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[PT]Livro das Hagiografias - Os Santos Antigos
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Adonnis
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MessagePosté le: Lun Aoû 15, 2022 2:17 am    Sujet du message: Répondre en citant

Citation:


    Hagiografia de São Mungo, Padroeiro da Escócia e de Glasgow



    Aqui está o pássaro que nunca voou
    Aqui está a árvore que nunca cresceu
    Aqui está o sino que nunca tocou
    Aqui está o peixe que nunca nadou


    O nascimento de um amado

    São Mungo, o Amado, também conhecido como Kentigern pelos ingleses, nasceu por volta de 525 nas margens do Rio Forth, perto da pequena vila de Culross. Sua mãe Tenneu era uma princesa, filha do rei Lleuddun, que governava Lothian e era impopular por causa de sua fúria. São Mungo foi concebido como o filho do amor da Princesa Tenneu e do Rei Owain. No entanto, o Rei Owain era casado com outra mulher na época e a princesa Tenneu foi acusada de seduzir Owain, o que os levou ao pecado da carne. Seu pai, Lleuddun, um homem irado, denunciou Tenneu e a jogou do alto do Traprain Law. Milagrosamente, ela e seu filho por nascer sobreviveram à queda e escaparam pelo Rio Forth em um barco. Depois de um dia navegando rio abaixo, Tenneu abriu caminho até a margem do rio e descobriu uma fogueira abandonada. Ali, no calor e segurança daquele bom fogo, ela deu à luz ao Kentigern, que significa "Grande Chefe" na língua nativa de Tenneu. Um agricultor local encontrou sua mãe e seu filho no dia seguinte, e rapidamente trouxe o padre da aldeia vizinha de Culcross, que tinha corrido em auxílio da mãe e do recém-nascido. Quando ele viu o menino, tomou-o gentilmente em seus braços. "Mynn cu", disse ele, "meu amado". E este apelido lentamente se tornou "Mungo", que ele adotou como seu próprio nome.

    Sua juventude e seu primeiro milagre

    São Mungo foi criado de maneira aristotélica por sua mãe, que era bem versada no dogma e nas Sagradas Escrituras. Entretanto, São Mungo também aprendeu sobre as antigas tradições celtas e o respeito pela natureza. Durante longas caminhadas, ele se familiarizou com a flora e a fauna locais. Um dia, um grupo de melros estava bicando no chão do vilarejo, procurando por comida. Alguns de seus colegas de classe, jovens e travessos, de repente começaram a atirar pedras nos pássaros. Um pássaro foi atingido pelas pedras e caiu no chão. Os meninos fugiram do local. São Mungo também correu, mas em vez de fugir, ele correu para o pássaro que foi atingido. Ele pegou o pássaro em suas mãos e rezou por ele. Depois de um tempo, o pássaro foi reanimado e voou para longe como se nada tivesse acontecido. Os aldeões que testemunharam o evento o chamaram de milagre. E assim, São Mungo realizou seu primeiro milagre.

    « O Mosteiro de Ariston » e o segundo milagre

    Sua educação e formação como padre no rito celta ocorreu no Mosteiro de Ariston, em Culross, Fife. Os preceitos ensinados por sua mãe e a experiência da infância lhe permitiram seguir o caminho da Virtude e fortalecer sua crença aristotélica. Ele se juntou ao grupo como discípulo e esteve envolvido nas tarefas diárias do mosteiro. Numa noite de inverno, o futuro homem santo tinha o dever de vigiar o fogo, pois o fogo continuava sendo a única fonte de calor e, portanto, um elemento primário para os monges que viviam dentro do mosteiro. Ele adormeceu e o precioso fogo foi apagado pelo vento frio, mesmo a última brasa havia perdido sua incandescência. Quando São Mungo acordou e percebeu a miséria criada por sua negligência, pegou um ramo grosso coberto de gelo e o colocou na lareira, sob o olhar dos monges que testemunharam sua ação. Ele orou a Deus para reavivar o fogo, dizendo:

    Em profundo desespero,
    Nunca estive tão consciente de minha própria imperfeição,
    Ofrio me faz falhar em minha tarefa,
    Todos contando comigo, eu os desapontei,
    Não por mim, eu peço seu amor
    Dê-me seu amor, aqueça-os, eles são seus filhos
    Inflame seus corações e mantenha-os seguros,
    Oh Altíssimo.


    O Chamado para Roma e o Retorno à Escócia

    O tempo em Ariston chegara ao fim, e ele fora ordenado Padre. Para aprofundar sua fé, ele foi a Roma e o Papa da época o recebeu. Ele provou ser um clérigo digno de assumir a missão de levar a fé de Deus ao povo da Escócia. Poder chamar os fiéis para participar da missa. Como era costume na época, ele recebeu um sino do próprio Papa. Ao retornar à Escócia, ele foi enviado por um homem santo chamado Fergus a Kernach. Fergus morreu na noite de sua chegada, e Mungo então colocou seu corpo em uma carroça com dois bois selvagens, que ele mandou carregar os restos mortais de Fergus para o lugar considerado bom pelo Senhor. Os dois bois pararam em Cathures, onde Fergus fora enterrado, e Mungo decidiu estabelecer uma igreja lá. Mungo deu o nome « Glasgu » a este lugar ou O Prado Amado. O local tornou-se Glasgow e mais tarde uma igreja se desenvolveu até se tornar a sede da Catedral de Glasgow.

    Os peixes que nunca nadam

    « Aqui está o peixe que nunca nadou »
    O anel na boca do salmão foi um presente de Hydderch Hael, Rei de Cadzow para a Rainha, Languoreth. A rainha deu o anel a um cavaleiro para protegê-lo e o rei suspeitou que ela fosse infiel. Enquanto o cavaleiro dormia na noite de uma viagem de caça, o rei roubou o anel e o jogou no rio Clyde. Ao voltar para casa, o rei pediu a Languoreth o anel e ameaçou executá-la se ela não o encontrasse. A rainha chamou o cavaleiro a quem havia confiado o presente e, naturalmente, incapaz de ajudá-la, confessou tudo a São Mungo. Então o santo enviou um de seus monges para pescar no rio, e o fez trazer de volta o primeiro peixe capturado. Tudo isso foi feito, e São Mungo retirou o anel da boca do peixe. A rainha recuperou seu bom nome e o rei teve que pedir perdão.

    A morte e a influência do santo

    Mungo viveu uma vida santa e ascética até sua morte em 603. Até hoje, ele continua sendo o clérigo mais influente da cidade de Glasgow, pois todos os seus milagres estão registrados no atual brasão de armas da cidade de Glasgow. Seu corpo foi enterrado na cripta da Catedral de Glasgow.

    Relíquias e Festa
    Festa: 13 de Janeiro
    Relíquias: Seus restos mortais estão dentro da cripta da catedral e o sino é armazenado em um santuário na catedral.


_________________

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Adonnis
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MessagePosté le: Lun Aoû 15, 2022 2:17 am    Sujet du message: Répondre en citant

Citation:


    Hagiografia de São Nicolau, Amigo das Crianças

    A infância e a adolescência

    Nicolau Dury-Damour nasceu em março de 955 em Achouffe, Ardenne, Diocese de Liège.

    Os Dury-Damours foram de pequena nobreza informal. Nicolau foi criado em um bom ambiente. Ele aprendeu a ler e a escrever. Sua frágil constituição não lhe permitia se destacar nos exercícios de combate, mas ele impressionou com seu domínio do grego e do latim. O padre da aldeia o obrigava a ler os textos sagrados. O pequeno Nicolau ficou fascinado por Aristóteles e Christos, e planejou seguir a Via da Igreja. Assim, ele entrou no Seminário em Liège.

    Foi lá que ele conheceu Genevieve. Ele se apaixonou loucamente por ela e foi confrontado com um dilema: sua fé ou seu amor. Se a mística aristotélica ainda o fascinava, a rigidez de certos professores o fazia duvidar da santidade daqueles que afirmavam ser seus professores. A notícia da morte de sua mãe foi um choque terrível para ele. Assim, Nicolau deixou o seminário antes de fazer seus votos para viver com Genevieve. Ambos permaneceram em Liège por alguns meses, Nicolau trabalhava como escritor público graças às instruções dos monges. Mas ele estava se sentido sufocado na cidade grande, sentindo falta das colinas de Ardenne. Eles decidem se juntar ao pai de Nicolau em Achouffe.

    O sofrimento

    A caminho de Achouffe com sua jovem esposa, Nicolau ficou sabendo que seu pai morrera. Este novo golpe foi duro, mas Nicolau conseguiu superar graças ao amor de Genevieve e, acima de tudo, à sua forte fé. Ele assumiu o negócio de seu pai, que incluía numerosas florestas, áreas de caça e uma mina de ardósia. A riqueza estava lá, assim como a felicidade quando Genevieve lhe deu dois bons filhos.

    Em setembro de 987, Genevieve retorna a Liège para ver sua família. Preso por seus negócios, Nicolau permaneceu em Achouffe. Duas semanas depois, ele ficou sabendo que sua esposa e dois filhos se afogaram no Rio Mosa quando o barco que os levava naufragou. Este foi o golpe fatal. Nicolau quase perdeu a cabeça, mas sua fé o salvou! Ele estava convencido de que sua esposa e filhos tomariam seu lugar à direita de Aristóteles. Assim, livre de todas as contingência terrena, ele deixou seus pertences e sua riqueza para trás e partiu. Naquele momento, seu rastro se perdeu.

    O Acidente

    A Lenda de São Nicolau, narrada por Francisco de Villeret, nos conta que no início do século XI, Nicolau viveu como padeiro em Rochefort. Ele não tinha nenhum prazer além de mimar e proteger as crianças, já que não tivera a oportunidade de ver seus próprios filhos crescerem. Nicolau foi logo elogiado unanimemente por sua bondade e simpatia, mas também por sua erudição, sua fé e sua devoção. Ele demonstrava generosidade ao doar conforme seus pobres meios. Mas o aristotelismo não estava firmemente enraizado em Rochefort, e Nicolau era considerado uma pessoa iluminada e ingênua. Mas ele não se importava, perdoava aqueles que o desprezavam e continuava a transbordar bondade e generosidade.

    Um dia, tentando proteger uma criança que havia roubado o carniceiro para comer, Nicolau fora esfaqueado. Ele fora levado para sua casa, mas permaneceu lá sozinho, agonizando. Na manhã seguinte, em um domingo na hora da missa, ele retornou à igreja. Sua ferida foi curada, sem cicatriz alguma. Ele caminhou pelo corredor, direto para o altar. Ele ajoelhou-se ali sem prestar a mínima atenção no padre e começou a rezar. Houve silêncio na igreja, ninguém ousava mover seus membros ou seus lábios. E depois de alguns minutos, Nicolau se levantou e saiu. Pela segunda vez em sua vida, sua fé lhe mostrara um novo caminho a seguir.

    O Apostolado

    Durante vários meses, Nicolau viajara pela região. Muitas lendas relatam curas de crianças doentes, mas também doações acima da média. Um dia ele chegou em Durbuy, às margens do Rio Ourthe. Ele reuniu as crianças sem dizer uma palavra. Ele abriu a pequena bolsa no ombro e começou a distribuir os biscoitos. A bolsa parecia muito pequena para alimentar tantas crianças. Mas, para surpresa de todos, ele não só tinha biscoitos suficientes, mas quando saiu sua bolsa ainda parecia cheia.

    Sua viagem levou Nicolau de volta a Liège. Pela primeira vez, ele visitou a sepultura de sua esposa e filhos. A lenda diz que choveu, mas Nicolau fora poupado pelas gotas. Ele retornou ao seminário e completou sua formação para se tornar padre. Ele foi ordenado padre em 15 de abril de 1018. Ele então retornou a Rochefort para se tornar o pároco.

    Durante três anos, Nicolau liderou a paróquia com gentileza e firmeza. Antes dele, os paroquianos praticavam mais por tradição do que por convicção. Mas diante de tal exemplo de bondade, generosidade e fervor, eles começaram a ter fé novamente! E Nicolau deu origem a uma série de vocações religiosas não apenas na aldeia, mas também nos arredores.

    A tradição

    Nicolau morreu em 6 de dezembro de 1021. Em Rochefort, houve uma grande comoção. Nicolau era amado e respeitado por todos. As crianças ficaram tão tristes por perderem um guia e um protetor tão grande que o aprendiz de padeiro da aldeia lhes ofereceu biscoitos de canela para tentar acalmar-lhes a tristeza.

    Desde aquele dia, todos os anos, na mesma data, o povo de Rochefort oferece bolos para as crianças. A tradição se espalhou rapidamente pelas aldeias vizinhas e por toda a região, desde a Flandres até a Alsácia. São Nicolau é considerado como o protetor das crianças.



Citation:



    A Lenda de São Nicolau

    Pergaminho original na Valônia, encontrado em Tournai

    Citation:

    Mi, Françwès di Vileret, mwinne di Djiblou, vout fé passer à tos mes frés et mes soûs del Aristotelicyinne eglijhe li messaedje ki shût.

    C'esteu e 1024 do trevén di Nosse Mwaîsse. Li pere abé m'avau evoyî èn Ardene, là k'il aveu on messaedje por li on soçon dins li vî payis d'Ardene, do costé del Rotche. Adon vo-mi-la so les vôyes, d'abôrd do Conté du Nameûr et padri Moûze su les daegn do Prince-Evêque di Lidje, et roter tt å long do djoû, et di catchî ene måjhone awou-s ki les djins volenut bén d'mi po nût.

    Dji rote insi ût' djoûs, et vo-mi-la dilé Rotchefoirt. Come c'est-st ene foirt bele veye, dji tûze ki dj'î poreu dmeurer sacwants djoûs, po m'rapåjhî. Dji mouxhe dins ene auberje, boes ene bîre et cminçe à causer avou les djins. I n'sont nén djondus, i veyenut bén ki dji so-st on ome d'eglijhe. Afon i m'causenut di leu curé.

    Mi-n ome esteu boledji. Cou ki veyeu l'pus voltî, c'est les bea grands sorires des valets et des båsheles cwand lzeus dner des neujes. On l'lomeu Nicolas, mins gn'a nelu ki cnecheu si vray no d'famile. On djoû, il wê on valet qui rote foû do botike do boutchî, et l'ôte ki rote padri lî. I mlouche foû di s'botike, atraper li valet et dminder å boutchî çou ki n'va nén. Li valet aveu scroté on boket d'tripe. Et li botchî esteu presse à les saetchî foû del panse do valet ses tripes ! Nicolas, ki sé bén ki l'valet est d'one pwinneuse famile, sins nole rujhe mins sins nole manôye, saye di ritnu li botchî po l'valet endaler. Et adon c'est li ki prind li côtea do botchi dins l'pinse.

    Tote li nût, on tûze ki va moru, tot seul dins måjhone, là ki vikeu tot seul. Mins li lindmwin, åzès matines, im pouxhe à l'eglijhe, petant di santè ! Si frakes est co dismetouwe do cotea, mins so s'panse, pu rén, nén ddja ene skernache. I s'a ascropou padvint l'åté, a priyî et adon il a endalé. Dins les moes k'on shûvu, les djins do viyaedje on bråmint ojhou des fåves so on Nicolas, là k'i veyeu voltî les djonnes et lzeu dner des boles. On djoû, il a rivnu, il aveu sti diskà Lidje et divnu curé ! Li vî curé li a layi s'plaece.

    Trwes ans pus tård, Nicolas a moru. C'esteu li 6 di décimbe. Dispus ci djoû là, les djins do viyaedjes donenut åzès djonnes des boles li 6 di décembes, po si sovnu di Nicolas. Et cite uzance-là cmince à prinde dins les viyaedjes avår-là.


    Tradução:

    Citation:
    Eu, Francisco de Villeret, monge de Gembloux¹, desejo transmitir a todos os meus irmãos e irmãs da Igreja Aristotélica a seguinte mensagem:

    Foi em 1024 da Era de Nosso Senhor. O abade me enviou para Ardenne porque tinha uma mensagem para um de seus amigos no velho país das Ardenas, perto de La Roche. Então aqui estou eu nas estradas, primeiro no Condado de Namur e depois, através do Rio Mosa, nas terras do Príncipe-Bispo de Liège, andando durante todo o dia, e procurando uma casa onde as pessoas me aceitem para passar a noite.

    Caminhei assim a um bom ritmo durante oito dias, e aqui estou eu nas proximidades de Rochefort. Como é uma cidade muito bonita, pensei que poderia ficar lá por alguns dias, para descansar. Entrei em uma pousada, bebi uma cerveja e comecei a falar com o povo. Eles não são loucos, eles podem ver que eu sou um homem da Igreja. Então eles falam comigo sobre seu padre.

    Este homem era um padeiro. O que ele mais gostava eram os grandes e belos sorrisos dos meninos e meninas quando lhes dava nós². Ele se chamava Nicolau, mas ninguém sabia seu verdadeiro sobrenome. Um dia ele viu um menino correndo para fora do açougue, e o carniceiro correndo atrás dele. Ele saiu da oficina, pegou o garoto e perguntou ao carniceiro o que estava acontecendo. O menino tinha roubado uma salsicha e o carniceiro estava prestes a arrancar as entranhas do menino³. Nicolau, que sabia que o menino era de uma família miserável, sem qualquer problema, mas sem dinheiro, tentou deter o carniceiro para que o menino fugisse. Assim, acabou sendo ele quem levou a facada do carniceiro no estômago.

    Durante toda a noite, as pessoas pensavam que ele morreria, sozinho em sua casa, porque ele vivia sozinho. Mas no dia seguinte, pela manhã, ele entrou na igreja, novo como uma margarida! Suas roupas ainda estavam rasgadas pela faca, mas em sua barriga não havia mais nada, nem mesmo uma cicatriz. Ele se agachou no altar, rezou e depois foi embora. Nos meses seguintes, as pessoas da aldeia ouviram muitas histórias sobre um Nicolau, que amava crianças e lhes dava pequenos bolos. Um dia, ele voltou, tinha ido para Liège e se tornara um padre! O velho padre o deixou tomar seu lugar.

    Três anos mais tarde, Nicolau morreu. Isso foi em 6 de dezembro. Desde aquele dia, as pessoas da aldeia dão bolos aos jovens no dia 6 de dezembro, para lembrar Nicolau. E este costume começou a se espalhar para as aldeias vizinhas.


    Notas:
    ¹ Gembloux é uma cidade nos "territórios romanos" do Ducado de Brabant, a poucos quilômetros de minha cidade natal. É uma abadia poderosa e um pequeno condado autônomo.
    ² os "nós" são uma massa em forma de nó.
    ³ há um jogo de palavras com "tripes" que é difícil de traduzir em francês



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Citation:


    Hagiografia de São Nicômaco, Filho de Aristóteles e Padroeiro dos Aleijados

    I - O mito do pai

    Enquanto Aristóteles, viajava de cidade em cidade pregando incansavelmente a mensagem do Altíssimo, Nicômaco era visto por muitos como pouco mais do que uma erva daninha, pois era difícil e presunçoso assumir o papel de filho do Profeta. Muitos apontavam para ele com curiosidade e os sussurros que o acompanharam só reforçaram a dificuldade do filho em ter uma infância normal.

    Além disso, nenhum tutor teve a coragem ou a audácia de substituir o pai viajante, portanto, até os dez anos de idade, a criança não recebeu mais educação do que de alguns mendigos que vagabundearam perto de casa.

    Ansioso pelo amor paternal, Nicômaco aprenderia tudo o que pudesse sobre os contos lendários de seu pai Aristóteles. Mas em vez de saciar sua sede pela compreensão de seu pai, eles o deixavam muitas vezes se sentindo vazio e cheio de perguntas e era como se ele estivesse olhando para um poço sem fundo, com pensamentos indo de mal a pior e seu pai ficando mais distante. O que seu pai estava fazendo?

    Então um dia Aristóteles voltou: ele era frágil, um gigante com pés de barro, sobrecarregado de cansaço e quase quebrado. Ele tinha sessenta anos de idade.

    Nicômaco estava estupefato; como poderia este frágil homem fraco ser seu pai, como poderia o profeta ser tão fraco, este homem frágil que todos amavam, mas ele mesmo era visto como uma erva daninha. Foi então que ele desenvolveu ressentimento em relação a seu pai, o herói.

    Agora o filho tornou-se lacônico e cínico; todas as perguntas que ele havia desenvolvido anteriormente não eram feitas, ele as guardava para si mesmo, pois não mais buscava os afetos de seu pai.

    II - Aprendendo sobre os preceitos de Aristóteles

    Então, um dia, a notícia da morte de Alexandre se espalhou como um tufão. Conseqüentemente, muitos bêbados rudes do conselho, por muito tempo hesitantes em caluniar Aristóteles, começaram a ameaçá-lo abertamente por mudar a ordem estabelecida da cidade e encher as mentes das pessoas com profecias perigosas.

    Inesperadamente para Nicômaco, Aristóteles o pegou pelo ombro, entregou-lhe uma grande bebida enquanto ria alto, brindou os copos e disse: "Não se preocupe meu filho, é melhor morrer numa purga hipócrita do que viver para sempre cercado por hipócritas".

    Muitas vezes é em tempos de adversidade que os laços mais profundos são atingidos, e foi durante esse tempo que o Pai e o Filho se reconciliaram. Aristóteles tentou compensar os anos de ausência ensinando e expressando todo o seu conhecimento moral, para que seu filho, com quem ele agora contava, pudesse ter um verdadeiro conhecimento da moral e ser sustentado pela fé de seu pai.

    Indo ao âmago dos conceitos, Aristóteles o ensinou a olhar além das Aparências, a buscar o Justo, que pode estar escondido pela decência e pelo decoro, a Amizade sem medo da solidão, a Verdade, a Humildade despojada de orgulho e lhe permitiu analisar que virtudes extremas podem se tornar malignas:

    « Muitas vezes, a conservação não é mais o que parece ou o que se pretende ser. O camponês acumula para um futuro difícil e eterno prêmio, esconde tesouros debaixo do ganso, enterra-o debaixo da nádega esquerda com sua esposa, mas logo ele tem um segundo campo, que deve ser suficiente para servi-lo, mas então ele se torna um artesão e então cobiça o apartamento opulento da cidade; sem nunca tocar na natureza fictícia de sua insegurança.

    Basicamente radiante, ou seja, cheio de rabanetes aplicados em pedra, tal é a marca de seu sucesso terreno, mas nunca lhe diga que ele está pecando por ganância.
    »

    É claro que muitas vezes ele evocava profecia e era possível ver o brilho em seus olhos quando ele o fazia. Esse brilho também foi transferido para Nicômaco.

    Nicômaco absorveu tudo com entusiasmo e prazer.

    Chegou um dia em que, exausto de uma vida sobrehumana, o profeta contou com a força de seu filho e foi este último quem transcreveu as óticas da metafísica e, de memória, toda a educação moral que Aristóteles lhe havia transmitido sob o título de Ethica Nicomachea ou Ética a Nicômaco.

    Nicômaco tentou intervir, mas teve seus olhos arrancados e a casa foi incendiada, forçando a família a deixar Atenas para Chalcis.

    Seu pai, tentando consolá-lo, costumava dizer-lhe « em ciclopédia, Œdipe reina supremo » o que significa mais ou menos, no reino dos caolhos, os cegos são reis.

    III - A partilha dos preceitos

    Aristóteles, expulso de Atenas, havia se estabelecido com seu filho Nicomachus e sua neta Poseidonia em Chalcis. Foi lá que ele soube que Seleuco, ex-general de Alexandre, tinha acabado de ter um filho. Assim, ele convidou Seleuco a apresentar-lhe seu filho Antíoco, pois ele tinha grandes revelações a fazer.
    Em antecipação a esta vinda, Aristóteles preparou seu filho Nicômaco para a grande missão de sua vida: tornar-se o tutor de Antíoco.
    Nicômaco, portanto, partiu com Seleuco, levando consigo todos os escritos de seu pai e instruções precisas para a educação do jovem Antíoco.

    Foi pouco tempo depois que Nicômaco soube da morte de seu Pai, o Grande Aristóteles. Sua dor era bem real, mas ele sabia que tinha uma missão a cumprir e fez todo o possível para garantir que os ensinamentos de seu pai fossem transmitidos ao maior número possível de pessoas.

    Durante a juventude de Antíoco, ele retomou todos os escritos de seu pai e os compilou em um livro que ele chamou de "Sobre o Deus Único e seus Mandamentos".
    Então, quando a criança tinha quinze anos, ele confiou este livro a Antíoco, bem como o envelope lacrado que Aristóteles havia escrito para a criança.
    Neste mesmo ano 305 A.C., o Pai de Antíoco tornara-se Rei.

    Nicômaco continuou a educação do jovem Antíoco em Selêucia, a nova capital do Império Seleucida, que ouvia com grande atenção seu mentor e cuja fé cresceu a cada dia.

    Ele também saía frequentemente para o campo ao redor de Seleucia para espalhar os ensinamentos de seu pai.

    Um dia, enquanto explicava a um aldeão que deveria rodear-se de amigos próximos, ele descobriu um "bordel" onde muitas mulheres estavam vendendo seus corpos sem modéstia, embora ele não pudesse vê-las, as obscenidades que ouvia eram suficientes para fazê-lo entender o que estava acontecendo.
    O horror passou pelo rosto do filho do profeta. E ele não conseguiu não intervir, deixou-se dominar por sua fé e declarou em sua voz transbordante de fervor:

    « Que vergonha para vocês, homens, que se desviam para o pecado! O pecado da carne! Suplico-lhes que parem! Em nome de Nosso Deus! »

    Os olhos fechados de Nicômaco adicionaram profundidade ao seu discurso, e os homens cessaram seus atos degradantes e se vestiram, envergonhados. As palavras do filho de Aristóteles haviam atingido o coração deles, e todos eles se aproximaram dele, perguntando:

    « Será que Ele nos perdoará? »

    Ele lhes respondeu que seriam necessárias boas ações para redimir a devassidão em que viviam. Ele os convidou a segui-lo em sua trajetória, ensinando-lhes o que seu pai lhe havia ensinado, e que eles, por sua vez, ensinariam onde parassem.

    Nicômaco morreu em 289 aC. O ensinamento de seu Pai, que ele havia começado a transmitir à nobreza selêucida e ao povo, logo daria frutos, pois em seu leito de morte Nicômaco ouviu seu discípulo Antíoco prometer-lhe que em breve criaria uma verdadeira Igreja que espalharia a verdadeiro fé como ensinada por Aristóteles.

    Humilde e distante da vaidade do mundo, tudo o que ele realizou foi guiado pela convicção e beleza da ação, e assim o empreendimento titânico que Nicômaco realizou, ninguém jamais elogiou, ele permaneceu para sempre ignorado pela história e negligenciado pelos louros.

    Citações célebres:

    "A beleza deste mundo não é nada comparada com a daquele que nos espera!"
    "O sofrimento que um homem suporta o torna mais forte! E sua fé é fortalecida."


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    Hagiografia de Santa Nitouche encara os Bogomilos

    Santa Nitouche encara os Bogomilos

    A Igreja Aristotélica emergiu do sacrifício de Christos. Mas outros fiéis, os santos mártires, deram as suas vidas pela fé que lhes havia sido revelada por Aristóteles e Christos. Um deles foi a Santa Nitouche, a Imaculada, vítima da barbaridade do temível Abadom, apelidado de forma justa por "o flagelo".

    À medida que a fé aristotélica ia-se espalhando por todo o mundo, uma seita chamada "Bogomilos" fervilhava por entre os Balcãs. Maltrataram os crentes da verdadeira fé e queimaram as suas igrejas. À frente deles estava Abadom, o flagelo, um guia espiritual cuja loucura raramente haveria sido igualada desde então.

    Christos foi o segundo e último humano a transmitir a palavra de Deus aos seus contemporâneos. A força da sua fé era tal que se espalhou pelos corpos e almas das pessoas que o rodearam. Os aleijados ergueram-se e os doentes curaram-se para escutarem o seu sermão.

    Mas, onde quer que fossem, os Bogomilos pregavam que Christos, a quem chamavam de Jeshua Cristo, era de facto a encarnação de Deus dentro de um invólucro de carne, o corpo humano. Assim sendo, segundo eles, foi Deus que desceu à terra para pregar a Sua palavra e que morreu sacrificado no altar do pecado humano.

    Abadom e os seus discípulos acreditavam convictamente que foi Christos quem cruzou Jerusalém, ressuscitando os mortos e andando sobre a água. Como, segundo eles, Christos era Deus, consideraram dispensável a ideia que tivesse havido uma primeira revelação e que, por isso, objetavam a posição de profeta conferida a Aristóteles.

    Nitouche, uma jovem íntegra, era camponesa numa quinta de milho e prefeita da maravilhosa vila de Sarajevo. Morava ainda na herdade da família e estava noiva de Igor de Zagreb, um humilde comerciante croata que a amava muito. Quando Abadom e os seus discípulos pararam junto à propriedade dos pais da santa, tentaram converter todos os presentes. Mas a Nitouche, os seus pais e seu noivo Igor eram verdadeiros crentes. Fiéis à Igreja Aristotélica, recusaram qualquer compromisso com aqueles hereges.

    Santa Nitouche questionou-lhes: "Porque é que Deus se teria limitado ao interior de um corpo humano, quando Ele é Todo-Poderoso, infinito e eterno?"

    Perguntou também: "Porque é que Deus transmitiu a Sua própria mensagem quando Ele a havia confiado anteriormente a um ser humano, na pessoa do profeta Aristóteles?"

    Por fim, indagou: "Se Deus de facto encarnou, porque é que Ele se permitiria a ser martirizado e morto, quando Ele é imortal e Todo-Poderoso?".

    Os hereges, como os animais da Criação, não conseguiram responder a essas perguntas. Ferviam de raiva perante tanta fé. Então, presumivelmente encorajados pela Criatura Sem Nome, os Bogomilos a perseguiram, à sua família e o seu noivo. Fizeram-nos sofrer com crueldade, explodindo em pecados pelos quais estavam já submersos.

    Sofrendo todas as torturas possíveis e inimagináveis ​​por aqueles demónios, Santa Nitouche morreu como mártir. Agrediram-na com brutalidade. A violência foi tal que nenhum ser humano poderia jamais suportar. Os gritos de dor dos pais e do noivo ecoaram por entre os berros dos Bogomilos.

    Mas a Santa Nitouche não disse uma palavra sequer. No seu coração, orou a Deus para lhes perdoar a perversão. Eles não estavam conscientes dos seus atos porque foram corrompidos pelo pecado através da Criatura Sem Nome. Apenas uma única lágrima escorreu pelo seu rosto quando os monstros preparavam-se para dar os últimos golpes no corpo moribundo.

    Mas Deus não permitiu que a fé dela fosse desprezada daquela maneira. A lua apareceu no céu ocultando a luz do sol. Quando a Santa Nitouche morreu, uma penumbra demoníaca surgiu para enviar os hereges do mundo para o limbo, num espetáculo orquestral de gritos de terror. Somente o corpo sem vida da santa permaneceu iluminado com a luz dos justos, o ternurento calor do sol.


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    Hagiografia de São Noel

    Suas origens

    Bisneto de um homem corajoso que seguiu Christos durante sua vida, Nicolau Noel nasceu em uma carroça puxada, diz-se, por veados treinados por seu pai.
    Naquela época não havia registros e não sabemos o local exato ou a data de seu nascimento, mas sabemos que foi durante um inverno particularmente rigoroso.

    Noël quase não viveu além da puberdade porque sofreu muito ao nascer, e até esteve em estado de morte várias vezes. Entretanto, cada vez que ele voltava à vida, ao contrário da pessoa comum, ele voltava melhor do que nunca.
    No entanto, todos os anos no solstício de inverno ele parecia morrer por cinco dias e cinco noites, mas embora seu corpo fosse velado, alguns afirmavam tê-lo visto em lugares diferentes, oferecendo pão aos mais pobres, fogo aos que não tinham nenhum, e até mesmo um simples brinquedo às crianças tristes.

    Sua vida

    Aos 15 anos de idade, quando nunca havia estudado, ele contou a história de Christos, que seu bisavô havia passado para seu avô, que por sua vez a havia passado para seus filhos e netos.
    O pároco o convidava regularmente para assistir à missa e o fazia seu diácono. Logo todos se surpreenderam com sua erudição, sua simplicidade, seu amor pelos outros e seu conhecimento intuitivo do dogma aristotélico.

    Um dia, quando indagado sobre as razões de seus problemas de saúde no inverno, ele respondeu:

    Eu o chamaria de um presente de Deus e não de um problema, porque cada vez que me aproximo da morte aprendo com Christos e Aristóteles, porque nosso Criador nos dá todas as respostas a todas as perguntas para que possamos ver nossas vidas sob uma nova luz, e para que possamos nos julgar antes de sermos julgados.
    Em princípio, quando voltamos à vida, deixamos este conhecimento e algumas de nossas forças, mas Deus fez o contrário por mim, penso que, embora eu mantenha apenas uma resposta, sem escolher qual, não perco toda a minha visita aos Santos.


    É claro que ninguém realmente o levou a sério, e talvez não o tenha levado a sério, mas todas as pessoas se lembraram que ele era um estudioso e um homem de sabedoria, bem como de bondade.

    Ao longo do ano ele deu metade de seu tempo para ajudar os infelizes, não necessariamente os pobres, mas aqueles a quem ele chamou de infelizes.

    Quando perguntado por que ele ajudou tanto ricos como pobres, ele gostava de responder com frases que ele mesmo disse ter recebido de Aristóteles:
    « Os talentos dos ricos não substituem o talento de ser feliz ».
    « Ser cheio de talentos não compra felicidade »
    « vivemos com talento, mas não levamos nossos talentos para o túmulo »

    Nem todos entendiam, pois há muito tempo o talento não era mais uma moeda comum...

    Quando ele tinha cerca de 35 anos, foi nomeado Bispo e continuou sua vida da mesma forma, ajudando aqueles que precisavam de ajuda, qualquer que fosse sua posição social, ele era conhecido por ter sempre a palavra ou o dom que era necessário para fazer as pessoas mais infelizes felizes.
    E a cada solstício de inverno ele parecia morrer, mas cada vez 3 ou 4 dias depois ele voltava mais forte do que nunca e organizava uma missa por volta da meia-noite onde contava uma nova história.
    Um ano anunciou que, dada a sua grande idade, tinha quase 90 anos, o que já é um milagre, estava desistindo do cargo e faria, sozinho, uma última peregrinação. Claro que todos queriam dissuadi-lo, mas ele prometeu que voltaria no dia 25 de dezembro e que, de qualquer forma, seria necessário abençoar este dia especialmente porque ele havia aprendido com os próprios Christos e Aristóteles, que era o dia em que três deles nasceram, Aristóteles nasceu ao meio-dia e Christos à meia-noite e ele justo no meio, às seis horas.

    A lenda

    O Papai Natal, como seus seguidores continuaram a chamá-lo, partiu e retornou ao seu povo no dia 6 de dezembro seguinte.
    Ele respondeu a poucas perguntas sobre esta peregrinação, mas havia trazido de volta duas carroças. Uma foi preenchida com troncos, e a outra com pão.
    Ele mandou distribuir o pão e a madeira para os mais pobres, e quando a distribuição terminou, ele mandou as carroças para os mais ricos, que foram convidados a deixarem um presente.
    Em 24 de dezembro, o Bispo Noel realizou duas missas, uma ao meio-dia em homenagem a Aristóteles e outra à meia-noite em homenagem a Christos, e depois foi para a sacristia e nunca mais foi visto novamente.

    Todos os camponeses, desde os mais religiosos até os mais incrédulos, passaram a noite procurando por ele, e só ao amanhecer, já exaustos, voltaram para casa.
    Foi então que a lenda foi registrada como um milagre, pois cada casa, sem exceção, tinha sua lareira acesa e presentes aos pés da chaminé.

    Desde aquela época, diz-se que todos os anos, em dezembro, ele vem às casas para dar um pouco de felicidade. Diz-se até que às vezes Christos e Aristóteles o acompanham diretamente...


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    Hagiografia de Santo Olcovidius

    Santo Olcovidius (106-138) - Santo e Mártir

    I - Une enfance très pieuse.

    Olcovidius nasceu em uma família aristotélica romana. Ele foi, portanto, educado muito cedo na fé. Seu pai, um homem chamado Lucius, foi convertido aos vinte anos de idade por incentivo de sua futura esposa Camélia. Ele era o único filho deles. Eles não eram uma família rica, mas tinham o suficiente para viver e eram cidadãos romanos. Eles viviam em Roma, mas quando o jovem Olcovidius tinha seis anos de idade, a perseguição do Imperador os obrigou a refugiar-se em Óstia, a poucos quilômetros de distância. Ali Olcovidius cresceu e sua fé cresceu com ele graças às visitas quase diárias que fez ao diácono Falco, que lhe ensinou a sabedoria de Aristóteles e os feitos sagrados de Christos.

    II - Um adolescente com talento para as artes, sonhando em dedicar toda sua vida ao amor de Deus.

    Seus pais, querendo abrir sua mente, deram-lhe a ler Sêneca ou Ovídio, assim como Aristóteles e Platão, o que o confundiu por um tempo, mas algumas idéias finalmente tomaram conta das outras. Ele também foi capacitado para a pintura e a música, onde mostrou um talento particular em seu instrumento: a harpa, que permaneceu sua principal distração até o final. A partir dos quinze anos, ele dedicou cada vez mais tempo à oração, e até começou a escrever algumas, a mais famosa das quais é o Credo da Igreja Aristotélica, composta aos dezessete anos de idade em 123. Foi também nesta idade que ele anunciou sua vocação a seus pais: seu desejo de dedicar sua vida a Deus e de ensinar seu amor aos pagãos. Ele também decidiu, para grande consternação de seus pais que não teriam descendentes, permanecer celibatário para pertencer somente a Deus e não ter nenhum vínculo terreno, pois já sabia que sua missão o levaria ao sofrimento e à morte no auge de sua vida.

    III - Sua vida como homem: um diácono a serviço dos humildes, um pregador da fé até o martírio.

    Aos 21 anos de idade, o diácono Falco morreu de uma doença que nenhum médico poderia ter curado: a fadiga, o cansaço de tentar convencer os ímpios a mudar suas vidas e fugir de suas perseguições. O jovem permaneceu ao seu lado até o final e recebeu suas últimas palavras: "Meu Filho, meu Amigo, perdoe os homens". O que quer que eles façam a você por causa de sua fé, perdoe-os de novo e de novo...".

    No funeral do velho homem nas catacumbas, o então Bispo de Roma perguntou à comunidade de crentes quem eles queriam como seu novo pastor. Aclamaram unanimemente Olcovidius e o Bispo, satisfeito com esta escolha, ordenou-lhe imediatamente.

    Depois disso, Olcovidius continuou a escrever salmos, mas também escreveu textos mais polêmicos contra aqueles que perseguiam os aristotélicos, contra aqueles que se recusavam a abrir seus corações à verdadeira fé, e também contra aqueles que egoisticamente viviam sua fé acreditando que eram salvos porque haviam recebido o batismo. Mas sempre em seus escritos ele exortou Deus e seus irmãos a terem piedade dos pecadores. Deus porque criou homens imperfeitos demais para serem dignos Dele e de seus irmãos porque "é preciso olhar a farpa no próprio olho antes da farpa no olho do vizinho".

    O jovem diácono quis dar um exemplo para seu rebanho. Assim, ele viveu humildemente, comendo apenas duas vezes ao dia e jejuando aos domingos. Ele não era rico, mas sua porta estava sempre aberta para os mendigos rejeitados da cidade ou para os doentes cujo sofrimento ninguém queria aliviar. Ele também percorreu as estradas ao redor de Roma e Ostia, levando seu bastão, e visitou os vilarejos e aldeias da região rural latina. Lá ele encontrou camponeses pobres e escravos e lhes explicou a Verdade, pois acreditava que era necessário abrir as mentes e os corações de todos os homens para que a espécie de Oane pudesse ser salva. Os pobres o escutavam e, embora a maioria deles permanecesse apegada ao paganismo, um pequeno vislumbre de luz havia sido aceso em seus corações.

    Entretanto, sua fé e sua pregação intransigente não lhe trouxeram apenas amigos. Muitos notáveis ricos, alguns deles aristotélicos, juraram que ele iria morrer. Assim, no dia 14 de fevereiro de 138, um cavalariço veio para prendê-lo em sua casa com seus parentes e amigos.

    IV - Um martírio de fé.

    Juntos eles foram julgados perante o flâmine, o sacerdote do culto de Augusto. Ele lhes pediu que renunciassem à sua fé e que jurassem por Júpiter, o rei de seus falsos ídolos de ouro e mármore. Os amigos de Olcovidius foram os primeiros, alguns juraram e foram liberados, outros se recusaram a abjurar sua fé santa, e foram condenados à morte. Foi então a vez de Olcovidius ser interrogado. O flâmine, inspirado pela criatura sem nome, disse-lhe para provocá-lo: « Jurai, tu que dizes que és diácono do teu deus do amor como dizes, e não morrerás. Ele não gostaria que morresses, se ele é amor. E se dizes viver em amizade com aqueles que acabaram de ser julgados e são inocentes, junte-se a eles e viva agradavelmente com eles, desfrutando dos bens que os deuses colocaram à nossa disposição. Salve-se! » Olcovidius parecia cair, mas apenas por um momento. Por um momento, parecia que ele cederia à tentação, mas ele subiu ainda mais alto.

    « Sim », respondeu o santo diácono, inspirado pelo Altíssimo, « alguns dos meus amigos estão salvos! E que pena que outros fizeram a escolha errada... Sim, reconheço com eles o meu erro... Meu erro que foi não gritar ainda mais alto na face do mundo:

    Creio em Deus, o Altíssimo Todo-Poderoso,
    Criador do Céu e da Terra
    Do Inferno e do Paraíso,
    Juiz da nossa alma na hora da morte.

    E em Aristóteles, seu profeta,
    O filho de Nicômaco e de Phaetis,
    Enviado para ensinar a sabedoria
    E as leis divinas do Universo aos homens perdidos.

    Eu também creio em Christos,
    Nascido de Maria e de José.
    Que dedicou sua vida para nos mostrar o caminho do Paraíso.
    Assim, depois de ter sofrido sob Pôncio,
    Morreu em martírio para nos salvar.
    Entrou para o Sol onde Aristóteles o esperava à direita do Altíssimo.

    Eu acredito na Ação Divina;
    Na Santa Igreja Aristotélica Romana, Una e Indivisível;
    Na Comunhão dos Santos;
    Na remissão dos pecados
    Na Vida Eterna.

    Ao dizer isto, seu rosto se iluminava como se estivesse iluminado por dentro. Seus amigos que haviam traído sua fé por medo da morte compreenderam o que era a verdadeira morte e assumiram o Credo com ele. Os soldados os venceram, mas eles não se calaram. Eles cantaram louvores mesmo quando seus carcereiros os escoltavam a todos de volta para suas infames masmorras.

    Na manhã de 20 de fevereiro, enquanto chovia em Roma, eles foram levados para a arena e lá foram entregues aos leões, com exceção de Olcovidius. Este último teve que suportar a visão de seus parentes e amigos sendo devorados, e finalmente ele também foi entregue.

    Então ele foi para o centro da arena e, ajoelhado, começou a rezar, entregando sua vida a Deus. Os leões circularam ao seu redor, mas não o tocaram. Ele se levantou e gritou: « Meu Deus, o Pai de todos os homens, perdoa teus filhos e envia-lhes a fé! » Estas foram as últimas palavras que ele disse nesta vida, pois Deus não queria que ele sofresse, então ele lhe deu a morte.
    Depois a chuva parou e o céu brilhou como em meados de junho. Um raio de sol brilhava ainda mais no rosto do homem que não havia traído sua fé.

    Na arena, onde um minuto antes da multidão ainda gritava "Morte!", havia um silêncio maravilhoso. E, finalmente, canções do nada ressoaram, acompanhando a alma de um homem justo até o Sol.

    Entre aqueles que viram este milagre, muitos se interessaram pela Palavra transmitida por Aristóteles e Christos. A comunidade dos fiéis em Óstia foi ampliada por muitos convertidos.


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    Hagiografia de Santo Orígenes, Padroeiro dos Seminaristas

    Capítulo I - A Juventude de Orígenes



    1 Orígenes nasceu em Alexandria 185 anos após o nascimento de Christos.

    2 Seu pai, Leônidas, sendo um aristotélico, a criança teve a rara sorte de crescer em uma atmosfera impregnada pelos ensinamentos da Igreja Aristotélica.

    3 Ele recebeu suas primeiras lições de seu pai e aprendeu com ele a meditar sobre as Sagradas Escrituras. Ele foi imediatamente cativado por suas leituras, e seu zelo e entusiasmo logo se mostraram iguais à sua inteligência. Quando o padre de Alexandria o conheceu, a pedido de Leônidas, ficou tão impressionado com o conhecimento e domínio dos textos sagrados pela criança que o batizou aos 12 anos de idade.

    4 Alguns anos mais tarde, o Imperador Severo decidiu perseguir o aristotelismo e seus membros. Orígenes viu seu pai ser preso, torturado e executado. Este trágico evento deixou uma profunda marca em sua mente.

    5 Ele então conheceu Porcinia, uma mulher rica da cidade que se ofereceu para apoiá-lo financeiramente em troca de seus favores. Orígenes, que tinha outras idéias em mente, rejeitou-a. Esta última, que queria se vingar, caiu num cocho de porco e morreu pouco depois de uma violenta dor de estômago.

    6 Em vez de todos os bens deste mundo, o jovem preferiu a pureza da fé e acima de tudo o respeito pela amizade aristotélica, que exige que cada homem se preocupe com o destino dos outros com empatia, caridade, ajuda mútua e amor ao próximo.

    7 Alguns o criticaram pela falta de reciprocidade em suas relações com outros porque ele dava muito e recebia pouco em troca. A estes ele respondeu:

    8 "Certamente não recebo uma fortuna em minhas relações com os outros, mas o que não ganho em óbolos, ganho em amor pelo meu próximo. Todos aqueles que são indigentes e que eu ajudo a me devolvem cem vezes pela amizade que me proporcionam. Minha recompensa final não está aqui na Terra, mas no Paraíso Solar."

    9 E de fato, sua maior virtude era a generosidade. A fim de ajudar os mais pobres, ele financiou a distribuição gratuita de pão e roupas, abriu sua porta para aqueles que não tinham teto sobre suas cabeças, e um dia Orígenes foi visto até mesmo a fazer talvez o sacrifício mais difícil para um amigo: ele tinha uma grande biblioteca contendo manuscritos, muitos dos quais lindamente escritos, e a fim de ajudar seu amigo que tinha perdido tudo quando sua casa ardeu, ele os vendeu e recebeu uma grande soma de dinheiro em troca desses tesouros, que ele deu a seu amigo.

    10 Sua vida, em troca de sua generosidade, era muito simples: ele se vestia sem luxo, comia o que precisava para viver, nunca se alimentava demais e dormia em uma simples cama de palha com um único cobertor.

    11 Alguns pensavam que Orígenes negava o prazer, ou seja, a capacidade do homem de trabalhar para criar as condições para sua própria felicidade.

    12 A estes ele respondeu:

    13 "Meu gosto pela vida está mais presente do que nunca, de modo algum sou passivo e espiritualmente deprimido, pelo contrário, sou o mais feliz dos homens. Vivendo simplesmente e dando aos outros o que não preciso para viver, posso aproveitar ao máximo meu tempo para estudar as Sagradas Escrituras, nada me distrai do que é a essência de minha vida e meu prazer, ou seja, o aprofundamento de minha Fé. Portanto, separar-me de bens materiais não essenciais à minha sobrevivência não é nada comparado a tudo o que posso trazer ao meu próximo pela minha generosidade. Como Spyosu escreveu em Acédia, "O primeiro pecado foi assim involuntariamente descoberto pelos seres humanos. Mais tarde foi chamado de acedia. Consistia em se afastar do amor divino, em se abandonar à vida material enquanto negligenciava a vida espiritual, em se preocupar com o presente sem ter em mente aquilo para o qual Deus nos havia projetado." Recuso a Acedia, para mim o essencial está na vida espiritual, e é distanciando-me da tentação dos bens materiais que me aproximo de Deus e de sua vontade."

    Capítulo II - Orígenes Professor de Teologia

    1 Foi então que o Bispo de Alexandria, Demetrius, conheceu Orígenes. Deslumbrado com o conhecimento do jovem, ele o colocou à frente da Escola Catequética em Alexandria.

    2 E foi uma visão admirável ver este jovem, quase uma criança, ensinando aos catecúmenos e neófitos a doutrina aristotélica.

    3 A reputação de Orígenes logo se espalhou para além dos círculos aristotélicos. Logo, pagãos e pessoas que há muito se afastaram da fé afluíram às suas aulas, e até mesmo hereges às vezes frequentavam suas aulas, tentando não ser vistos.
    A escola viveu então um período de fama sem precedentes: tão grande era a multidão de ouvintes que foi necessário dividir os cursos: Orígenes manteve a instrução dos mais avançados para si mesmo.

    4 O número de conversões era então muito numeroso.

    5 Aos estudantes, que às vezes se entregavam à preguiça na leitura das Sagradas Escrituras, disse ele:

    6 "Suponhamos que alguém queira adquirir uma habilidade ou uma arte, como a carpintaria ou a medicina, para possuí-la completamente, nunca pode acontecer de ser ignorante ao adormecer e instruído ao acordar. É treinando por muito tempo pelos ensinamentos recebidos e pelos exercícios, depois pela prática diária de sua arte que ele aprenderá razoavelmente sobre ela e que guardará em si o conhecimento de sua disciplina; mas se não a exercita e se deixa de aplicá-la, só se lembrará de alguns elementos, depois menos ainda, e assim por diante... Depois de muito tempo, tudo se perde no esquecimento e desaparece completamente de sua memória.
    Pensemos agora nisso para aqueles, como você, que se dedicaram ao conhecimento e sabedoria de Deus, cuja ciência e prática superam incomparavelmente todas as outras disciplinas, é pelo estudo diário das Sagradas Escrituras, um trabalho permanente que você poderá, no final do seu caminho, contemplar a glória de Deus, os mistérios então sendo revelados a você."


    7 Sob o pontificado de Zéfiro, Orígenes veio a Roma, conheceu o Papa pouco antes de uma tempestade o levar de sua varanda e o fazer cair no pátio da Basílica de Roma...

    8 Ele então viajou muito, especialmente pela Palestina, depois voltou para Alexandria.

    9 Foi então, ao que parece, que ele tornou conhecido o homem que doravante seria para ele o mais generoso dos protetores e o mais fiel dos amigos. Pactolus tinha uma fé que era manchada pelos preceitos valentinianos: Mas a eloquência, a aprendizagem e a piedade de Orígenes o levaram de volta ao aristotelismo; e a partir daí ele não acreditou que pudesse fazer melhor uso de sua fortuna do que colocá-la à disposição do mestre que lhe havia mostrado a luz da verdade; graças a ele, Orígenes tinha a seu serviço mais de sete tacógrafos que escreviam sob seu ditado e se revezavam em horários fixos; ele tinha nada menos do que sete copistas, assim como moças treinadas em caligrafia. É fácil compreender a importância de todos esses assistentes e a preciosa ajuda que deram a Orígenes na composição e distribuição de suas obras.

    10 O professor que, até então, havia dado o melhor de suas forças ao ensino oral, começou a escrever: a partir deste período frutífero datam suas grandes obras sobre os textos e a interpretação dos Livros Sagrados. Ele escreveu mais de 6.000 obras durante sua vida. Estes escritos são principalmente comentários sobre as Sagradas Escrituras e tratados teológicos.

    Capítulo III - Orígenes torna-se Padre




    1 Em 230, Orígenes retornou à Palestina e seu amigo, o Bispo de Cesaréia, o elevou ao sacerdócio.

    2 Orígenes então se estabeleceu permanentemente em Cesaréia: abriu uma nova escola e retomou o ensino lá; ao mesmo tempo, ele começou a pregar assiduamente.

    3 Enquanto discípulos entusiastas se aglomeravam em sua cátedra de todos os lados, enquanto ele continuava a escrever lentamente seus comentários, os simples fiéis vinham à sua igreja para ouvir suas explicações familiares das Escrituras, e ele adorava se humilhar para apresentar-lhes as grandes lições dos livros divinos.

    4 Nunca antes Orígenes havia demonstrado a plenitude de sua inteligência e a plenitude de sua fé, como fez durante seus anos em Cesaréia.

    5 A reputação do mestre era tal que ele se tornou o representante mais autoritário da fé no Oriente.

    6 Duas vezes foi chamado para ir à Arábia, a fim de assumir a defesa da ortodoxia aristotélica: primeiro, no tempo de Gordiano, quando o bispo de Bostra, Detritus, ensinava abertamente doutrinas monárquicas; depois, durante o reinado de Filipe, o Árabe, quando os hereges anônimos perturbaram a Igreja ao professar uma aniquilação temporária da alma entre a morte e a ressurreição.
    Ele teve, a cada vez, a felicidade de confundir seus adversários e trazê-los de volta à verdade.

    7 Regularmente, Orígenes deixava sua escola e fazia um retiro espiritual para estar mais perto de Deus. Uma vez que ele se foi por mais tempo do que o habitual, seus seguidores em Cesaréia reclamaram com ele e o repreenderam por sua longa ausência. Em seu sermão, ele lhes diz o seguinte:

    8 "Christos nos disse: "Não esqueça que cada homem tem sua individualidade, cada homem tem seu próprio relacionamento com Deus e com a natureza. Portanto, para não esquecer isso, e a fim de encontrar em si mesmo os recursos necessários para a reflexão, agrada a Deus que cada um possa se retirar de tempos em tempos, além da cidade, a fim de encontrar-se em oração e calma, quietude e concentração do espírito." É essencial que cada um de vocês se afaste de sua vida cotidiana em algum momento para se aproximar de Deus. Pergunte-se: Quando foi a última vez que realmente levei tempo para refletir sobre mim mesmo, para me aproximar de Deus, longe de todas as contingências diárias? Pense sobre isso. A oração diária é essencial, mas não suficiente. É necessário que cada um de nós possa, de tempos em tempos, esquecer nossa vida cotidiana e se abandonar à reflexão sem constrangimentos externos. Este retiro espiritual é essencial; você sempre voltará mais forte."

    Capítulo IV - Orígenes Mártir




    1 Em 248, Orígenes foi elevado à categoria de Bispo de Tiro, e se estabeleceu naquela cidade.

    2 Mas foi no ano 250 que ocorreu o teste mais formidável do aristotelismo até hoje.

    3 O Imperador Deche decidiu destruir a Igreja Aristotélica e forçou editais de perseguição em todos os lugares.

    4 Orígenes não podia ser esquecido. Desde o martírio de seu pai, ele estava pronto para sofrer o mesmo destino por sua fé.

    5 O carrasco fez então todos os esforços para torturá-lo o mais violentamente possível, enquanto o mantinha vivo. Mas a cada vez, ele se desapontava...
    Orígenes suportou correntes, torturas em seu corpo, torturas de ferro, aprisionamento nas profundezas das masmorras; durante vários dias até foi trancado em um barril cheio de água; depois foi ameaçado de fogo; suportou corajosamente tudo o que o carrasco ainda lhe infligia... pois, seguindo o exemplo de Christos, permaneceu sem gritos nem lágrimas, sustentado em seu martírio pela fé em Deus.

    6 Orígenes sobreviveu, recuperou sua liberdade, mas, exausto por esta terrível provação, morreu pouco tempo depois. Pouco antes de morrer, disse ele:

    7 "Meu caminho na Terra termina aqui, agora vou me juntar a Aristóteles e Christos, para continuá-lo ao sol..."

    8 Foi em Tiro, em 253, que ele entregou sua bela alma a Deus e foi enterrado na Catedral, onde sua tumba foi visitada por séculos.




    Hagiografia produzida em 1153 por Alexandre de Flavigny
    Abade de Flavigny-sur-Ozerain


    Foi em 1150 que Alexandre de Flavigny, Abade de Flavigny, em sua viagem para a Terra Santa, passou por Tiro. Ali, no meio das ruínas da Catedral, ele descobriu o túmulo de Orígenes, do qual ele trouxe de volta relíquias. Ele também descobriu, escondido em uma cripta, numerosos livros que ele trouxe para a Abadia de Flavigny em 1153.
    Desde então, a Abadia de Flavigny-sur-Ozerain tem dedicado sua atividade à divulgação dos escritos de São Orígenes.

    Finalmente, é por sua incansável atividade como professor de Teologia e sua paixão por ensinar os Textos Sagrados que ele é reconhecido como o Santo Padroeiro dos Seminaristas.



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Citation:


    Hagiografia de Santo Orrus Ferrus, Padroeiro dos Mineradores



    O homem finalmente terminou sua jornada. Levou quinze dias a cavalo para chegar a Dacia. Sua Santidade tinha sido claro…. O funcionário se lembrava perfeitamente de suas palavras...

      *Caro amigo, você está indo para Dacia. Fui informado de certos fatos que merecem ser investigados. Diz-se que um homem é venerado como santo e adorado pela população. Por isso, peço-lhe que verifique os fatos e que tome as medidas necessárias se achar que seria de seu interesse iniciar um procedimento de canonização. Caso contrário, seu dever será pôr um fim a este pseudo culto que desonraria nossa Comunidade. *


    Veritus chegou em Györ e iniciou sua inspeção. Algumas semanas depois, ele enviou uma carta para a pessoa certa.

    Citation:

    Vossa Santidade,

    Perdoe-me por não lhe ter dado nenhuma notícia desde minha chegada. Não tenho dúvidas de que você entenderá por que, após ler o seguinte.

    Cheguei em Györ no dia 12 de agosto do ano 205. O destino me fez chegar no dia da missa. Fui lá e qual foi a minha surpresa ao não ver nenhum fiel na capela. Minha surpresa foi ainda maior quando vi uma cidade deserta de todas as pessoas. Eu vagueava pela paróquia me perguntando se não estava sujeito a alucinações quando fui atraído por alguns cânticos distantes. Ao seguir estas canções, deparei-me com um bosque e meu olhar caiu sobre a entrada de uma mina. Centenas de pessoas estavam se ajoelhando, cantando e elogiando nosso Altíssimo. Na frente deles, o padre da aldeia estava celebrando o culto. A missa prosseguiu normalmente, no mais perfeito respeito de nossos valores. Ao final dos trabalhos, o padre pediu para rezar a um certo Orrus Ferrus. O fervor da congregação me tocou até o âmago do meu ser. Nunca antes tal emoção teve tal efeito sobre mim.
    Quando a missa terminou, fui ver o clérigo e perguntei por que ele tinha tanta paixão por Orrus Ferrus. Não havia nada que eu soubesse que permitisse que este homem fosse celebrado como santo.
    A história e os fatos que me foram contados me fizeram mudar de idéia. Portanto, proponho a você iniciar um procedimento de canonização para este homem.

    Seu nascimento e sua infância:

    Orrus Ferrus nasceu no ano 150, na estrada para Györ. Seus pais eram de poucos recursos. Era do conhecimento geral que eles enriqueciam através de pequenos furtos, roubos, extorsão e chantagem. Seus únicos modelos e exemplos foram vagabundos e bandidos. É desnecessário dizer que sua infância foi dedicada a seguir a palavra da besta sem nome. Seus pais viram nele apenas uma mão extra para ajudá-los em suas más ações. Analfabeto, criado sem nenhum amor, com ódio ao próximo e ganância, Orrus Ferrus seguiu os passos da besta sem nome.

    Seu renascimento

    Um dia, Orrus Ferrus e seus pais atacaram um grupo de viajantes e os resgataram. Assim que começaram, os guardas chegaram. Os pais de Orrus só conseguiram escapar abandonando seu filho. Sem a intervenção de um viajante que afirmava ser um discípulo de Helena, a criança teria morrido sob os golpes da vingança popular. Não havia um dia sem que este homem fosse vê-lo para ensinar-lhe virtudes, leitura e aritmética. Orrus, ainda traumatizado pelo abandono de seus pais, gradualmente baixou a guarda e aceitou o amor que o estranho lhe dava, sem compensação.

      O discípulo: Olá querido amigo, hoje não venho para lhe ensinar o que sei, mas para dizer adeus... É hora de partir.
      Orrus Ferrus: Meu julgamento é amanhã e eu estava contando com você para provar que eu tinha mudado. Eu queria que você testemunhasse minha sinceridade.
      O discípulo: O que lhe ensinei será suficiente para defendê-lo durante seu julgamento. Mas saiba de uma coisa, ouça seu coração e fale com sinceridade ou arrisque voltar ao caminho da besta sem nome. Qualquer homem que pede perdão demonstra uma mudança. Mostre quem você é e eles vão te entender.


    O julgamento

    Todos os homens e mulheres da paróquia se reuniram neste dia de julgamento. Orrus entrou no tribunal para gritos e insultos.
    O promotor pediu calma e lançou sua acusação após vários depoimentos: banimento após 5 anos de prisão.
    O juiz chamou Orrus para falar pela última vez….
    Lembrando as últimas palavras de seu amigo, ele se levantou...

      Minha culpa é indescritível. Eu não peço clemência. Fui criado na ignorância e seguindo os preceitos da besta sem nome. Sucumbi ao caminho fácil, aquele que permite a cada um de nós encontrar atalhos para ganhar dinheiro, não amar o próximo, não fazer um esforço para compreendê-lo, esses atalhos que geram má fé, ciúme, orgulho...
      Qualquer que seja minha dor, eu a mereço. Eu gostaria apenas de pedir perdão ao nosso Altíssimo e a vocês, a quem eu fiz infeliz. Peço-lhe o direito de arrepender-se, de ajudar esta paróquia que mal tratei.
      O promotor pede que eu seja punido e banido. Aceito isto, mas peço que me seja permitido mostrar que sou capaz de servir esta comunidade. Faça de mim um servidor desta comunidade.


    A assembléia estava silenciosa, incrédula, espantada, estupefata ou simplesmente atenta a tal confissão...
    O juiz se levantou e deu seu julgamento.


      Bem, assim seja. Eu o escutei, mas também escutei seu benfeitor. Eu os condeno a trabalhar em nossa mina por um período de dois anos e depois vocês podem ficar em nossa querida cidade.
      Depois com um olhar cético...
      E o futuro nos dirá se fizemos bem


    O primeiro milagre: o Altíssimo protege Orrus e os mineradores

    Orrus Ferrus trabalhou com a maior dedicação todos os dias. Ninguém poderia criticar seu trabalho. Ele até se tornou o minerador com maior rendimento. A cidade estava ficando cada vez mais rica. Durante esses dois anos, ele havia se endurecido. Sua força era tão admirada que os mais jovens vieram trabalhar ao seu lado para se fortalecerem e se afirmarem dentro da cidade. Tornou-se até mesmo um ritual. Tinha se tornado óbvio que para se tornar um cidadão pleno, era preciso ir e trabalhar na mina. Sua virtude não era mais questionável. Todos os domingos ele ia rezar ao Altíssimo durante a missa do pároco.
    Um dia, o primeiro notável da paróquia veio vê-lo e disse:

      Sabes que dia é hoje? Não é este o dia em que eu posso lhe conceder sua liberdade? O dia em que eu posso fazer de ti um cidadão? Neste dia em que finalmente lhe digo que seu arrependimento foi sincero e que todos concordamos em perdoar-lhe e aceitá-lo entre nós?


    Orrus Ferrus não escondeu sua emoção e recebeu estas palavras com orgulho. Os paroquianos não hesitaram em contratá-lo em seus campos e oficinas. Ele estava prestes a se tornar um artesão quando o sino da capela tocou. A mina havia desmoronado e os mineradores não conseguiam sair. Orrus correu para dentro e viu os danos. Todos estavam desesperados e a esperança de vê-los vivos de novo estava diminuindo a cada hora.
    Orrus ajoelhou-se e rezou apesar daqueles que disseram que o tempo era inadequado.


      A multidão: É melhor escavar para salvar nossos amigos.

      Num tom firme e determinado...

      Orrus: Afastem-se. Fujam.


    O céu escureceu e apareceu uma tempestade de violência rara. De repente, grandes raios de luz atingiram a entrada da mina. Durante uma hora, a tempestade enviou toda sua fúria para dentro da mina. Ninguém podia ver o que estava acontecendo.
    E então, tal como havia aparecido, a tempestade desapareceu e um raio de luz brilhou dentro da mina. A entrada estava agora livre e aqueles que testemunharam o milagre viram os mineradores enterrados vivos ressurgirem ilesos.
    Percebendo o que havia acontecido, todos se voltaram para Orrus. Ele havia permanecido orando. Ele não havia se mexido e apenas o estado de suas roupas mostrava o que havia acontecido.


    O segundo milagre: um destino

    Naquela noite, Orrus Ferrus continuou a preparar sua oficina quando os sinos tocaram pela segunda vez.

    A oficina, onde todas as ferramentas dos mineradores eram armazenadas, estava em chamas. Nada poderia ser feito para salvar o abrigo, e todos se perguntavam com o que poderiam chegar à mina no dia seguinte.
    Orrus ficou petrificado e descontente com a visão. Ele ficou a noite toda meditando. Ao amanhecer, ele viu uma aparição...


      O Arcanjo Miguel: Você sabe que a teimosia pode levá-lo a viver uma vida que não é destinada a você.
      Orrus Ferrus: Quem está falando comigo? Além disso, a obstinação permite que grandes homens movimentem montanhas como sinal de progresso.
      O Arcanjo Miguel: Porque persistes em não ler os sinais do nosso Criador? Não confunda obstinação com perseverança. Aqui, estás a seguir teimosamente um caminho que o Altíssimo não pretendia para ti.
      Orrus Ferrus: Que sinais? Qual caminho? E por que não serei livre para agir de acordo com meu próprio livre arbítrio?
      O Arcanjo Miguel: Permanecerás cego por muito tempo? Não consegues ver o óbvio? É verdade que o homem tem livre arbítrio, mas é seu dever curvar-se à vontade do Nosso Protetor, o Nosso Guia. É da natureza dos grandes homens ouvir o que realmente se é.
      Orrus Ferrus: Não entendo nada... E além disso, quem é você?
      O Arcanjo Miguel aparecendo para Orrus: Eu sou o Arcanjo São Miguel. O Altíssimo não quer vê-lo como artesão ou mesmo agricultor. Cada minerador na terra, em todos os momentos, precisará de alguém para cuidar deles. Seu destino está escrito, e nada deve atrapalhar este projeto. Se você ler em você saberá que é o seu destino.


    Então desaparecendo, o arcanjo levantou o dedo e, com um único gesto, destruiu dez grandes árvores. Com um segundo gesto, fez aparecer uma centena de cabos e tudo o que era necessário para repor o estoque de ferramentas essenciais aos mineradores.

    No dia seguinte, Orrus desceu para a mina. Ninguém se atreveu a fazer perguntas, mas o olhar determinado de Orrus tranquilizou a todos. Ele só vai dizer uma coisa sobre essa decisão.


      « É da natureza de cada homem edificar-se na mina.
      É dever de todo homem contribuir para a prosperidade de sua paróquia.
      É a vontade do Altíssimo que todos os homens, quaisquer que sejam suas condições, se reúnam para o bem comum »


    O pároco, que estava presente, convidou-o a vir à igreja no dia seguinte, o que o menor aceitou, sem conhecer os motivos do religioso.
    O padre explicou que havia ficado maravilhado com sua fé e, sorrindo, ofereceu-lhe seu lugar. Orrus ficou surpreso e lisonjeado. Esta não foi a maior recompensa por sua devoção? Então, após agradecer ao clérigo, ele rejeitou a proposta, agradecendo-lhe a confiança. O padre não quis ficar por aí, e perguntou-lhe sobre sua recusa. Orrus não queria deixar a mina como o Altíssimo parecia estar pedindo. Então o clérigo teve uma idéia: fazer deste homem seu acólito, nomeando-o diácono. A proposta foi aceita e concretizada por uma cerimônia muito grande, tanto pelo número de pessoas presentes quanto pelo fervor que emanou.

    Terceiro Milagre: A Revelação

    Orrus tinha acabado de comemorar seu 45º aniversário. Sua força e seu desempenho não enfraqueceram, muito pelo contrário.
    Ele conquistou a admiração de todos. Foi-se o tempo em que todos queriam linchá-lo. A partir de agora ele foi reconhecido por sua fé, sua abnegação, seu altruísmo. Tornou-se um exemplo para os jovens, para os futuros cidadãos, para os notáveis...
    Um dia ocorreu um terremoto. Os mineradores queriam correr para fora, mas tudo ameaçava desmoronar. Então Orrus interveio e impediu que as grandes pedras caíssem, permitindo que os outros escapassem. Infelizmente para Orrus, ele não conseguiu sair. Os mineradores resgatados cavaram para encontrá-lo. Durou 40 dias e 40 noites. Orrus foi finalmente entregue. Muito fraco e cego, morreu nos braços do clérigo…

    Os notáveis, vendo Orrus morto, decidiram que de agora em diante, somente pessoas arrependidas e vagabundos iriam para as minas.
    Foi realizada uma assembléia para ratificar esta decisão quando Orrus apareceu diante dos olhos de todos.


      « O que vocês estão fazendo? A mina é um negócio de todos. Cada um de nós, homens, mulheres, vagabundos, eruditos, notáveis, soldados... Todos nós devemos contribuir para a saúde econômica da cidade. É dever de todos ir à mina regularmente. Suas decisões devem glorificar os mineradores. Todos eles são unidos e diferentes. Eles são a cidade. »


    É com estas palavras que encerro a minha história. Sei que não é nosso costume canonizar um diácono, mas é óbvio que Orrus Ferrus merece tal distinção. Sua Fé, sua devoção são inigualáveis ​​e estou convencido de que este é o desígnio de Nosso Altíssimo. Não pode ser de outra forma.

    Com toda a minha amizade aristotélica.

    Veritus, seu humilde servo.



    O que a sequência de eventos nos diz

    • Veritus juntou-se a Roma e à Congregação do Santo Ofício. O Cardeal pôde então acompanhar a investigação e fazer com que ela tomasse um rumo favorável.
    • Orrus Ferrus foi canonizado e tornou-se o Santo Padroeiro dos Mineradores e...
    • A mina de Györ nunca mais desmoronou...


    Relíquia:

    • A picareta e a pá do Santo.


    Culto ao Santo:

    • Peregrinação a Györ, onde uma Catedral foi erguida no local onde Orrus viu o Arcanjo.



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    Hagiografia de São Gregório VII (Papa Gregório VII)




    « Poucos são os bons que, mesmo em tempos de paz, são capazes de servir a Deus. Mas muito poucos são aqueles que, por causa das virtudes, não temem a perseguição ou estão preparados para se oporem aos inimigos de Deus. »

    Apresentação

    A vida piedosa e produtiva de Hildebrando de Soana, que foi Diácono, Padre, Legado Apostólico, Bispo, então Papa e grande reformador e defensor da Igreja. Um exemplo vivo das Virtudes, ele nunca hesitou em se opor aos poderosos que abusam de sua posição contra a Fé e os fracos. Hoje ele se senta na Comunhão dos Santos como o Santo Padroeiro dos governantes e legisladores, a quem ele conduz pelo exemplo e pela oração para seguir a Fé e as Virtudes em seus deveres.

    Infância

    Pouco se sabe sobre a infância de Hildebrando de Soana, o futuro Papa Gregório VII: nascido em Soana, na Toscana, no máximo por volta de 1020, em uma família de origem humilde, filho de um carpinteiro como o Segundo Profeta.
    Quando criança, ele foi enviado para estudar em Roma, onde seu tio era abade de um Mosteiro em Aventino. O jovem Hildebrando havia formado um forte vínculo com seu professor, Giovanni Graziano, que mais tarde se tornou Papa Gregório VI.
    A ligação entre os dois era tão forte que, quando o Papa Gregório foi obrigado a abdicar por falsas acusações feitas pelo imperador, Hildebrando o seguiu para o exílio na Alemanha.
    Ali, os saonenses continuaram seus estudos e entraram em contato com os movimentos de reforma da Igreja, contatos que se tornaram mais frequentes após sua transferência para a Abadia de Cluny, após a morte de seu antigo mestre.
    Foi precisamente por sugestão desses reformadores que Hildebrando foi introduzido na carreira eclesiástica.

    Carreira Eclesiástica

    O primeiro passo de Hildebrando foi ser nomeado para o prestigioso cargo de Subdiácono da Santa Sé, uma tarefa com a qual ele se comprometeu com tanta dedicação que mais tarde foi nomeado Legado Apostólico na França.
    No papel de Legado Apostólico, confirmado por vários papas, ele conseguiu derrotar várias heresias e, como resultado surpreendente para a época, obter da Corte Imperial o reconhecimento oficial da autonomia do clero na eleição do papa, sobre a qual os alemães ainda faziam reivindicações ilegítimas.
    Apenas dois anos depois e após o reconhecimento obtido, o Papa emitiu o edital que sancionou pela primeira vez que somente o Colégio dos Cardeais poderia legitimamente escolher o sucessor de Titus.
    Em reconhecimento a seus excelentes serviços, Hildebrando foi nomeado Abade de São Sylphael Fora dos Muros e logo se tornou o principal promotor e criador de uma política pontifical de sucesso.
    Em 22 de abril de 1073, apenas um dia após a morte de seu predecessor, o Abade Hildebrando foi eleito Papa pelos Cardeais, enquanto o povo de Roma já aplaudia seu nome nas ruas.

    Carta de São Gregório VII a um amigo a écrit:

      Você é minha testemunha, Beato Pedro, que foi apesar de mim mesmo que sua Santa Igreja me colocou em seu leme.


    Embora relutante, ele aceitou a eleição e escolheu o nome pontifício de Gregório, em homenagem a seu antigo amigo e mestre. Um sinal para o mundo de que seu pontificado não aceitaria as injustiças e interferências sofridas no passado.

    Pontificado

    Ao saberem de sua eleição, por medo de sua severidade no respeito ao dogma e à lei canônica, muitos Bispos corruptos que estavam longe da Fé tentaram colocar o Imperador Henrique IV contra ele, declarando que ele não tinha autorizado a eleição como ele alegava que podia.
    O novo pontífice, novamente mostrando sua devoção e confiança nas Virtudes, escreveu ao soberano alemão informando-o de sua eleição para o Papado, de acordo com o dogma e as leis da Igreja. Isso sem mencionar e, portanto, negando as reivindicações imperiais sobre a nomeação.
    Henrique, diante das inegáveis razões de São Gregório, não pôde deixar de acolher a eleição do novo Papa, alegando, com pouco sucesso, que ele havia escolhido o eleito.

    A luta contra a simonia e a defesa do celibato

    Nas décadas anteriores, aproveitando a fraqueza da Igreja, muitos governantes tinham nomeado ilegalmente bispos em troca de grandes somas de dinheiro, sem que estes fossem dignos do episcopado.
    Muitos deles viviam agora como leigos, tinham tido esposas e alguns tinham filhos como pais.
    O resultado foi a presença de muitos bispos totalmente ignorantes na doutrina e nas regras da Igreja, que pensavam apenas em se enriquecer e desfrutar de sua posição.
    A prioridade do Papa Gregório era, portanto, restaurar a ordem a um clero completamente afastado da mensagem dos Profetas e do exercício das Virtudes, a fim de finalmente restaurar a dignidade e a missão da Igreja.

    Carta de São Gregório VII ao Abade de Cluny a écrit:

      Se então com os olhos do espírito eu olho para o oeste, sul ou norte, dificilmente encontro Bispos legítimos por eleição e por conduta de vida, que se deixam guiar pelas Virtudes.


    O Pontífice convocou então um Concílio em Latrão para tomar medidas contra a simonia e concubinato: este foi o início da Reforma Gregoriana.
    O concílio depôs todos os bispos que haviam comprado sua nomeação e condenou à excomunhão todos aqueles que não haviam renunciado aos benefícios obtidos através da simonia.
    Pouco depois, Gregório confirmou o celibato para o clero, impondo penas severas para aqueles que o haviam violado e libertando os fiéis da obediência aos bispos que haviam permitido que os sacerdotes se casassem.
    Mas acima de tudo, ele condenou e proibiu, sob pena de excomunhão, a nomeação de bispos por soberanos temporais, um crime contra o apostolado e o próprio Altíssimo.
    Isto, inevitavelmente, o colocou em contraste com muitos governantes e, em particular, com Henrique IV, que obteve enorme riqueza com as nomeações ilegítimas de bispos.
    São Gregório sabia bem que Henrique e os bispos que ele havia nomeado fariam tudo para detê-lo.

    Carta de São Gregório VII ao Bispo da Cantuária a écrit:

      Compreenderás como é perigoso para nós agir contra eles e como é difícil resistir-lhes e refrear a sua maldade.


    Apesar da oposição, ele continuou seu trabalho de reforma e renovação e muitos outros soberanos, movidos pela Fé, reconheceram-se como vassalos da Sé Apostólica e submeteram-se à primazia do Sucessor de São Titus.
    Em 1075, o Papa compôs o Dictatus Papae: uma coleção de vinte e sete proposições que reafirmaram os princípios sobre o papel da Igreja e do Papa dentro dela, ditados pelas Escrituras. (Para mais informações, ver texto e comentários)

    O confronto com o soberano alemão

    No início, Henrique, empenhado em reprimir as revoltas de seus súditos contra seu governo tirânico, fingiu apoiar o Papa.
    Ele até fez um ato de submissão ao Papa e pediu perdão pelas nomeações ilegítimas que havia feito, prometendo apoiar a reforma da Igreja.
    No entanto, assim que resolveu os problemas internos, voltou a nomear bispos e em vez de cumprir sua promessa, promoveu os excomungados como seus conselheiros pessoais.
    O Pontífice, ainda movido por sua forte fé, escreveu uma carta ao imperador pedindo-lhe que mudasse seu comportamento e propondo-lhe que encontrasse um compromisso para manter a unidade do aristotelismo.
    A resposta de Henrique não demorou: na noite de Natal de 1075, durante a missa, um dos apoiadores de Henrique sequestrou Gregório tentando tirá-lo da igreja para matá-lo.
    Pouco tempo depois, porém, São Gregório saiu ileso da igreja e acalmou o povo que havia se levantado para defender seu pastor.
    Diz-se que o atacante se converteu depois de falar com o papa e passou o resto de sua vida orando como um monge.
    Assim que soube o que havia acontecido, decepcionado com o fracasso de suas manobras, Henrique decidiu agir abertamente: no mês de janeiro seguinte, com o apoio dos bispos que havia nomeado, organizou um concílio ilegal que depôs Gregório. Depois de um crime tão grave, Gregório só poderia excomungar Henrique e despojá-lo de seu trono.

    Excomunhão de Henrique IV, lida por São Gregório VII aos bispos reunidos em Roma a écrit:

      Confiante no poder de ligar e desligar, tanto na Terra como no Céu, que me foi dado por Deus, contesto o Rei Henrique, filho do Imperador Henrique, que se levantou com orgulho ilimitado contra a Igreja, por sua soberania sobre a Alemanha e a Itália, e liberto todos os aristotélicos do juramento que fizeram ou podem ainda fazer a ele, e os proíbo de continuar a servi-lo como rei.


    Imediatamente todos os súditos do império se revoltaram contra Henrique, até mesmo seus amigos bispos o abandonaram e ele foi deixado completamente sozinho.
    Quando ele convocou um sínodo para nomear um novo papa favorável a ele, ninguém mais se apresentou.

    O Perdão de Canossa

    Os príncipes alemães pediram permissão a Gregório para perseguir Henrique e depô-lo, mas ao mesmo tempo o governante alemão chegou à Itália para solicitar uma reunião com o papa.
    O Pontífice, então, se viu em uma encruzilhada: ele poderia deixar Henrique ser processado, ganhar glória e prestígio e quebrar um rival; ou poderia estender a mão da misericórdia, oferecer perdão a um crente perdido, apontar o caminho para a penitência e a absolvição.
    São Gregório, Pastor do Mundo e Servo dos Servos de Deus, escolheu inevitavelmente o segundo caminho.
    Ele respondeu aos príncipes, e implicitamente a si mesmo, que Henrique deveria pedir perdão e fazer penitência e que estava esperando por ele em Canossa, onde ele foi convidado pela piedosa proprietária da terra.
    Henrique chegou sozinho aos portões de Canossa como um humilde penitente, vestido apenas com um vestido gasto. Durante três dias, no frio do inverno, sem comida nem água, ele esperou para ser recebido pelo papa.
    Ao amanhecer do quarto dia, um mensageiro saiu de Canossa dizendo-lhe que o papa estava pronto para perdoá-lo e por isso Henrique fez uma submissão ao papado.
    Ele, que por seu próprio orgulho havia ousado se exaltar ao Altíssimo, foi forçado a se humilhar para obter o perdão e reconhecer que estava muito abaixo de Deus e de seu Vigário.

    Últimos anos e morte

    Sua bondade e magnanimidade, no entanto, não foram retribuídas por Henrique, que após alguns anos declarou novamente Gregório deposto e nomeou um antipapa.
    Desta vez, porém, Henrique decidiu eliminar de uma vez por todas o papa que havia lutado tanto para defender a Igreja, e se estabeleceu com seu exército contra Roma.
    Gregório, velho e cansado, decidiu deixar a cidade para salvar o povo da guerra e retirou-se para o exílio em Salerno.
    O sucesso de Henrique não durou muito: em guerra com seus próprios filhos, ele finalmente foi deposto e morreu sozinho e em desgraça.
    Pouco depois, o grande pontífice morreu serenamente e confortado pela oração, certo de que finalmente chegaria ao Paraíso Solar.
    Os fiéis, que haviam amado tanto seu bom governo da Igreja, prestaram-lhe as honras devidas a um papa e, enquanto esperavam que ele voltasse a Roma, escreveram em seu caixão:

    Epitáfio de São Gregório VII a écrit:

      Dilexi iustitiam, odivi iniquitatem, propterea morior in esilio.
      Eu amei a justiça e odiei a iniquidade; por isso morro no exílio.


    Seu sucessor, Vitor III, teve todas as suas decisões confirmadas e excomungou e puniu o antipapa usurpador que obrigou Gregório a fugir.
    Hoje, São Gregório é justamente considerado um grande reformador e o iniciador desse movimento de renascimento na Igreja que culminou na Renovação da Fé, da qual ele é o principal precursor.


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    Hagiografia de São Paterno de Vannes



    A vida de São Paterno

    Ainda hoje, pouco se sabe sobre a infância de Paterno, o primeiro pároco de Vannes. Os cronistas romanos relatam que este galês, com sua fé fervorosa, teve, desde muito cedo, o desejo de levar a palavra de Deus à grande massa de pagãos na Gália.

    De fato, naquela época, a Igreja Aristotélica estava começando a criar raízes neste imenso território. Paterno, que havia acabado de ser ordenado diácono, seguiu seus superiores até Tourraine, a nova arquidiocese romana na Gália.
    Paterno não é nem um intelectual nem um amante dos prazeres; ele foi um pregador excepcional que investiu em edificar a população com o Dogma da Igreja Aristotélica. Ele falava com as pessoas sobre os problemas que elas enfrentavam, e era cada vez mais amado.

    Mas a igreja estava crescendo, e assim, em 465, um conselho de 6 bispos presidido pelo Arcebispo Metropolitano Perpetuus, reuniu-se em Vannes para delimitar os limites de uma nova paróquia do Vêneto...

    E Paterno, o jovem Paterno, é escolhido por unanimidade nesta ocasião. Paterno não era bretão, mas com suas raízes celtas galesas, ele estava pronto para o diálogo com essas populações das quais nada sabia.

    O ministério paroquial de Paterno foi difícil devido aos conflitos latentes entre os partidários de uma fé local fortemente inspirada pela tradição celta e os partidários dos ritos padronizados vindos de Roma. Estas tensões foram agravadas por uma onda de imigração de bretões da Grã-Bretanha que só agravou a situação.

    Assim, quando assumiu o controle de sua paróquia, Paterno ficou surpreso de não ver ninguém em sua primeira missa dominical. Ele tinha construído sua igreja, embora muito pequena, e tinha recebido um caloroso acolhimento dos venezianos, agora chamados de Vannetais. Muitos deles tinham ouvido falar de Aristóteles e Christos, e seguiram seus ensinamentos. Paterno ficou contente de ter tantos paroquianos devotos, mas logo descobriu que cada um rezava a seu modo, reunia-se para celebrar Christos, e nenhum deles seguia o caminho da igreja aristotélica ou parecia interessado no sacerdócio.

    « Padre, eles disseram veja, a palavra de Aristóteles só tem valor na prática!
    Seus ritos, suas preces tão áridas e seus dogmas tão complicados são inúteis! Temos a melhor maneira de celebrar a Deus.
    » Isso muitas vezes envolvia dar tapas uns nos outros na taverna enquanto se gabavam de serem membros de um grupo ou outro.

    E eles continuavam a lutar entre si, assolando a paróquia de Vannes.

    Paterno ficou cada vez mais triste ao ver uma comunidade tão desunida de crentes, especialmente porque cada grupo étnico reivindicava o culto original da Igreja de Christos e Aristóteles em cada conflito.

    Um dia, ele reuniu as duas tribos opostas em sua igreja: o chefe dos britânicos, Gwendoc'h, e o chefe dos galeses, Lodwic, estavam presentes

    Ele lhes disse: « Irmãos, eu vos reuni aqui hoje para rezar pela paz em nossa terra.
    Nós também, Padre, queremos paz em nossa terra! disseram Gwendoc'h e Lodwic.
    Portanto, oremos a Aristóteles para nos guiar no caminho da Virtude, e a Christos para nos guiar no caminho da Caridade.

    - Mas Padre, isso não pode ser,
    disse Gwendoc'h: os galeses não têm caridade para com nossas mulheres, a quem roubam para escravizá-las, e matam seus prisioneiros.

    - Mas Padre, isso não pode ser,
    disse Lodwig, os britânicos não têm virtude, têm várias esposas e durante o Samhain, eles se comportam de forma vergonhosa.

    - Vocês realmente querem paz?
    Paterno então perguntou. Vocês realmente acreditam em Deus, o criador, Aristóteles e Christos?

    - Sim, nós acreditamos,
    disseram os dois

    -Então obedeçam à Igreja Aristotélica, ela vos ensinará caridade e virtude, e finalmente poderemos viver em paz no país de Vannes.
    Paterno, então, rezou uma missa na qual ele usou todo seu talento de pregador para falar da amizade aristotélica entre os povos.


    Cada um dos dois chefes voltou para sua casa, descontentes por terem sido repreendidos. Mas a cada domingo, Paterno via seus seguidores virem em número cada vez maior à sua igreja, onde ele pregava a paz. As pequenas pessoas, cuja sabedoria era maior, tinham encontrado o caminho da virtude. Mais tarde, eles se autodenominaram o povo bretão, apagando assim as diferenças que haviam sido a fonte de tantos conflitos.

    Tanto Lodwic como Gwendoc'h queriam permanecer chefes de suas tribos e celebrar suas próprias missas a fim de manterem sua autoridade sobre seus povos. Eles viram muito mal essa popularidade crescente, especialmente porque Paterno realizou muitos casamentos mistos, e instarva homens e mulheres a se recusarem a pegar em armas. Os chefes tribais chegaram a um acordo e o forçaram a renunciar e ir para o exílio. Ele se retirou para uma ermida fora de sua paróquia, onde morreu em 15 de abril de 475, abandonado por todos.

    Ele costumava dizer aos Venetas que permaneciam fiéis a ele e vinham visitá-lo:

    Paterno a écrit:

      Quando seu inimigo lhe acertar no nariz, cante uma canção. Deus fará chover sobre aqueles que cantam com um soco no nariz.



    Paterno a écrit:

      Se mil vezes estendeste a mão ao teu inimigo, e se mil vezes ele cuspiu nela, tenta mil e uma vezes: ele não terá mais saliva.



    Um século depois, uma seca implacável provocou tal fome que os paroquianos de Vannes, sem saber a que santo recorrer, se lembraram de Paterno. Sabiam que esta praga era um castigo divino por tê-lo maltratado e esquecido. Por conseguinte, pediram a Paterno que lhes concedesse chuva, em troca da construção de uma igreja que se tornaria um lugar de peregrinação pela unidade da Bretanha. As suas preces foram atendidas e a chuva caiu. Ainda hoje, em 15 de Abril, celebra-se a festa de São Paterno, e reza-se por paz entre os povos e pela clemência dos céus.

    Como qualquer clérigo moderado que se preze, São Paterno nunca foi totalmente apreciado pelos poderosos. Denegrido tanto pelos franceses como pelos bretões, pelas suas ações pacificadoras e pelas suas tentativas de conciliação entre as duas populações que lutavam pelos mesmos territórios, ele conseguiu no entanto levar a Bretanha a uma transição de identidade, apresentando-a como uma terra de asilo, de acolhimento e de multiculturalismo. Onde só havia povoados da Cornualha e do País de Gales numa terra virgem, São Paterno pregou uma Bretanha unida, a cultura bretã, e finalmente estabeleceu o início da identidade bretã tal como a conhecemos hoje.

    As relíquias de São Paterno

    Quatro séculos mais tarde, em 919, quando os criminosos normandos invadiram as costas bretãs e francesas, devastando tudo no seu caminho, a igreja onde Paterno fora sepultado foi incendiada. As relíquias de Paterno foram salvas das chamas e das mãos bárbaras por paroquianos devotos e levadas, muitos anos mais tarde, para a Abadia Franciscana de Bruz.

    Algumas delas foram trazidas de volta no final do século XII por um valente cavaleiro, mas isso é outra história. No momento em que se escreve, as relíquias de São Paterno podem ser admiradas e rezadas na Igreja de Vannes.

    São Paterno é um dos sete pilares do Tro-breizh, como primeiro Bispo de Vannes e Fundador da Igreja na Bretanha.

    Por estas duas razões, Vannes é uma parada importante na peregrinação bretã.
    Paterno é celebrado em 15 de Abril; um segundo festival em 21 de Maio comemora a transferência das suas relíquias.


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    Hagiografia de São Patrício, Padroeiro da Irlanda




    Seu nascimento e seus primeiros anos

    São Patrício nasceu no ano de 415 no norte da Inglaterra, perto da fronteira com a Irlanda. Seu pai era diácono e sua mãe era uma simples camponesa.
    De sua mãe, ele adquiriu humildade e de seu pai, grande coragem depois de testemunhar a violência dos pagãos contra sua evangelização para convertê-los à fé e na então selvagem região do norte. Apesar disso, seu pai teve muito sucesso e conseguiu cumprir seus deveres para com a Igreja, sua família e sua cidade, sem descuidar de nenhum deles. Patrício estava orgulhoso de seu pai e queria seguir seus passos, mas infelizmente um bando de traficantes de escravos o capturou.

    Escravidão

    Quando ele tinha 16 anos, um grupo de celtas o levou e ao povo de sua cidade e os fez escravos para trabalhar nos campos da Irlanda. Ele foi escravizado durante 6 anos, testemunhando em primeira mão as atrocidades e perversidades a que os irlandeses eram submetidos, porém não mais cruéis do que sua própria escravidão.
    Foi durante este tempo que Patrício aperfeiçoou seu pensamento e desenvolveu suas maiores idéias para acabar com a miséria do povo.
    Um dia, enquanto ele lia um sermão do livro de seu pai, um trevo caiu de seu casaco e pousou na página, cada folha apontando para três palavras em especial. Uma folha sublinhou a palavra Deus, outra folha a palavra Aristóteles e a terceira, Christos. Patrício via isto como um sinal e uma forma de converter os pagãos. Estes pagãos adoravam o trevo porque o consideravam um símbolo de sorte. Agora Patrício tinha uma idéia de como relacioná-la com sua fé. Fechando o livro, ele o apertou com força para que a página fosse impregnada com a cor verde do trevo. A idéia de Patrício foi colorir todas as suas obras desta maneira, com um trevo cercado por Deus, Christos e Aristóteles.
    Ele também percebeu que o trevo o havia inspirado a refletir sobre a vida de seu pai a serviço da igreja, da família e da comunidade.

    Patrício acabou fugindo. Uma noite ele sonhou que um barco estava esperando para levá-lo embora. Enquanto conduzia seu rebanho por uma praia na manhã seguinte, ele encontrou um velho que se ofereceu para levá-lo à Gália. Levando nada além de seu manto verde (como o trevo), uma vara branca que ele usava para guiar os rebanhos de ovelhas, algumas sementes de trevo e um sino de pastor, Patrício embarcou no barco e seguiu para a Gália.

    Sua estadia na Gália

    Patrício passou muito tempo em vários mosteiros. Estas estadias foram frustrantes para Patrício, pois ele era um homem de ação, preferindo aprender pelo exemplo e ouvir enquanto trabalhava em vez de sentar-se e ler.
    Enquanto pensava que seu pai lhe havia dado uma educação muito boa, ele percebeu que o norte da Inglaterra e a Irlanda estavam muito longe dos centros culturais de Roma e da Gália e que seus conhecimentos estavam desatualizados. As pessoas vagaram tanto desde a queda de Oanylone, e foi tão fácil para elas serem vítimas de falsas sugestões. Nenhum dos descendentes de Noam havia peregrinado na Irlanda, portanto, a centelha da verdadeira fé não havia chegado à ilha distante. Assim, ele aprendeu muito com seu exílio.

    Enquanto estava na Gália, Patrício teve uma visão de um homem que vinha até ele. O homem carregava um trevo e um uísque irlandês. Ele estava segurando uma carta intitulada "A Voz da Irlanda". Depois de beber o uísque, Patrício pôde ouvir os sons e as vozes do povo da Irlanda chamando-o: "Venha e ande entre nós, Patrício, precisamos de você." Isto estimulou Patrício a agir. Ele começou a escrever livros com estampas de trevo em relevo, que ele usava para espalhar a fé na Irlanda. Ele tinha um manto que dava a aparência de ter sido fabricado com trevos. Esta foi uma de suas idéias para confundir os pagãos. Como um pastor, ele usava um manto verde para se misturar com a grama para que as ovelhas pudessem descansar em paz, pois não havia cores brilhantes para assustá-las. Ele foi a Roma e conheceu o Papa Leão. O Santo Padre viu que ele era sincero em suas convicções e o nomeou missionário na Irlanda em 458. Ao mesmo tempo, ele foi consagrado Bispo.

    Seu retorno à Irlanda

    Em seu retorno à Irlanda, Patrício começou a pregar diariamente a vida de Aristóteles e Christos. Ele contava muitas histórias para as pessoas depois de seu trabalho no campo, e na maioria das vezes ele ajudava as pessoas com seu trabalho e contava histórias para manter seus ânimos elevados. Enquanto caminhava, seu sino tocava, como um pastor que conduzia o rebanho do Senhor. Mas ele não teve muito sucesso. Ele foi apenas ouvido e tolerado porque se podia ver pelo seu manto, sua pessoa e seu sino que ele não significava nenhum mal para o povo.

    Um dia, enquanto ele pregava em um recinto ao ar livre onde fazia muito frio por causa da proximidade do mar, ele foi atacado por um bando de pagãos. Estes pagãos usavam o símbolo de uma cobra em seus mantos e escudos. Eles pertenciam a um dos maiores clãs pagãos da Irlanda. Eles eram descendentes de colonos que vieram de Oanylone no passado, colonos que haviam testemunhado a morte de muitos de seus parentes e amigos nas mãos de cobras que eram abundantes nas terras por onde passaram para chegar à Irlanda. Então estes colonos sonharam, durante muitas noites, que uma cobra estava chegando e que todos eles estavam morrendo por causa de suas mordidas. Mas quando chegaram à Irlanda, as cobras tinham desaparecido. Não entendendo este mistério, eles acreditaram que a cobra era um deus e começaram a adorá-la.

    Um dia, quando os pagãos se aproximaram dele, Patrício levou seu cajado branco, levantou-o para eles e começou a contar a história da vida de Christos. Naquele momento, o sol apareceu por trás das nuvens e brilhou diretamente sobre elas. Patrício estava falando tão alto e batendo no chão com tanta força enquanto cantava que muitos deles ficaram hipnotizados. Os movimentos do bastão criaram tantas vibrações que, auxiliados por eles e pelo sol, um grande pedaço de gelo se rompeu, levando muitos deles com ele. Os outros fugiram do país e logo a história da fuga das Serpentes se tornou conhecida de todos.

    Após as pessoas terem ouvido falar do evento, foi mais fácil para ele convertê-las. Ele ordenou muitos Padres, dividiu o país em Dioceses, realizou muitos Concílios, fundou vários Mosteiros e continuamente exortava seu povo a demonstrar a maior devoção a Aristóteles, a Christos e a Deus.
    Onde quer que ele plantasse seu cajado, aparecia um freixo, que formaria a base dos jardins dos mosteiros e igrejas. Em todos os lugares as pessoas procuravam o som de seu sino e ficavam ansiosas para ouvi-lo espalhar a verdade.

    O veneno da serpente

    Em suas peregrinações pela Irlanda, Patrício às vezes se deparava com fortalezas de pagãos. Nestes lugares, eles celebraram suas crenças bebendo as cervejas e uísques mais fortes, mais encorpados e amargos. Eles chamavam essas bebidas de « veneno da serpente ». Qualquer pessoa que conseguisse beber, era aceita pela hierarquia e recebia altos cargos. Muitos tentavam bebê-lo, mas a maioria o cuspia, com olhos lacrimejantes e nariz escorrendo, como se tivessem sido mordidos por uma cobra.
    Patrício entraria nestas fortalezas e ofereceria ao líder pagão local um concurso de bebida. Quem quer que pudesse beber mais « veneno da serpente », seria o vencedor. Patrício fez uma pausa, rezou a Christos, a Aristóteles e a Deus, abençoou a bebida e depois se propôs a beber mais do que os pagãos. Patrício ainda bebia quando o chefe local estava deitado no chão, desmaiado, às vezes até morto. As testemunhas desses duelos ficaram fascinadas. Eles começaram a acreditar que ao abençoar o veneno da cobra como Patrício havia feito, eles também podiam beber mais.
    Mas antes de deixá-los, Patrício fez com que todas as garrafas e frascos fossem recolhidos e incendiados, destruindo toda a bebida. É por isso que as cervejas e os uísques irlandeses são os melhores do mundo hoje.

    É também por isso que os irlandeses abençoam suas bebidas antes de bebê-las.

    Sua Morte

    Patrício sobreviveu à todos os duelos com os pagãos. Seu cajado de freixo e seu sino lhe deram tanto coragem quanto força. Seu manto de trevos o fez ser aceito por todos como um deles. Ele morreu no Condado de Down em 17 de março de 493. A cidade foi renomeada Downpatrick em sua homenagem.

    Relíquias

    Embora, infelizmente, seu manto de trevos tenha desaparecido há muito tempo, algumas relíquias ainda existem, notadamente seu cajado de freixo em seu túmulo em Downpatrick e seu sino em Killkenny, onde ele teve a visão do navio.

    Dois textos também sobreviveram. O primeiro relata as batalhas com os adoradores de serpentes pagãos. O outro fala da criação das igrejas e da importância de Christos.

    Citações Famosas

    Citation:
      Para cada pétala de um trevo
      Há um sinal em seu caminho:
      Christos, Aristóteles, e Deus
      Para hoje e todos os dias.


    Citation:
      Não siga a serpente
      Pois ele é falsa,
      Siga a Christos
      pois ele nos abraçou.


    Patrocínio: Pastores, Pregadores, Cervejeiros, Irlanda
    Festa: 17 de março



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    Hagiografia de São Paulo Aureliano, dito Pol de Léon




    Paulo Aureliano (em Bretão Paol Aorelian) é o Padroeiro da cidade de Saint-Pol-de-Léon (Kastell Paol), e um dos sete santos fundadores da Bretanha. Ele é normalmente representado com um pequeno dragão, como uma piada e uma referência ao episódio do Dragão da Ilha de Batz. Sua história, tal como foi escrita quando da sua morte por um monge amigo seu, é dada abaixo:

    Na hora da morte de meu amigo Pol de Léon, esta pena pode consolar meu triste coração. Ele foi um grande homem, certamente, que me salvou de muitos males, e se algo ainda pode aliviar meu sofrimento, é a memória dele.

    Nascimento e Juventude

    Paulo Aureliano - como foi chamado ao nascer - nasceu por volta de 490 na Ilha da Bretanha. Filho de um guerreiro e o mais velho de uma grande família, ele estava destinado a uma carreira nas armas. Desde cedo, porém, ele mostrou um gosto incomum pelo estudo e pela religião. Ele concordou apenas em lutar contra um jovem cão desordeiro, apropriadamente chamado Dragão, que assaltava as casas e aterrorizava a vizinhança. Na inocência da juventude, ele acreditava que se podia combater um animal opondo-se aos conselhos de Christos. Mais tarde, Pol me disse várias vezes o quanto eu o lembrava daquela besta, não só pelo meu nome, mas pelo meu comportamento. Devo dizer que ele estava certo.

    O pai de Pol, consciente do comportamento de seu filho, riu no início e lhe deu uma boa repreensão, pois os animais não devem ser tratados como homens; mas ele também viu que a criança tinha muito a dar, e concordou em confiar sua educação a um mosteiro. Ele não poderia ter feito melhor.

    Educação e primeiros passos como clérigo

    Pol pôde assim dedicar-se em completa paz ao estudo dos textos sagrados e à prática da virtude. Entre seus colegas estudantes estavam Sansão, Brieuc e Malo, e ele formou uma sólida amizade com eles, que mais tarde daria muitos frutos.

    Ao tornar-se adulto, ele expressou o desejo de fundar um pequeno mosteiro longe de tudo, com apenas dois ou três irmãos para companhia. Seu superior, no entanto, que o conhecia bem e conhecia seu gosto pela solidão, o advertiu contra isso. Ele lhe mostrou claramente que seu projeto se parecia com um eremitério: uma vida isolada não é boa para os homens. Pol Aureliano cedeu à solidez desta razão. Ainda ontem, após uma vida inteira de boas ações, ele ainda associava seu antigo mestre às suas orações e agradecia por tê-lo impedido de cometer seu erro.

    A partida para a Bretanha, a barragem

    Ele nunca adquiriu o gosto por honrarias. Um dia, julgando sua missão cumprida, ele se recusou a vestir o verde dos bispos e insistiu com o Rei para que fosse liberado de seu cargo. Ele desejava juntar-se a um grupo de Padres que partiam para a Armorica, e continuar sua missão lá. Marc'h relutantemente concedeu-lhe permissão. Assim, Pol dirigiu-se à costa e, enquanto esperava o navio, permaneceu por uma semana no mosteiro onde sua irmã era abadessa. Ele aproveitou este tempo para que as freiras construíssem um dique para proteger o prédio ameaçado pelas águas. Foi um tempo muito curto, de fato, para um trabalho tão grande e sólido, e fiquei surpreso com este feito quando Pol me falou sobre ele. Mas ele sorriu modestamente, e me lembrou que com a ajuda de Deus as coisas mais incríveis podem ser realizadas.

    Tendo chegado à Ilha de Ouessant de barco, os viajantes construíram ali um pequeno oratório para que o Altíssimo não fosse esquecido nesta terra pobre e escassamente povoada. Mas Pol Aureliano lembrou-se dos conselhos de seu antigo superior, e viu que eles não deveriam permanecer mais nesta solidão. Ele deixou um de seus companheiros no local com os habitantes, e os outros zarparam novamente. O segundo desembarque ocorreu na costa de León, em uma pequena aldeia cujo nome foi perdido. Eles construíram ali uma igreja. É esta aldeia que agora é comumente chamada de Vila de Pol, em homenagem ao homem muito virtuoso que foi seu pároco.

    O Sino

    Durante a construção da igreja, Pol Aureliano foi visitado por pescadores, que trouxeram um grande peixe pescado na costa para o almoço dos trabalhadores. Eles ficaram surpresos ao encontrar um pequeno sino na barriga do peixe. Paulo Aureliano se inclinou para examiná-lo e sorriu:

      « Este sino, disse aos pescadores, me parece muito semelhante aos que o Rei Marc'h tinha, e que eram usados para chamar os convidados para jantar. Quando lhe pedi que me desse um, como sinal de amizade, quando eu o deixei, ele recusou. Aqui está, ou então é uma coincidência significativa, e eu os convido a todos a compartilhar nossa refeição. »

    Não sei o que ele quis dizer com essa palavra, ou mesmo se faltou um sino no jantar do Rei Marc'h naquela noite, mas sei que Pol teria convidado os pescadores para comer com ele, mesmo sem esse evento.

    O Senhor da Ilha de Batz

    Na Ilha de Batz havia um senhor mal amado, grande e forte, e tão voraz que podia devorar um boi inteiro em uma só refeição. Pelo menos foi o que eles disseram. Dizia-se também que ele, voluntariamente, perfurava qualquer um que se colocasse em seu caminho, cruel como ele era, irritado, orgulhoso e ciumento de sua riqueza e de seu pobre poder. Na verdade, ele merecia bem seu apelido de « dragão ». Tenho vergonha de dizê-lo; pois esse Senhor era eu, e ninguém se atrevia a me confrontar.

    Pol ousou. Contra o conselho do povo de Léon, ele se apresentou sozinho e desarmado ao Dragão da Ilha de Batz. Surpreso por sua audácia, e seguro de minha força, deixei-o entrar. O que este simples homem, usando uma estola como espada e um livro como escudo, poderia fazer contra mim, que poderia tê-lo matado com as próprias mãos? Na verdade, ele poderia fazer muita coisa.

    Não sei quanto tempo ele conversou comigo. Esquecemos, creio eu, de comer e beber. Quando saímos, meu povo se desviou ao passar, não do medo, mas do espanto; pois eu segui este homem magro e simples obedientemente, e usei sua estola em volta do meu pescoço. E enquanto caminhava pelo meu domínio, meus olhos se abriram para todo o mal que eu havia causado. Pol me levou ao rochedo mais ao norte da ilha e, no meu desejo mais profundo, me batizou. Eu queria deixar Batz e segui-lo, mas ele me proibiu. Eu tinha muitas coisas a fazer, disse ele, antes que eu pudesse escolher meu caminho, pois eu tinha muito a corrigir. Assim, fiquei e construí um mosteiro com base em seus conselhos.

    O secular e o regular

    Ele também ainda não estava vivendo a vida que teria escolhido para si mesmo, apesar de merecê-la muito mais do que eu. Ele dizia com frequência: a hora ainda não chegou. Com a ajuda de seus velhos amigos Sansão, Brieuc e Malo, assim como de um certo Tudy que ele conheceu, Pol Aureliano resolveu espalhar uma fé sólida na região, e fazer isso pregando e agindo para o bem de todos. Assim, eles se espalharam pelos quatro cantos do país.

    Mas embora ele tivesse se livrado de sua inclinação para a solidão, o desejo de uma vida monástica não o havia deixado. Quando viu que o edifício estava indo bem e encontrou alguém para cuidar da Igreja em sua cidade, ele se retirou para o Mosteiro de Batz, onde eu logo me juntei a ele.

    Minha vela está se apagando, e o dia está raiando, enquanto eu termino esta história de meu guia e amigo. Já sei que ele não escolherá voltar: sua vida foi plena. Ouço nossos irmãos monges rindo, murmurando que o velho dragão vigiará seu conquistador por mais seis dias, e eu rirei com eles, se puder, em homenagem. E quando chegar a hora, eu os aconselharei a enterrar os restos mortais de Pol não aqui em Batz, mas na cidade que ele amava. Acredito que é isso que ele teria desejado.[/i]

    Redigido por Dragão, monge da Ilha de Batz, no ano 594, e traduzido pela Irmã Elisabeth Kermorial em agosto do ano 1461

    Apêndice

    Foi considerado apropriado mencionar o episódio da barragem que Pol Aureliano havia construído para as freiras, pouco antes de sua partida da Grã-Bretanha. Em uma carta dirigida a seu santo irmão, a irmã de Pol, Abadessa Sicofolla, escreveu:

      Sabes, querido irmão, que ainda rimos da palavra da nossa irmã Gwenna: « Nós não fazemos as moças trabalharem » ? Ela mesma ri dela, e repete com frequência que estavas certo em contradizê-la, e em nos associar a esta obra milagrosa. Ele faz seu trabalho maravilhosamente. De fato, as mulheres às vezes precisam ser lembradas de que são tão boas quanto os homens. Louvado seja Christos, por fazê-lo.

    Também vale a pena reproduzir algumas palavras de uma carta que Pol recebeu do Rei Marc'h, logo após o episódio do sino, que confirma a suposição de Dragão:
      Foi errado da minha parte, meu amigo, recusar-lhe o último presente que você pediu. Eu estava muito zangado para vê-lo partir, e peço desculpas. Além disso, o Altíssimo me castigou, ao que parece, pois agora falta um sino para o meu serviço.

    As fontes ainda relatam esta palavra de Pol, dirigida de acordo com alguns à freira que se recusou a construir o dique, e de acordo com outros ao Dragão da Ilha de Batz que desejava segui-lo logo após sua conversão:
      « Nem sempre fazemos o que queremos, bem, o que, no final. »


    Relíquias: o sino de Marc'h, guardado na Igreja de Saint-Pol-de-Léon, assim como a estola colocada ao redor do pescoço de Dragão, guardada no Mosteiro de Batz.

    Festa: 12 de março.

    Temas de pregação:
    - Dever e Conveniência Pessoal
    - a Recusa de Eremitério
    - a Redenção dos Ímpios, seguindo o exemplo de Dragão


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    Hagiografia de São Polin de Langres, Padroeiro dos Defensores da Fé

    I. Infância Feliz

    Polin nasceu no ano de 1047, na paróquia de Langres, em Champagne. Ele foi o segundo filho e terceiro filho de Alberto e Catarina de Langres, Senhores da Vila.
    Ele cresceu no castelo da família e nas imediações, em um ambiente de pouca nobreza onde nunca lhe faltou nada, a sua perseverança foi evidente desde cedo, nunca desistiu e sempre conseguiu o que queria, como prova este episódio da sua infância:

    Quando ele tinha cerca de dez anos de idade, enquanto caminhava por um rio com seu irmão e irmã mais velhos, ele viu um objeto brilhando ao sol na margem oposta. Ele decidiu atravessar o rio para procurá-lo, apesar das advertências e recomendações dos mais velhos. Tanto quanto possível, quase se afogando várias vezes, ele conseguiu atravessar o rio e chegou encharcado do outro lado. Ele descobriu então que o objeto de seu desejo era uma simples ferramenta metálica que refletia os raios do sol. Embora ele estivesse decepcionado com sua descoberta, ele estava orgulhoso de ter conseguido atravessar o rio e de ter conseguido atingir seu desejo.

    Durante toda sua infância, ele viveu momentos semelhantes nos quais, apesar da imprudência de seus empreendimentos, sua perseverança e força de vontade sempre o fizeram triunfar sobre os obstáculos, mesmo que o resultado às vezes não valesse a pena.
    Como qualquer criança nobre, ele tinha recebido uma educação religiosa.
    Como o segundo filho de sua família, ele estava destinado a uma carreira religiosa, enquanto seu filho mais velho se tornaria um grande militar e continuaria na linha da família. Ele foi, portanto, enviado em seu décimo segundo ano a um mosteiro local, onde seguiu os ensinamentos dos irmãos do mosteiro. Foi ao entrar no mosteiro que ocorreu seu primeiro milagre.

    Quando acabara de conhecer a comunidade monástica, os irmãos foram chamados à entrada do mosteiro, onde um grupo de homens armados ameaçava os monges e blasfemava contra Deus e a religião aristotélica. Os monges, não sabendo o que fazer, se esconderam no mosteiro; mas à medida que os homens se tornaram cada vez mais violentos e abusivos, Polin saiu do mosteiro e foi ao seu encontro. Os homens, surpresos com a chegada desta criança, pararam.
    Polin falou com eles durante várias horas, e os homens escutaram sem se mexer. Quando ele terminou e finalmente retornou ao mosteiro, os homens foram para casa. Os monges, atônitos, perguntaram a Polin como ele tinha conseguido que eles saíssem. Então Polin simplesmente respondeu: « Eu lhes mostrei o significado da Verdadeira Fé ».


    A partir daquele momento, Polin nunca deixou de defender Deus, a Fé e a religião. Sempre que uma pessoa blasfemava ou criticava a religião, Polin falava com ele; a pessoa não podia deixar de ouvi-lo, e então ele demonstrava o significado da Fé e da religião aristotélica, e sempre o convencia, apesar das mais elaboradas ameaças ou raciocínio em contrário.

    II. Os anos sombrios

    Após dez anos de estudos no mosteiro, pregando a boa palavra em Champagne e sempre defendendo com sucesso a Verdadeira Fé contra seus detratores, Polin decidiu deixar sua terra natal para levar a luz aos povos perdidos e espalhar o Amor de Deus e a Sabedoria de Aristóteles pelas terras pagãs. Ele decidiu ir para o sul, para o mar. Ao longo de sua jornada ele continuou com a mesma perseverança e vontade de defender a fé e a religião contra seus detratores onde quer que fosse, trazendo qualquer um que o escutasse de volta ao caminho certo.
    De fato, sua persuasão e fé eram tais que ele era capaz de convencer e persuadir qualquer um que se perdesse, e ele os trazia de volta ao caminho certo, o caminho da Sabedoria, o caminho da fé aristotélica.

    Um dia, ao aproximar-se do final de sua viagem ao mar, ele encontrou um homem do Oriente que estava pregando sua religião aos viajantes que passavam por ali.
    Ele se aproximou do pequeno grupo ouvindo sua pregação, escutou-se por um momento, depois desafiou o homem e em um longo monólogo demonstrou-lhe a onipotência de Deus e da Fé Aristotélica, que por si só merecia ser praticada, pregada e difundida. Quando o homem quis responder, nenhum som saiu de sua boca porque ele não sabia como responder; Polin o tinha deixado mudo pela força de sua Fé.
    Testemunhas da cena espalharam a notícia do milagre por toda a região, e Polin foi aclamado onde quer que ele fosse. Mas sempre com humildade e fervor ele respondia: « É meu dever espalhar a boa palavra e defender a Fé ».


    Ele finalmente chegou à beira-mar, em um pequeno porto no norte da Itália, após dois anos de viagens e pregações. Ele descansou ali por um tempo e depois navegou através do mar até as terras do Oriente Médio. Lá ele encontrou populações praticando uma religião diferente do aristotelismo. Instalou-se numa aldeia onde apresentou à população a religião aristotélica. Como no passado, conseguiu converter os habitantes, fazendo desta aldeia um reduto aristotélico em terras pagãs. Uma igreja foi construída no centro da vila e o culto aristotélico se espalhou pouco a pouco em torno dela. As muitas pessoas que vieram curiosas para saber mais sobre esta vila convertida a uma religião estrangeira, todos saíram também convertidos e prontos para difundir a Fé Aristotélica.

    Um dia chegou um homem, de pele ainda mais escura do que os habitantes da região; mais negra, como o carvão, que Polin havia visto em sua vida. Ele era acompanhado por um pequeno exército e era o equivalente de nossos padres ao seu povo. Informado da importância do culto vindo de outros lugares, ele tinha vindo com a intenção de matar seu instigador, Polin. Ele então sitiou a igreja onde o povo havia se refugiado. Após dois dias, a comida começou a se esgotar e Polin decidiu deixar a igreja, dizendo aos aldeões para orarem a Deus por sua salvação.
    Os soldados, impressionados com tanta ousadia e coragem, lançaram suas armas, mas o sacerdote correu para Polin, com uma faca desembainhada, para apunhalá-lo, quando a poucos metros de Polin, uma pedra de um estilingue de seus soldados estilhaçou a lâmina.
    O sacerdote, impressionado por este sinal, reconheceu a onipotência de Deus e da Fé Aristotélica. Ele ficou vários meses com seu exército na aldeia, onde Polin lhe ensinou os preceitos de Aristóteles e Christos, para que ele pudesse espalhar a boa nova em seu retorno para casa.


    Cerca de dez anos depois, o aristotelismo havia se espalhado pela parte norte das Terras Negras, e Polin, julgando sua missão cumprida, decidiu partir para difundir a Fé Aristotélica em outras regiões. Ele partiu para a Judéia e a Terra Santa, onde desejava seguir os passos de Christos.

    III. A Terra Santa

    Ele então tomou o caminho para a Judéia e foi para Belém e Nazaré para descobrir os lugares importantes na vida do Messias. Ele sempre continuou a pregar com sucesso a Verdadeira Fé e converteu muitos pagãos em seu caminho.
    Depois de algum tempo na Judéia, ele foi para Jerusalém, indo rezar longamente no local da crucificação de Christos. Lá ele reafirmou a fé dos aristotélicos e converteu muitos pagãos. Então chegou o momento em que ele realizou seu milagre mais importante.

    A cidade era um desses raros enclaves aristotélicos no Oriente e estava localizada a algumas léguas de Jerusalém. Polin foi lá a pedido de um padre local, que queria reavivar a fé dos habitantes com o dom de Polin. Isso foi feito! Em uma semana, o número de adoradores havia aumentado consideravelmente.
    Foi então que a cidade foi atacada por um exército de hereges Averroístas liderado por um desses senhores orientais. A cidade foi sitiada por vários dias; a força que possuía era muito fraca para repelir os Averroistas. Assim, Polin decidiu se trancar na igreja principal da cidade. Lá, sozinho, ele rezou com o maior fervor que já havia sido visto nele por dois dias inteiros.
    Ao amanhecer do terceiro dia, ele deixou a igreja e foi para as muralhas da cidade, seguido por todas as pessoas que queriam ver o que ele faria para salvá-las. Quando o sol nasceu no horizonte, ele orou ao Altíssimo para ajudá-los. Quando ele terminou, houve silêncio total por vários minutos.
    Foi então que Polin se lembrou do objeto brilhante de sua infância, do outro lado do rio; lembrou-se do brilho do objeto e de como os reflexos do sol nele o cegaram.
    Ele então mandou chamar os melhores ferreiros e carpinteiros da cidade, e ordenou que fizessem espelhos de estanho côncavos o mais rápido possível, que seriam colocados em vagões móveis nas muralhas, que fossem usados para cegar o inimigo, para repeli-lo, e com a concentração dos raios solares, para incendiar o campo ao redor com sua vegetação seca, para afastá-los.
    Foram necessários apenas alguns dias para que este prodígio fosse realizado, o que causou um verdadeiro pânico e debandada no campo adversário, para a grande alegria dos defensores da cidade.
    Deus foi louvado por esta engenhosa idéia que salvou a cidade. Em homenagem a Polin, a cidade foi renomeada Polinia e Polin foi homenageado com o título de defensor da cidade e protetor dos crentes. Pouco depois, ele deixou a cidade que ainda hoje honra a memória de seu salvador.


    Ele permaneceu no Oriente por algum tempo, indo especificamente para Nazaré.
    Ele decidiu então retornar ao Ocidente, à sua Champagne natal. A jornada de retorno foi muito longa e durou cinco anos, pois ele continuou a pregar a Fé Aristotélica, às vezes parando em aldeias para reafirmá-la. Ele também passou pela Grécia em sua viagem de retorno para reforçar sua Fé e seguir os passos sábios de Aristóteles.

    IV. O retorno à Champagne

    Ele finalmente chegou em Champagne depois de mais de vinte anos de ausência. Apesar disso, pouco havia mudado. Algum tempo após seu retorno, ele recebeu o título de Bispo de Langres como recompensa por seus serviços à comunidade aristotélica como um todo. Eles até queriam fazer dele um Cardeal, mas ele humildemente recusou esta honra que ele sentia que não merecia. Ele passou, portanto, o resto de sua vida fazendo seu melhor como Bispo em Champagne. A região era na época a mais religiosa e o lugar onde a fé aristotélica era mais importante sob a égide do Bispo Polin. Ele realizou seu último milagre pouco antes de sua morte.

    Enquanto ele estava em uma vila em Champagne por ocasião da visita à paróquia (o que ele fazia todos os anos em todas as paróquias de sua diocese) ele foi chamado para ajudar por um homem que afirmava que sua esposa estava morrendo, enquanto ela estava prestes a dar à luz. Polin foi até ela e a acompanhou, apoiando-a com suas orações. Após várias horas, ela deu à luz a bebês gêmeos, mas sua vida foi salva. Antes que os pais vissem seus filhos, temendo por suas vidas por causa de sua fragilidade, o Bispo Polin os levou à igreja onde rezou com grande fervor durante toda a noite, segurando os bebês contra ele. Ele voltou para o jovem casal nas primeiras horas da manhã com um menino em cada braço, ainda vivo, para a grande alegria de seus pais que deram o nome de Aristóteles e Christos aos gêmeos.

    Ele morreu um dia de primavera enquanto rezava, ajoelhado sobre um genuflexório na Catedral de Langres, um raio de luz solar passando pelos vitrais que o iluminavam. Seu corpo, entretanto, desapareceu antes que pudesse ser enterrado na cripta da Catedral, apesar de ter sido velado. Ele não foi enterrado, mas uma missa foi celebrada em sua homenagem, e diz-se que naquele dia uma luz imaculada brilhou na catedral.

    Retrato de São Polin



    (Sanctus Polinus; 1047-1111)


    As Relíquias de São Polin

    As relíquias de São Polin estão todas guardadas na cripta da Catedral de Langres, em seu nome. As suas vestes de Bispo, o manto branco que ele usou durante toda sua viagem e sua bengala estão todas trancadas em relicários de ouro e pedras preciosas.


    As frases importantes de São Polin

    Aos dez anos, ao irmão e irmã mais velhos, quando quis atravessar o rio: Sei do fundo do meu coração que posso fazê-lo. É a minha Fé que me permitirá fazê-lo, pois ante a Fé tudo se dobra.

    Na chegada ao mosteiro aos homens que ameaçaram os monges: A raiva é o mais insalubre dos pecados porque é a perda da autoconfiança, que é a nossa Fé.

    Para o Espinozista que conheceu na beira da estrada: Quando acreditamos no Fé, acreditamos. Quando se opõe à Fé, perde-se a voz.

    Ao ensinar o sacerdote negro: Vê esta pedra? É uma criação de Deus e, no entanto, não tem nenhuma utilidade. Mas vejam. Se a empilharmos com estas outras pedras, ela torna-se gradualmente uma parede. Compare estas pedras com os homens e compreenderá a sua natureza.

    A um homem que conheceu na Judéia que lhe perguntou quem ele era, ele respondeu: Eu sou o Servo e Defensor da Fé, eu sou simplesmente Polin, fiel Aristotélico.


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    Hagiografia de São Possidônio

    São Possidônio (330 – 412 PCN)

    Juventude

    São Possidônio nasceu cerca de trezentos e trinta anos depois de Christos, em uma pequena cidade na Espanha, sob o domínio de Roma. Foi-lhe dado o nome de Possidio. Sua família era uma das mais importantes da região e ele viveu sua juventude no luxo e na ostentação. Seu pai morreu no auge da vida e Possidio, ainda bastante jovem, herdou toda a terra de seu pai. Ele tornou-se o proprietário de seus campos abertos e de muitas fazendas. Possidio ficou conhecido pela forma como ele explorava a força de trabalho local. Ele pagava muito pouco a seus trabalhadores pela colheita de grãos, e menos ainda pelo abate de suas vacas, mas seus atos de escravidão nunca foram abertamente criticados pela população, porque Possidio era rico, poderoso e aterrorizava o camponês médio.

    Encontro com o Aristotelismo

    Um dia, entre os trabalhadores que ele havia contratado, havia um idoso. Possídio ficou surpreso ao vê-lo, pois era velho e fraco, mas ficou ainda mais surpreso ao vê-lo trabalhando sem reclamar, enquanto todos os outros reclamavam do trabalho duro e dos salários miseráveis. Terminado o dia de trabalho, Possídio foi pessoalmente pagar o salário do idoso, mas ele recusou. Possidio interrogou-o:

    Citation:

      Possidio: « Que idade tens homem? Trabalhas o dia todo no meu pomar e recusas o meu dinheiro? Queres dizer que é muito pouco dinheiro? »
      Idoso: « Trabalhei com prazer em seu campo, jovem, porque o trabalho braçal ajuda a elevar o espírito, disse o idoso. »
      Possidio: « Ao menos aceite o pagamento que lhe ofereço, senão dirão que não pago aos meus trabalhadores! »
      Idoso: « A verdade, meu jovem, é que seu salário é ridiculamente baixo, mas ninguém ousa lhe dizer isso, por medo. »



    Possidio agarrou-o pelo colarinho e o olhou severamente, o que fez o idoso dizer:

    Citation:

      « Eu não aceitaria seu dinheiro de qualquer maneira, mesmo que fosse o preço certo pelo meu trabalho. Esqueça os bens terrenos e prospere com os bens da alma e da virtude. Ser rico e abusar dos fracos não o ajudará a alcançar a verdadeira felicidade e a ganhar sua salvação. Pense nisto, jovem. »



    Possidio, furioso, ordenou que o idoso fosse preso e retirou-se para seus aposentos. Entretanto, na solidão da noite, as palavras do velho começaram a percorrer sua mente e seu coração. Possidio começou a pensar seriamente. Ele era rico e poderoso, mas infeliz, sentia que faltava algo em sua alma. Aos poucos ele começou a aceitar sua condição, que durante muito tempo ele mesmo havia negado. Ele ordenou que o idoso fosse solto e o trouxe à sua presença. No dia seguinte, quando o velho se apresentou diante dele, ele lhe perguntou:

    Citation:

      « Conheces uma maneira de encontrar a salvação sem recorrer aos bens materiais deste mundo? »



    O idoso assentiu e explicou as virtudes aristotélicas a Possidio, falando longamente sobre o Deus único e Todo-Poderoso, feito de Amor imensurável e Amizade virtuosa. Ele lhe contou sobre a vida dos profetas e apóstolos depois que Christos deu sua vida para difundir a mensagem divina da fé. Ele leu-lhe as hagiografias dos discípulos que, perseguidos pelos romanos, continuaram a pregar a palavra do Todo-Poderoso. Possidio ficou impressionado com estas palavras e em seu coração cresceu o desejo de aprofundar estes preceitos. Ele fez do idoso seu tutor e passou muitos dias trancado em seu quarto com ele, ouvindo as palavras dos profetas e trilhando o caminho da virtude.

    Ordenação e Viagem

    Nessa época, os crentes aristotélicos não eram mais perseguidos pelos romanos. Os clérigos poderiam pregar e desempenhar suas funções à luz do sol sem medo. Possidio passou um ano inteiro seguindo os ensinamentos do ancião, até que decidiu que era hora de pegar a estrada. Ele sentiu que havia aprendido muito em seu coração. Um dia ele se debruçou sobre a varanda de seu palácio, reuniu todos os trabalhadores que haviam trabalhado em seus campos e lhes anunciou:

    Citation:

      « Irmãos, finalmente decidi tomar a via da Igreja. Nos últimos anos, eu vos magoei, vos assediei e não vos paguei o que vocês merecem pelo vosso trabalho, mas agora o caminho para a riqueza material não é nada para mim. Deixo tudo isso com vocês. Tomem meus campos, minha fazenda, minha terra, dividam-na entre vocês e encontrem prosperidade! »



    Quando isso foi feito, Possidio estava pronto para partir. Ele e o idoso foram para Valência, a capital da província e o lugar onde os jovens estudavam. Possidio mudou seu nome para Possidônio e recebeu o sacramento da ordenação. Ele fez quatro votos: castidade, caridade, humildade e mansidão. Ele renunciou para sempre aos prazeres da carne, do vício e da violência. Durante dois longos anos ele estudou os fundamentos filosóficos e teológicos do pensamento aristotélico e aprendeu os segredos do Livro das Virtudes. Ele estudou lógica, moralidade, ontologia, metafísica e teologia. Ele adquiriu as virtudes e idéias transcendentes e estudou o grego antigo. Infelizmente, a biblioteca em Valência não tinha todos os livros, então ele teve que empreender uma longa viagem a várias partes do Império, tanto no Oriente como no Ocidente, para completar seus conhecimentos. Durante suas muitas viagens, sempre com seu inseparável velho mestre, Possidônio demonstrou grande caridade e solidariedade para com os pobres em particular. Ele dava cinco moedas a cada missa e não havia nenhuma igreja na qual ele não fizesse uma doação.

    Possidônio em Mirandola

    A caminho de Roma, onde Possidônio seria nomeado Bispo pelo Santo Padre, ambos foram atacados por um grupo de ladrões miseráveis que lhes roubaram seus bens. Eles os deixaram na poeira, sem sequer se dignarem a ajudá-los a se levantarem, em um pomar exuberante ao lado de uma pequena aldeia. Os guardas da cidade pegaram os dois viajantes exaustos e os levaram para uma estalagem para descansar. Enquanto isso, o governador local foi informado de sua chegada. Ele conheceu os dois clérigos e ficou surpreso quando soube que eles se recusaram a apresentar queixa e revelar a identidade dos assaltantes que os haviam atacado. Todas as suas dúvidas desapareceram quando soube que na verdade eram dois clérigos famosos por sua caridade e humildade. O governador disse:

    Citation:

      « Veja, há algum tempo falta a Mirandola um líder espiritual. Ficaria honrado se, até o retorno do padre que nos deixou para viajar, você ficasse aqui para preencher esta lacuna. Os fiéis se sentem abandonados pela Igreja e temo que a heresia esteja se espalhando perigosamente entre a população. »



    Possidônio aceitou imediatamente, mesmo tendo que ir a Roma. Assim, embora ele fosse ficar na cidade de Mirandola por três meses, Possidônio fez muito mais, pois o Padre não voltou. Ele se fez amado pelo povo. Ele era conhecido por seus sermões inflamados e se voltou ainda mais para as pessoas que amava. Ele praticou o culto aristotélico e os sacramentos com grande seriedade, tanto que recebeu as felicitações do Arcebispo da Província. Entretanto, um triste acontecimento perturbou a felicidade de Possidônio, pois seu velho tutor falecera após uma longa vida de pregação do dogma de Aristóteles e Christos. Possidônio vigiou seu corpo por três noites, lamentando a morte de seu querido amigo a quem devia tudo, celebrou uma missa simples mas comovente em sua honra, e quando o Padre da aldeia voltou, partiu para Roma com o coração partido.

    Eleição como Bispo

    Possidônio chegou em Roma precedido por sua reputação. Todos sabiam que ele era um homem misericordioso e compassivo, tendo espalhado a palavra de Aristóteles entre os pobres e tendo feito doações substanciais para os necessitados. Ele foi, portanto, recebido pelo Santo Padre e, no mesmo dia, foi nomeado Bispo da cidade de Valência, na Espanha, terra de seu nascimento. Durante sua curta estadia em Roma, o Bispo Possidônio foi convidado a assistir ao julgamento de alguns ladrões pagãos conhecidos por seus crimes contra os aristotélicos, acusados, entre outros crimes, de terem blasfemado contra o Todo-Poderoso e de terem roubado uma igreja, todos eles anteriormente condenáveis legalmente. Quando Possidônio viu os culpados, ele reconheceu os ladrões que o haviam atacado e seu mestre no caminho para Roma. Ele falou e disse:

    Citation:

      « Pare, não os castigue! É mais fácil ensinar o caminho da virtude e da amizade pelo perdão do que pelo castigo. Irmãos, venham arrepender-se de seus pecados e abracem a fé no Altíssimo, que, ao contrário de seus miseráveis ​​pagãos, os perdoará e purificará. »



    Assim, os ladrões se arrependeram e pediram humildemente o batismo, que foi celebrado no local por Possidônio. Desses ladrões, três se tornaram mais tarde santos eclesiásticos por direito próprio, demonstrando o impacto da mensagem de Aristóteles e Christos através dos sermões de um Possidônio no maior serviço do Altíssimo.

    A invasão e o exílio dos Vândalos

    Por muito tempo e por muitos anos após seu retorno à Espanha, Possidônio administrou a Diocese de Valência com compromisso e dedicação. Ele poderia ter recebido muitos altos cargos, tornar-se arcebispo ou cardeal ou mesmo papa, mas toda vez que lhe ofereciam um, ele recusava por medo de se distanciar dos pobres seguidores de Valência e das crianças que ele amava e que haviam capturado todo o seu amor.
    No ano 412 após a chegada de Christos, a região da Espanha foi invadida pelos povos bárbaros, os visigodos, que atearam fogo em muitas cidades ricas e povoadas. O rei dos visigodos era um fervoroso defensor da religião pagã que era particularmente prevalecente entre os bárbaros do norte. O aristotelismo professado pelos bispos foi desaprovado naquela região, então ele ordenou que todos se convertessem imediatamente à sua própria religião.

    Todos aceitaram, todos exceto Possidônio. Ele agora era velho e fraco de corpo, mas sua mente ainda era jovem. Assim, ele foi levado perante o rei dos bárbaros.


    Citation:

      O Rei: « Você ousa desafiar-me continuando a seguir sua doutrina, seu bispo tolo? Sua vida não é importante para você? »
      Possidônio: « Na verdade, se eu renunciasse à minha fé, salvaria meu corpo, mas não minha alma. A verdadeira força não está nas armas e ameaças, mas na vontade com a qual me mantenho fiel à minha doutrina, mesmo sob coação. »



    O rei, impressionado com o feroz desprezo de Possidônio pela morte, ordenou que ele fosse exilado imediatamente. Ele acrescentou que se ele retornasse ao reino que os vândalos tinham acabado de conquistar, ele seria executado.

    Água de Nascente

    Possidônio começou sua viagem sozinho até a fronteira, tendo jurado ao rei dos bárbaros que jamais voltaria. Embrulhado em roupas esfarrapadas, apoiado em uma bengala e carregando uma bolsa, ele chegou em uma pequena aldeia. Lá, embora o povo parecesse viver em grande miséria, ele foi recebido com alegria e convidado a ficar por alguns dias, um convite que ele não recusou. A aldeia estava passando por uma terrível desgraça há quase dois anos, não havia água no riacho da aldeia. O riacho havia inexplicavelmente secado e as chuvas eram escassas. No entanto, os habitantes locais ofereceram sua água à Possidônio, recusando-se a bebê-la a fim de oferecer hospitalidade ao desconhecido. Tocado por este gesto, Possidônio decidiu recompensar os aldeões, que ele acreditava ter demonstrado grande amor e virtude. Ele foi para o centro da aldeia e levantou seu cajado, invocando o Todo-Poderoso:

    Citation:

      « Ó Senhor, tu que vives em nós através das mensagens que deste a teus profetas, derruba tua benevolente bênção sobre esta terra e dá água a este povo, símbolo de vida e símbolo de purificação do pecado. »



    Em seguida, ele bateu seu cajado no chão e a água fluiu em abundância. Os cidadãos da pequena aldeia começaram a celebrar e elogiar seu salvador, mas infelizmente, a comoção atraiu os guardas vândalos colocados nas proximidades, e quando reconheceram Possidônio, o prenderam e o levaram para Cartago, seu rei. Nesta ocasião, um jovem armado com um bastão defendeu o ancião, mas Possidônio lhe pediu que parasse.

    Citation:

      « Não desperdice sua vida dessa maneira, meu jovem! Minha vida está chegando ao fim, a sua está apenas começando. Não derrame seu sangue inocente por mim, estou feliz por ter cumprido minha missão até o fim. »



    Assim, ele foi preso.

    O Martírio

    Quando o rei dos visigodos viu novamente o velho bispo que havia expulsado, ele foi tomado por uma raiva terrível e imediatamente ordenou sua execução pública. Possidônio se deixou conduzir por seus algozes sem questionar, não tendo medo da morte. Ele foi levado à praça central de Valência e lá, diante de uma grande multidão, foi decapitado.
    Suas últimas palavras foram dirigidas ao Altíssimo:


    Citation:

      « Senhor, recebe minha alma em tua presença; não me esqueças quando chamares os justos e os virtuosos; deixa-me contemplar tua sabedoria e a luz de teus profetas. »



    Ele morreu desta forma no ano da graça 412. A multidão, composta principalmente de aristotélicos que escondiam sua fé por medo de perseguição, atacaram os algozes quando quiseram jogar o corpo do bispo em uma vala comum. Eles conseguiram tomar a cabeça do mártir, que ficou escondida por algum tempo na casa de um comerciante rico da cidade, que ficou comovido com a indiferença de Possidônio em relação à morte. Um conselheiro do rei até mesmo cuidou para que seu povo pudesse encontrar o corpo do homem para que ele pudesse receber um enterro decente.
    Muitos anos mais tarde, o corpo e o crânio foram reconstruídos com o cajado que ele havia usado para realizar seu milagre. Mesmo quando os árabes invadiram parte da África e ameaçaram destruir os restos mortais do santo, os fiéis piedosos asseguraram que as relíquias fossem levadas com segurança para Mirandola, onde uma igreja foi erguida em sua honra.


    Símbolos e Relíquias

    A iconografia religiosa de São Possidônio retrata um homem vestido com um longo manto de trapos, um símbolo de sua humildade e contenção, que ele manteve mesmo quando era bispo. Seu símbolo mais importante é o cajado com o qual ele realizou o milagre da primavera.
    As relíquias atribuídas ao santo são variadas e estão localizadas em Mirandola. Além dos restos mortais do santo e do cajado com o que se realizou o milagre, há um cálice sóbrio com o qual ele celebrou a Missa em Mirandola. A casa onde o santo viveu por algum tempo foi incorporada à igreja de São Possidônio.
    Em Valência, um dedo do santo e uma bainha do manto de seu bispo são preservados, vigiados durante séculos pelos fiéis.



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MessagePosté le: Lun Aoû 15, 2022 2:21 am    Sujet du message: Répondre en citant

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    Hagiografia de Santa Radegunda de Poitiers



    Radegunda nasceu por volta de 518 em La Rochelle em uma época sombria, quando a fé aristotélica ainda não estava firmemente estabelecida. Os pagãos ainda eram numerosos e praticavam seu culto de idolatria.
    Ela era filha de um pai que era pescador e de uma mãe que era cafetina, ambos ganhavam a vida com suas respectivas profissões.
    O peixe não era vendido bem, mesmo que a Casa do Povo comprasse de volta parte do pescado. E o comércio de carne não era tão lucrativo como no passado.
    O pai era profundamente aristotélico e tinha incutido a santa fé em sua filha. Sua esposa era uma pessoa turvada para ele, mas ele fazia questão de ir à missa todas as semanas com Radegunda, para rezar pela salvação da alma de sua esposa em estado de confusão.

    Aos 12 anos de idade, seu pai levou Radegunda com ele em seu barco pela primeira vez.
    Ele a ensinou a lançar a rede e a segurar a linha, arte em que ela logo se destacou.
    Os dois começaram a formar uma equipe perfeita. O tamanho do pescado aumentou rapidamente.

    Da Pesca Milagrosa

    Alguns anos mais tarde, quando tinha 22 anos, ela se viu no mar em um dia de mau tempo com seu pai. Quando o céu ficou encoberto por nuvens ameaçadoras, ela sentiu uma forte resistência no final de sua linha de pesca.
    Ela chamou seu pai para pedir ajuda. Ambos puxaram e puxaram. E eles viram o animal. Um lindo atum pesando várias dezenas de quilos.
    O pai pegou um remo que havia comprado no dia anterior do carpinteiro local e deu um bom golpe na cabeça do peixe, e ele passou da vida para a morte. Eles içaram o animal a bordo. O pai tirou sua faca para eviscerá-la. Ele abriu sua barriga e então o milagre foi realizado. No interior, havia uma cruz de bronze que apresentava uma forte pátina de oxidação.
    Radegunda tomou posse do objeto, que era de uma bela cor verde.

    A dupla havia perdido de vista a tempestade ameaçadora. O trovão rugiu e um relâmpago atingiu a cruz que a jovem mulher segurava.
    Seu pai pensou que a havia perdido diante dos olhos, tão cego que estava pela luz. Quando ele voltou a si, sua filha ainda estava lá, seu rosto enegrecido e seu cabelo frisado. Ele percebeu que a cruz tinha acabado de fazer um milagre. Tinha salvado sua vida.

    A mão de Radegunda apresentava uma cicatriz em forma de cruz. Mas ela não tinha dores.

    O pai e a filha partiram para La Rochelle com o atum em seu pequeno navio.
    De volta ao porto, os habitantes ficaram surpresos quando souberam o que acabara de acontecer.
    Um policial pagão que vigiava o lugar foi surpreendido e imediatamente se converteu à verdadeira fé.

    A notícia desta captura milagrosa espalhou-se rapidamente por toda a região de Poitou.
    As pessoas vieram de todos os lugares para ver esta mulher com uma cruz na mão e para se prostrarem diante da cruz verde do milagre.

    Da história do Grand'Goule que assolou Poitiers

    Em uma manhã, um homem em pânico apareceu na casa da família. Por um momento a mãe pensou que ele era um cliente descontente e estava prestes a afastá-lo. Mas ele tinha vindo para ver Radegunda porque tinha ouvido falar dela.
    Ao vê-la, ajoelhou-se e juntou as mãos para implorar.
    « Radegunda, você deve vir a Poitiers! O Grand'Goule está de volta e devora um inocente todas as noites. »
    O corpo inteiro da mulher tremeu quando ela ouviu estas palavras. Ela se lembrou das lendas que lhe contavam para comer sua sopa.

    O Grand'Goule era um animal enorme, do tamanho de vinte bois, do tamanho de duas casas. Foi dito que ele se movia como uma cobra, apesar das pequenas pernas com garras sobre as quais descansava. Aqueles que o tinham visto lembraram-se acima de tudo da imagem da cabeça da besta dominada por dois olhos cruéis e uma boca enorme com numerosos dentes afiados. Uma criatura hedionda como só o Sem Nome poderia criar.

    Radegunda não hesitou.

    « Eu estou indo », disse ela.

    Ela beijou seus pais, agarrou a cruz que usava no pescoço até o peito e partiu com o homem para Poitiers.
    No caminho, eles encontraram um bando de ladrões. Mas estes últimos os deixaram passar porque tinham ouvido falar sobre a obra da mulher. Eles até lhe confiaram 30 pães que haviam tirado no dia anterior de um vendedor ambulante. Ela os aceitou, mas para entregá-los aos pobres que conheceu pouco depois.

    Ao chegar a Poitiers, ela descobriu uma cidade devastada. As cortinas da maioria das casas estavam fechadas. As pessoas eram escassas nas ruas.
    Ela foi para o Castelo Comdal onde o Vonselho a recebeu. Eles lhe explicaram a situação.

    « O Grand'Goule vive sob nossos pés no subsolo de Poitiers. Ele gosta da escuridão e só sai à noite. Em seguida, ele percorre as ruas de nossa boa cidade e ataca aqueles que encontra. Observamos que suas vítimas ou são virgens (a carne deve ser mais tenra) ou homens saindo de tavernas e visivelmente com forte tendência obscena (a carne deve ser mais perfumada).
    Os homens de armas que enviamos nunca mais voltaram. »
    - « Diga-me como descer ao subsolo e eu me livrarei do monstro », disse ela.

    Radegunda tinha falado sem vacilar. Foi-lhe apontado que uma jovem donzela como ela, ou assim eles supunham, seria bem-vinda como alimento para a besta. Foi-lhe perguntado se estava com medo. Ela respondeu:
    « Somente as pedras não têm medo. MMas devo confessar-lhes que tenho medo acima de tudo daqueles que têm medo. »

    Foram-lhe oferecidas armas e uma escolta. Ela rejeitou estas ofertas. Ela andava com fé, uma força que era mais do que suficiente para ela do que todos os artifícios dos homens.

    Diante de sua determinação, ela foi levada para o beco sem saída do Castelo, pois uma passagem levava às galerias subterrâneas.
    Ela pegou uma tocha e caminhou cautelosamente para a escuridão. Atrás dela, a porta foi rapidamente fechada. Ela ouviu a fechadura.
    Ela não teve escolha a não ser ir em frente e vencer.

    As passagens foram entalhadas na rocha. A água se infiltrou nas paredes. Parecia-lhe que ela estava caminhando em terreno esponjoso. Após minutos que pareciam horas, ela podia perceber um som que era suave no início e depois ficava cada vez mais alto. Mas acima de tudo, ela percebeu um cheiro, um cheiro cada vez mais forte e fétido que ela jamais esqueceria.
    E de repente, quando ela virou a curva de um corredor, ela o viu! E sua surpresa foi grande. Em vez do monstro descrito mil vezes, ela estava diante de um homem que parecia repulsivo.
    Ele era alto, tinha um rosto franzido e olhos arregalados. Uma boca larga revelou dentes meio amarelos. Ele estava vestido com trapos e carregava uma longa adaga na mão direita enquanto segurava uma tocha na esquerda.
    O "Gran'Goule", ou seja quem for que ele alegou ser pelo cheiro aliciante, falou com ela algo assim:

    « Olá, Madame Donzela.
    Como você é bonita! Como você me parece bonita!
    Se o seu espartilho não estiver mentindo
    Está relacionado à sua virgindade,
    Você é a Fênix dos convidados deste lugar escuro. »

    E ele se aproximou, brandindo sua arma bem alto.
    A estas palavras, Radegunda tirou de seu peito a cruz de bronze maltês e a brandiu diante da abominável criatura.
    O homem estremeceu violentamente, soltou um grito que sacudiu as paredes e foi dominado por convulsões.
    A menina avançou na direção dele, segurando o objeto sagrado bem alto diante dela.
    O "Grand'Goule" caiu então com um gemido final no chão, mas não sem gritar:

    « Ó raiva! Ó desespero! Aqui estou eu, derrotado por uma virgem! Eu vivi tanto tempo para esta infâmia? »

    O monstro jurou, mas um pouco tarde demais, que não seria detido. Depois parou de se mover.

    Radegunda se aproximou lentamente, apesar do fedor. Ela pensou ter ouvido o homem sussurrar uma última vez: « Eu voltarei! » Depois parou de se mover.

    Depois de ficar muito tempo espantada com este pobre diabo, Radegunda retornou em direção oposta e bateu na porta pesada. A porta foi aberta para ela. Ela contou sua história e foi celebrada em toda a cidade durante dias.

    Não se ouviu mais falar do homem que havia se tornado um monstro após presumivelmente ter perdido a cabeça. No entanto, os soldados que foram à clandestinidade à procura de seu corpo nunca o encontraram.

    Do fim da vida de Santa Radegunda

    Este episódio fez de Radegunda uma das mulheres mais famosas de Poitou.
    Ela decidiu estabelecer-se em Poitiers, onde esperava viver feliz para sempre. Mas as pessoas vieram de todos os lugares para vê-la, para tocá-la ou para rezar.
    Ela sempre acolhia com gentileza as pessoas que vinham ao seu encontro. Ela sempre tinha uma palavra amável ou uma palavra reconfortante para todos.
    Ela viveu tranquilamente até o fim de sua vida cultivando sua horta, porque ela dizia do repolho, seu vegetal predileto:

    « É um vegetal familiar cultivado em hortas e tem o tamanho e a sabedoria da cabeça de um homem. Pegue um pouco disso. »

    Ela morreu aos 99 anos de idade em seu jardim, rodeada pelas verduras que tanto amava.

    Quando ela morreu, uma multidão imensa veio prestar seus últimos respeitos. Seu corpo foi enterrado em uma igreja com o nome dela em sua boa cidade de Poitiers.
    Seu coração e a famosa cruz verde que nunca a deixou foram, no entanto, colocados em um precioso relicário.
    A Ordem de São Lázaro é a depositária e guardiã do relicário.

    Símbolos associados:

    - Relicário contendo seu coração e a cruz verde cruzada
    - Elementos relacionados: Compaixão, coragem, altruísmo.


_________________

------Sancti Valentini Victoriarum Cardinalis Episcopus - Altus Commissarius Apostolicus - Cardinalis Sacri Collegii Decanus
---Gubernator Latii - Primas Portugaliae - Archiepiscopus Metropolita Bracarensis - Episcopus Sine Cura Lamecensis et Ostiensis


Dernière édition par Adonnis le Lun Aoû 15, 2022 3:50 am; édité 1 fois
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