que contesta os resultados do voto livremente expresso, contesta a Deus. » (Hagiografia do Apóstolo São Nícolas)


    f. Relação entre poderes temporais e espirituais

    Para a Igreja, embora exista um poder temporal e um poder espiritual distintos, o poder temporal não é autônomo e deve estar de acordo com os princípios e preceitos ditados pela Igreja. O poder temporal está, portanto, naturalmente sujeito ao poder espiritual.

    Citation:
    " Todo o poder vem de Deus através do povo. A autoridade temporal é autônoma apenas na medida em que mantém este princípio em mente. Por conseguinte, só pode governar de acordo com o poder que a estabelece, e portanto com o consentimento da Igreja. As suas acções devem estar em conformidade com as opiniões do clero, e em particular com as de Sua Santidade o Papa, soberano de todos os soberanos." (Hagiografia de São Tomas, Capítulo IV)


    g. O Rei e a Igreja

    Os poderes do Rei são de natureza divina. A autoridade política foi dada aos reis por Deus e é marcada pela cerimônia de coroação. Portanto, os Reis são vassalos da Igreja, que representa Deus na Terra. Isto implica que o rei deve governar no interesse comum e se conformar aos princípios da Virtude, seguindo as prescrições da Igreja.

    Citation:
    Os reis são os vassalos da Igreja. Nada é mais verdadeiro do que este ensinamento de São Tomás, aquele magnífico veículo da mensagem divina.
    Originalmente, o Todo-Poderoso, em sua infinita misericórdia, e deixando aos homens seu livre arbítrio, conferiu-lhes a possibilidade de governar seus próprios destinos terrenos, formando o que estamos acostumados a chamar de sociedade política, ou seja, a cidade. Esta comunidade de interesses, guardiã de um poder sobre si mesma conferido pelo Altíssimo, teve então que fazer uma escolha, a do soberano a quem delegaria, por sua vez, a autoridade política, o império secular.
    Como qualquer convenção, ela implicava uma reciprocidade, ou seja, a obrigação do soberano, por um lado, de governar de acordo com o interesse comum e não de acordo com o interesse das facções e, por outro lado, de respeitar uma ordem jurídica extraída da natureza das coisas, que lhe impõe o respeito das leis fundamentais que organizam seu reinado e sua sucessão como muitas cláusulas do contrato da sociedade, mas também de conformar seu princípio aos ensinamentos da religião e aos imperativos da virtude, o poder de que desfrutava vindo de Deus através de seu povo.
    Todo poder é de natureza divina, por isso é natural que os clérigos, que são os homens com o mais amplo conhecimento dos princípios da fé, sejam os que melhor podem governar de acordo com a própria essência da autoridade política. Entretanto, é verdade que os leigos, que ainda não foram iluminados pela revelação aristotélica, o profeta que viu em um sonho o que era a cidade ideal, e seu governo pela casta dos Reis‐Filósofos, não estão prontos para receber esta verdade intangível. Cabe ao clero ser paciente e consensual.
    Assim sendo, não obstante tudo o que se opõe ao reinado imediato do Santíssimo Padre, Rei dos Reis, sobre todo o mundo conhecido, como a razão exige, o fato é que os soberanos da ordem temporal não têm outra escolha senão submeter-se às justas prescrições da Igreja, guardiã dos princípios da verdadeira fé que é o fundamento de seu poder, como acabamos de afirmar (Da natureza divina do poder)


    h. A Igreja, os hereges, as cruzadas

    Para a Igreja, os hereges são homens e/ou fiéis que se desviaram ou que ainda não receberam a mensagem divina e que devem primeiro ser trazidos de volta ao caminho certo através do diálogo, da escuta e da atenção aos seus problemas. Somente os mais endurecidos que se recusam a reconhecer a verdade da Verdadeira Fé estão sujeitos a um procedimento que visa declará-los hereges e entregá-los ao braço secular, o qual pode queimá-los se os julgar uma perturbação à ordem pública.
    As cruzadas, por outro lado, são guerras santas travadas não contra os homens, mas contra territórios não aristotélicos, por ordem da Igreja. Somente aqueles hereges que se opõem aos Santos Exércitos em sua conquista destes territórios com armas são mortos, mas devem ser feitas tentativas para trazer os outros de volta à Verdadeira Fé pela razão, tanto quanto possível.


    Citation:
    « Mestre, esta terra está cheia de hereges. É inútil. Tenho uma idéia brilhante: por que não construímos uma grande pira e colocamos todas essas pessoas desencaminhadas lá? Desse modo, nos livraríamos deles e pouparíamos tempo. ».
    Tomás ouviu esta proposta e respondeu: « "Sua idéia é tudo menos brilhante, meu filho. Em primeiro lugar, estes heterodoxos são homens antes de serem desencaminhados, e como criaturas de Deus não podemos destruí-los nós mesmos. Em segundo lugar, seria um desperdício de uma grande quantidade de madeira, para um propósito muito pobre. » O discípulo não ficou satisfeito com a lição de Tomás e pensou que poderia conduzi-lo à exaustão: « Mas, Mestre, caso aconteça que os hereges não abjurarem, é perfeitamente permissível queimar alguns deles. E então, quando a Igreja lança cruzadas, ela não traz a morte entre os perdidos? »
    Tomás continuou: « Nunca é a própria Igreja que constrói as piras, mas o braço secular ao qual os hereges são entregues. Assim, ela sempre mantém as mãos limpas. E quanto as cruzadas, elas são bem diferentes. Elas são lançadas contra as terras mantidas pelos desencaminhados, e apenas aqueles que se interpõem no caminho dos exércitos de Deus são mortos. A cruzada é uma guerra justa, ad majorem dei gloriam. E agora vá e veja se eu estou lá. » E o discípulo mudou de idéia, antes de pedir perdão. (Vida de São Tomás, O Sermão Milagroso)


    i. A Confissão e a Penitência

    A confissão é o ato pelo qual o fiel reconhece sua culpa porque está ciente disso e pede perdão a Deus. É assim que ele se aproxima do Altíssimo depois de ter se distanciado dele. Entretanto, se a falha cometida resultou em dano aos outros, a penitência é necessária para reparar totalmente esta falha e para recuperar a saúde espiritual.

    Citation:
    A confissão, mesmo do ponto de vista meramente humano, nos liberta e facilita nossa reconciliação com o próximo. Pela confissão, o pecador olha diretamente para as falhas das quais é culpado; assume a responsabilidade por isso e, assim, se abre para os outros.
    Se ele é um crente, ele se abre ao seu Criador através do confessor. Redescobre a comunhão com os santos e a comunidade dos fiéis.
    Muitos dos nossos pecados causam um mal ao nosso próximo. É necessário, se possível, buscar reparações (por exemplo, restaurar coisas roubadas, reabilitar a reputação de alguém que foi caluniado e compensar os ferimentos). A justiça simples exige isso. Além disso, o pecado fere e enfraquece o próprio pecador, assim como seu relacionamento com a Criação, e o desconecta do Altíssimo. A absolvição remove o pecado, mas não cura todos os distúrbios que o pecado causou.
    Aliviado do pecado, o pecador ainda deve recuperar toda a saúde espiritual. Assim, ele deve fazer algo mais para reparar os seus pecados: deve "satisfazer" de maneira adequada ou "expiar" seus pecados. Essa satisfação também é chamada de "penitência". (A confissão dos pecados)


    j. O culto dos santos

    O culto dos santos foi concebido pela Igreja para dar aos fiéis modelos de vida virtuosa a imitar, a fim de se aproximar da Virtude e do Paraíso Solar. As preces aos santos são perfeitamente permitidas, mas seus excessos devem ser controlados.

    Citation:
    « Cuidado para que, ao rezardes aos santos, não façais para vós novos ídolos pagãos, e ao esquecerdes Deus, vivais de práticas supersticiosas destinadas a obter as suas boas graças e não vivais no amor divino, mas no medo deles, como se fossem novos ídolos.
    Lembrem-se sempre que os santos devem ser imitados na sua vida virtuosa e não devem rezar como mendigos temerosos por medo de alguma calamidade, caso contrário, certamente esquecerão em breve o nome de Deus e permitirão que o medo entre nos vossos corações e substitua o amor. » (Epístola de Nicolas sobre o culto dos santos)


    k. A Escravatura

    A Igreja, desde Christos, tem condenado qualquer recurso à escravatura. Este estabeleceu uma regra ao mesmo tempo flexível e firme, que permite saber o que é e o que não é a escravatura: apenas os salários iguais ou ligeiramente inferiores aos dos mineiros podem ser considerados normais; aqueles que ficam muito abaixo são salários escravagistas.

    Citation:
    Deus define a escravatura como a prática de pagar aos trabalhadores honestos nos campos e artesãos um salário mínimo degradante. Não que todos devam receber o salário mínimo de um mineiro, pois Deus compreende a preocupação que todos temos de preencher as nossas minas! Mas este salário deve ser honesto e não muito abaixo deste para que os fortes não esmaguem os fracos caso contrário não seríamos melhores que os Humanos que obedeceram à Criatura Sem Nome (Da Escravatura, por São Possidônio)


    l. O tráfico de seres humanos e a escravização

    A doutrina da Igreja é clara neste ponto: o comércio de seres humanos por outros seres humanos é proibido e o uso de mão-de-obra proveniente deste comércio vergonhoso também é proibido. Tais escravos devem ser libertados imediatamente. Este tema foi recordado recentemente em Da submissão e do comércio do homem pelo homem, que se baseia na vida do Beato Teodoro

    Citation:
    "Ele então ensinou nesta casa os princípios do aristotelismo: a singularidade e o amor de Deus pelas criaturas e pelo homem, a igualdade de todos os homens diante do Criador e a importância da colaboração no trabalho e na vida social. Ele falou tanto que no final a família se converteu a essa nova religião. Venantios, portanto, libertou seus próprios escravos e começou a discutir sua nova fé com seus concidadãos." (Hagiografia do Beato Teodoro)



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MessagePosté le: Mer Juil 29, 2020 7:58 am    Sujet du message: Répondre en citant



Citation:



    O Eflúvio do Mal (demonologia, possessão e bestialidade)

    Aproximei-me do mal como um dos poucos teólogos que teve a coragem e a força de não se afundar nele. Analisei nossos textos sagrados, nossos textos apócrifos e até mesmo alguns dos escritos heréticos trancados nas torres de minha abadia.

    Descobri o eflúvio do mal, ele tinha odor de enxofre e decadência, não continha odor agradável para se apegar, pois o odor do mal é como o próprio mal, a ausência total do bem.

    Tal odor é encontrado nas noites de lua cheia ao redor dos pântanos que refletem o inferno na terra, ele se encontra nas profundezas onde a luz divina não alcança, ele também é encontrado entre os suicidas que se trancaram para renunciar ao dom da vida, ele ainda é encontrado nos campos de batalha quando o ferro tem precedência sobre a palavra.

    No entanto, eu queria enfrentar este odor para estudar as criaturas que representam o mal aos nossos olhos. Li os relatos dos exorcistas para entender o que são os demônios que às vezes se escondem entre nós, fiz minhas leituras e cheguei a conclusões que hoje, à medida que o ano 1000 se aproxima, podem me levar à fogueira.

    Minha primeira conclusão é que os demônios são na verdade almas que se recusaram a tomar o caminho do seu julgamento e se afastaram do caminho traçado pelo Criador para a raça humana. Eles não estão relacionados de forma alguma aos sete Príncipes-demônios, guardiães do inferno.


    A) Tipo e objetivo dos demônios terrestres.

    Os demônios terrestres são, portanto, almas que, tendo permanecido na Terra, querem continuar a sobreviver ali, possuindo um corpo humano. Consegui determinar que existem 4 categorias principais.

    1) O demônio da paixão. O Tipo Egocêntrico. (focado em seu ego)

    O demônio Egocêntrico pensa que Deus não tem direito sobre ele e quer continuar a viver sua paixão na terra através do corpo possuído. Ele geralmente usa qualquer meio para ter prazer, seja por luxúria, roubo ou assassinato daqueles que o prejudicaram no passado.

    2) O demônio Mórbido. O Tipo Thanatoquester (buscador de morte)

    O Thanatoquester é considerado muito perigoso pelos exorcistas, pois se recusa a ser julgado por achar que é injusto estar morto enquanto outros merecem morrer cem vezes mais do que ele. Durante seus delírios, ele força sua vítima a matar todos os seus entes queridos. Finalmente, ele leva sua vítima à preguiça e até mesmo ao suicídio. Diz-se que cada vez que ele consegue levar os possuídos ao suicídio, o Thanatoquester aumenta sua força através da experiência, mas também tomando um pouco da energia da alma que ele controlou.

    3) O demônio vingador. O Tipo Tisirhée (onda de vingança)

    Ele se recusa a ser julgado antes de poder obter sua vingança, e geralmente vai embora depois de ter tido sua vingança. No entanto, às vezes ele é confundido com os demônios da morte porque tendem a aumentar a mortalidade ao seu redor.

    « Ira furor brevit est; animum rege, qui, nisi paret »
    (A raiva é uma loucura breve: controle suas paixões; quando não obedecem, elas comandam).

    4) O demônio da preguia. O Tipo Laetitiacata (de laetitia (felicidade) et cata (abaixo)

    Considerado não muito perigoso em comparação com outros demônios, ele passa de corpo a corpo para trazer tristeza e preguiça, e ocasionalmente leva as pessoas ao suicídio. Seu principal objetivo é afastar as pessoas da luz, pois ele mesmo não a encontrou em sua vida.

    5) O fantasma, ou Anima anxiosus, ou Poltergeist

    Muitas vezes classificados como demônios, pode-se dizer que os fantasmas são pré-demônios, já que não se apossaram de um corpo. Não se trata, portanto, em sentido estrito, de um exorcismo, ainda que muitas vezes seja preferível afugentá-los para evitar que eles se tornem verdadeiramente demônios "possessores". Geralmente os primeiros a combatê-los são os exorcistas iniciantes ou mesmo os simples padres. As manifestações dos fantasmas são diversas, mas geralmente apenas aqueles que querem, podem ouvi-los e ter a impressão de vê-los. Há casos em que testemunhas afirmam ter visto um anima anxiosus agindo sobre a matéria movimentando objetos, mas quase sempre descobriu-se que foi uma das próprias testemunhas que, consciente ou inconscientemente, agiram para mover o objeto. O anima anxiosus, para ser ouvido, tem que agir diretamente sobre nossa alma, como se estivesse conduzindo uma pequena possessão. As coisas são, então, vistas como em um sonho, onde a realidade e a imaginação se misturam.


    B) As outras criaturas terrestres

    As 3 leis naturais

    As três leis que regem as reações das criaturas são "a submissão ao humano, a necessidade de reprodução e a necessidade de alimento". Se o equilíbrio entre as três leis for respeitado, a criatura mantém seu lugar na criação. Algumas vezes, entretanto, a necessidade de alimentar-se não é satisfeita, algumas criaturas se sobrepõem a uma das outras duas leis e podem se voltar contra seus descendentes e semelhantes, ou em casos ainda mais raros, contra os humanos. É por esta razão que os animais selvagens, que são menos próximos aos humanos do que os animais domésticos, podem ocasionalmente atacar e devorar os humanos. Não é, portanto, devido a uma causa demoníaca, ou mesmo ao castigo divino, que os lobos às vezes matam viajantes solitários: é antes uma perturbação do equilíbrio das três leis da vida animal. Como a vida vegetal não está sujeita a estas leis, quando há um desequilíbrio, a vida vegetal simplesmente cessa.

    Os outros demônios terrestres

    De minha pesquisa, parece que não há nenhum registro confirmado e irrefutável da existência de criaturas demoníacas terrestres, nem mesmo criaturas sobrenaturais, a não ser as almas perdidas que mencionei anteriormente. Por outro lado, não há uma explicação simples para certos eventos que ocorreram no passado. Dogmaticamente falando, e sendo um crente, não se pode admitir que as criaturas de Deus possam se afastar da lei de Deus, uma vez que não lhes foi dado livre arbítrio. A árvore segue seu próprio ciclo, assim como o porco, a vaca ou o carneiro. No entanto, circunstâncias extremas podem levar a reações extremas. Assim, apesar da obrigação da criatura de ser submissa à humanidade, algumas criaturas da criação se voltam contra nós quando há um desequilíbrio nas três leis da natureza.

    Vampiros, lobisomens e outras criaturas demoníacas.

    Estas criaturas demoníacas assombram nossas superstições, mas não têm uma realidade tangível. Se eles existissem, estariam sujeitas às 3 leis e não estariam sujeitas ao livre arbítrio como os humanos naturalmente estão.
    São, portanto, de facto, humanos que perderam a razão, uma forma não muito difundida de heresia, onde o humano nega sua própria humanidade, na maioria das vezes depois de ter sido submetido a uma possessão demoníaca, ou estando ainda possuído. Está provado que em possessões, se a luta entre a alma residente e a alma demoníaca for violenta, podem ocorrer mudanças físicas. É daqui que vêm as lendas sobre criaturas polimórficas como lobisomens. Os vampiros são provavelmente, na realidade, humanos enlouquecidos e possuídos por demônios Laetitiacata que possuem tanto medo da luz divina que só saem à noite, e estão tão desesperados para recuperar sua humanidade que tentam tirá-la dos outros bebendo seu sangue.

    Deve-se notar que a dor mental pode dar origem a dores físicas graves e, portanto, transformar ligeiramente o corpo. Temos visto pessoas com crescimento de cabelo aumentado, ou dentes mais proeminentes após uma infecção. Em resumo, existem hoje apenas dois tipos de criaturas terrenas: os humanos e as criaturas que estão sujeitas aos humanos.


    C) O Conceito de Inferno e a Criatura Sem Nome.

    A única criatura não vinculada às leis da criação é a Criatura Sem Nome. Mas a maioria dos teólogos concorda que é uma alegoria que representa a parte de dúvida que existe em nós e que, caso tenha existido, deve ter acabado sozinha ou mesmo morrido após seu encontro com Christos (cf. Vita de Christos, Capítulo 5: « Imediatamente, a criatura sem nome, que se arrastava ao seu lado, desapareceu, deixando-o sozinho em meio ao deserto »). Alguns dizem que ele ainda vagueia, mas sendo único e sem poder, deve viver com medo da humanidade. Alguns o chamam de « o maligno » para nos lembrar que seu único poder é ser particularmente bom em nos fazer aceitar como certo o que não é certo.


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Citation:



    Do Amor Pragmático de Deus: Um breve discurso sobre o medo do inferno

    Eu, Odoacre, filho de Corinto e inteiramente dedicado a Deus, Aristóteles, Christos e toda a Corte Celestial, apresento-vos, sob a forma de um pequeno discurso, esta reflexão sobre os medos mortais ligados ao destino post-mortem das nossas almas imortais;

    Dedico este pequeno fascículo ao meu padrinho e amigo, o belo Cardeal, Duque de Beaujeu e Par de França, por todos os seus benefícios e pelo seu santo patrocínio.



    Muitas almas simples amam a Deus por medo de Seu Castigo, por medo de se verem levadas à companhia de Demônios após sua morte e afogadas por toda a eternidade em um oceano de sofrimento.

    Muitas almas simples duvidam do Amor de Deus, acreditando que Ele seria injusto com elas e que apesar de todos os esforços para serem bons e virtuosos aristotélicos, eles não serão amados o suficiente pelo Todo-Poderoso para saborear a bem-aventurança eterna.

    Alguns clérigos e pessoas que ousam se chamar Igreja brincam com esses medos, terrores e dúvidas para melhor atrair essas almas à submissão que acreditam ser Santa e necessária; no entanto, a Fé não pode ser o fruto de tais Estratégias, Táticas e Coerção. A fé deve ser pura, engendrada pela Iluminação pessoal acompanhada pela Razão e Lógica: é por esta Razão e Lógica que pretendo vos demonstrar que Deus vos ama e que sois dignos de ir para o Paraíso.

    Quando escolhemos morrer permanentemente - pois Deus em Sua infinita misericórdia deu aos homens a escolha da ressurreição infinita para que pudessem progredir em sua Fé e Virtude - nossos corpos mortais se desintegram, mas nossas almas imortais sobrevivem para serem julgadas pelo Criador. Alguns serão salvos e irão para o Paraíso, para viver em completa comunhão com Deus, entre os Anjos; outros, os condenados, estarão na companhia de demônios para a tortura eterna.

    O Livro das Virtudes nos ensina que o Paraíso está localizado no Sol, astro Solar que aquece a Terra como uma alma, e que o Submundo está localizado na Lua, astro Vampiro cuja luz pálida só serve às ações perversas e maliciosas da Noite.

    Desde o início dos tempos, e ainda hoje, os Observadores do Céu e dos Corpos Celestes têm calculado o tamanho, a massa e o peso das estrelas: sua conclusão unânime é que a Lua é muito pequena, ainda menor do que a Terra, enquanto que o Sol é imenso e muito mais imponente do que a Terra.

    O Livro das Virtudes nos diz que Deus foi o Criador de todas as coisas; consequentemente, foi Ele quem decidiu o tamanho do Sol e da Lua.

    O que podemos concluir de tudo isso? Há mais espaço no Paraíso do que no Inferno, o número dos Escolhidos, aqueles que foram, são e serão salvos, é muito maior do que o número dos Condenados destinados ao Inferno. Assim, com Fé, Razão e Lógica, posso falar do Amor pragmático de Deus, que necessariamente ama mais do que nega, salva mais do que condena, abraça mais do que castiga.

    No entanto, gostaria de adverti-los para que não caiam na armadilha de acreditar que o Criador seria obrigado a salvar suas almas por causa do tamanho dos Corpos Celestes: Seus caminhos são impenetráveis, e pela onisciência divina que O constitui por natureza, o Todo-Poderoso simplesmente previu que menos almas seriam condenadas do que salvas, e que o Paraíso precisaria de uma capacidade maior para acomodá-las do que o Inferno.

    Esta é simplesmente a prova da confiança inabalável de Deus na Igreja Aristotélica e seus Pastores, pois Ele sabe que por Sua Ação, Ensino e Cuidado Pastoral, sereis guiados no Caminho das Virtudes, e que é esta Certeza, constitutiva de vossa Fé, a única Chave que vos abrirá as Portas do Sol.


    Odoacre de Corinto


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MessagePosté le: Mer Juil 29, 2020 7:58 am    Sujet du message: Répondre en citant



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    Guia da Família Aristotélica

    Prólogo:

    « A Família Aristotélica » é um manual que lhe servirá para educar seus filhos na religião aristotélica, assim como para mostrar o lugar de cada um na família.

    Introdução:

    Um homem e uma mulher unidos no matrimônio formam uma família com seus filhos. Esta disposição precede qualquer reconhecimento por parte da autoridade pública; ela é-lhe imposta. Será considerada a referência normal, segundo a qual devem ser avaliadas as diversas formas de parentesco. Ao criar o homem e a mulher, Deus instituiu a família humana e a dotou de sua constituição fundamental. Seus membros são pessoas de igual dignidade. Para o bem comum de seus membros e da sociedade, a família envolve uma diversidade de responsabilidades, direitos e deveres.

    O respeito e o dever das crianças:

    O respeito aos pais é reconhecimento àqueles que, através do dom da vida, do amor e do trabalho, trouxeram seus filhos ao mundo e os capacitaram a crescer em altura, sabedoria e graça. "De todo o coração, glorifique a seu pai e não se esqueça das dores de sua mãe. Lembre-se que eles deram à luz a você."

    Enquanto a criança viver na casa dos pais, a criança deve obedecer a todos os pedidos dos pais para o bem da criança ou da família. "Crianças, obedeçam a seus pais em tudo, pois isto é agradável a Deus". As crianças ainda têm que obedecer às ordens razoáveis de seus professores e de todos aqueles a quem seus pais as confiaram. Mas se a criança for persuadida em consciência de que é moralmente errado obedecer a uma determinada ordem, que não a siga.

    Conforme as crianças crescem, elas continuarão a respeitar seus pais. Eles anteciparão seus desejos, buscarão de bom grado seus conselhos e aceitarão suas admoestações justificadas. A obediência aos pais cessa com a emancipação dos filhos, mas não o respeito que permanece para sempre devido.

    O dever dos pais:

    A fecundidade do amor conjugal não se limita à procriação de filhos, mas deve se estender à sua educação moral e formação espiritual. Os pais devem olhar para seus filhos como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Eles educam seus filhos para cumprir seu dever para com Deus, mostrando-se obedientes à vontade do Pai Celestial.

    Os pais são os principais responsáveis pela educação de seus filhos. Eles demonstram esta responsabilidade primeiro criando um lar onde a ternura, o perdão, o respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado são a regra. O lar é um lugar apropriado para a educação das virtudes. Isto requer o aprendizado do bom senso e do autocontrole, que são as condições da verdadeira liberdade. Os pais devem ensinar as crianças a subjugar as dimensões físicas e instintivas às dimensões interiores e espirituais. O lar é um ambiente natural para a iniciação do ser humano na solidariedade e nas responsabilidades comunitárias.

    A educação na fé pelos pais deve começar na primeira infância. Ela já é dada quando os membros da família se ajudam mutuamente a crescer na fé pelo testemunho de uma vida aristotélica, de acordo com o Livro das Virtudes. A educação religiosa familiar precede, acompanha e enriquece as outras formas de ensino da fé. Os pais têm a tarefa de ensinar seus filhos a rezar e a descobrir sua vocação como filhos de Deus.

    Ao se tornarem adultos, as crianças têm o dever e o direito de escolher sua profissão e seu estado de vida. Eles devem assumir estas novas responsabilidades no relacionamento de confiança com seus pais, cujos conselhos e orientações eles devem buscar e receber prontamente. Os pais devem tomar cuidado para não coagir seus filhos a escolherem uma profissão ou um cônjuge. Este dever de reserva não os impede, ao contrário, de ajudá-los com conselhos judiciosos, especialmente quando estão pensando em constituir uma família.

    Algumas pessoas não se casam para cuidar de seus pais ou irmãos, para se dedicarem mais exclusivamente a uma profissão ou por outras razões honrosas. Eles podem contribuir muito para o bem da família humana.

    Epílogo:

    As crianças devem respeito, gratidão, justa obediência e ajuda a seus pais. O respeito filial promove a harmonia em toda a vida familiar. Os pais devem respeitar e estimular a vocação de seus filhos. Eles se lembrarão e ensinarão que o primeiro chamado do Aristotélico é seguir o exemplo de Christos. Portanto, pais e filhos têm o dever de viver em harmonia no amor de Deus e na amizade aristotélica.

    Teólogo e Autor: Padre Pobelcourt

    Feito na Abadia Cisterciense de NoirLac em 22 de agosto de 1454 pelo Padre Pobelcourt, então Grão Prior.



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    Resumo da Vida de Aristóteles

    Sua Vida:

    Aristóteles nasceu em Estagira, uma cidade da Grécia, filho do médico Nicômaco, que mais tarde se tornou médico do Rei da Macedônia, e de Phaetis.
    Aos cinco anos de idade, ele recebeu uma revelação divina enquanto visitava o Templo de Apolo. A partir daí, ele jurou dedicar-se à busca da Verdade.
    Sua família se mudou para Pela, capital da Macedônia, onde ele estudou com Epimanos até os quinze anos de idade, quando seus pais morreram.
    Ele foi então confiado a um de seus pais, Proxenes, que o fez trabalhar no campo; mas, muito rapidamente, Proxenes o enviou a Atenas para se livrar dele.
    Aos 18 anos, ele foi ensinado pelo filósofo Platão, mas se separou dele após uma controvérsia sobre a natureza das idéias.
    Aristóteles então se mudou para Axos, onde fundou uma academia que legou a um de seus discípulos no final de sua vida.
    Enquanto isso, ele havia se tornado tutor e protegido de Alexandre o Grande e se estabelecido em Atenas, de onde teve que fugir após a morte deste último, perseguido por aqueles que o reprovaram por sua crença em um único Deus.
    Ele então se refugiou em Cálcis, onde morreu, envenenado por um escravo ateniense.


    Suas Idéias:

    1) A Unicidade de Deus

    Aristóteles logo se convenceu da existência de um único Deus e passou sua vida provando a verdade de sua afirmação, mostrando, por exemplo, que existe apenas uma causa final, portanto, que Deus é único, ou afirmando que: "O divino é um único todo e o divino é a perfeição, portanto a perfeição é a unidade. A unidade é a forma ideal das coisas".

    2) A busca da perfeição:

    Ele também mostrou que o mundo é um símbolo de perfeição, porque está organizado de acordo com a forma perfeita das esferas, sendo a própria Terra redonda, e que esta perfeição era um reflexo da perfeição de Deus.
    Desde então, ele se convenceu de que, para encontrar o caminho do bem, era preciso estudar o divino, pois este é o único caminho que leva à perfeição.


    3) O caminho da Virtude :

    Aristóteles distinguiu sete virtudes, derivadas da Virtude divina (a amizade, a conservação, a doação de si mesmo, a temperança, a justiça, o prazer e a convicção) e o pecado absoluto, a negação de Deus, composto de sete pecados que eram seu oposto (a avareza, a gula, o orgulho, a ira, a inveja, a preguiça e a luxúria).
    Porém, devido a sua imperfeição, o homem está sempre entre os dois, incapaz de alcançar a Virtude divina ou o puro pecado.
    O caminho da Virtude consiste, para ele, em uma « uma tendência a avançar em direção à virtude, tendo consciência da impossibilidade de alcançá-la », buscando o caminho do meio, o Meio Termo entre os dois (« Não devemos, portanto, esperar alcançar a perfeição em uma ou mais virtudes, pois isso é impossível e, portanto, um pecado de orgulho. Ao contrário, devemos buscar o Meio Termo entre cada virtude e cada pecado »).


    3) Uma vida após a morte:

    Além disso, convencido da existência da alma humana ("A curiosidade do homem garante seu espírito"), ele afirmou que a alma humana é imortal e, consequentemente, que existe uma vida após a morte.
    Por isso, ele concluiu, os homens devem dedicar suas vidas terrenas à preparação para esta vida após a morte.


    4) As idéias estão ligadas às coisas:

    Finalmente, ao contrário de seu Mestre Platão, que pensava que as idéias são independentes das coisas, Aristóteles defendeu a idéia de que: "A idéia vem à mente apenas enquanto a coisa existir. Somos parte de um todo, e se um elemento se torna inteligível, é porque ele existe".

    5) A Cidade Ideal:

    Ele dedicou a última parte de sua vida a refletir sobre a Cidade Ideal.
    Para ele, ela está organizada em três círculos, cada qual com uma função específica: os que trabalham, os que lutam e os que rezam e constituem a classe dos líderes políticos e religiosos, a fim de garantir a harmonia do mundo.
    Ele não acreditava na igualdade dos homens, pois, disse ele, "não há amizade possível entre pessoas que são muito desiguais. Um rei não pode esperar nada de um mendigo; este último é incapaz de ajudá-lo em seu tempo de necessidade, e a ajuda mútua é a base da amizade."
    Ele estava convencido de que estava na natureza do homem viver em uma comunidade, da qual a Cidade é a forma organizacional, e que cada homem deveria se dedicar a garantir as condições de harmonia dentro dela.
    Daí sua condenação dos eremitas como inimigos da humanidade, fundamentalmente egoístas e indiferentes a seus semelhantes.


    6) O anúncio da vinda de Christos:

    Na final da tarde de sua vida, Aristóteles soube que Seleuco, um antigo companheiro de Alexandre e fiel aos princípios que ele havia ensinado durante toda sua vida, acabara de ter um filho chamado Antíoco. Ele então quis ver esta criança e profetizou o seguinte: « Jovem Antíoco, seu destino será inspirado por Deus. Através de ti, milhares de homens de diferentes povos serão convertidos à palavra do verdadeiro Deus. E entre estes povos haverá um onde nascerá aquele que terminará o que eu comecei », e em seu leito de morte ele revelou que este levaria o nome de Christos.


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    Pequeno Tratado de Heresiologia Prática

    Minhas Filhas, meus Filhos, tenho a grande honra de lhes apresentar este pequeno Libelo que creio necessário para chamar a atenção de todos, aos Fiéis Aristotélicos a fim de melhor responder aos ataques dos incrédulos, hereges, descrentes e outros imundos livre-pensadores, mas também de todos aqueles, bem como de todos os habitantes para os quais a Igreja é uma coisa muito distante e pouco conhecida, e que, portanto, às vezes a vêem de forma negativa por causa da propaganda herética.

    +++++++ Pequeno Tratado de Heresiologia Prática +++++++

    Por toda parte nas ruas, tavernas e outros lugares comuns, levantam-se vozes, atacando a Igreja, o Clero, sua ação, esquecendo toda a Obra de Caridade em benefício dos Vagabundos que ela emprega, a quem dá esmola e que ela assiste em tudo, concentrar-se em uma palavra, Tolerância, e assim colocar em julgamento uma Igreja que é inimiga da liberdade, inimiga do pensamento e do livre arbítrio, a serva da barbárie, cujo único objetivo seria construir fogueiras e atear fogo aos marginalizados.

    E este discurso repetido e martelado semeia dúvidas entre vós, queridos fiéis, e eu o entendo, vós pensais que esta Igreja que credes ser a propagadora do Amor de Christos, da bondade de Deus e da inteligência de Aristóteles estaria então nas mãos de pessoas más, de guerreiros sanguinários escondidos atrás de sua batina e fulminantes anátemas depois de anátemas.... então vós vos distanciais, hesitais, não sabeis o que responder....

    Este tratado tem o objetivo de lhes fornecer as armas necessárias para compreender, em primeiro lugar, que este não é o caso, que a Igreja está no caminho certo e que vós sois legítimos para fazer parte dela; em segundo lugar, uma vez fortalecida vossa Convicção, vossa Fé e vossa Fidelidade, este manual deve lhes fornecer as armas necessárias para retorquir à imundície proferida pelos hereges em todos os tempos e lugares.

    Título 1: Somos livres para acreditar no que queremos?

    Não ouvistes muitas vezes a afirmação desiludida ou mesmo provocadora (por vezes até já pensaste) "Se houvesse um Deus, não haveria guerra e tantos horrores no mundo"?

    Sempre que ouço isto, respondo: Pelo contrário, é a prova da infinita bondade de Deus.

    Pois o Todo-Poderoso, na sua infinita misericórdia, deu à humanidade o maior dom que um Criador poderia ter dado às suas criaturas, deu-lhes uma escolha, deu-lhes o Livre Arbítrio.
    Deus recusou-se a brincar de mestre dos fantoches, ele deu-nos a escolha.
    Assim, quando há pecado, guerra, homicídio, etc., é a escolha de alguns homens que decidiram, em consciência, seguir o caminho do mal!
    O Senhor deu-nos a liberdade de fazermos o que quisermos.

    Mas ele não nos deixou sós, não, ao enviar Aristóteles à Terra, depois Christos para anunciar a Palavra Divina, a sua Mensagem de Amor, o Senhor deu-nos as Chaves da nossa Salvação, o modo de actuação para podermos entrar no Paraíso!
    Mas Aristóteles e Christos não sendo fisicamente imortais, fazia-se assim necessário que a mensagem fosse transmitida às gerações futuras, Deus confiou, assim, esta missão à Igreja Aristotélica que se preocupa em difundir esta mensagem, e em ajudar os Homens e as Mulheres a entrar no Paraíso.

    Resumindo:

      a. somos livres em nossas ações e nossos pensamentos.

      b. a Igreja conhece o caminho para entrar no Paraíso, ensina o Bem, o Amor de Aristóteles e de Christos.

    O que é que isto significa?

    Que aqueles que, na sua alma e consciência, escolhem seguir outro caminho que não o traçado pela Igreja são certamente livres de o fazer, pois se o fazem, é porque Deus lhes permitiu fazê-lo, mas que é nosso dever como membros da Igreja, quer sejamos Clérigos ou simples fiéis, fazermos tudo para colocá-los novamente no caminho certo, é nosso dever ajudá-los a entrar no Paraíso, é uma questão de os obrigar PARA O SEU BEM-ESTAR, é uma questão de compelí-los PARA O SEU BEM-ESTAR, uma vez que a bem-aventurança da alma é infinitamente mais importante do que os perigos da vida terrena.

    Finalmente, não devemos ser livres para acreditar no que quisermos quando isso pode nos levar ao inferno, por isso devemos enquadrar e restringir a liberdade de pensamento e crença apenas à fé aristotélica porque é justa e boa, contém a verdade e é a Chave para entrar no Paraíso.

    Título 2: Para aqueles que permanecem insensíveis a qualquer tentativa de conversão, não deveria ser-lhes permitida sua liberdade de culto? Em resumo, a Cruzada é legítima?

    De fato, pode-se raciocinar da seguinte forma: por seu livre arbítrio conferido por Deus, aqueles que lá se recusam completamente a seguir o caminho de Deus, escolheram em consciência o caminho do Inferno, não se pode então fazer mais nada, matá-los seria inútil porque seríamos criminosos e, de qualquer forma, eles irão de toda forma para o Inferno, deixemo-los assim em silêncio para praticarem a religião que eles querem!

    Este raciocínio é certamente muito atraente, muitas pessoas até fazem dele seu credo: não é nada mais que um artifício, uma retórica desonesta por parte dos hereges e dos propagadores de heresias (ou seja, aqueles que os ajudam), e uma forma de dar a si mesmos uma "boa consciência" para os aristotélicos que, por preguiça ou covardia, não querem se dedicar inteiramente ao serviço de seu Criador.

    Eis porque não devemos segui-lo: hereges que recusam a conversão quando a Igreja, única detentora da Verdade, lhes mostrou o Caminho Verdadeiro, são pecadores por presunção, porque acreditam que conhecem a Verdade melhor que a Igreja e, portanto, conhecem a Verdade melhor que Deus, o que é um ultraje!

    Em si mesmo, isto já é altamente repreensível. Para aqueles que continuam a dizer que eles irão para o inferno de qualquer maneira e que, portanto, podem muito bem ser deixados em paz sem sujar as mãos, eu responderia da seguinte forma: estas pessoas devem ser exterminadas o mais rápido possível sem lhes deixar nenhuma liberdade, exterminadas pelo Ferro, Fogo ou qualquer outro meio, porque esta é uma medida profilática indispensável para neutralizar e erradicar a peste herética.

    Pois é realmente uma doença viciosa da alma, o crime espiritual é transmissível, deixar livremente que hereges não arrependidos celebrem seu culto é a melhor maneira de espalhar heresia, profanar almas e assim arrastar mais e mais boas almas aristotélicas para as Bocas do Inferno. Imagine (além disso, não há necessidade de imaginar, nós o vemos em muitos condados!) hereges fazendo seus rituais em público, descrentes rindo das preces piedosas dos fiéis aristotélicos e blasfemos insultando a Deus por seus insultos e devassidão, que exemplo isso será!

    O fiel que vir isto se perguntará: "Por que devo ser obrigado a ser bom e caridoso, amoroso e servo da Verdade, por que devo seguir este longo e difícil caminho que me é oferecido pela Igreja, quando posso entrar livremente na devassidão e na luxúria, perder-me nos prazeres, mentir como quiser, ceder as rédeas até mesmo aos meus impulsos mais bárbaros"?

    Pois ele verá isso diante dele, e verá que a Igreja não age e dirá a si mesmo: como a Igreja que detém a Verdade só recrimina oralmente, mas permite que isso aconteça, não é tão grave quanto isso. E então ele retirar-se-á do caminho de Deus para as odiosas regiões heréticas e devotará sua alma ao diabo.

    A Cidade Terrestre (vida/sociedade terrena) deve ser uma prefiguração da Cidade de Deus (Paraíso), a sociedade aqui embaixo deve necessariamente ser integralmente aristotélica, não podemos e não devemos permitir que grupos heréticos vivam, porque a sociedade como um todo deve ser um exemplo, o modelo de um mundo que leva ao paraíso.

    Portanto, não se trata mais de tentar salvar as almas dos impenitentes, que por definição estão condenados ao inferno, mas de salvar as almas de todos os outros membros da sociedade, daquela multidão incontável vulnerável ao mau exemplo dos hereges, trata-se de evitar que a praga herética nos contamine, Assim, é preferível sacrificar algumas almas heréticas para salvar todas as outras, e quando se trata de salvar almas, os corpos não são mais importantes, o espiritual é infinitamente superior ao temporal, não se deve hesitar em ter que tirar a vida dos maus quando se trata de salvar almas do Inferno!!! Esta é a razão de ser, a base e a justificação da idéia e do dever da CRUZADA.

    Título 3: Quando o condado em que moro permite a liberdade de culto e protege os hereges, como posso servir a Deus sem ser banido da sociedade civil?

    Esta situação infelizmente existe, o que é uma aberração já que o Estado tem apenas uma razão de ser, que é levar os súditos que ele possui em direção à Salvação, em qualquer caso para organizar materialmente a vida de seus súditos da melhor maneira possível para que eles possam alcançar sua Salvação nas melhores condições possíveis.

    Uma opinião sábia seria então não mais considerar que o Conde é um Conde, que o Duque é um Duque ou que o Prefeito é um Prefeito: vá e aceite o conselho de seu Bispo, peça-lhe conselhos e considere que suas decisões e ordens valem mais do que as dos Duques, Condes e Prefeitos, mesmo no que diz respeito a questões temporais.

    Entretanto, não se deixe levar por complôs ou revoltas contra as Autoridades Civis quando elas forem corruptas, tolerarem heresias ou forem elas próprias heréticas; mesmo que pareça legítimo, nunca aja dessa forma, siga sempre o conselho de seu bispo, e saiba que quando um Duque, Conde ou Prefeito se afunda em heresias, é possível um julgamento perante as Oficialidades (Tribunais da Inquisição), e de fato é altamente recomendado.

    A maneira mais fácil é agir de acordo com seu poder, ou seja, através das urnas:

    • Nunca vote em um herege público.
    • Se um candidato lhe agrada em todos os aspectos, mas reivindica tolerância religiosa ou liberdade de culto, por exemplo, ou qualquer outra coisa que vá contra a Lei de Deus e a Igreja, é seu dever pressioná-lo a mudar seu programa, e também seu dever de estar vigilante sobre a implementação desse programa rectificado.
    • Se um candidato não pertence à Igreja, se não for batizado, então insista que ele se converta, um aristotélico não pode desejar que um descrente o governe, pois o papel dos governantes é justamente organizar sua vida da melhor maneira possível para que você possa alcançar sua salvação nas melhores condições possíveis.

    Isto conclui este pequeno Tratado de Heresiologia Prática. Não hesite em escrever-me pessoalmente ou fazer uma solicitação ao Santo Ofício se desejardes receber mais informações ou conselhos sobre um ponto em particular.

    Deus vos abençoe,

    Anátema para todos os hereges!

    Odoacre de Corinto, Teólogo Romano.


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    Da beleza do Universo, do Número de Ouro e dos desenhos do Altíssimo

    De acordo com muitos estudiosos aristotélicos e ilustres teólogos romanos do passado, há uma medida divina que tornaria belo tudo o que atendesse a esta proporção precisa. Este número divino teria propriedades matemáticas e estéticas fabulosas. Seria a materialização da centelha divina na natureza e a tentativa humana de homenagear o Altíssimo construindo monumentos à sua glória, de acordo com as proporções divinas. Também vemos nele a representação física do complexo conceito filosófico do meio termo aristotélico ao qual todos os homens e coisas devem tender para alcançar o propósito divino.

    O « número de ouro » também é conhecido como « Pi », em homenagem a um teólogo e arquiteto grego chamado Phidias, a quem devemos o Partenon na Acrópole de Atenas. O Partenon, uma maravilha do mundo antigo, fora construído de acordo com medidas divinas muito precisas, de tal forma que sua fachada se encaixava em um « retângulo dourado », ou seja, cuja relação de comprimento é igual a Pi. O Santo Ofício nos diz que este número é na verdade a solução de uma equação de segundo grau relativamente simples: x² - x - 1 = 0. A solução positiva é chamada « pi », é notado como um valor exato (1+v5)/2 (onde "v" é a raiz quadrada) e é igual a 1.6180339887498 …
    Quão grande e belo é Deus, o universo está à sua imagem!

    Mas o que há neste estranho número que vem do desenho do Altíssimo que é sinônimo de beleza? A resposta está originalmente no Egito: há vários milênios, Quéops, a pirâmide mais alta da era faraônica, fora construída. A altura de uma de suas faces triangulares dividida pela metade do lado da base resulta em « Pi », que foi revelado à humanidade pelo Altíssimo. As pirâmides são realmente o símbolo espiritual do antigo Egito, e são a primeira evidência histórica do uso da proporção divina. O segredo do número de ouro foi então passado para o precursor pré-aristotélico, o teólogo e Geômetra Pitágoras, e depois para toda a civilização grega, que por sua vez o usou para dar a muitos de seus edifícios religiosos as « divinas » proporções aristotélicas.

    O próprio profeta Aristóteles escreveu em sua « Poética », em um capítulo sobre a estética metafísica, que a beleza da natureza resulta de certas proporções e certas medidas e ritmos harmoniosos. A Santa Igreja Aristotélica Romana, portanto, seguiu a inspiração de seu profeta e, por sua vez, adotou o número de ouro para materializar os desenhos do Altíssimo. De fato, a partir do século XII, ele pode ser encontrado em determinados edifícios. Este é notavelmente o caso da divinamente bela catedral de Amiens. Muitas de suas dimensões correspondem à proporção divina. Entre outras coisas, o comprimento da catedral desde o portal (cujas dimensões dependem do próprio Pi) até o altar, dividido por Pi, dá exatamente o centro da catedral, acima da nave central. Mas as fachadas de muitas outras catedrais também revelaram o uso frequente da proporção divina, tornando-as uma harmonia sutil, misturada com a teologia piedosa e a racionalidade aristotélica.

    Passemos às propriedades matemáticas divinas do número de ouro. Aqui estão duas inquietantes, para dizer o mínimo: seu quadrado pode ser obtido adicionando 1 a ele, e seu inverso subtraindo 1 dele. Além disso, um famoso teólogo e matemático italiano tem uma maneira de obter matematicamente uma aproximação cada vez mais precisa deste número. Esta é a famosa sequência de Fibonacci: Fn = Fn - 1 + Fn – 2 se observarmos Fn o enésimo número de Fibonacci. Cada um dos termos da sequência é igual à soma dos 2 números anteriores. Aqui estão os primeiros que obtemos: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89… De fato, 3+5 = 8 ; 5+8 = 13 ; 8+13 = 21 etc.

    Fibonacci obteve esta sequência a partir de uma pergunta sobre a reprodução e proliferação de uma população de coelhos: « Possuindo inicialmente um par de coelhos, quantos pares são obtidos em doze meses se cada par gera um novo par a cada mês a partir do segundo mês de sua existência? ». A ligação com o número de ouro? Ele aparece a partir de 3, dividindo cada um dos termos por seu anterior. Quanto mais se avança na sequência, mais próxima esta proporção se aproxima do número de ouro.
    Aqui está um exemplo:
    3/2 = 1.5
    5/3 = 1.666 …
    89/55 = 1.61818 …
    10946/6765 = 1.61803399 …

    O que, comparando, já atinge uma aproximação de mais de um milionésimo da proporção áurea... A sequência de Fibonacci também aparece ao tentar calcular todos os graus de Pi.

    Mas ao que pode corresponder o Pi resultante dos desenhos do Altíssimo no ideal de beleza? Este número perturbador tem pouco a ver com estética e se parece mais com um jogo de matemáticos. Mas na verdade, a proporção divina torna possível a fabricação do dodecaedro. Trata-se de um poliedro de doze lados, que é um dos cinco sólidos platônicos. De fato, existem:

    • o tetraedro, símbolo do fogo;
    • o octaedro, símbolo do Ar;
    • o icosaedro, símbolo da Água;
    • o cubo, símbolo da Terra;
    • o dodecaedro, símbolo do universo.

    Este último é de fato o mais complexo, e é curiosamente formado a partir de Pi, que encontra todo o seu interesse estético graças ao simbolismo do dodecaedro. Assim, além de suas surpreendentes propriedades matemáticas, o número de ouro tem uma perspectiva religiosa, e permite que qualquer objeto correspondente a suas proporções esteja mais próximo de Deus e, portanto, de uma beleza quase divina.

    Mas qual é a beleza que o número de ouro confere a tudo o que corresponde a suas proporções? Podemos dar-lhe vários significados. Ela pode ser encontrada como uma aplicação direta do pensamento de Aristóteles, para quem a harmonia resultante das proporções (como a divina aqui em questão) é então o próprio fundamento da beleza do mundo. Mas a beleza também é encontrada nas teorias de seu professor Platão: o mundo é uma imagem mais ou menos exata de princípios absolutos chamados Ideias (« eidos » em grego). As idéias são encarnadas em objetos, através dos quais o homem sábio pode reconhecer a beleza. Pois uma coisa é bela se for exatamente o que deveria ser por sua natureza, isto é, se chegar o mais próximo possível da própria Ideia do que é. A proporção divina permite assim que as coisas sejam mais belas, aproximando-as do mundo das idéias que só a razão pode apreender. Mas trata-se também da Beleza, como um princípio estético absoluto e divino, apreciado pelo Homem, independentemente de suas opiniões sobre qualquer padrão estético. Qualquer criação que reconheça a proporção divina deve, portanto, ser apreciável por toda a humanidade, porque esta pode ver ali o sublime e a perfeição da criação do Ser divino. Pois não é a obra de Deus o sublime por excelência?

    Por Etiled, pároco de Narbonne e Irmão Roger, Teólogo do Santo Ofício.


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    Da Humildade

    Ou a Flor dos Santos.


    Eu, Lodovicus, um Padre Aristotélico a serviço do Altíssimo, decidi neste dia colocar por escrito minha meditação sobre a humildade, que chamo de "A Flor dos Santos". Rezo para que Deus me inspire e abençoe minha pena, para que minha obra trabalhe para a santificação de toda a Igreja. Através do exemplo e da intercessão de São Bynarr e do Beato Morgan de Sauvigny, que são modelos de humildade, que Ele também me abençoe e me ensine cada vez mais humildade.
    Este trabalho tratará da definição de humildade, do caráter fundamental desta virtude para o serviço da Igreja e da beleza que ela dá à vida dos santos.


    O que é humildade?

    Humildade... humilde... humilhado... húmus... Qual é a relação entre essas palavras?

    O que é esta palavra humildade que nos assusta ao nos mostrar uma privação extrema? A humildade é antes de tudo o adversário do orgulho, da soberba e da arrogância. Todos aqueles males que distorcem nossa doação de si mesmos a Deus, aqueles males que vêm da eterna tentação da Criatura Sem Nome e que nos fazem sentir superiores e rebeldes diante de Deus.

    Humildade não é modéstia. Modéstia não é ser muito orgulhoso, é, muitas vezes por orgulho, não mostrar muito orgulho, esperando para ser elogiado pelo outro. Esta é a abordagem da humildade, mas sem Deus. Pois a humildade é inútil sem Deus: se Deus não o é, então somente este mundo mortal e vaidoso importa, sendo que as honras deste mundo são bens a serem apreendidos, pelo qual o homem impõe seu poder a outros homens.

    Ser humilde é humilhar-se, rejeitar esta idéia de nossa onipotência e reconhecer a de Deus, nosso eterno Criador: "Não a mim, meu Deus, mas a Ti, o poder, a honra e a glória", como diz um antigo salmista. Humilhar-nos diante de Deus é reconhecer que somente Ele pode encher nossos corações e nos dar descanso, paz e felicidade. A Deus, que nos criou e nos conhece desde antes da existência do mundo, a Quem devemos tudo, que escolheu sair do nada, para dar existência às nossas almas, louvor eterno!

    Mas ser humilde é também ser humilde diante dos homens e dos acontecimentos da vida. Às vezes nossa auto-estima, nossa honra, é posta à prova diante de outros homens que nos esmagam com seu orgulho, ou que nos bajulam. Em tais momentos, devemos nos esquecer de nós mesmos em oração e louvor a Deus, que em sua onipotência se humilha conosco por sua presença reconfortante. Às vezes, também a doença, o sofrimento, a morte, o fracasso e a consciência do pecado devem nos ensinar a humildade. Em tais momentos, como em Christos na Cruz, devemos oferecer sofrimento pela redenção do mundo e novamente rezar a Deus para nos libertar do pecado.

    Esta humildade que devemos aprender é o húmus da fé. A fé sem humildade não dá frutos, permanece magra, e o orgulho, agarrando nosso coração, faz com que morra lentamente: para nos ligarmos à Igreja, na qual não temos mais comunhão, resta apenas o hábito, as funções, os títulos, a respeitabilidade e ambição; tudo o que nos liga ao mundo e nos separa de Deus ao enaltecer nosso orgulho.

    Humildade: o húmus da fé, o cimento da Igreja

    Sem humildade, a fé não pode crescer e se desenvolver. A fé faz a Igreja, a unidade deste grande corpo vem de sua fé. Mas a humildade é uma necessidade vital, porque a Igreja, a totalidade dos fiéis reunidos, não pode e não deve funcionar por ambição, mas para o serviço dos irmãos. Cada um deve conhecer o lugar que Deus reservou para ele e guardá-lo. Cada um deve sentir-se chamado ao lugar para onde deseja ser enviado, pois um homem que não está em seu lugar não pode ser um bom servo. Estar em seu lugar é ser humilde, mas se não se deve superestimar, também não se deve subestimar e se degradar, pois Deus, ao criar-nos, nos amou e reconheceu nosso valor.

    O serviço à Igreja deve ser baseado em uma doação total e definitiva de si mesmo. O homem que deseja dedicar sua vida a Deus não deve fazê-lo levianamente, e em sua doação não deve buscar seu próprio interesse, o que comprometeria toda a estrutura. A Igreja não é uma obra de homens, ela está no mundo, a serviço do mundo, mas não é do mundo. Sua missão não é parecer bem, não é dizer o que todos querem ouvir, não é entrar nos círculos do mundo: não, tudo isso é orgulho e vaidade. Sua missão não é ser numerosa, poderosa e imponente. Não, ela deve agir em vista do Sol, em pequenos passos, constituindo-se como um povo santo e um povo de santos. Não importa quantos são, nem quão fortes são: se tiverem qualidade, se tenderem para Deus, levarão todas as almas até Ele.

    Muitas vezes ouço dizer que a diferença entre o cargo de bispo e o de duque é que o primeiro é de uma ordem atemporal e espiritual, e o outro de uma ordem puramente temporal... Vaidade!

    Se um duque é fiel à fé, casto em suas relações humanas e governa segundo os valores aristotélicos em seu ducado, não achas que ele faz melhor a vontade de Deus do que um bispo ausente, sonhando com sua púrpura, arrogante diante da ignorância dos fiéis e violento diante de sua descrença? Achais que guardareis todos os vossos títulos no céu, se fordes para lá? Não, sereis julgados apenas pelo amor que haveis demonstrado a Deus e a vossos irmãos, e pela maneira como haveis servido a Igreja, vossos títulos são apenas temporais.

    Assim, o humilde serviço da fé, construindo a amizade, à qual somos chamados por Aristóteles, ao destruir a competição, a inveja e o ciúme, une os fiéis, razão pela qual a humildade é o cimento da Igreja.

    A Flor dos Santos

    A humildade é a beleza da vida do aristotélico, é a sua flor. Uma flor que floresce, que faz o homem feliz e dá frutos, semeando suas sementes.

    O caráter mais notável da vida dos santos é a humildade. Não estou longe de pensar que seja até mesmo o elemento constitutivo da santidade. Entre um humilde ignorante que oferece cada momento de sua vida para trabalhar de acordo com a vontade do Altíssimo, e um nobre que brilha com inteligência, insolente em majestade e orgulhoso de suas façanhas militares e intrigas de sucesso, quem é o mais santo?

    A humildade torna um homem belo, pois vemos nele a centelha de Deus: o que faz este homem amar tanto e se dar sem medida? É Deus. Esta intriga, perturba, derruba. Também provoca o ódio aos homens maus, recusando a Deus, perseguindo os homens que são marcados pela felicidade que Ele dá.

    Esta humildade se expressa na vida de dois homens que conheci em minha juventude: São Bynarr de Sémur e o Beato Morgan de Sauvigny.

    Ambos trabalharam toda sua vida pela glória de Deus e pela salvação do mundo de forma discreta. Sem se mostrarem mais do que o necessário.

    São Bynarr foi um cardeal, teve seu lugar na Cúria e trouxe sua sabedoria para os debates em que participou. Sua doçura acalmava as almas atormentadas e apaziguava a ira. Mas a sabedoria e a mansidão vieram de uma única fonte: sua fé impulsionando a uma grande abnegação.

    O Beato Morgan de Sauvigny é menos conhecido, mas aqueles que se lembram dele ainda são iluminados por seu tempo entre nós. Ele também se caracterizava pela sabedoria e gentileza, extraída da mais profunda humildade e da oração mais fervorosa. Ele não queria nenhuma honra, nenhum cargo, além do que ele podia suportar. Ele queria terminar tudo o que começou da melhor maneira possível, sem perder o foco. Servir a Deus, lutando pela santidade, era sua única ambição. Para isso ele escrevera uma pequena regra de vida que ele tentou seguir dia após dia. Uma vida de oração, uma vida de serviço, uma vida de missão, onde o pecado tinha que ser combatido. Ele conhecia sua fraqueza humana e a aceitava em sua humildade, e é por isso que conseguiu superá-la.

    A vida dos santos deve ser um modelo para todos nós. Eles tornam a fé viva e acessível, e aqui tentei apresentar dois deles para os quais tenho uma grande devoção e que podem nos ensinar um valor que acredito ser essencial para a vida da Igreja, e que, paradoxalmente, é sua força: a humildade. Que possamos encontrar a força para sermos humildes diante de Deus e diante dos homens.

    Dado à Igreja em 18 de maio de 1456


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    Da Natureza Sagrada e Perpétua do Batismo

    Citation:


      ........

      Da natureza sagrada e perpétua do batismo
      Texto teológico e canônico sobre os fundamentos do sacramento do batismo





      O batismo é o primeiro dos sacramentos que um fiel recebe em sua vida. Introduz o estado de graça
      pela primeira vez na alma dos batizados e apaga, como nos ensina Christos
      os pecados que foram cometidos antes que o sacramento do batismo fosse recebido. Através deste rito,
      ele se torna um fiel aristotélico. Assim, nos falam os atos e palavras de Christos em sua Vita em
      capítulo XII:


        « Então Christos se aproximou da fonte e disse ao Centurião: "Pela graça
        do Eterno, lavarei seus pecados, cingindo-o com a água, fonte da vida."
        E Christos mergulhou as mãos sob a água da fonte. Ele mergulhou o Centurião
        nesta água, sussurrando as seguintes palavras: "Senhor, digne-se à lavar este
        homem de seus pecados para, assim, dar-lhe um novo nascimento entre os crentes!
        Peço isso em nome do Altíssimo. Amém." »

      O batismo aparece assim como um novo nascimento. Faz com que o destinatário renasça em Deus,
      independentemente das ações realizadas ou das palavras proferidas. Sua alma é lavada,
      imaculada. Receber o batismo aristotélico é entrar na Comunidade Aristotélica que forma a Igreja de Deus
      na Terra. É o primeiro passo para a salvação da alma no Paraíso Solar que é o domínio do Altíssimo. Pois é
      através do batismo que a graça é recebida. E a graça ajuda na santificação dos fiéis. Este elo de comunicação e
      a comunhão com Deus permite vivificar a fé dos fiéis, impregnar sua vida de valores espirituais e
      e virtudes aristotélicas. Esta é a verdadeira eficácia do sacramento do batismo que semeia a semente santificadora
      que conduz à salvação. Como disseram os Profetas, cuja mensagem continua a ser difundido pela Igreja,
      « o Altíssimo salva e santifica os homens pelos sacramentos que são o meio mais seguro, mas não os únicos,
      para acessar a Salvação ».

      Mas se entrarmos na vida aristotélica através do batismo à medida que nosso nascimento nos leva à vida terrena,
      isto pressupõe que há uma possibilidade de morte, isto pressupõe que há uma possibilidade de morte. Isto levanta
      a questão da solubilidade do batismo. Pois é dito no capítulo XII da Vita do Profeta Christos:


        « Então, Christos nos chamou à ele, e nós, seus apóstolos, um após o outro, fomos
        cingidos por Christos na água da fonte, dando-nos o segundo nascimento. Ele nos disse: “Meus apóstolos, homens e
        mulheres, pela graça de Deus, vocês aqui purificaram seus pecados. Mostrem à ele que vocês podem ser dignos dessa
        honra que Ele lhe faz, porque o sacramento do batismo pode ser retirado de quem trai a sua essência.” »

      No entanto, Christos também afirma que, como o matrimônio, o batismo é um compromisso para a vida. Estas palavras,
      relatadas no capítulo XIII de seu Vita, parecem, portanto, à primeira vista, contraditórias:


        « Quando dois seres compartilham um amor puro e desejam perpetuar nossa espécie
        por procriação, Deus permite que, pelo sacramento do casamento, vivam seu amor. Esse amor tão puro, experimentado
        na virtude, glorifica a Deus, porque Ele é amor e o amor que os humanos compartilham é a mais bela homenagem que
        pode ser feita á ele. Mas, como o batismo, o casamento é um compromisso vitalício, Natchiachia. Então, escolha sabiamente,
        porque depois de se casar com Yhonny, você não poderá mais evitá-lo. »
        .

      Então, torna-se necessariamente importante nos perguntarmos sobre os fundamentos da vida
      como um fiel aristotélico. É sobretudo, como já dissemos, a busca da salvação no Paraíso Solar
      e o amor de Deus por Ele mesmo. Assim, parece que a vida aristotélica não é apenas a vida terrena
      como a entendemos no sentido físico, mas a vida no tempo e na eternidade do céu.

      Então o que é a morte aristotélica? É a condenação, afastando-se de Deus, morrendo aos olhos do Altíssimo, privado
      de Sua visão beatífica e do amor de nossos irmãos na Igreja. A única morte verdadeira para um aristotélico é o
      inferno lunar. Assim, quando Christos diz que o batismo é um compromisso para toda a vida, ele está falando de toda a
      nossa vida, tanto terrena quanto celestial. Agora, uma pessoa amaldiçoada está espiritualmente morta. Seu sacramento do
      batismo, como todos os sacramentos que tenha recebido, não lhe serve mais para nada, pois o vínculo que o ligava a Deus e
      pelo qual participava de Sua graça se perdeu para ele. Este é o verdadeiro significado das palavras de Christos que nos disse
      para sermos dignos de nosso batismo na Terra, correndo o risco de que ele nos fosse tirado na eternidade,
      causando sofrimento e dor para sempre.

      É assim que chegamos a dizer que os sacramentos, que são "dons infinitamente graciosos e gratuitos do Todo-Poderoso
      para a raça humana, são eternos e perpétuos". Ipso facto, esta infinita misericórdia do Altíssimo nos leva a afirmar que o
      batismo é um sacramento indissolúvel, porque é o único vínculo perpétuo e contínuo que liga a pessoa a Deus e lhe permite
      ter acesso, fora do pecado, às graças santificadoras das quais Ele é a fonte. Pois só o pecado rompe o vínculo que nos une a
      Deus. E como a obtenção de todos os sacramentos aristotélicos está subordinada à existência do rito batismal, sem o batismo,
      nenhuma confissão é possível e, portanto, nenhum sacramento de penitência. Com o batismo dissolvido, os fiéis excomungados
      seriam condenados definitivamente ao inferno selenita, forçados à impossibilidade de receber o sacramento da penitência após
      a confissão de seus pecados.

      Como Deus é clemente e amoroso, é inconcebível que Ele condene os fiéis potencialmente contritos ao inferno eterno. Por outro lado,
      a Igreja, em Seu costume e ministério, já em muitas ocasiões abriu Seus braços para aqueles que humildemente se voltam para Ela,
      contritos e penitentes, pedindo a absolvição de seus pecados e a reintegração de seus corpos e almas na comunhão da Igreja e dos fiéis,
      na esperança do Paraíso Solar e das graças salvadoras do Altíssimo. Além disso, como o sacramento do perdão está subordinado à recepção
      do sacramento do batismo, chegamos a ver que o sacramento do batismo não pode ser dissolvido, caso contrário um membro excomungado
      dos fiéis jamais poderia ser reintegrado à comunidade dos fiéis. Por outro lado, se o batismo pudesse ser dissolvido por cada pecado mortal
      cometido por um batizado, então a confissão seria perfeitamente inútil e bastaria que os fiéis pedissem novamente o batismo para
      obter o perdão. Desde que Christos instituiu a confissão, que perdoa os pecados, nenhum pecado pode resistir a uma confissão verdadeira
      e sincera, pois o poder de perdão de Deus é como Ele mesmo: infinito. A própria existência da confissão confirma por si só a explicação
      da aparente contradição nas palavras de Christos: a confissão restaura o estado de graça de um batizado que caiu em pecado e reinfunde
      a graça do batismo em sua alma, fazendo-o viver novamente aos olhos de Deus, e reavivando nele as virtudes teologais da Fé, Caridade e
      Esperança.

      Para o povo de Deus,


      Aaron de Nagan,
      Arcebispo de Cesareia.

      Aristokolès de Valyria,
      Bispo de Agen.


      Com a participação de Tibère de Plantagenêt, Arcebispo de Rouen, Aymé von Frayner-Embussy, Arcebispo de Arles,
      Decano do Seminário de Provença, Legista Pontifício e Teólogo da Congregação do Santo Ofício, Aegon de Valyria,
      Bispo de Autun, Legista Pontifício e Escritor da Congregação do Santo Ofício, Pie de Valence,
      Bispo de Langres, Legista Pontifício e Escritor da Congregação do Santo Ofício,
      Overnas de Chypre, Arcebispo de Malines.

      ________________________________


      Texto teológico e dogmático sobre os fundamentos do sacramento do batismo.
      Dado e confirmado em Roma pelo Sagrado Colégio sob o pontificado do Santíssimo Padre Inocêncio.
      VIII no oitavo dia de setembro, domingo, no ano da graça MCDLXI.

      Publicado e selado por Sua Eminência Aaron de Nagan, Arquichanceler da Sé Apostólica, no
      oitavo dia do mês de setembro, no domingo, no ano de graça MCDLXI.





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    A Violência Santa e Justificada

    Quanto aos cavaleiros cruzados, é com total segurança que eles lutam pelo Altíssimo, sem ter que temer pecar matando seus adversários, ou perecendo, caso eles mesmos sejam mortos. Quer a morte seja infligida, quer seja dada, é sempre uma morte para o Altíssimo: não é criminosa, é muito gloriosa. Por um lado, é para servir à fé; por outro, permite alcançar o Sol: o Altíssimo permite que um inimigo seja morto para vingar a fé, e o Altíssimo então se entrega ainda mais de bom grado ao cavaleiro para consolá-lo. Assim, eu digo, o cavaleiro cruzado dá a morte sem medo; porém ele morre com segurança ainda maior: é ele quem se beneficia de sua própria morte, o Altíssimo se beneficia da morte por ele dada.

    Pois não é sem razão que ele carrega a espada: ele é o executor da vontade divina, seja para punir os malfeitores ou para glorificar o bem. Quando ele mata um malfeitor, não se trata de um homicídio, mas, se me atrevo a dizer, de um malicídio. Ele vinga o Altíssimo dos que fazem o mal; ele defende os aristotélicos. Se ele mesmo é morto, não perece: ele atinge seu objetivo, o objetivo de todos os aristotélicos, o passo final no caminho da virtude: o Sol. A morte que ele inflige é em benefício do Altíssimo; a morte que ele recebe é em seu próprio benefício. Da morte do pagão, o aristotélico pode obter glória, já que age para a glória do Altíssimo; na morte do aristotélico, a generosidade de Deus é libertada: ele traz o cavaleiro para si mesmo para recompensá-lo. No primeiro caso, o homem justo se alegrará quando vir o castigo; no segundo, ele dirá: "Visto que o homem justo colhe o fruto de sua justiça, há sem dúvida um Deus que julga os homens na terra".

    No entanto, não é correto matar os pagãos se for possível encontrar alguma outra maneira de evitar que eles molestem ou oprimam os fiéis. Somente os prelados mais instruídos, nossos cardeais, podem julgar ser melhor que os pagãos sejam mortos, do que a ameaça dos pecadores pairar sobre as cabeças dos justos, para que os justos não sejam levados à iniquidade.

    Que sejam afastados do Sol aqueles que cometem a iniquidade, que se esforçam para tirar as riquezas inestimáveis que Jerusalém guarda para o povo aristotélico, que desejam profanar os Lugares Santos e apropriar-se do santuário de Deus. Que as duas espadas dos fiéis sejam levantadas sobre a cabeça dos inimigos, para destruir quem se levantar contra a fé de Deus, ou seja, a fé dos aristotélicos, "para que as nações não digam: Onde está seu Deus?"

    Texto redigido pelo falecido Monsenhor Zabouvski,
    inspirado pelo trabalho de São Bernardo e especialmente pela temática das cruzadas na Terra Santa


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    A Natureza Divina do Poder

    Citation:



      « Da natureza divina do poder »



      Nós, Guillaume de Lorgol, Cardeal Camerlengo da Santa Igreja Aristotélica, Universal e Romana, pela graça de Deus e Sua Santidade o Papa Eugênio V,
      À universalidade dos fiéis,
      Aos soberanos dos reinos,
      Saúde e bênção,


      Os reis são vassalos da Igreja. Nada é mais verdadeiro do que este ensinamento de São Tomás, aquele magnífico veículo da mensagem divina.

      Originalmente, o Todo-Poderoso, em sua infinita misericórdia, e deixando aos homens seu livre arbítrio, conferiu-lhes a possibilidade de governar seus próprios destinos terrenos, formando o que estamos acostumados a chamar de sociedade política, ou seja, a cidade. Esta comunidade de interesses, guardiã de um poder sobre si mesma conferido pelo Altíssimo, teve então que fazer uma escolha, a do soberano a quem delegaria, por sua vez, a autoridade política, o imperium secular.

      Como qualquer convenção, ela implicava uma reciprocidade, ou seja, a obrigação do soberano, por um lado, de governar de acordo com o interesse comum e não de acordo com o interesse das facções e, por outro lado, de respeitar uma ordem jurídica extraída da natureza das coisas, que lhe impõe o respeito das leis fundamentais que organizam seu reinado e sua sucessão como muitas cláusulas do contrato da sociedade, mas também de conformar seu princípio aos ensinamentos da religião e aos imperativos da virtude, o poder de que desfrutava vindo de Deus através de seu povo.

      Todo poder é de natureza divina, por isso é natural que os clérigos, que são os homens com o mais amplo conhecimento dos princípios da fé, sejam os que melhor podem governar de acordo com a própria essência da autoridade política. Entretanto, é verdade que os leigos, que ainda não foram iluminados pela revelação aristotélica, o profeta que viu em um sonho o que era a cidade ideal, e seu governo pela casta dos Reis‐Filósofos, não estão prontos para receber esta verdade intangível. Cabe ao clero ser paciente e consensual.

      Assim sendo, não obstante tudo o que se opõe ao reinado imediato do Santíssimo Padre, Rei dos Reis, sobre todo o mundo conhecido, como a razão exige, o fato é que os soberanos da ordem temporal não têm outra escolha senão submeter-se às justas prescrições da Igreja, guardiã dos princípios da verdadeira fé que é o fundamento de seu poder, como acabamos de afirmar

      Vemos, em eventos recentes, o que nos leva a reafirmar esta posição, de tal forma que devemos observar que o caos impera na ordem temporal. Nenhuma instituição é poupada à decadência dos valores que devem sustentar a autoridade pública. Vemos um Rei da França cuja autoridade é desafiada e escarnecida por seus próprios súditos. Vemos um Imperador despojado de sua legítima autoridade e reproduzindo o triste episódio francês dos reis preguiçosos, privados de seus direitos à coroa, deixando para seus prefeitos do palácio, membros da Dieta, a função de governar em seu lugar, contra a vontade de seu povo. Vemos um Regente da Inglaterra seduzido pela apostasia. Oh, Deus! Que tragédias devemos sofrer neste século!

      Os reis são vassalos da Igreja, e lhe devem lealdade, a menos que destituam sua autoridade de sua substância divina, e desconsiderem as estipulações do contrato de sociedade.

      Ad majorem Dei gloriam.




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    Da Submissão e do Comércio do Homem pelo Homem

    Um pequeno tratado prático e dogmático, extraído de reflexões do Livro das Virtudes e da vida do Beato Teodoro, sobre o comércio e a submissão de seres humanos por outros seres humanos.

    A exploração do Homem pelo Homem, nos diz o Livro das Virtudes, foi uma das consequências da preguiça que a Criatura Sem Nome inspirou nas mentes dos Homens. Por comodismo e preguiça, e porque tinham os meios financeiros, alguns homens começaram a subjugar seus irmãos ao seu domínio e escravizá-los, ou compraram humanos escravizados de pagãos e heterodoxos. Eles pensaram que poderiam arrogantemente comprar gado humano para trabalhar para eles e usar coerção e violência para fazê-los obedecer, como com os animais, sem ter que pagá-los e privá-los de toda a liberdade. Assim eles entregaram suas almas à Criatura.

    Citation:
    A Criatura Sem Nome aproximou-se dos homens e disse-lhes que a violência e o ódio lhes permitiam dominar os inimigos. Os fortes abusaram dos fracos e os fracos sofreram com os fortes. (Livro da Pré-História, Capítulo IV - « Os Pecados »)


    O resultado foram as graves desordens que levaram o Altíssimo a destruir Oanylone, a cidade onde alguns homens tentaram subjugar outros homens à sua vontade, privando-os de liberdade!

    Assim, nossos profetas condenaram firmemente essa vergonhosa degradação de humanos por outros humanos e o comércio que poderia ser feito a partir dele. Foi assim que Christos, falando dos povos da Terra, lembrou seus direitos essenciais

    Citation:
    « Não deixe sua solidariedade conhecer fronteiras! Lembrem-se, meus amigos, que Aristóteles vivia em um país de intolerância para com as outras pessoas. Hoje, vocês devem saber que todas as nações têm direito ao respeito e seu povo à liberdade e à amizade. » (Vita de Christos, Capítulo 9)


    O que dizem estas palavras, se não que todas as nações e todo seu povo têm o direito ao respeito e à liberdade? Nenhum deles pode ser privado de liberdade, e assim sujeito a outros seres humanos, sob pena de pecado grave contra o espírito e os mandamentos do Altíssimo!

    Foi assim que os discípulos aristotélicos entenderam, como testemunha a hagiografia do Beato Teodoro da Ligúria.
    Ensina-nos que todo aristotélico deve se afastar dessas práticas e libertar imediatamente os escravos que possui, como ensinou o pobre mendigo que converteu a família do Beato à nossa santa religião.

    Citation:
    "Ele ensinou os princípios do aristotelismo nesta casa: a unicidade e o amor de Deus pelas criaturas e pelo homem, a igualdade de todos os homens perante o Criador e a importância da colaboração no trabalho e na vida social. Ele falou tão bem que no final a família foi convertida a esta nova religião. Venantios libertou seus próprios escravos e começou a discutir sua nova fé com seus concidadãos" (Hagiografia do Beato Teodoro)


    E o que fizeram os pagãos pró-escravatura?

    Citation:
    "Uma noite, um grupo de homens armados atacou a família enquanto dormiam: mataram os escravos libertados que, por respeito e carinho, ficaram para trás para trabalhar no moinho como homens livres"


    Os pagãos, aqueles amigos do Sem Nome, pró-escravatura, massacraram aqueles cuja nova liberdade não podiam suportar, provando que praticar a escravatura privando os Homens de toda a liberdade e o comércio de humanos é entregar a alma ao pecado e ao Inferno Lunar! É servir à Criatura Inominável e não ao Altíssimo.

    Ouçamos estas palavras, então, quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ler, pois o Altíssimo não permitiu a escravatura e o tráfico de seres humanos por outros seres humanos; quem quer que se envolva nela contraria, portanto, os mandamentos do Altíssimo e o Dogma da Santa Igreja Aristotélica Romana.

    Todo aristotélico deve, portanto, manter-se afastado de qualquer comércio ou proximidade com aqueles que entregaram suas almas ao Sem Nome. Praticar a escravatura, essa vergonhosa escravização do Homem pelo Homem, a ponto de reduzi-lo ao estado de besta, constitui um crime contra a Humanidade e também um crime contra o Altíssimo.

    Que este pequeno tratado prático e dogmático seja útil a todos os nossos irmãos que um dia poderão ser confrontados em sua paróquia ou diocese com estes odiosos espetáculos de humanos privados de liberdade e vendidos na praça pública por outros humanos.

    Monsenhor Jerem, Reitor do Capítulo Regular Romano,
    feito em Roma, em 01 de novembro de 1459, o primeiro ano do pontificado de Inocêncio VIII.



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    Da Excomunhão Apostólica

    A natureza, os efeitos e as consequências para os fiéis que são afligidos por ela.




    Preliminares

    A excomunhão é um estado em que os fiéis se encontram mergulhados quando cometem um pecado cuja gravidade excede a medida comum das faltas que os homens cometem durante a vida. A excomunhão é, portanto, uma situação que resulta das próprias escolhas e do livre arbítrio do crente. Por metonímia, excomunhão é também o ato ou sentença pelo qual o fiel é designado pela autoridade eclesiástica como estando em estado de excomunhão. Distinguir esse uso conceitual dual é necessário para entender a doutrina da excomunhão; sem ela, não se pode compreender toda a extensão da situação dos fiéis excomungados.

    Das diferentes características da excomunhão

    A excomunhão é uma censura eclesiástica entre outras: entre as censuras distinguimos a indexação, a suspensão, o interdito, a excomunhão e o anátema. Por ser uma grave censura, a excomunhão tem duas características diferentes. Assim, é feita uma distinção entre excomunhão latae sentencia da excomunhão ferendae sentenciae.

    Esta diferença reside em um certo grau de gravidade da falha, mas sobretudo na natureza patente da falha, ou como resultado de advertências gerais e perpétuas. Os casos de excomunhão latae sentencia são quase todos claramente definidos e evidentes. É um ato que, por sua própria natureza e intrinsecamente contrário às leis e fundamentos mais elementares da Igreja. Violar intencionalmente o Livro das Virtudes, denegrir ou profanar uma igreja, negar pública ou secretamente um ponto fundamental dos dogmas, assassinar violentamente um fiel, atacar violentamente o papa, tomar uma catedral ou um bispado... é um ato cuja própria natureza e intenção entrega uma mensagem clara de insulto, perjúrio e negação. Quer estes atos sejam cometidos em segredo ou publicamente, os fiéis se afundam neste estado de excomunhão porque sua ação, aos olhos de Deus ou da Comunidade dos fiéis, ao tomar consciência disso, o coloca inexoravelmente fora desta última, pois suas ações atestam uma rejeição.

    Os casos de excomunhão ferendae sentencia são sistematicamente sucedidos por um julgamento perante os tribunais da Igreja, após um estudo minucioso do caso pela autoridade eclesiástica, ou após advertências dirigidas pela autoridade religiosa. Trata-se de uma excomunhão que sanciona a teimosia do infrator em seu erro, um erro definido e demonstrado pelo tribunal ou pela autoridade eclesiástica. É através do não reconhecimento do magistério da Igreja e do poder de interpretar dogmas e de emitir doutrinas e cânones que o ofensor espiritual é condenado por apostasia.

    Da natureza da excomunhão

    Qualquer fiel pode, portanto, a qualquer momento, afundar-se neste estado de excomunhão como resultado de um pecado grave que tenha cometido. Ele se encontrará assim fora da comunidade dos fiéis no que diz respeito ao pecado que feriu e traiu a comunidade aristotélica. Seja este pecado público ou perpetrado em segredo, aquele que o comete cai em estado de excomunhão; o « excomungado ». Se utilizássemos uma parábola para ilustrar a distinção entre estado e sentença, poderíamos escolher a parábola do perjúrio, a de um homem, por exemplo, que promete fidelidade a seu senhor e depois o trai em segredo, quebrando seu juramento. Mesmo que ninguém soubesse de sua traição, exceto os conspiradores, ele continuaria sendo um perjurador, e qualquer sentença que o declarasse assim, meramente formalizaria seu ato e sua condenação. O mesmo se aplica à excomunhão: o ato eclesiástico simplesmente declara uma condição preexistente. A ação culposa, perpetrada em virtude do livre arbítrio deixado aos homens, no momento em que foi cometida, ipso facto leva o delinquente à excomunhão, assim como o vassalo se torna um traidor no exato momento em que trai seu senhor.

    Deve-se notar, entretanto, que o pecado só é reconhecido como tal a partir do momento em que o fiel pecador está ciente de que seu ato é contrário à virtude aristotélica. É por isso que a Igreja emite advertências informando os fiéis pecadores sobre a natureza recriminatória de seu ato e a quebra de fé da qual fora culpado. Ela então o convida a se retractar e reconhecer seu erro.

    Assim, quando a Igreja « sanciona com excomunhão », segundo a fórmula clássica, é porque ela estudou o caso do pecador, e estimou se o pecado cometido levou ao estado de excomunhão. E é somente no final deste estudo que a Igreja estabelece este estado, se o fiel não tiver se retractado. Por outro lado, se a Igreja impõe uma excomunhão ao acusado, esta excomunhão não ocorre no momento da publicação do ato, mas o ato reconhece retroativamente que o pecado cometido colocou o ofensor fiel, no momento em que ele cometeu seu erro, neste estado de excomunhão. Da mesma forma, e se tomarmos nosso exemplo, o criminoso e perjurador vassalo não se torna assim no momento da sentença do tribunal, mas sim no preciso momento em que ele quebrou seus juramentos a seu suserano. A sentença apenas sinaliza e enquadra, em seus efeitos legais, o estado de delito, bem como o estado de excomunhão.

    Quando a excomunhão apostólica é uma sentença, ela é pronunciada pela autoridade pontifícia ou por delegação, a autoridade cardinalícia, em nome da Igreja de Deus, e com o poder do Altíssimo, de quem o primeiro entre os apóstolos, Titus, recebeu o poder de ligar e desligar na Terra. É uma censura eclesiástica que exclui os fiéis da comunidade aristotélica e em virtude da qual eles são privados dos bens que consolidam a sociedade dos fiéis. Esta condenação é mais do que uma separação física da comunidade que proibiria o condenado da prática sacramental da Igreja, tem uma função medicinal espiritual por um abandono real do fiel ao mundo da Besta Sem Nome, privando-o formalmente da ajuda da intercessão apostólica.

    Das consequências da excomunhão

    Esta exclusão dos fiéis excomungados é semelhante àquela relatada no livro da Criação, onde a Besta Sem Nome é condenada por Deus à sombra e à solidão por ter ousado afrontar, ou mesmo desafiar, o Criador durante o episódio da Questão:

      « Já que estás seguro da tua resposta, Eu dou-te a ocasião para o provares. Tu conservarás o teu espírito, mas o teu corpo será feito da sombra. Assim tu viverás, sozinho, acotovelando os humanos, até que Eu te liberte da tua pena. Assim, ninguém te verá e ninguém te nomeará, pois Eu mesmo decidi de não o fazer. »

    Na perspectiva desta relação de criação, a Igreja coloca os excomungados fiéis à prova na antecâmara do mundo selenita, como Deus fez com a Besta sem Nome, condenada à obscuridade e colocada fora da comunidade das criaturas do Todo-Poderoso. Esta situação expõe o fiel pecador à experiência de uma situação insuportável, porque está fora da graça de Deus, e o impele a se libertar dela. A experiência espiritual plena do mal e do poder maligno que corrompe o mundo fora da Igreja não pode deixar de provocar nele o desejo ardente de retornar à comunidade que lhe traz vida e segurança. Pois a excomunhão provoca o medo de uma vida eterna no inferno, e confronta o fiel com os infortúnios que ele mesmo causou por suas próprias ações contravirtuosas, assim como Ysupso viu em seu sonho do fim dos tempos o castigo que o Altíssimo planejou infligir aos pecadores:

      « Eu elevei os meus olhos da poça onde essas horríveis imagens me foram oferecidas. Tremi, os gritos de sofrimento das pobres vítimas dessas quatro calamidades ecoaram no meu coração. Correram lágrimas sobre a minha face, de tão horrível o destino desses pobres infelizes.

      Depois, Deus, numa voz suave e aliviadora, disse-me: “Vê o quão horrível será o fim do mundo de que tanto gostas. Ele será destruído pela água, terra, vento e fogo. […]

      Se muitos de vós se afastarem de Mim novamente, o que vistena poça acontecerá. »

    Para o fiel batizado, o estado de excomunhão deve ser, portanto, uma situação de conflito pessoal e espiritual. Esta situação é tanto punição como penitência, penalidade e remédio, na medida em que castiga o homem por uma situação de tormento e o cura espiritualmente colocando-o diante de seus erros, cujos efeitos ele sente através do sofrimento punitivo.

    Portanto, ela tem vários aspectos. De fato, a excomunhão, que é uma privação da comunhão dos fiéis e dos sacramentos que eles têm o privilégio de receber, é uma pena social que envolve a relação da pessoa com a Cidade; mas é espiritual, pois proíbe que os fiéis excomungados se beneficiem dos sufrágios da comunidade militante e triunfante. No entanto, esses sufrágios são indispensáveis, pois ajudam a manter os fiéis no caminho da Virtude e a protegê-los contra as agressões do Maligno e o ódio dos príncipes Selenitas. Pois Deus, neste mesmo sonho do Fim dos Tempos, disse a Ysupso:

      « fiz com que aspirassem à virtude e fiz isto de tal maneira que, se algum de vós a praticar, isso será comunicado aos restantes. »

    O excomungado, portanto, não goza mais dos benefícios da comunidade militante, da Graça especial que o Altíssimo concede através da Ação Divina e da obra dos Santos. A pena de excomunhão é, portanto, verdadeiramente um abandono à Besta Sem Nome, na medida em que adquire maior poder de raiva contra o ofensor por falta da proteção oferecida pela família aristotélica.

    Finalmente, a função medicinal da excomunhão reside mais em seu efeito espiritual do que em seu efeito social: é através da experiência e da realização de sua miséria espiritual que o pecador provavelmente se tornará consciente da extensão de sua culpa. Privado da comunhão dos fiéis e dos santos, da graça especial de Deus e do culto sacramental, o fiel excomungado que tomar consciência de seus erros procurará deixar sua situação atormentada e voltará inexoravelmente para o seio eclesial sem o qual não poderá viver serenamente. Pois em virtude do sacramento primário do batismo e da entrada na comunidade aristotélica, a vida dos fiéis exige espontaneamente se desenvolver e se alimentar na Verdade e na Igreja de Deus, que é a Igreja que administra os sacramentos em nome do Todo-Poderoso e se torna a Voz de Sua palavra. Se a Igreja põe de lado os fiéis, ela não os abandona de vez! Assim procede de certa forma, como Deus fez com a destruição de Oanylone, deixando aos homens a possibilidade de fugir da cidade amaldiçoada antes de seu fim; uma fuga que os fez redescobrir o fruto do trabalho e os benefícios dispensados ​​na Terra pelo Criador (Pré-história, capítulos VI e VII): diante da miséria, o homem percebe o que perdeu!

    Conclusões

    O poder e a função da excomunhão são, portanto, múltiplos. Ela cura, pune e convence ao mesmo tempo. No entanto, continua sendo responsabilidade exclusiva do fiel que, por seus pecados, se coloca fora da comunidade aristotélica. Por esta razão, a Igreja e a autoridade eclesiástica não podem « perdoar generosamente » porque não está em seu poder mudar um estado de coisas. Elas só podem observá-lo. Pois, como demonstramos, não é a Igreja que coloca o fiel fora dela, mas o próprio fiel que, em plena liberdade de escolha, se coloca nela. Portanto, é somente trabalhando sobre si mesmo, confessando plenamente suas faltas e expressando sincero pesar, pedindo a Deus perdão pelas ofensas cometidas e recebendo o sacramento da confissão, que o fiel excomungado será reintegrado à comunidade dos fiéis, recebendo a absolvição.



    Aaron de Nagan,,
    Arcebispo de Cesareia



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Adonnis
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MessagePosté le: Mer Juil 29, 2020 7:59 am    Sujet du message: Répondre en citant



Citation:



    Revisão Crítica do Testamento do Pseudo-Aristóteles

    Por Sua Eminência Aaron de Nagan, Arcebispo de Cesareia.



    Após a descoberta na Grécia de documentos de importância aparentemente crucial para a fé e as doutrinas da comunidade aristotélica, tornou-se necessário examinar com atenção e probidade, à luz dos textos sagrados e da Tradição eclesiástica, este "Testamento de Aristóteles" atribuído ao Santo Profeta e considerado por alguns como autêntico e verdadeiro. O seguinte exame crítico questiona, portanto, a veracidade deste escrito e procura estabelecer sua autenticidade.


    É importante, antes de tudo, questionar a proveniência e a relevância de um documento de tal significado histórico e espiritual, comparando-o com outros textos escritos ao mesmo tempo. De fato, a maioria dos escritos do Santo Profeta sobreviveram ao tempo e, quanto aos textos mais importantes e fundamentais, chegaram até nós em sua totalidade, seja diretamente ou por intermédio dos Padres e Doutores da Igreja. O ensinamento de Aristóteles, inspirado por Deus, foi transmitido às novas gerações que, por sua vez, o transmitiram a seus filhos, aguardando a vinda do segundo profeta anunciado ao longo dos séculos.

    Aristóteles, o emblema da Razão, nos convida a tomar qualquer nova teoria com circunspecção, sabedoria e reflexão, a fim de definir suas verdades autênticas. Portanto, é legítimo questionar a autenticidade deste documento, tendo em mente esta pergunta: Como poderia um documento de tal importância não ter sido transmitido com o resto do ensinamento do Santo Profeta? Permanecendo escondido e ignorado desde a morte de Aristóteles, como sua existência ou conteúdo não foi revelado por Christos três séculos depois?

    Considerando a revelação divina baseada nos ensinamentos de Aristóteles e Christos como as duas fontes da fé, parece necessário estudar o presente testamento em relação às várias predições dos profetas. De fato, foi a união dos dois ensinamentos que deu origem à doutrina da Santa Igreja Aristotélica e Romana. Um não tem precedência sobre o outro; o ensino de um não é menos importante que o do outro. Ambos são complementares. Assim, como os teólogos da Abadia de Noirlac tão corretamente revelaram em MCDLIII: « O estudo da filosofia e da teologia deve ser desenvolvido neste espírito de união. […] Assim, os Livros Sagrados da Revelação de Christos e os da Revelação do Logos escritos por Aristóteles devem ser lidos juntos e se complementam mutuamente ».

    Então, como devemos ver este testamento?

    A fim de não tomar por certo o que ainda nao é tomado por certo, não atribuiremos este texto ao Santo Profeta, mas aguardando nossas conclusões finais no término desta manifestação, trataremos o autor como um "pseudo-Aristóteles" para poder confrontá-lo distintamente com Aristóteles e com os escritos que lhe atribuímos.

    À primeira vista, não é irracional acreditar que o Altíssimo, em seu desejo de transmitir a verdade a suas criaturas, iniciou na mente de Aristóteles um novo sonho a fim de advertir as futuras gerações de potenciais e prejudiciais derivações tirânicas de uma classe sobre outra. Se aceitarmos que o segundo sonho narrado no testamento de pseudo-Aristóteles é verdadeiro e de origem divina, e que Aristóteles de fato vivenciou esse sonho, podemos legitimamente questionar o exame e os comentários feitos por pseudo-Aristóteles.

    A primeira pergunta que o pseudo-Aristóteles faz diz respeito à hipotética falsidade de seu primeiro sonho.

      Seria o primeiro sonho uma vã mentira, uma vã fantasmagoria? – Testamento de Pseudo-Aristóteles.

    Parece altamente improvável, se não totalmente impossível, que Aristóteles, destinado pelo Altíssimo a ensinar a Verdade Divina, pudesse ter baseado uma boa parte de suas teorias em um sonho que se revelaria falso. De fato, como podemos imaginar que Deus, onisciente e onipotente, teria colocado em movimento tal empreendimento de ensinar Sua Palavra, distorcendo-a desde o início ao estabelecer teorias proféticas sobre uma mentira? Se assumirmos que um profeta é enviado pelo Altíssimo, a palavra deste mensageiro só pode ser verdadeira por toda a eternidade, porque é inspirada pelo próprio Todo-Poderoso e desejada por Ele. Agora, Aristóteles é um profeta, e nenhum aristotélico pode jamais negar isto. Considerando isto, podemos então prever que em questões de fé e doutrina um profeta, e a fortiori Aristóteles, pode contradizer a si mesmo ou Christos cuja vinda ele anunciou? Ele poderia basear todas as revelações de sua vida em um princípio errôneo, tornando assim uma boa parte de seu ensinamento inválido e nulo?

    Outra questão surge imediatamente: é concebível que Deus seja a fonte tanto do primeiro como do segundo sonho quando ambos parecem refletir uma imagem diametralmente oposta da Cidade Ideal? Em absoluto, a resposta é sim, pois o Altíssimo pode muito bem ter desejado advertir os profetas contra os excessos dos homens. Entretanto, o que é fundamentalmente problemático não é, como já sugerimos, o surgimento deste segundo sonho, mas a interpretação que o pseudo-Aristóteles faz dele.

    Se o Pseudo-Aristóteles não determina claramente a autenticidade divina de seu primeiro sonho, mas deixa a questão em aberto - o que parece no mínimo estranho, já que Aristóteles baseia seu ensinamento nesta primeira revelação, que ele considerará divina durante toda sua vida - afirmamos que a primeira visão é de fato de inspiração divina. Deus, onisciente, não pode deixar seu principal profeta em divagações que teriam repercussões fundamentalmente inevitáveis na regulação e construção da sociedade humana por mais de quinze séculos. Além disso, Christos, sucedendo Aristóteles na revelação da mensagem divina, deveria ter chamado a atenção dos povos para a natureza errônea da interpretação do sonho aristotélico e revelado a existência do segundo sonho. Pois se a primeira visão da Cidade Ideal e sua interpretação não fosse uma realidade, mas uma fantasia diretamente da imaginação do Santo Profeta, como poderia o Altíssimo ter levado os homens a acreditar nesta falsa realidade e a fundar uma sociedade e Sua Igreja em um erro tão grave? Como o Altíssimo não teria aproveitado a vinda de Christos para corrigir, três séculos depois, um erro que teria repercussões imensuráveis no funcionamento da sociedade e em Sua Instituição na Terra? Como poderia o próprio Christos, como profeta e homem sábio, não ter considerado oportuno fazer alguma modificação ou esclarecimento sobre o sonho aristotélico?

    Parece altamente improvável que o Altíssimo tivesse permitido que tal erro se infiltrasse no ensino de Sua palavra e vontade.

    Além destas questões fundamentais, se continuarmos a estudar este testamento, vemos que a relação do sonho adverte os clérigos contra os desvios potenciais que sua função pode induzir: isolamento, arrogância e egoísmo.

      « Ao considerar esta ordem política com mais cuidado, percebi que os reis-filósofos, pelo menos aqueles que eram aristocratas e padres, haviam se destacado dos outros cidadãos. Como os únicos educados em filosofia e nos mistérios sagrados, proibiram os outros cidadãos de filosofar, ou seja, de meditar sobre o significado dos textos sagrados » – Testamento do Pseudo-Aristóteles.

    Pseudo-Aristóteles comenta esta visão assim:

      « E isto é verdadeiramente vergonhoso; eles se apropriam da liberdade de realizar as cerimônias necessárias para acolher os homens na presença de Deus, e esta liberdade eles se concedem através da adoração, como se a piedade não fosse suficiente para consagrar um homem a Deus. Assim eles se tornam uma casta muito diferente dos homens, recusando-se mesmo a gerar descendentes a quem transmitiriam, pelo sangue, a natureza de sua alma » – Testamento do Pseudo-Aristóteles.

    Este comentário levanta muitas questões. Pseudo-Aristóteles critica o fato de que os clérigos são os guardiões dos sacramentos e conduzem as cerimônias que os conferem aos fiéis; questiona a prática do culto e a opõe à fé; e critica o celibato dos padres. Quando estudados à luz das doutrinas e ensinamentos do duo profético, estes três pontos parecem estar em contradição com os ensinamentos de Christos, do próprio Aristóteles e da cosmogonia da religião Aristotélica.

    Quando ele estabeleceu a Igreja como uma comunidade de fiéis e como uma Instituição, Christos fez de seus apóstolos seus sucessores sob a autoridade de Titus. Nesta entronização, disse o profeta:

      « Os fiéis de Deus, aqueles que aprenderam com o ensino de Aristóteles e que querem seguir o caminho que estou apresentando, devem viver em comunidade. [...] Para guiá-los, serei o pai desta comunidade, estabelecerei seus princípios e meus sucessores farão o mesmo depois de mim. [Vós] levarão as boas novas à todas as nações, ajudando Titus a criar a minha Igreja. Então, eu faço de vocês os guias dos fiéis de Deus. » – Vita de Christos, 11.

    Christos colocou assim nas mãos de seus sucessores os princípios que ele mesmo havia formulado ao erigir a Igreja de Deus. Seus sucessores seriam os guias da comunidade.

    Além disso, os capítulos 12 e 13 da Vita de Christos nos ensinam a sacralidade dos sacramentos e seu caráter fundamental para o significado de comunidade. Instituído como princípio, foi pela vontade de Christos, inspirada por Deus e enviada por Ele para completar a mensagem aristotélica, que os sacramentos foram colocados sob a proteção dos clérigos da Igreja para que não fossem distorcidos ou alterados em sua forma e efeitos. Mais do que um guia, os sucessores de Christos são também aqueles que devem liderar a comunidade e organizar o culto ao Todo-Poderoso.

    Considerando então nossa primeira afirmação, que o Altíssimo não pode fazer Aristóteles dizer uma coisa e Christos outra que é exatamente o contrário, já que ambos são inspirados pela vontade divina na comunicação da Palavra e da Vontade do Todo-Poderoso, parece duvidoso que Aristóteles pudesse, mesmo no crepúsculo de sua vida e no final deste novo sonho, ter interpretado o último neste sentido, frustrando assim o futuro ensinamento de seu complemento: Christos.

    Da mesma forma, quando Pseudo-Aristóteles questiona o culto aristotélico afirmando que só a piedade é suficiente, o autor contradiz as palavras e os atos de Christos que, ao instituir a Igreja, instituiu o culto divino e a necessidade de dar graças a Deus pelo amor e pelas graças que Ele nos concede. De fato, Oane, o primeiro, instituiu o agradecimento a Deus por torná-los Seus filhos na forma de adoração ao Todo-Poderoso. Ao questionar a adoração, o pseudo-Aristóteles questiona toda a estrutura Eclesiástica instituída por Deus através do Christos, e destinada a organizar e celebrar a adoração.

    Finalmente, o pseudo-Aristóteles parece contradizer o próprio Aristóteles sobre o assunto ao ler o capítulo V de sua Vita, onde o profeta questiona a adoração de vários deuses, mas não apenas um, convidando até mesmo os camponeses a dar graças a um único Deus, o Altíssimo, que ia revelar todo o seu rosto à humanidade com a mensagem de Christos.

    Finalmente, nesta passagem, a última contradição do pseudo-Aristóteles com a doutrina da Igreja e dos profetas está na conclusão feita pelo autor sobre o voto de celibato dos sacerdotes. Tomamos a liberdade de relembrar isto:

      « Assim eles se tornam uma casta muito diferente dos homens, recusando-se mesmo a gerar descendentes a quem transmitiriam, pelo sangue, a natureza de sua alma » – Testamento do Pseudo-Aristóteles.

    Pseudo-Aristóteles questiona aqui o celibato dos padres, revelando a recusa de engendrar como um absurdo. No entanto, o ensinamento de Christos, cuja mensagem completa a de Aristóteles, não suscita ambiguidade quanto à legitimidade do voto de celibato e castidade dos sucessores dos apóstolos:

      « E vocês, meus amigos, como terão que se dedicar completamente à Deus, como eu, o amor da maneira que é compartilhada pessoalmente entre os seres humanos será proibido para sempre. Vocês devem amar a humanidade, e não os seres humanos em particular. Assim, o casamento não é permitido para vocês, tampouco a atividade sexual. » – Vita de Christo, 13.

    Nenhuma interpretação sobre o assunto pode ser possível. Christos proíbe a seus sucessores o sacramento do matrimônio e o ato de carne. Isto nos leva de volta ao problema da contradição entre os ensinamentos de Aristóteles e Christos, e assim, com base no fato de que as palavras de um profeta são guiadas pela vontade divina, à conclusão de que o Altíssimo também pode contradizer-se a si mesmo. Agora, toda pessoa fiel concordará que esta última afirmação não pode ser verdadeira, pois Deus, um ser perfeito e infinito, não comete erros. Se não puder ser verdade, então as mensagens de Christos e Aristóteles devem, na melhor das hipóteses, concordar, na pior, não se contradizer. Portanto, ou o testamento de Aristóteles é uma falsificação, ou o texto da Vita de Christos é uma falsificação, pois os dois não podem coexistir revelando duas verdades divinas contraditórias.

    Além disso, o Pseudo-Aristóteles parece afirmar que os clérigos, ao gerar descendência, transmitiriam a natureza de sua alma a seus filhos. No entanto, ele afirmou anteriormente que a piedade tinha precedência, e que o direito de filosofar e meditar sobre as Escrituras deveria ser concedido a todos. A questão da necessidade que pseudo-Aristóteles parece dar à transmissão da natureza da alma de um clérigo é legítima, pois através deste texto parece que todo mundo é um clérigo em potencial. Além disso, questionando a estrutura eclesiástica, o culto e a tarefa de interpretar as Escrituras pelos clérigos, de que serve transmitir qualquer natureza « clerical » da alma, já que esta classe parece esvaziada de substância, função e dignidade pelo próprio pseudo-Aristóteles.

    Em conclusão, afirmamos, com base nesta demonstração e nestes exemplos, que o « Testamento de Aristóteles » é uma falsificação e não pode ser uma revelação autêntica do profeta. As numerosas contradições entre este Testamento, a Vita de Christos e Aristóteles, entre o texto do Livro das Virtudes e dentro do próprio Testamento nos levam a rejeitar qualquer caráter divino ou profético a esta revelação.


    Aaron de Nagan,
    Arcebispo de Cesaréia,
    Arquichanceler da Sé Apostólica.




    Redigido na Cidade Eterna no dia 9 de maio do ano de graça MCDLXI, corrigido e ampliado no dia 23 de julho do ano de graça MCDLXII.


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