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[PT] Hagiography - St. Anani Mhour

 
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Adonnis
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MessagePosté le: Sam Nov 07, 2020 4:46 am    Sujet du message: [PT] Hagiography - St. Anani Mhour Répondre en citant



Citation:



    Os Santos Antigos
    Hagiografia do Santo Ânani Mhour, o Primeiro Filósofo da História



    Como o último erudito do meu povo capaz de lembrar daquele que tanto significou para nós, decidi transcrever meus pensamentos em texto.


    A Vida de Ânani Mhour

    Anani Mhour nasceu no dia da queda de Oanylone, em uma família incluída entre as primeiras a deixar a cidade por amor à Deus.

    Seu pai costumava contar que todos os sobreviventes permaneceram do outro lado do lago, enquanto relâmpagos e trovões destruíam todas as construções, até o momento em que o abismo engoliu todos os restos da cidade. Ele adorava falar sobre como um arco-íris permaneceu visível, durante três dias, após a destruição da cidade amaldiçoada. Ele tinha visto os veleiros chegando com inúmeros refugiados, alguns dos quais falavam uma língua desconhecida, embora ele os tivesse conhecido falando a mesma língua que ele semanas antes.

    Nosso grupo acolheu alguns dos refugiados que ainda falavam nossa língua, mas será que realmente falávamos a mesma língua ou será que a língua de Oane desapareceu com a cidade? Minha mãe tinha vinte e cinco anos de idade e era a guardiã da grande biblioteca. Ela havia fugido com muitos livros, mas apenas apenas àqueles que falavam sobre a mensagem de Deus ainda eram legíveis. Na verdade, enquanto antes todos falávamos a mesma língua, a ira do Altíssimo nos condenou a falar em dezenas de dialetos diferentes, separando os seres humanos, uns dos outros, forçando-os a se entenderem a fim de sobreviver.

    Inicialmente, foi dito que apenas os justos tinham sobrevivido, mas logo percebemos que estávamos pecando por orgulho ao dizer que éramos melhores do que os outros, e logo percebemos que entre nós, nem todos tinham um coração puro e que o medo os havia levado a fugir mais do que sua fé em Deus.

    Os primeiros anos foram difíceis para os sobreviventes e nossa falta de compreensão combinada com nossa miséria impediu a criação de um grupo unido. Assim, as comunidades foram se formando muito rapidamente e se agrupando em tribos. Eu tinha doze anos de idade quando minha tribo decidiu viajar em direção ao pôr-do-sol, na esperança de se aproximar do Altíssimo.

    Deus parecia ter nos abandonado, mas não abandonamos nossa esperança de que um dia ele perdoaria a humanidade por tê-lo servido tão mal.

    Ânani, como a primeira criança nascida desde a destruição da grande cidade, foi educada da mesma forma que os sacerdotes de Oanylone e, para surpresa de todos, com apenas sete anos de idade, ele podia citar qualquer parte do livro de Oane.

    Aos dez anos de idade, ele começou a consolidar o que sabíamos da história da humanidade, desde Oane até a destruição da cidade, pois ele disse:

      "Se estas coisas forem esquecidas, cometeremos novamente os mesmos erros. Deixemos de provocar a ira no nosso Criador e provemos a ele que somos dignos."

    Ânani, embora o mais jovem de todos os estudantes, logo foi capaz de me superar na arte da caligrafia, e sua paixão pelo desenho o fez misturar os dois em suas histórias.

    Ele se tornou aquele que estendeu a memória de seu povo através da escrita, o que era novo para nós porque os únicos escritos que tínhamos eram a poesia, os livros de contabilidade do mestre da cidade e os textos sagrados do templo. O grande livro de Oane tinha desaparecido com a grande biblioteca, mas Ânani começou a transcrever as memórias dos antigos em finas tábuas de madeira ou através de gravação em pedras.

    Nada o distraiu de sua missão. Ele questionou o mais velhos e transcreveu, incansavelmente, as suas histórias, seja como construir um barco, como plantar milho, ou mesmo todas as histórias da vida de nosso povo, desde o dia em que nosso Criador destruiu a cidade amaldiçoada e a cobriu com sal.

    Dizia-se que se ele era tão erudito e tão sábio, era porque tinha sido abençoado pelo próprio Oane, quando ele apareceu quarenta dias após o dia das cinzas. Na verdade, acho que ele foi inspirado pelos vários justos que Deus havia trazido ao paraíso.

    Sobre a morte de Anani, quatro gerações estavam lá para lamentar sua morte, e choraram por dez dias. No décimo dia, como era costume naquela época, eles levaram seus restos mortais para a colina mais alta para ser queimado quando o sol nascesse. De fato, os anciãos da tribo de Mhour ouviram as palavras do Altíssimo a respeito de que o Paraíso se encontrava no Sol. Assim, querendo ajudar a alma do falecido à alcançar o sol, eles passaram a realizar a cremação no momento em que o sol ainda tocava o horizonte, a fim de que a alma pudesse seguir em direção ao sol, sem cruzar o olhar dos malditos na lua.

    Mas o fogo não queimou... Um arco-íris fora formado desde sol até o pé da pira, de forma a que parecia que a alma de Mhour se desprendia de seu corpo, indo em direção à luz e virando-se, por um momento, para dizer:

      "Não chorem por mim pois, para onde irei, eu serei um anjo entre anjos. Não destruam meu corpo, porque ele é um presente de Deus. Ele é matéria e, como tal, deve voltar para a matéria. Que a partir de agora o fogo seja reservado para a purificação dos corpos impuros e o enterro para todos os que acreditam nele.

      Guardem a mensagem de Deus para o dia em que Ele escolherá Seu primeiro profeta, pois nesse dia, Suas palavras deverão ser lembradas aos seres que irão povoar a criação."

    Sua alma, então, parecia subir no arco-íris para ir em direção ao sol, acompanhado pela mesma nuvem celestial que foi descrita pelos antigos como a nuvem que levara os sete humanos da cidade de Oanylone, pouco antes do abismo o engolir e do sal cobrir o lugar amaldiçoado.

    Meu tempo está se aproximando e estou aqui, no mesmo no lugar onde, há sessenta anos atrás, estava a grande cidade; onde a ira do nosso Criador, justa porém implacável, foi trazida sobre nós.

    Ânani me disse uma vez:

      "Espero que um dia os humanos se lembrem que Deus disse que a criação estava submissa à humanidade, mas que ele não disse que a humanidade deveria estar sujeita uns aos outros. Precisamos de líderes, mas líderes que sejam justos, líderes que vivam para seu povo e não de seu povo. Espero que um dia, sejamos governados por aqueles que servem ao povo e não, como ocorreu no caso na cidade amaldiçoada, por aqueles que servem à si mesmos."

    Termino este texto rogando ao nosso Criador para que me permita ver meu amigo novamente após a minha morte, pois eu o amava como uma irmã, embora eu desejasse tê-lo amado como sua esposa. Contudo, como ele tinha seu pensamento voltado unicamente à servir à Deus e ao seu povo, ele não se uniria a uma só pessoa.

    Encerro este texto em uma arca dourada, no sal que ainda marca e para sempre marcará a localização da primeira cidade dos Filhos de Deus, juntamente com os quatro textos do meu amigo, do meu amor, para que um dia possam servir de memória para a humanidade.

    A história do meu povo (por Mhour)

    A Destruição de Oanylone, ocorrida no dia de Mercúrio ou, quarta-feira, foi apenas o início de nossa punição. Nós a chamávamos de « Quarta-feira de Cinzas ».

    Havia sete grupos que agora falavam idiomas diferentes e desconfiavam uns dos outros, mas com muito pouca comida... Nosso grupo partiu em direção ao pôr-do-sol e caminhou por quarenta dias.

    Durante os quarenta dias tivemos muito pouco para comer, apenas esta planta estranhamente nutritiva que, até então, era utilizada somente para alimentar os porcos do Mestre Mayhiz, os pães encontrados em um dos navios que haviam fugido da cidade e alguns peixes que estavam reservados para as crianças, antes de partirmos. Substituímos, portanto, a comida pela oração e os prazeres pela penitência. O povo se amaldiçoou pela decisão de preferir o prazer à oração e à contemplação.

    No quadragésimo dia, Oane apareceu para nós. Aqueles que tinham visto sua estátua no grande templo, o reconheceram diretamente e se ajoelharam, batendo no peito e implorando que intercedesse por eles junto ao Altíssimo. Ele se voltou para o meu pai e disse:

      "Mhour, seu filho, é o primogênito desde o dia das cinzas. Você guiou sua tribo durante quarenta dias em privação e oração sem nunca pedir nada para si mesmo. Saiba que suas orações foram ouvidas e que amanhã será um dia de fartura para você. Você deixará de lamentar as faltas dos anciãos, porque Nosso Criador disse: "Eu o julgarei de acordo com a vida que se levou" e não mais pelos pecados de seus pais.

      Você deve viver para o futuro e não mais para lamentar o passado, ser o guia de seu povo e instruir seu filho à abrir o caminho que levará aos profetas.

      Deus só pede o vosso amor, e só o podeis dar a Ele se vos amardes à si mesmos. Que o perdão dos pecados seja dado àquele que se arrepende, mas que aquele que repete contra a palavra dada seja banido.

      O amanhã é um presente de Deus. Celebre porque será o dia da renovação, que os últimos quarenta dias não sejam a imagem de sua vida. Não procure à Deus no sofrimento, mas lembre-se de ter sofrido para não perdê-lo. Vou deixá-lo continuar com sua vida. Descanse e celebre com tudo o que resta da comida e do vinho, pois amanhã será o dia da renovação."

    Assim, minha tribo celebrou, e aqueles que tinham pão dividiram-no com seu vizinho, e o vinho também foi dividido até a última gota, e naquele dia foi o primeiro dia de fartura desde a quarta-feira de cinzas. Todos dormiam como eu, ou seja, como um bebê grande que eu era e, ao acordarem com o sol, as pessoas viram uma fonte fluindo por perto, e um pouco mais longe, um oásis cheio de frutas e animais.

    No centro do oásis estava um pilar sobre o qual foi fixada a tábua de Oane, a tábua que continha os mandamentos de Deus. Esta pedra que fora gravada pelos dedos do Criador e confiada à primeira comunidade para que nunca esquecessem que, além do amor, estávamos também vinculados à lei da Criação. Esta pedra que tinha desaparecido com a cidade estava lá... intacta, mas escrita em uma língua que não sabíamos mais ler... Mas eram as leis do Altíssimo e nós não estávamos prontos para esquecê-las novamente.

    Foi lá, perto do pilar, que a maioria do meu povo se estabeleceu. Por mais de quarenta anos de paz e felicidade, vivemos aqui e rezamos à Deus para que perdoasse seus filhos. Outros continuaram em direção ao mar e mais além, para espalhar a raça humana por toda a criação.

    As três teses de Ânani Mhour

    Recordamos sua vida, especialmente suas três teses principais. A primeira poderia ser uma das fontes da hierarquia não-familiar.

      Deus, o Criador do mundo é o pai e ele deve ser amado, temido e respeitado, mas isto é válido para todos os filhos em relação aos seus pais e mães. E em geral, se o pai tem autoridade sobre o filho, então todos aqueles que têm autoridade sobre nós devem ser amados, temidos e respeitados como um pai. Mas assim como um pai deve proteger seu filho, ter autoridade sobre outra pessoa traz consigo as mesmas responsabilidades. Quem, por uma razão ou outra, tomar o lugar do pai deve aceitar as honras, mas também as responsabilidades.

    O segundo argumento foi que o Senhor recompensou a amizade com uma longa vida para todas as coisas.

      Oane disse certa vez, durante a criação de nossa primeira cidade, que "é através do amor e da complementaridade que vocês serão capazes de criar, pois nosso Criador quer que todos nós sejamos unidos na vida como humildes servidores da criação."

      Isto é tão verdade que, por esquecê-la o Altíssimo nos castigou, cada um querendo se tornar o mestre e fazer de seu irmão diante de Deus um servo.

      O amor ao conhecimento levou os humanos a criar a escrita para preservar esse conhecimento, mas escrever sem amor é apenas uma série de palavras tristes e sem alma. É, portanto, o amor pela escrita que faz com que a escrita assuma todo o seu significado e o amor pela leitura que garantirá que este texto não será perdido.

      Tudo o que é feito para durar deve ser feito com amor e amizade. Se o pedreiro trabalhar sem amizade para seu cliente, a casa que ele está construindo entrará em colapso com os primeiros ventos.

    A terceira tese, que ele talvez amasse acima de tudo, é que quem controla a palavra tem muitos poderes e deve usá-los para o bem e a paz.

      Vou lhes contar a história de Ocless, que foi uma grande dama, mas que, embora possuísse o poder da palavra, preferia o poder da espada.

      Ocless foi a matriarca de uma grande família que agora está esquecida. Sempre que uma discussão se voltava contra si, ela puxava sua espada e a colocava na sua frente, apontando para seu oponente. Muito rapidamente a discussão se voltava para a direção desejada pela dama e, zombando, ela colocava novamente sua espada de volta na bainha.

      Sua família desapareceu, por não ter ninguém que ousasse contradizer suas palavras, ela continuou persistindo em seus erros, o que levou sua família à bancarrota. Era impossível para o clã viver permanentemente com o medo da espada da Senhora Ocless acima deles.

      Cada homem e cada mulher tem a tarefa de salvar a humanidade aos olhos de Deus, e para isso ele deve fazer o que a humanidade foi escolhida para fazer a fim de cuidar da criação. O homem deve, portanto, ser feliz ajudando seu próximo a ser feliz, pois não é possível conceber dar amor em torno de si mesmo se ainda não se está feliz.

      Deus em sua grande sabedoria nos deu mais do que a palavra, ele nos deu a possibilidade de usar esta palavra para propagar amizade e felicidade. É nosso dever usar a palavra para consolar nossos semelhantes e fazê-los felizes, mas a palavra também é uma arma poderosa e seria bom que àqueles que possuem as chaves não pudessem também estar armados. O ser humano é feito de espírito e matéria, ele possui dois tipos de armas, uma fundada sobre o espírito e outra sobre a matéria.

      A arma do espírito dada por Deus é feita de política, pregação e diplomacia. Ela deve permitir que a arma da matéria que fará com que o sangue e o ódio sejam derramados não seja tirada de sua bainha. Para isso, seria vantajoso que aqueles que possuem a palavra, não carreguem a espada.



_________________

------Sancti Valentini Victoriarum Cardinalis Episcopus - Altus Commissarius Apostolicus - Cardinalis Sacri Collegii Decanus
---Gubernator Latii - Primas Portugaliae - Archiepiscopus Metropolita Bracarensis - Episcopus Sine Cura Lamecensis et Ostiensis
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