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Archange Sainte-Raphaëlle (PNJ)

 
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Auteur Message
Arnault d'Azayes



Inscrit le: 08 Mar 2011
Messages: 16126

MessagePosté le: Mar Aoû 26, 2014 6:09 pm    Sujet du message: Répondre en citant

Citation:
I. Hagiografia de Santa-Rafaela-Arcanjo

***
Dúvidas


Uma velha mulher caminhava desde o pôr-do-sol. Sentia muita dificuldade ao mexer-se. Desde há três meses que sentia as suas forças diminuir, as suas pernas pouco a pouco fraquejavam e, no entanto, caminhava, caminhava sempre e não parava mais que para dormir e para recuperar forças. Sabia quem devia encontrar. Um homem habitando numa pequena casa, um homem procurado e caolho que se denominava a si próprio o nanico. A noite caíra entretanto, e esta mulher ambulante tinha medo, não sabia onde dormir e este caminho que ela desconhecia nada lhe dizia que tivesse valor.
Ela continuava a caminhar, mais rápido, apressava-se agora, era preciso que ela chegasse, não podia mais, mas a sua vida dependia disso. Se morresse era o fim. Oh, os seus pais tinham-lhe dito que após a morte ela viveria. Que Jah estaria lá para a salvar. Mas isso é impossível, se Ele tivesse existido, ela não teria tido todas essas misérias e a vida não existiria. Porquê separar-se para voltar a Ele após a morte. Esta história realmente não tinha cabimento. Era o que seria o seu caso se não chegasse em breve. A história de um Deus começara a fazer-lhe cócegas. Começava agora a entrar em pânico. Quase corria, em qualquer dos casos, os esforços que usava era os que tinha. Isto era impossível, num impulso, ela deu a volta e enfrentando aquilo que considerava o vazio, gritou:

"Se existes, demonstra-mo. Não te escondas, se és incapaz de amar aqueles que criaste, se és incapaz de cumprir com os teus compromissos ou se fazes sofrer o mundo para teu próprio prazer. Mostra-te."

Um trovão rugia já na cabeça desta pobre mulher e ela já esperava este Jah de que tanto ouvira falar, mas que ninguém jamais vira.
Isso era o mais surpreendente, ela que não acreditava em nada fora persuadida de que iria obter uma resposta, uma resposta, claro, ela ia procurar uma, mas muito afastada daquela que esperava. Ainda que porventura, no fundo do seu coração uma parte removida lhe gritasse a verdade.

***
Revelação


No lugar das correntes assassinas que ela se tinha prometido, era uma luz suave que jorrava e que era impossível saber de onde provinha. Era possível acreditar que mesmo as trevas brilhavam.

Uma voz fez-se ouvir, ela vinha também de todos os lugares e de nenhum lugar ao mesmo tempo, era reconfortante e parecia vir do fundo dos tempos.

"Rafaela, Rafaela,
Porque gritas?
Os teus gritos semeiam o eco nas montanhas e turvam o curso dos rios. Petrificam de medo os pequenos deste mundo e fazem os mais sábios lutar."

A velha mulher não soube que responder. Fora extremamente tocada pelo que acabara de ouvir. Ouvir a voz de Jah já era em si algo extraordinário mas que Ele a chama-se pelo seu nome era-o muito mais. Há quanto tempo não a chamavam pelo seu nome? Nunca a chamaram pelo seu nome, nunca depois de o seu pai ter partido. As alcunhas tinham acabado por o substituir. Rafaela, cujo coração começava a abrir-se de novo, ainda duvidava, mas a chama de ódio nos seus olhos não estava extinta.

O que ela havia tomado com um acto de amor no início, transformou-se com a raiva em afronta. A sua alma não estava preparada para receber um amor simples, era-lhe impossível receber o amor mais forte que possa existir; mas a omnipotência de Jah e o conhecimento que tinha da sua filha começaram a sua obra.

"– Como ousas tu chamar-me pelo meu nome, Tu, Jah com um pensamento abençoado e uma mão maléfica?
- Um pai não chama os seus filhos pelo seu nome?
- Sim, mas um pai preocupa-se com os seus filhos, ele preza-os e ama-os.
- Não é isso que eu faço?"

Dizendo estas palavras Jah mostrou-lhe a Terra.

"Rafaela,
Eis aqui o caminho da tua vida.
Estes rastos são os teus passos.

- Se estes rastos são os meus passos, a quem pertencem os rastos que caminham ao meu lado?
- São os meus, Rafaela, eu caminho ao teu lado desde que vieste ao mundo.
- E nos momentos mais difíceis, não há mais que um rasto, porque não estava tu lá quando precisava de ti?
- Eu estava lá, e se apenas vês um rasto é porque te levei ao colo, minha filha."

O coração de pedra, tão difícil de convencer tornara-se nesse momento coração de carne. Rafaela compreendeu perante quem estava, perante o seu pai e, caindo de joelhos, pedindo-Lhe perdão.

"Guarda as tuas lágrimas Rafaela, o momento é de alegria, tu pensavas mal, mas pelo menos permaneceste fiel aos teus pensamentos. Agora que viste, a tua convicção salvar-te-á e mostrará a muitos outros o caminho que tracei para eles.

- Pai,
Porque é que nunca te mostraste, porque nunca me disseste que estavas ai?

- Eu disse-to, minha filha, mas os teus ouvidos não queriam ouvir, mostrei-me a ti mas os teus olhos não queriam ouvir, dei-te a mão mas tu não a agarraste, então revelei-me ao teu coração e tu acreditaste.
Deixei-te escolher porque eras livre, não querias receber-me, não me impus.
Procuraste-me e eu revelei-me.
Muitas questões ainda se atropelam em ti mas se paciente, responderei aos vazios do teu coração, no momento certo.
Vai, porque agora sabes que estou contigo até ao fim dos tempos,
Se caíres, levantar-te-ei."



***
Questões


A partir daquele momento a luz fundiu-se na paisagem e mesmo esta não sendo tão intensa, Rafaela via-a, e está luz guiava-a na noite. Podia-lhe mostrar o caminho, mas Rafaela conhecia-o, podia-lhe iluminar as trevas, mas Rafaela não tinha essa necessidade, no lugar disso, esta luz mostrava-lhe o caminho interior e expulsava todas as trevas.
Tinha saído de Oanylone dias antes e a pessoa que procurava vivia longe, ele era um dos poucos que tinha deixado a cidade quando está ainda estava longe de tormentos.
Enquanto caminhava, não conseguia deixar de pensar no seu encontro com Jah, que tinha agido como um pai com ela, agiu como o seu verdadeiro pai que tinha deixado a cidade de Oane, nunca se soube porquê, e ele que lhe tinha dado tanto, que a amou tanto, tinha desaparecido completamente. Esta era uma das partes mais comoventes. Jah amava cada um de nós, era tão bonito mas difícil de crer. Porquê a miséria? Porquê a desgraça? E porquê morrer antes de encontra-lo? Se o sabia, a resposta à sua última questão veio-lhe como uma verdade indiscutível: Ele deixou os homens sobre a Terra para que tivessem uma liberdade total. Tinham a escolha entre seguir o seu caminho ou de partir para onde não houvesse caminho, lá onde mesmo o maior caminho não se via. Lá onde Jah estava ausente ou melhor lá onde se recusavam a vê-lo porque Ele está em todo o lado. Jah como omnipotente deixou aos homens o livre arbítrio.
Mas então se deixou a cada um o livre arbítrio da sua própria vida porque se joga por vezes em detrimento da liberdade ou da felicidade de outrem? Porque a liberdade de um invade a liberdade de outros?

Ela continuava a caminhar, fazer-lhe-ia chegar à cabana. Estava cansada, cada vez mais, mas uma tal sede de Jah a habitava que parar-se parecia-lhe um desperdício de tempo.
Acabou por encontrar os anexos que serviam a casa que procurava. Entrou pelo que parecia ser uma porta e não viu ninguém, não havia nada, apenas um pergaminho.

"Quando nasces, não escolhes o teu irmão.
Independentemente de quem seja deves aprender a viver com ele, a viver para ele.
Se o teu irmão resplandece do amor de Jah, então este amor não poderá mais que uni-los.
Se, porém, o teu irmão se desvia do amor divino, és tu que lho deves mostrar a custo da tua vida.
Mas, porque dar a sua vida por alguém que não quer ver?
Se conseguires, deste-lhe uma hipótese de reunir-se com Jah e com os anjos após a sua morte e, como tal, tu os reunirás também contigo.
Se tu fracassares, serás tu quem se reunirá.

No entanto, também é dito, não permaneças com o teu irmão se os seus olhos não podem ver, pensa e trabalha por um maior número porque aqueles pelos quais trabalhaste porque estes também poderão trabalhar por outros.

Então, é melhor dar a sua vida para tentar salvar um que não quer ser salvo ou dar a sua vida para salvar uma multidão com um ardente desejo de ver?"

Rafaela leu e percebeu outra coisa. Cada homem fora colocado numa situação particular que podia evoluir, não apenas por causa dos desejos de Jah ou do mal inspirado pela Criatura Sem Nome, mas em função da forma como cada irmão e cada irmã utilizam o seu livre arbítrio e a sua liberdade. As acções de cada um, se não as pagarem nesta Terra pagarão quando Jah os vier procurar.
A evidente verdade veio transfigurar Rafaela pelo amor divino. Ajoelhou-se, em lágrimas e rezou.
Que o Senhor, Deus do Universo lhe dê a força para servir humildemente e por amor em qualquer momento e lugar.

Rezou durante uma noite inteira, depois levantou-se de manhã segura de si mesma.
Estava confiante, Jah estava ali nela, e ela permanecia Nele.
Uma aura benéfica e amorosa brilhava agora à sua volta. Se os olhos foram e continuam incapazes de a ver, a alma, ela é capaz de a sentir porque a alma era após o amor, o dom mais poderoso que Jah deu ao homem.



***
O início dos seus actos como Santa


Rafaela aproximava-se de Oanylone e já o véu da discórdia que pairava sobre a cidade se fazia sentir. De facto, a criatura inominável tinha semeado a dúvida nos corações a fim que se afastassem da verdade e antes que se fosse pressentido debilmente a reacção de Jah.
Cada vez mais a população se dividia em dois grupos, os que permaneciam fiéis a Jah e os que crentes ou não se deixavam assolar pela dúvida.

Os homens eram fracos, bastava ouvir que Jah não existia para se desviarem. Era ainda mais fácil dizer que Jah não os amava e que não havia qualquer esperança, como tal nenhum pecado era impedido por uma razão válida.
Rafaela via esta fraqueza, por isso, reuniu-se com um punhado de irmãos e irmãs e manteve a esperança bem como a firme convicção que Jah os amava. Rezava para que cada homem visse em si o caminho de Jah, para que cada um visse que não caminhava sozinho. A convicção e a certeza de que ela fazia prova permitiram-lhe pregar e conseguiu convencer apenas através da palavra inúmeras pessoas.



***
A punição


Foi então que a punição divina caiu. Começou com um relâmpago alvoroçando no mais alto do céu, depois começa a chover rios inteiros, os homens um a um foram abandonados pela vida. De seguida vieram línguas de fogo embatendo sobre cada homem.
Arremessaram os mais maus contra as chamas eternas do astro da noite e prometeram-lhes uma nova existência de sofrimento e obsessão.
Eles deram, contudo, uma nova vida àqueles que tinham acreditado, elevando-os para mais perto da glória divina no astro onde dominava o dia.
Rafaela foi elevada com outros seis ao nível de arcanjo a fim de inspirar pelos séculos dos séculos as sete virtudes.



***
O seu envio


Um dia na terra,
Um homem penando.
Amava a Jah com todo o seu coração mas jamais ousou proclamar à sua volta, o amor que sentia.
O seu círculo protestava contra Jah e não paravam de dizer blasfémias.
O homem não ousava responder. Tinha consciência do seu pecado mas não podia agir, oprimido pelo medo.
Regressou à sua casa, uma noite, e deitou-se sobre a sua cama em lágrimas.
Confiando a Jah as dificuldades que tinha para assumir a sua fé diante dos seus amigos, disse, choroso mas de forma bela, que não sonhava com mais que anuncia-lo mas que tinha medo… Como podia ele fazê-lo ousar proclamar a sua fé?
Não podia continuar assim, a guardar Jah para ele, tinha que o dizer e que gritá-lo à Terra inteira.
Então Jah, ouvindo o seu filho, enviou Rafaela com estas palavras:
“Vai Rafaela, que triunfe”
Uma presença que é sentida mas não se vê, Rafaela desceu ao pé do homem e acompanhou-o.
No dia seguinte, quando foi ver os seus amigos, estes começaram a falar de Jah de forma baixa, ele esteve para não dizer nada, mas de seguida sentindo esta força invisível perto dele, disse com um tom firme que não queira que usassem o nome do seu Deus com um conhecimento medíocre. Nada mais disse.
Jah era o seu Deus, era assim, não diriam mais nenhuma blasfémia vergonhosa quando ele estivesse ao ouvi-los!
Naquele momento, quando os seus amigos lhe lançaram um olhar fulminante, ao ponto de cair nele o peso do medo, Rafaela soprou o seu hálito e empurrou-o.
Prosseguiu, então, calmamente mas as suas palavras tinham a força de um grito. “Jah ama-nos, Vocês não têm o direito de dizer isso dele!”
Então, os homens que o rodearam, não perceberam isso e nem lhe deixaram sequer a liberdade para o pensar, saltaram sobre ele e rasgaram os seus membros. Ele lançou o seu último suspiro nesse dia, sob uma dor insuportável mas orgulhoso por ter finalmente honrado as suas convicções. Rafaela tomou em seguida a alma deste bom homem e apresentou-o ao altíssimo.



***
A Oração


Rafaela Inspirava os corações puros que lhe rogavam, a força para manter as suas convicções e para agir em conformidade a fim que os homens sejam capazes de querer o bem mas também de o fazer.
Mas mesmo se ela inspirava a convicção, seria Jah que falava pela sua boca.
Após que a alma do homem inspirado por Rafaela tinha voltado ao Sol, os assassinos entreolharam-se. Acabaram de matar o seu próprio amigo. Então, o cadáver rodeou-se de uma chama gigantesca, que desapareceu rapidamente. O corpo permanecia intacto, ainda que no seu peito estava inscrito em letras de ouro a seguinte inscrição:

Citation:
Oração de Oscermine a Jah.
Invocação de Santa Rafaela


Ó Jah!
Tu em Quem eu acredito,
Tu que guias os meus passos,
Dá-me a força de professar a grandeza do Teu Nome
Bem como o amor e adoração que tenho comigo.
Envia-me Tua Arcanjo, Rafaela, para que ela caminhe a o meu lado,
Que eu não esteja mais sozinho face ao inimigo de minha fé e da minha convicção.
Que as minhas acções obedeçam ao meu coração e que mesmo a minha mão esquerda siga os mandamentos da minha direita.
Que o meu coração te tema.
E que eu anuncie Teu Santo Nome.
Jah, digna-te a levantar a tua mão, para que Rafaela desça e me venha ajudar.
Assim seja!

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Mort des cardinaux von Frayner et d'Azayes
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