L'Eglise Aristotelicienne Romaine The Roman and Aristotelic Church Index du Forum L'Eglise Aristotelicienne Romaine The Roman and Aristotelic Church
Forum RP de l'Eglise Aristotelicienne du jeu en ligne RR
Forum RP for the Aristotelic Church of the RK online game
 
Lien fonctionnel : Le DogmeLien fonctionnel : Le Droit Canon
 FAQFAQ   RechercherRechercher   Liste des MembresListe des Membres   Groupes d'utilisateursGroupes d'utilisateurs   S'enregistrerS'enregistrer 
 ProfilProfil   Se connecter pour vérifier ses messages privésSe connecter pour vérifier ses messages privés   ConnexionConnexion 

[PT] Hagiography of the Apostle Saint Nícolas

 
Poster un nouveau sujet   Répondre au sujet    L'Eglise Aristotelicienne Romaine The Roman and Aristotelic Church Index du Forum -> La Bibliothèque Romaine - The Roman Library - Die Römische Bibliothek - La Biblioteca Romana -> Office des bibliothécaires - Office of the Librarian
Voir le sujet précédent :: Voir le sujet suivant  
Auteur Message
Adonnis
Cardinal
Cardinal


Inscrit le: 19 Jan 2018
Messages: 4683
Localisation: Monte Real/Leiria - Palazzo Taverna/Roma

MessagePosté le: Sam Juin 20, 2020 8:15 pm    Sujet du message: [PT] Hagiography of the Apostle Saint Nícolas Répondre en citant



Citation:



    Os Apóstolos
    Hagiografia do Apóstolo São Nícolas


    Como eu, Sêneca de Tarso, fiel discípulo de Nícolas de Cesareia, que recebeu do próprio Christos a fonte da vida, estou envelhecendo, gostaria de dar o testemunho do ensinamento daquele que continuou o trabalho de Christos entre os pagãos e sofreu o martírio por ele.

    Capítulo 1: Sua Infância

    Nícolas de Cesareia nasceu alguns anos antes de Christos, na cidade do mesmo nome, filho do reitor grego Phidias e de sua esposa Pomponia Grecina, descendente de uma nobre família romana.

    Chamado a altos cargos, frequentou assiduamente a escola de retórica, onde lhe foi ensinada tanto a arte da oratória como a filosofia dos autores pagãos e, desde muito cedo, se interessou pela filosofia de Aristóteles, que considerava superior à de todos os outros pensadores gregos.

    Capítulo 2: A controvérsia com Descartes

    Foi então que ele se destacou com seu famoso pensamento: "Você tem que existir para pensar e não pensar para existir".

    De fato, embora tenha se tornado um jovem bonito, com um corpo belo e definido, com belos cabelos pretos e olhos de grande beleza, ele se viu obrigado a discutir na escola de retórica com um de seus colegas de classe, Descartes, um homem pequeno, robusto e manhoso, que havia dito que era necessário pensar para existir:

    "Tudo o que Descartes nos diz é bobagem, meus amigos", ele bradou. "Não vejo nada além de neo-platonismo fervido em óleo de fígado de bacalhau! Então, se eu seguisse o pensamento de Descartes, esse pobre homem levemente louco que implora na entrada da nossa escola, tão fraco de espírito que é quase incapaz de pensar, nós não existiríamos! Seríamos todos vítimas de uma alucinação coletiva!"

    Ele, então, respondeu: "Nikolos! Realmente, eu afirmo, ele não é um ser! Não importa o que ele pareça para nós! Isso é uma coisa, um pedaço de lixo! Com que coragem você afirma que essa coisa, tão suja e bestialmente repugnante, é um ser? Como você pode admitir a existência de um ser nesta coisa nascida no corpo de um escravo preso por seus únicos instintos animalescos, cujos grunhidos ele até imita! O pensamento é o que define o ser. Aquele que não pensa, não é, pois apenas o pensamento diferencia o ser do objeto e do animal. Então se esta coisa não pensa, então não é como um ser, embora exista."

    "Você me faz rir com seu discurso", respondeu Nícolas. "Aquele coitado sentado em frente à nossa porta é tudo o que você puder dizer e, a propósito, você pode pensar em tudo o que você pode falar. Um grunhido já é um sinal de pensamento, mesmo primário, mesmo animal. Ele produz pensamentos e não pode evitá-los porque ele existe. Você mesmo, Descartes, poderia um dia entender seu pensamento estúpido se eu não existisse? Ou você fingiria gerar ideias sem substância? Aristóteles disse que "A ideia chega ao espírito enquanto a coisa existir", e ele estava certo: é de algo material que nasce a ideia; é do ser que nasce o pensamento. É preciso primeiramente existir para poder pensar, meu pobre Descartes! O pensamento não se produz por si só. Você tem que ser para pensar e não pensar para ser."

    "Olhem meus amigos! Olhem para esta pedra!" Escarneceu Descartes. "Segurem suas barrigas para que não explodam em meio aos risos! Porque, na verdade, Nikolos vem nos dizer que esta pedra pensa, já que ela existe!"

    "Você não entendeu nada, Descartes! Essa pedra não pensa e, ainda assim, ela é. Isso, porque, ela nasceu de um pensamento e esse pensamento, por sua vez, nasceu de um ser, e esse ser foi um dos deuses. Desde a coisa produzida até o pensamento que a produziu, sempre encontramos um ser criador e, assim por diante, até chegarmos aos criadores supremos que são os Deuses. Isto porque os deuses são os criadores do pensamento. Mas, se seguirmos seu raciocínio, rapidamente chegaremos à estúpida conclusão de que os deuses nada mais são do que conseqüência do pensamento humano e da pura especulação."

    Esta última afirmação conquistou o apoio do público, muito fiel aos Deuses. Então, um movimento repentino da multidão ocorreu e Descartes foi, pela força, expulso do salão. "Mas...", ele acrescentou enquanto era expulso. "Eu acho, portanto eu sou", mas ninguém o escutou.

    Um dia, nas margens do Lago Tiberíades, enquanto o lago estava calmo e meus pensamentos tinham a cor da noite, eu voltei à este episódio de sua vida para perguntar-lhe se seus pensamentos não tinham mudado.

    "Na verdade", disse-me ele. "Pessoas como Descartes cometem o pecado do orgulho porque pensam demais e porque se deixam levar pela especulação acerca da realidade das coisas. Eles negam as evidências que estão diante de si para melhor apoiar suas teorias."

    E ele continuou: "Veja, Sêneca, todas as coisas ao nosso redor foram criadas por Deus, por um pensamento, nascido de um ser: esta é a única realidade possível, porque foi Deus quem pensou. Se você afirma o contrário, acaba dizendo que o pensamento é o criador de tudo, até de Deus; mas por isso deve haver uma força ainda maior que Deus e que não será um ser, mas um pensamento imaterial. Agora, você sabe disso, isso é impossível porque ninguém é maior do que Deus."

    Ao longo da minha vida sempre o vi fiel ao seu pensamento e comprometido, como direi mais uma vez, em defender zelosamente a plenitude do poder divino contra todos os que o quisessem substituir, tendo em vista que, para ele, Deus foi o primeiro pensador, o legislador supremo, diante do qual todos devem se curvar e de quem a igreja é a sua serva fiel.

    Nada predestinou, no entanto, Nícolas à um dia conhecer Christos, mas...

    Capítulo 3: Seu encontro com Christos

    Um dia, quando Nícolas havia se retirado na solidão, às margens do Lago Tiberíades, um homem de aparência modesta se aproximou dele e perguntou:

    Christos: "Por que você está rezando, meu amigo?"

    Nícolas: "Eu rezo porque é nosso costume rezar aos deuses em certos momentos do dia, por isso fui ensinado desde a infância."

    Christos: "Você acha que esta forma de rezar é a correta?", perguntou o homem que não era outro senão o Christos.

    Nícolas: "Eu não sei! Mas é a única forma que eu conheço."

    Christos: "Então, pense nisso; você acha que seus deuses estão felizes em vê-lo realizando gestos e rituais sem saber o por quê? Você acha que orações mecanicamente recitadas podem ser eficazes?"

    Nícolas: "Certamente não", respondeu Nícolas. "Você está certo!"

    Christos: "Aqueles que não fazem nada além de obedecer ordens, de forma mecânica, sem examiná-las de forma crítica para compreender a sua verdadeira essência, não estão seguindo na direção de Deus e de sua Salvação; na maioria das vezes, estão se distanciando."

    Nícolas: "Se eles não entenderem o significado do que faço, não serão capazes de entenderem o porque das orações serem úteis e não receberão qualquer alívio, pois estarão alheios ao conceito de amor."

    Christos: "Venha! Siga-me e você aprenderá o que é o amor e que não existem muitos Deuses, mas um único Deus, da mesma forma que só pode existir um amor. Assim, só há um Deus para recebê-lo."

    Então Nícolas, deixando para trás todos os seus bens, seguiu Christos, recebeu seus ensinamentos, e tornou-se um dos doze discípulos que foram chamados de apóstolos.

    Capítulo 4: Onde Christos ensina a Nícolas que os sacerdotes não devem jurar fidelidade aos outros homens

    Um dia, quando Christos e seus discípulos chegaram em Séfora, Nícolas iniciou sua fala com "Mestre, ensina-nos..." antes de ser interrompido.

    Christos, então, respondeu:

      "Não me chame de Mestre! Nós só temos um Mestre que é Deus e, através dele, a nossa Igreja que é a fiel intérprete dos seus pensamentos, e cujas decisões devem ser respeitadas por todos os seus clérigos. Mas que tipo de homens seríamos nós se reconhecêssemos outros mestres que não Deus e sua Igreja?

      Deus nos deu a liberdade, não há razão para que a cedamos aos outros.

      Imagine o que aconteceria se, Deus nos proteja, um padre fizesse um juramento de lealdade à outro homem. Imediatamente, ele se tornaria servo desse homem, seu servo, o servo de interesses especiais, e não mais o servo de Deus.

      Os homens de Deus, meus irmãos, obedecem somente à ele e só a ele prestam contas. Dessa forma, àquele que exige deles um juramento, busca apenas submeter a Igreja ao seu controle e fazer dos homens de Deus seus servos.

      Agora, me diga que homens ainda teriam fé nos homens de Deus que, por sua vez, são servis à outros homens e não ao próprio Deus? Semearíamos, com essas práticas, a semente da dúvida e da incredulidade.

      Portanto, eu vos digo, meus irmãos e irmãs de toda parte, que a qualquer momento, recusem juramentos que possam fazem com que vos exijam favores, pois eles são instrumento de dominação da Igreja, pelos leigos, e de poluição das idéias divinas pelas idéias terrenas.

      Da mesma forma, como o grande Aristóteles nos recomenda, é necessário que nos envolvamos socialmente nos assuntos da Cidade. Entretanto, tenha o cuidado de não se envolver em política, pois a política não são nada mais do que questiúnculas humanas onde, muitas vezes, reina a corrupção e os interesses particulares. Desta forma, você corre o risco de profanar o santo nome da Igreja."

    Quando Nícolas me contou sobre esta lição de Christos, perguntei-lhe sobre o profundo significado dessas palavras.

    "Christos", disse-me ele, "estava bem ciente da superioridade de Deus sobre os homens e queria evitar que a pureza da lei divina fosse corrompida pelo pecado; essa foi sem dúvida a razão pela qual ele instituiu a Igreja. Deus é soberano em todas as coisas.

    Dessa soberania deriva a lei, e para a maioria dos homens em todos os países, a moralidade.

    A Igreja foi destinada por Christos a representar essa soberania divina. Portanto, a Igreja age e legisla em seu nome.

    A Igreja é a instituição que Deus delegou para estabelecer o direito e a moral entre os homens, segundo Suas palavras contidas no Livro das Virtudes. Daí a necessidade de liberdade absoluta para a Igreja e para os homens que a compõem.

    Como você quer que um homem da Igreja, se ele se tornar o homem de outro homem, seja capaz de preservar essa liberdade? E como não ver que os interesses privados do homem a quem ele fez um juramento podem poluir a pureza divina?"


    "Mas, Irmão Nícolas", replicou. "Não entendo porque Christos proíbe os homens da Igreja de se envolverem em política quando Aristóteles pensava o contrário."

    "Sêneca, a Igreja não existia na época em que Aristóteles viveu. Portanto, há muitas diferenças entre a época de Aristóteles e a época de Christos. Mas o que Christos quis dizer é que um homem da Igreja, mesmo que desempenhe uma função pública, deve comportar-se como um homem da Igreja e fazer prevalecer a moralidade divina sobre os interesses privados, a fim de preservar a pureza divina e não manchar o nome de Deus."

    Assim, Nícolas, inspirado em Christos, afirmou-se como o defensor da onipotência divina perante os leigos.

    Capítulo 5: Onde Nikolos encontra o Sêneca de Tarso

    Mas como estou distraído, caro leitor! Eu escrevo e falo sobre o que Nícolas me ensinou, mas ainda não disse em que circunstâncias nos encontramos.

    Tarso é uma magnífica cidade à beira mar, na costa da Ásia Menor, onde reinava a filosofia. Entretanto, ali aprendemos acima de tudo, até para nós, órfãos pobres e esfarrapados na cidade, a descrença a ponto de um dos líderes da cidade poder afirmar, sem o risco de ser contraditado:

      "Quanto à multidão de deuses que uma longa superstição acumulou, mesmo que os adoremos, não devemos esquecer que esse culto não tem outro fundamento senão a tradição e o costume. Eu não sou estúpido o suficiente para acreditar em tais tolices."


    Devo dizer que a vida tranquila da cidade atraía a preguiça, bem como a prática de todas as perversões possíveis e imagináveis ​, de forma que o bem-estar material nos parecia um deus adequado para satisfazer todos os nossos desejos.

    Foi nesta cidade que o apóstolo Nícolas chegou em certa manhã, quando eu o conheci; ou melhor, esbarrei nele em uma rua, cambaleando para fora de uma taverna, onde eu havia passado a noite bebendo e fornicando.

    "Mais um dessa escória que mereceria que eu os batizasse com água benta!", resmungou o apóstolo.

    Por minha vez, eu o respondi e, hoje, confesso com muita vergonha: "Vá embora, seu imbecil!

    Então o apóstolo me agarrou pelo pescoço e jurou que, antes do anoitecer, traria a minha redenção e me guiaria nos caminhos do Senhor. Eu tentei pedir por ajuda, gritando em voz alta: "Cecília! Carla! Ajudem-me!" Mas, apesar das minhas tentativas, não veio ninguém.

    Nícolas me arrastou para uma das salas do templo de Apolo e, com a ajuda de um médico local, começou a me fazer vomitar até a última gota de álcool no meu corpo.

    "Agora que você está mais sóbrio", disse-me algumas horas depois, após um sono relaxante. "Saiba que Deus me enviou para salvar sua alma. Então, você tem uma escolha: ou você ouve o que eu tenho a dizer-lhe sobre dele, ou eu coloco você nas mãos dos guardas mamelianos (a guarda de Mam, a Grande Sacerdotisa do Templo de Apolo, em Tarso)."

    Eu estava determinado a fugir da guarda da velha bruxa. Então, resolvi escutar, sem muita atenção, o que o apóstolo tanto queria me dizer. Mas é certo que o que ele tivesse para dizer teria muito pouca influência sobre um jovem de 17 anos, como eu era na época. Nada que ele pudesse dizer me convenceu da existência de Deus a tal ponto que, no final, ele se irritou e me disse:

      "E as minhas nádegas, você viu as minhas nádegas... Pois é, mesmo assim elas existem! Vá, saia daqui, você não passa de um patife irrecuperável; ainda me pergunto porque Deus se importa com você! Há dias em que eu realmente não o entendo!"

    Infelizmente, mesmo que o apóstolo não entendesse, Deus sabia muito bem o que estava fazendo e não me esqueceu. Na verdade, menos de uma semana após o incidente com Nícolas, fui parado por uma patrulha da Guarda Mameliana, depois de ter participado do incêndio de um armazém de vagões alugados, pois eu e meus companheiros achamos engraçado.

    Sendo um órfão, havia poucas chances de alguém vir e me tirar de lá e eu estava começando a sentir desespero, quando me foi dito que um homem tinha se colocado como garantia, por mim. Aquele homem era Nícolas, agindo sob as ordens de Deus:

      "Agora, filho, você tem uma escolha: ou segues completamente o caminho do Senhor e se torna meu discípulo, ou terá que enfrentar a bela forca que o Tribunal está preparando para você. Como você sabe, esta é a última chance que Deus está lhe oferecendo. Se você pensa em mentir para mim e depois voltar aos seus velhos erros, você está errado: Deus é um vigilante implacável."

    Então eu segui Nícolas até um casebre que ele havia alugado na cidade. Eu comecei a assisti-lo e segui-lo nessas viagens e comecei a me conscientizar, com a vida mais regrada que ele me fez levar e com os ensinamentos que ele dava às multidões, sobre a retidão da vida que ele me oferecia. Pouco a pouco, meu coração foi se abrindo ao amor de Deus e Nícolas se tornou um segundo pai para mim; uma manhã, cheio de fé em Deus, eu lhe pedi o batismo.

    Foi assim que comecei a trabalhar no serviço de Deus, o benéfico e misericordioso. Aquele que, em virtude da Sua Graça, salvou a minha vida e me deu uma segunda chance. Isto é o que sinto, caro leitor, deste breve testemunho que lhe conto como prova da infinita bondade de Deus, para com todas as suas criaturas.

    Capítulo 6: A vida e obra de Nícolas após a morte de Christos

    Após a morte de Christos, Nícolas, como muitos outros discípulos, viajou pelo mundo para espalhar a mensagem do profeta, indo e vindo por todo o Império Romano e, as vezes, até além. A um povo que orou aos ídolos, ele disse:

      "Você não vê que todos esses deuses que você nomeia são apenas representações de um e do mesmo todo, e que eles são apenas os atributos de uma e da mesma pessoa? Deus? Você não vê que todas essas coisas não são manifestações do poder dos deuses, mas do único Deus, o motor de tudo, o criador do universo e da terra, dos homens e das plantas, do espírito e da matéria?

      Todos os nomes que contêm uma referência ao poder se voltam pra Ele: tantos benefícios que Ele proporciona, tantos nomes que Ele pode receber. Você quer chamá-lo de Natureza? Não se enganem, pois é d'Ele que tudo nasce, o Seu sopro nos dá vida. Você vai chamá-lo de Mundo? Você tem o direito de fazer isso. Porque Ele é o imenso tudo o que você vê; e tudo é parte Dele, Ele se sustenta com suas próprias forças. Ainda se pode chamá-lo de Destino, pois o Destino é apenas a série de causas que estão ligadas, e Ele é a primeira de todas as causas, aquela da qual todas as outras dependem."

    Assim, Ele as converteu na Fé Verdadeira.

    Foi assim que Nikolos agia, defendendo em toda parte a onipotência da presença divina na menor de suas criações, como ensina o Livro das Virtudes, e convertendo muitos povos pela veracidade de suas palavras.

    A outro povo que queria se revoltar contra os governantes da Cidade, que alegavam ser tiranos, ele disse:

      "Em nossas cidades, todo governo é estabelecido segundo a vontade do povo, que só pode ser a vontade de Deus porque, na verdade, não pode haver poder sem o consentimento de Deus, senão isso significaria que Deus não é perfeito. Portanto, não é digno de um aristotélico rebelar-se contra um governo legitimamente constituído que respeita os servos de Aristóteles e Christos, pois isso significaria rebelar-se contra o próprio Deus."

    Foi nesta ocasião que ele disse uma frase que, mais tarde, se tornaria famosa: "Deus se expressa através do sufrágio; aquele que contesta os resultados do voto livremente expresso, contesta a Deus."

    Em Atenas, ele conheceu o diácono Epífano, que ardia por uma ira mortal contra os pagãos, contra os quais ele havia ordenado uma grande caçada:

      "Epífanos, quem é você para substituir a justiça humana pela justiça divina e acusar falsamente os homens de crimes que não cometeram, com o simples pretexto de que não acreditam em Christos?

      Que homem, sozinho, pode decidir e dizer: 'Isto é bom, isto é mau?' Quão desproporcional e caótico seria se todos achassem que poderiam fazer o mesmo: que cada homem, segundo os seus próprios interesses, vivesse segundo a sua lei, manchando o Santo Nome de Deus fosse manchado por crimes abomináveis.

      Seu dever é, antes de tudo, convertê-los pelo exemplo e pela palavra, pois eles são, antes de tudo, criaturas de Deus que se desviaram ou a quem ninguém ajudou a encontrar o caminho para a Verdade.

      Mas você não pode substituir a justiça divina; comete-se o pecado de orgulho àquele que tenta substituir essa justiça, porque ninguém conhece a imensidão do amor de Deus pelas Suas criaturas, nem a imensidão do Seu perdão.

      Quando foi necessário julgar os homens de Oanylone e destruir a cidade, Deus não invocou nenhuma justiça humana, mas exerceu a sua própria justiça, que não depende de nenhuma lei humana e não pode ser reduzida à códigos ou leis, sob pena de negar, limitar ou restringir a infinita liberdade e bondade de Deus.

      Além disso, nesses casos seu dever não é fazer justiça terrena, mas referir-se àqueles que dirigem a igreja, que são delegados da justiça de Deus e saberão que decisão tomar."

    A sabedoria das palavras de Nícolas foi tal que logo se tornou costume, em toda a Comunidade Aristotélica, abordar os líderes da Igreja para descobrir como agir contra este ou aquele herege.

    Capítulo 7: Sua morte

    Um dia, quando Nícolas estava a caminho de Marcomanos, foi detido na estrada por um grupo de bandidos que, vendo que era aristotélico e pensando que, em virtude disso, trazia consigo grandes riquezas, o agarraram e o amarraram à uma árvore. Percebendo que ele não possuía nada, para se divertirem e encontrarem uma alternativa para a sua frustração, o usaram como um alvo humano, zombaram da sua religião, o acusaram de adorar um burro e dispararam contra ele inúmeras flechas. Cada golpe que o seu corpo ensanguentado sofria, provocava risos em seus algozes.

    Foi assim que Nícolas morreu no ano 50, em uma floresta de caça à beira da atual Morávia.

    Seu corpo foi encontrado por mim, alguns dias depois. A putrefação que já estava se espalhando, nos obrigou a ferver seu corpo em água para recuperar os ossos, que armazenei em uma preciosa arca de madeira que, ainda hoje, me segue. Eu a depositei em um pequeno oratório, no meio da floresta de Semur, na Borgonha, região que evangelizei seguindo os ensinamentos de Nícolas.

    Ele geralmente é associado a uma pomba com um ramo de oliveira na boca.

    As suas frases mais célebres:

    • à um descrente que o irritou: "E as minhas nádegas, você viu as minhas nádegas... Pois é, mesmo assim elas existem!"

    • aos rebeldes de uma cidade: "Deus se expressa através do sufrágio; aquele que contesta os resultados do voto livremente expresso, contesta a Deus."

    • para Descartes: "Você tem que existir para pensar e não pensar para existir"

    • ao Diácono: "Os líderes da Igreja, como únicos delegados da Justiça divina, saberão que decisão tomar"



_________________

------Sancti Valentini Victoriarum Cardinalis Episcopus - Altus Commissarius Apostolicus - Cardinalis Sacri Collegii Decanus
---Gubernator Latii - Primas Portugaliae - Archiepiscopus Metropolita Bracarensis - Episcopus Sine Cura Lamecensis et Ostiensis
Revenir en haut de page
Voir le profil de l'utilisateur Envoyer un message privé
Montrer les messages depuis:   
Poster un nouveau sujet   Répondre au sujet    L'Eglise Aristotelicienne Romaine The Roman and Aristotelic Church Index du Forum -> La Bibliothèque Romaine - The Roman Library - Die Römische Bibliothek - La Biblioteca Romana -> Office des bibliothécaires - Office of the Librarian Toutes les heures sont au format GMT + 2 Heures
Page 1 sur 1

 
Sauter vers:  
Vous ne pouvez pas poster de nouveaux sujets dans ce forum
Vous ne pouvez pas répondre aux sujets dans ce forum
Vous ne pouvez pas éditer vos messages dans ce forum
Vous ne pouvez pas supprimer vos messages dans ce forum
Vous ne pouvez pas voter dans les sondages de ce forum


Powered by phpBB © 2001, 2005 phpBB Group
Traduction par : phpBB-fr.com